(In Blog O Jumento, 28/09/2017)

Tão amigas que nós éramos. Mas agora a Cristas vai mandar a “bola branca”, isto é a Leal Coelho, para o buraco…. 🙂
Rui Moreira aproveitou-se de um discurso de circunstância para numa manobra manhosa afastar o PS; estava convencido de que já não precisava do apoio do PS e que conseguindo manter Pizarro na sua equipa conseguia destruir o PS. Saiu-lhe o tiro pela culatra e agora luta de forma desesperada pela sobrevivência e nem o Centro de Sondagens da Católica escapa à sua raiva.
Passos Coelho insiste em lutar pela sobrevivência tirando o palco aos autarcas para fazer a sua própria campanha numas eleições autárquicas que o PSD transformou nas primárias para a sua liderança. Mas em vez de mudar o discurso não consegue superar o trauma de não ter conseguido apoio parlamentar para um governo minoritário e a cada intervenção lá vai exibindo o ressabiamento. Entretanto, como o discurso de André Ventura não parece ter dado resultado, Passos não vai aparecer a apoiar o seu maravilhoso candidato a Loures.
O que levará a Aximage a fazer sondagens para um concelho, Vila Real de Santo António, onde é suposto o PSD estar tranquilo? Acontece que a autarquia deste concelho é uma boa cliente de sondagens daquela empresa. A sondagem da Aximage vale o que vale, é um exemplo que mostra que sempre que uma empresa de sondagens faz uma sondagem devia inscrever uma declaração de interesses na sua ficha técnica. Há em Portugal várias empresas de sondagens que num dia trabalham para os partidos e no outro fazem sondagens onde o principal interessado é esse partido.
Assunção Cristas está batendo a Teresa leal Coelho aos pontos; se a campanha da líder do CDS parece ser uma campanha para uma associação de estudantes, a campanha de Teresa Leal Coelho faz lembrar um cortejo fúnebre. Cristas evitou a campanha nos lares de idosos; em contrapartida a Teresa Leal Coelho socorre-se dos idosos que lideraram o seu partido para conseguir a notoriedade que não tem. É caso para dizer que a Teresa não sabe andar de Lambreta.
A campanha de Medina não é má nem boa o que é normal num candidato a quem tudo corre bem. A única força da oposição que enfrenta na capital são os administradores e multadores da EMEL que parecem fazer tudo o que está ao seu alcance para perseguir e tramar a vida dos lisboetas, com obras mal geridas onde não se respeitam os peões ou com uma caça miserável à multa como os portugueses nunca tinham assistido na capital.
Permito-me subscrever tudo o que O Jumento diz. Só uma ligeira dúvida. Há muito que por certo o autor não vai a Vila Real de Santo António. Se fosse, sabia que o Luisinho deixou a Câmara em fanicos com os acordos celebrados com Cuba, com dinheiros gastos e ainda mal explicados e, numa terra pacata e conservadora, assumir uma relação gay e o descalabro musical que virou anedota pública com as visualizações na net, deixaram o seu sucessor em maus lençóis. Todos gostavam muito do Luisinho, e por isso olham com desconfiança para quem lhe sucede. Será que é outro igual? Independentemente das relações perigosas que aponta e com razão, a sondagem tornou-se necessária para o PSD, quanto mais não seja para ver se existe perigo de vir um novo Bonança, que deu cabo do comércio na bonita cidade pombalina.
Quanto ao resto, é por demais notório que PSD e CDS transformaram as eleições autárquicas em legislativas, focando o assunto na avaliação dos eleitores à geringonça e apelando ao medo do papão que são as forças de extrema esquerda, tentando amedrontar os cidadãos, em especial os mais idosos. Esquecem-se que estas são as eleições onde os candidatos estão mais próximos dos eleitores do que os próprios partidos com que os eleitores simpatizam, e isso faz toda a diferença, podendo daqui resultar um enorme descalabro, anunciado para o PSD, menos visível para o CDS. Acredito que pouco são os que conhecem um tal Almeida no Porto, ou Teresa Leal em Lisboa, pelo que não se espera outra coisa no PSD senão um enorme descalabro, com a agravante que o voto pode deslocar-se para o CDS e por em crise a liderança da oposição, que na prática já existe..
Bons votos, boas vitórias e, esperamos, grandes derrotas.