Quanto vale a União Europeia? Vale mais ou menos que Israel? Ou que o Japão? Ou que a Coreia do Sul? Ou que Taiwan?

(Carlos Matos Gomes, in Medium.com, 14/09/2023)

Estas são as minhas interrogações depois de ler o que saiu na comunicação social a propósito do discurso do estado da União Europeia apresentado pela presidente da respetiva comissão!

A resposta da presidente da Comissão Europeia fintou-me. Respondeu com promessas de salvação baseada em desejos, em crenças, em fé à minha boa vontade de entender o que ia nas cabeças das altas instâncias da União. o Discurso, o que li e ouvi dele, recordou-me o texto do capataz da propriedade de aristocratas franceses, à patroa: a propriedade está a arder, mas tudo vai bem, europeus. Tout va bien, madame la marquise.

Mas, ao contrário da carta do administrador da propriedade à marquesa a comunicar o desastre, é, neste caso, a Madame da União Europeia que afirma aos súbditos que tudo vai bem, embora a propriedade esteja a arder.

A presidente da Comissão Europeia, a alemã Ursula von der Leyen, apresentou há dias o discurso do estado da União Europeia no Parlamento Europeu que não ultrapassou a vulgaridade entre a economia verde e superioridade de valores morais e civilizacionais da Europa (que incluem, recorde-se entre muitos outros, os que promoveram as chacinas das cruzadas — quer as contra os cátaros europeus quer as das chacinas de árabes, judeus e cristãos que se mantiveram de Jerusalém; a Inquisição, a invasão de dois continentes, a da América, do Alasca à Patagónia e a de África; o genocídio dos povos indígenas; o colonialismo iniciado na Conferência de Berlim (em que o grande herói inglês é Cecil Rhodes, responsável, segundo estatísticas inglesas, pela morte de cerca de 60 milhões de africanos e o herói europeu continental é o rei belga Leopoldo II, que fez do Congo uma propriedade pessoal e exerceu o mais feroz terror contra as populações nativas; duas guerras mundiais já no século XX, a primeira desencadeada para obter vantagens com a exploração de África decidida na Conferência de Berlim (1885/1886), a segunda para defesa dos interesses dos grandes industriais alemães, franceses, ingleses, italianos contra os trabalhadores e o receio do comunismo, e que originou o nazismo e o fascismo. Valores europeus que incluem ainda o mercantilismo: tudo é mercado e valor de troca. O valor sagrado é o lucro, é extorquir o outro, e quanto mais melhor.

Eu não julgo a História, mas não a subverto. Não faço moral com balas e intenções, as minhas balas e as minhas intenções não são boas e as dos inimigos são más (há especialistas contratados para realizarem essas purificações).

Quanto ao cerimonial do Parlamento Europeu, tratou-se, pois, de um sermão para crentes, em que Ursula Von der Leyen tanto surge nas fotos das agências com o fácies tenso de um pregador na quaresma, a falar sobre o apocalipse, como aparece deliberadamente fotografada com o halo angiográfico das estrelas da União sobre a cabeça: uma virgem Santa que vem à Terra converter a Rússia em cacos. O Parlamento Europeu passou a ser sucedâneo da Gruta de Lurdes, em França, e da Azinheira com capelinha de aparições de Fátima, em Portugal! Estamos (ou continuamos no mundo ditatorial da Fé! A comissão de Bruxelas presidida por Ursula Von der Leyen assumiu o papel dos Três Pastorinhos de converter a Rússia, não ao catolicismo romano, mas à ordem militar do Pentágono Americano e à ordem económica do Dólar e da Reserva Americana (o FED)!

Em termos realistas, racionais, de senso comum e nos termos do economês dominante e não nas divagações mais ou menos esotéricas e de catequistas dos meninos de Deus da presidente da Comissão Europeia: Afinal qual é o valor da marca U E no mercado global? Como vêm os players (sic) mundiais o produto U E?

A atual guerra na Ucrânia e a atual Comissão Europeia situaram a União Europeia na banca de produtos da “fileira” dos agentes dos Estados Unidos. Entre uma ordem mundial multipolar em construção após o fim da URSS, de partilha de poder mundial entre vários polos que negociariam entre si partes de poder, sem hegemonia de um só, a atual câmara dos Lordes da União Europeia optou de cabeça pela ordem unipolar, pelo domínio de um só senhor, pela servidão e o alinhamento pelas suas estratégias de poder contra todos os que a contestam. Foi uma opção e é irreversível. Tem custos. Tem riscos. A presidente da Comissão explicou os custos, as consequências e os riscos a curto e médio prazo? Falou sobre o que vai afetar a vida da atual geração ativa da Europa e da que se lhe seguirá, os que terão 25 anos em 2040/2050? De Ursula, sobre o assunto central, nem uma palavra! Ela optou pela atitude com que o escritor francês Boileau satirizou a posição do rico, ambicioso e manhoso Valentin Conrart (Paris 1603–1675) de não falar de determinado assunto por não lhe convir referir-se a ele: «J´imite de Conrart le silence prudent».

A União Europeia é presidida por um orfeão de Conrart!

Os inimigos dos EUA passaram a ser os inimigos da U E, logo, a U E passou a ter por inimigos os inimigos dos EUA, com todas as consequências de abdicar de estabelecer alianças convenientes e distintas, de ser autónoma e interlocutora com voz própria no mundo!

Isto é, nas reuniões mundiais, a U E passou a sentar-se na segunda fila, nos banquinhos dos assessores, dos ajudantes de campo, dos conselheiros e dos adjuntos das delegações dos EUA. Bem analisadas as coisas, o Euro, a emissão de uma moeda comum, deixou de fazer sentido. A moeda do império a que a U E se submete é o dólar. Os ingleses sempre assim agiram. A Libra é um dólar com a foto de um regente local com uma coroa na cabeça! As fontes de energia e de matérias primas essenciais para as indústrias europeias passaram a ser determinadas pelos EUA, quer pela autorização quer pela negação do acesso — daí o domínio americano do Médio Oriente (onde a Europa não existe) e a expulsão em curso dos Estados Europeus (da França em particular — dado os ingleses serem sócios por parte dos Estados Unidos das zonas de África produtoras de petróleo (energia) e de terras raras (caso do Congo, da Zâmbia e até de Angola) de onde são extraídos os materiais indispensáveis para os novos produtos de alta tecnologia.

As rebeliões no Mali, no Niger, no Congo, em Cabo Delgado/Moçambique radicam nesta estratégia dos nossos senhores que carinhosa e hipocritamente nos tratam por “bons amigos”, “bons e fiéis aliados” quando lhes convém — como atualmente, ou ao coice e pontapé quando a sua estratégia é outra, como durante a administração Trump. A União Europeia a tudo se submeteu desde que deixou Durão Barroso, o lacaio escolhido por Blair com a anuência de Bush Jr. ser presidente da Comissão Europeia, abrindo o caminho que trouxe Ursula Von der Leyen, a finalizadora do projeto de transformação da U E num animal doméstico da Casa Branca.

Este é o estado geral da União Europeia.

Quanto ao estado particular: A estratégia dos Estados Unidos para a sua frente no Ocidente mantem-se desde os anos 90 e foi definida por Zbigniew Brezezinski, conselheiro para a segurança de Jimmy Carter — e que num livro publicado em 1997— The Grand Chessboard American Primacy and Its Geostrategic Imperatives, (o grande tabuleiro de xadrez, a hegemonia americana e os seus imperativos estratégicos) definiu os objetivos permanentes dos Estados Unidos, os seus interesses vitais, as áreas de intervenção para o domínio e os agentes e forças complementares para a consecução dos seus objetivos.

A União Europeia era desde os “pais fundadores da “comunidade do carvão e do aço” e da CEE um espaço de lealdade duvidosa para a estratégia dos EUA. O Reino Unido recebeu com entusiasmo e competência a tarefa de minar a U E e as intenções de autonomia desta no jogo de poder mundial. Tendo desempenhado o seu papel de Cavalo de Troia com Tatcther, continuado por Blair e finalizado por Boris Johnson, com o Brexit que a triste Theresa May teve de conduzir, a União Europeia estava no ponto para decidir ser peão na estratégia de longo prazo dos EUA para tentarem manter a sua hegemonia mundial. Para ser um peão entre outros peões: o grande peão, o Reino Unido — o peão para o flanco norte da Europa e o cavalo de Troia para minar qualquer veleidade de autonomia da U E; Israel, o grande peão do flanco sul da Europa e Médio Oriente, para os trabalhos mais sujos que garantam aos EUA o controlo do petróleo no antigo Crescente Fértil — a península arábica e a faixa de se estende pelo que são hoje os estados da Arábia, e da sua península do acesso ao mar Vermelho e daí ao Índico, da Síria, do Iraque e do Irão. Israel, a ponta da lança dos Estados Unidos mantém uma guerra permanente e de desgaste com os palestinianos, com os sírios, com o Irão. Faltava o ferro da lança para atacar o centro da Europa e ameaçar a Rússia, o que Brezezinski designou como o espaço da Euroasia — a velha rota de invasão europeia à Rússia, a rota de Napoleão e de Hitler: dois líderes paranoicos. A União Europeia ofereceu-se para esse papel de vassalo (numa terminologia aristocrática) ou de sendeiro (em termos mais rudes) para realizar a terceira tentativa de destruir a Rússia. (A invocação da luta ideológica utilizando o argumentário dos antagonismos liberalismo-comunismo; democracia-ditadura; imperialismo-respeito pelas soberanias nacionais; respeito pelos direitos e violação, são meras falácias. Israel é tão teocrático quanto a Arábia Saudita e muito mais do que a Siria, os oligarcas russos (e também os ucranianos) utilizam os mesmos processos dos oligarcas americanos (embora estes sejam designados por multimilionários de sucesso a bem da humanidade), os direitos do homem, em particular de minorias, não é maior nos Estados Unidos, ou na Hungria (por exemplo com os ciganos) do que na Rússia e na China, a possibilidade de democraticamente ser alterado o regime de distribuição de riqueza não é maior nos Estados Unidos (nem na UE) do que na Rússia. O condicionamento da liberdade de expressão é um dado em todos os regimes, apenas com diferenças nos métodos (a comunicação social portuguesa é um bom exemplo de condicionamento e acriticismo). Submetidos e em boa quantidade convertidos ao discurso visionário e pregador adventista, de moralidade de beática, não temos os da U E, uma séria base de autoridade moral para atirar pedras aos vizinhos, enquanto nos acolhemos à proteção do grandalhão chefe do nosso bando! A desculpa da obediência a ordens superiores foi considerada inválida desde o julgamento de Nuremberga e dos julgamentos dos criminosos nazis.

O estado atual da U E é o de assumir a paranoia de Napoleão e de Hitler, por conta de Washington e esperar que as coisas, agora, depois de duas enormes derrotas e catástrofes, corram bem e que a Europa à terceira derrote a Rússia e tome Moscovo. O mais provável é a Europa ficar na situação de Israel a gerir uma guerra de desgaste, de crimes permanentes como a que decorre na Faixa de Gaza ou na Cisjordânia, enquanto tal for do interesse dos EUA. Este é o verdadeiro estado da União!

Para o mundo, para os outros espaços que vêm a União Europeia de fora, esta é um instrumento americano e analisam o seu valor comparando com os outros agentes locais dos Estados Unidos: no Ocidente, o Reino Unido e Israel. Se as forças da União Europeia, equipada com os seus melhores materiais e tecnologias, embora operados pelos soldados ucranianos e outro mercenários (combatentes da Liberdade na senda daa Al Qaeda e dos Talibans) não vencerem a Rússia, a União Europeia passa a valer menos que Israel, que consegue manter a instabilidade no Médio Oriente. E passa também a valer menos que o Reino Unido, que conseguiu castrar a autonomia europeia. Isto no Ocidente.

Quanto ao Oriente, na zona da Ásia-Pacífico, a União Europeia passa a valer menos que os valetes americanos na região, passa a valer menos que o Japão, a Coreia do Sul e Taiwan (daí o renovado interesse dos estrategas americanos pela Ilha da China Continental).

É, pois, ao nível de Israel, do Reino Unido, do Japão, da Coreia do Sul e de Taiwan que a União Europeia agora se situa, ou com os quais deve ser comparada.

Deixem os pregadores da U E — da senhora Von der Leyen ao chanceler alemão, de Sanchez de Espanha a Macron em França de falar de valores e de antigas grandezas europeias! Ou façam-no apenas no dia das Bruxas, ou pelo Natal, com desejos de Boas Festas, ou na celebração do dia em que a agente da CIA Victoria Nuland, atual subsecretária de estado dos negócios estrangeiros do governo de Biden, afirmou em Kiev durante a preparação do golpe da Praça Maidan: Quero que a União Europeia se Foda! Fuck the European Union!, disse a senhora de fino trato ao embaixador americano!

A União Europeia aceitou sem um respingo de dignidade a desconsideração da Vitória Nuland, mas Von der Leyen disfarçou a ofensa com o velho discurso miraculoso e perigoso do nacionalismo, o discurso de transformar fel em licor, recorrendo à artimanha da evocação das glórias do passado, da ilusão de grandeza histórica, de hegemonia europeia durante quase cinco séculos. Foi este produto que a doutora Von der Leyen ofereceu aos parlamentares que os europeus elegeram e que, ao que se sabe, se dividiram pelo aplauso partidário disciplinado e bovino, pelo silêncio e pelo abanar das orelhas. Cobardia parlamentar!

As próximas eleições europeias destinam-se a manter esta submissão à mentira piedosa (ou mal intencionada) que pretende esconder a decadência e insignificância da Europa.

Eu dispenso-me de participar na ratificação da capitulação. É um dos poucos direitos que me restam: Recusar integrar o rebanho na entrada para o redil; recuso votar para escolher gado para um rebanho que muge em uníssono, para um bando de aves que voa todo na mesma direção atrás de um guia que ninguém garante saber para onde vai, para uma multidão de ratos que segue o flautista de Hamelin até se afogar no rio, para integrar excursões de peregrinos que acreditam em milagres da fé, em vez da razão. Alguém disse — talvez Einstein — que era uma estupidez acreditar que repetindo ações, utilizando os mesmos fatores de uma equação se podem obter resultados diferentes dos das anteriores experiências. Parece que muitos dos europeus comuns vivem nessa crença que a Pastora Von der Leyen veio apresentar com um triste sermão ao Parlamento Europeu.

Abyssus abyssum invocat — O abismo atrai o abismo — frase do Salmo do Rei Davi. É o princípio das reações catastróficas — um erro desencadeia uma cadeia de erros que são a causa de uma situação catastrófica.

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A UE não tem vontade política própria

(Leonid Savin, in OrientalReview, 02/08/2023, Trad. Estátua de Sal)

Na véspera da cimeira da NATO, o The New York Times publicou um artigo da autoria de Gray Anderson e Thomas Meaney  intitulado “A NATO não é o que diz ser”. (Ver aqui).

No início do artigo abordam-se acontecimentos recentes, incluindo a admissão da Finlândia na NATO e o convite da Suécia, seguido de uma revelação extremamente importante:

 “Desde o início da sua existência, a NATO nunca se preocupou primordialmente com o reforço militar. Com 100 divisões em plena Guerra Fria sob o seu controlo, uma pequena fração dos efetivos do Pacto de Varsóvia, a organização não podia descartar a possibilidade de ter de repelir uma invasão soviética e mesmo as armas nucleares do continente estavam sob o controlo de Washington. Pelo contrário, o seu objetivo era atrair a Europa Ocidental para um projeto muito mais vasto, liderado pelos EUA, de uma ordem mundial em que a proteção americana servisse de alavanca para obter concessões noutras questões, como o comércio e a política monetária. Foi surpreendentemente bem-sucedida no cumprimento dessa missão”.

O artigo conta ainda como, apesar da relutância de alguns países da Europa de Leste em aderir à NATO, estes foram arrastados para tal, tendo sido usados todo o tipo de truques e manipulações. Os ataques a Nova Iorque em 2001 serviram os interesses da Casa Branca, que declarou uma “guerra global contra o terrorismo”, estabelecendo, de facto, esse mesmo terror, tanto literalmente (Iraque, Afeganistão) como figurativamente, encurralando com pontapés os novos membros da NATO. Isto foi feito porque estes países eram mais fáceis de controlar através da NATO.

Os autores também mencionam tarefas mais estratégicas dos EUA, dizendo que “a NATO está a funcionar exatamente como pretendido pelos planificadores norte-americanos do pós-guerra, levando a Europa a depender do poder dos EUA, o que reduz o seu espaço de manobra. Longe de ser um programa de caridade dispendioso, a NATO assegura a influência dos EUA na Europa a um preço barato. As contribuições dos EUA para a NATO e outros programas de ajuda à segurança na Europa constituem uma pequena fração do orçamento anual do Pentágono, menos de 6%, de acordo com uma estimativa recente.

A situação da Ucrânia é clara. Washington vai garantir a segurança militar, fazendo com que as suas empresas beneficiem de um grande número de encomendas europeias de armas, enquanto os europeus vão suportar os custos da reconstrução pós-guerra, algo para o qual a Alemanha está mais bem preparada do que para aumentar as suas forças militares. A guerra é também uma espécie de ensaio geral para uma confrontação dos Estados Unidos com a China, na qual não será fácil contar com o apoio europeu.

Para além da NATO, há um segundo elemento-chave controlado por Washington. É a União Europeia. Há mais de sete anos, o British Telegraph revelou que a UE não passava de um projeto da CIA (Ver aqui).

Nesse artigo afirmava-se que a Declaração Schuman, que deu o mote para a reconciliação franco-alemã e que conduziu gradualmente à criação da União Europeia, foi inventada pelo Secretário de Estado americano Dean Acheson durante uma reunião no Departamento de Estado.

O Comité Americano para a Europa Unida, presidido por William J. Donovan, que durante os anos de guerra dirigiu o Gabinete de Serviços Estratégicos, com base no qual foi criada a Agência Central de Informações, era a principal organização de fachada da CIA. Outro documento mostra que, em 1958, este comité financiou o movimento europeu em 53,5%. O seu conselho incluía Walter Bedell Smith e Allen Dulles, que dirigiram a CIA nos anos cinquenta.

Por último, é igualmente conhecido o papel dos Estados Unidos na criação e imposição do Tratado de Lisboa à UE. Washington precisava dele para facilitar o controlo de Bruxelas através dos seus fantoches.

Mas, atualmente, nem isso parece ser suficiente para os Estados Unidos. No dia anterior, num artigo publicado no The Financial Times, o antigo embaixador dos EUA na União Europeia, Stuart Eizenstat, foi citado como tendo dito que era necessária uma nova estrutura transatlântica entre os EUA e a UE, comparável à NATO, para resolver os problemas modernos. (Ver aqui).

Ele apontou para a necessidade de criar um novo formato de coordenação, ou seja, de facto, a criação dos Estados Unidos da América e da Europa, onde os Estados europeus seriam, por todos os meios, apêndices dos Estados Unidos, cumprindo a vontade política de Washington.

Por conseguinte, todas as declarações e afirmações da Alemanha e da França sobre a sua autonomia estratégica podem ser consideradas palavras ocas de sentido.

Ducunt Volentem Fata, Nolentem Trahunt (“os destinos conduzem os que querem e arrastam os que não querem”), como se dizia na Roma antiga. Pode ser desagradável para muitos europeus aperceberem-se deste facto. No entanto, o facto é que os países da Europa estão a ser arrastados pelos colarinhos para onde não querem ir.

Original aqui.


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A UE está superinvestida no projeto de guerra ucraniano 

(Por Alastair Crooke, SakerLatam.org, 22 de maio de 2023)

A Ucrânia não é uma questão autónoma de política externa, mas sim o pivô em torno do qual as perspectivas económicas da Europa irão girar.


Ler artigo completo em:

A UE está superinvestida no projeto de guerra ucraniano – Comunidad Saker Latinoamérica


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