Leal Coelho diz que Marcelo a apoiou; Marcelo desmente

(In Expresso Diário, 29/09/2017)

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A Presidência da República colocou um comunicado no seu site reprovando “qualquer tentativa de aproveitamento ou manipulação da sua posição” por parte de candidatos às eleições autárquicas. “Como é evidente, o Presidente da República não apoia nenhuma candidatura eleitoral”, enfatiza o comunicado de Belém. Uma reação oficial, e violenta, depois de Teresa Leal Coelho ter alegado que o chefe do Estado lhe teria manifestado apoio, com “um beijinho de última hora”.

A candidata do PSD colocou na sua página de Facebook um video de 13 segundos, no qual se vê Marcelo Rebelo de Sousa dentro do seu carro de Estado, saudando, com o vidro em baixo, Teresa Leal Coelho e outra pessoa não identificada. Esse vídeo, entretanto retirado da página da candidata, tinha como legenda “Teresa Leal Coelho recebe um beijinho de última hora de Marcelo Rebelo de Sousa”.

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“Veio dar-me uma palavra amiga, de apoio”, disse Leal Coelho ao Observador, que estava a acompanhar a campanha da candidata, numa das zonas históricas de Lisboa. Uma fonte da Presidência apressou-se a desmentir essa informação, mas o vídeo continuava online no Facebook, e não tardou o desmentido oficial.

Afinal, Marcelo estava só preso no trânsito, a voltar da missa, quando a candidata o abordou dentro do carro. Ou, como relata a nota oficial: “Esta tarde, quando se dirigia da Igreja do Loreto para Belém, cruzou muitos lisboetas em diversas ações de campanha, de pelo menos três partidos, que saudou como sempre faz; quando estava no carro parado no trânsito, cruzou uma quarta candidatura, tendo a cabeça de lista atravessado a rua para o cumprimentar. Nada neste encontro autoriza qualquer interpretação de apoio específico”.

Autárquicas

(In Blog O Jumento, 28/09/2017)
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Tão amigas que nós éramos. Mas agora a Cristas vai mandar a “bola branca”, isto é a Leal Coelho, para o buraco…. 🙂

Rui Moreira aproveitou-se de um discurso de circunstância para numa manobra manhosa afastar o PS; estava convencido de que já não precisava do apoio do PS e que conseguindo manter Pizarro na sua equipa conseguia destruir o PS. Saiu-lhe o tiro pela culatra e agora luta de forma desesperada pela sobrevivência e nem o Centro de Sondagens da Católica escapa à sua raiva.
Passos Coelho insiste em lutar pela sobrevivência tirando o palco aos autarcas para fazer a sua própria campanha numas eleições autárquicas que o PSD transformou nas primárias para a sua liderança. Mas em vez de mudar o discurso não consegue superar o trauma de não ter conseguido apoio parlamentar para um governo minoritário e a cada intervenção lá vai exibindo o ressabiamento. Entretanto, como o discurso de André Ventura não parece ter dado resultado, Passos não vai aparecer a apoiar o seu maravilhoso candidato a Loures.
O que levará a Aximage a fazer sondagens para um concelho, Vila Real de Santo António, onde é suposto o PSD estar tranquilo? Acontece que a autarquia deste concelho é uma boa cliente de sondagens daquela empresa. A sondagem da Aximage vale o que vale, é um exemplo que mostra que sempre que uma empresa de sondagens faz uma sondagem devia inscrever uma declaração de interesses na sua ficha técnica. Há em Portugal várias empresas de sondagens que num dia trabalham para os partidos e no outro fazem sondagens onde o principal interessado é esse partido.
Assunção Cristas está batendo a Teresa leal Coelho aos pontos; se a campanha da líder do CDS parece ser uma campanha para uma associação de estudantes, a campanha de Teresa Leal Coelho faz lembrar um cortejo fúnebre. Cristas evitou a campanha nos lares de idosos; em contrapartida a Teresa Leal Coelho socorre-se dos idosos que lideraram o seu partido para conseguir a notoriedade que não tem. É caso para dizer que a Teresa não sabe andar de Lambreta.
A campanha de Medina não é má nem boa o que é normal num candidato a quem tudo corre bem. A única força da oposição que enfrenta na capital são os administradores e multadores da EMEL que parecem fazer tudo o que está ao seu alcance para perseguir e tramar a vida dos lisboetas, com obras mal geridas onde não se respeitam os peões ou com uma caça miserável à multa como os portugueses nunca tinham assistido na capital.

 


Fonte aqui

UM HABILIDOSO INÁBIL!

(Joaquim Vassalo Abreu, 18/09/2017)

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“Habilidadezinha”, disse ele! Tal como eu que, quando não sei o que hei-de dizer, recorro a uma habilidade, mas apenas linguística. Como agora! Mas eu sou eu e ele é ele! E ele, franca e nitidamente, não as sabe usar! É que não se faz perceber, estão a ver?

Daí que Centeno lhe tenha respondido como respondeu, e ele tenha ficado quedo e mudo pois,  habilidade por habilidade, vale incomensuravelmente mais a que tem eficácia.

Por exemplo: quando ele afirma que a votação em Lisboa da sua Leal “Treza” vai ser uma “grande surpresa”, o que é isso se não uma enorme “habilidadezinha”?

Mas porquê, perguntarão e com toda a legitimidade? Porquê este pensamento dúplice? Isto é: quererá ele dizer que a sua Leal “Treza” vai ter uma estrondosa votação que ninguém augura e vai bater a Cristas por um fulminante KO ou nem que seja na linha de chegada e por um mais saliente peito que atinge mais rapidamente a fita? Ou desejará ele, usando essa mesma dúplice habilidadezinha, admitir que, enfim, vai ficar abaixo das suas expectativas e inapelavelmente atrás da Cristas? Pois é…

É que isto tem muito que se lhe diga! Recordem, então, quem avançou com uma candidatura, embora sem candidato, a Lisboa. Quem foi? Foi ele? Não, foi a Distrital ou Concelhia, já nem sei, sob o inequívoco patrocínio do seu visível opositor José Eduardo Martins. Lembram-se? O nome do candidato(a) nunca mais saía, mas o seu opositor, José Eduardo Martins, lá ia fazendo o programa! É que para ele qualquer candidato(a) servia!

Mas o nosso “habilidoso” não estava nem aí: já tinha programa e só lhe faltava o candidato(a), coisa que aos espertalhões desses opositores não cabia escolher, daí que, fosse qual ele fosse e fosse qual fosse o resultado final, nunca tal seria de sua única responsabilidade. Daí que a “Grande Surpresa”, fosse ela boa ou má, teria sempre culpados a correr mal e vencedores a correr bem, sendo que a culpa nunca seria dele, em caso de desastre, mas sim do programa…dos tais opositores! Estão a ver, uma vez mais? E uma mesmo que pírrica vitória (leia-se ficar à frente de Cristas), da por si nomeada candidata seria uma grande vitória e uma “grande surpresa”!

Mas qual vai ser, então, essa “Grande Surpresa”? A “Grande Surpresa”, que ele afirma com toda a sua “habilidade”, e tal como as sondagens indiciam, é a sua Leal “Treza” ficar mais ou menos empatada com a CDU e BE! Quem perde então? O José Eduardo Martins e a estratégia da sua oposição! E se ficar à frente da Cristas quem ganha? Ele, claro, pois conseguiu desvalorizar a sua oposição e enganar as sondagens!

Mas a Leal “Treza” poderá ganhar Lisboa e torná-la efectivamente “Mulher”? Bem, isso é como eu ganhar o Euromilhões, para não dizer o Milhão, mas que Lisboa se pronuncia no feminino e o Porto, por exemplo, no masculino, isso é uma evidência. E que Lisboa, a tal “Mulher”, tem duas mulheres concorrendo contra um homem, também o é. Mas que o homem vai ter o dobro da votação das duas juntas, que mesmo juntas não fazem uma “mulher”, e muito menos uma Lisboa, isso também é seguro. E que a sua Leal “Treza” vai sair dali esbracejando e culpando os dois, também o é.

De modo que o “habilidoso” por muito que não o queira, vai perder sempre: Nem a sua Leal “mulher” vai representar a Lisboa Mulher e, pior ainda, vai ser governada por um homem e a ela restar-lhe-á, mais uma vez, o refúgio do parlamento.

O José Eduardo Martins, esse vai ficar sempre a rir-se e a pensar: não é um habilidoso qualquer que me trama…

E “toma”, pensará ele também…


Fonte aqui