Conversa com Andrei Martyanov (Especialista em assuntos militares russos)

(Alexandre Guerreiro, in YOUTUBE, 20/04/2023)

Entrevistas deste tipo não passam nas nossas televisões. É a censura e a prossecução do pensamento único. Querem saber para onde caminha a guerra na Ucrânia, tanto quanto é possível saber o futuro? Ouçam Andrei Martyanov. Ele é um verdadeiro especialista em guerra e em geopolítica. O vídeo está legendado em português, ainda que as legendas em inglês sejam as que aparecem no início. Podem ir às definições e mudam-nas para português.

Estátua de Sal, 25/04/2023



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Grande entrevista a Alexandre Guerreiro

(Excelente entrevista que não passaria nunca hoje nas televisões devido à censura que está instituída e à transformação das notícias em mera propaganda. As notícias “inconvenientes” vão para debaixo do tapete. Esta entrevista é um murro no estômago dos Goebbels da atualidade – e tantos que há por aí. É ver até ao fim. No fundo, nestes tempos de negrume, ainda acredito que há homens que se revoltam e lutarão pelo surgimento de um Mundo melhor e mais justo.

Estátua de Sal, 29/06/2022)


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A propósito de uma entrevista de uma tal Clara à Ministra da Saúde

(Amadeu Homem, in Facebook, 03/03/2020)

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Comecei a minha vida profissional como psicólogo do trabalho, num serviço público do Estado Novo ligado ao mundo laboral, que ao tempo se designava como Serviço Nacional do Emprego (SNE). Foi-me dada formação específica e técnica em Lisboa e exerci o meu ofício em Aveiro e em Coimbra, até ao movimento militar de 25 de Abril de 1974.

Fiz milhares de entrevistas. Nelas obedeci sempre ao modelo e aos critérios que me tinham sido ensinados no curso de formação. Talvez ainda tenha nos meus papéis antigos um “Manual da Entrevista Psicológica” ,  de imensa utilidade prática no exercício daquela que foi a minha primeira profissão.

Nesse “vademecum” recomendava-se que o entrevistador recebesse o entrevistado com circunspecta afabilidade, mas sem familiaridade. A correção e neutralidade de postura eram recomendadas como fundamental, para que se ganhasse dessa forma a serena confiança do entrevistado.

Lá também se preconizava que as perguntas fossem muito claras, sucintas e sem margem para segundas interpretações. Uma diretriz fundamental era a de que se não interrompessem as respostas do entrevistado sob nenhum pretexto. O entrevistador deveria sempre abster-se de produzir juízos valorativos ou insinuações de tipo pessoal.

A grande regra era a de se conseguir o chamado “efeito de espelho”. Significava isto que a neutralidade, a contida afabilidade e a objetividade do entrevistador deveria ser de molde a neutralizar-lhe o mais possível a personalidade junto do entrevistado. Desta maneira, entrada a entrevista na sua fase crucial, o entrevistado já não veria no entrevistador uma figura interpelante, mas substituiria esta figura, no seu mais íntimo juízo, por uma espécie de espelho, no qual ele se revia e para o qual verteria a necessária informação,

Obedecendo a estas diretrizes, lembro-me de ter conseguido, da parte de muitos depoentes, testemunhos invulgares, pela sua verdade e pela sua sinceridade.

Hoje verifico que são muito poucos os que sabem entrevistar. A forma como uma figura da televisão como Clara de Sousa interpelou a ministra da Saúde foi o mais acabado exemplo DO QUE NÃO DEVE SER FEITO NUMA ENTREVISTA.

No lugar da bonomia, colocou essa Clara a agressividade. A entrevistadora assumiu-se como a primeira inimiga da entrevistada.

Não foi aquela figura neutral e inteligente, susceptível de extrair informação verdadeira da sua entrevistada. Nunca conseguiu – nem o poderia jamais alcançar – o tão determinante e fundamental “efeito de espelho”.

Numa palavra, assistimos a uma incompetência profissional gritante.

Mas a Dona Clara não foi nem é um caso isolado. Os entrevistadores atuais, na sua esmagadora maioria, são o exemplo vivo da mediocridade e da incompetência.