(Hugo Dionísio, in canalfactual, 27/09/2023)

Ele entrou, em passo inseguro de quem está marcado pelo peso da História…. Poderia ser confundido com Biden, na forma como se arrastou pela sala e pela forma como dormiu na sessão. Mas estava no Canadá! Contudo, tal como fariam com Biden, a sala de pé, em uníssono, aplaudiu o subitamente célebre “convidado”.
Cada um dos 338 presentes, na Câmara baixa (Casa dos Comuns) do Parlamento, vigorosamente aplaudiu, assumindo a responsabilidade pelo peso histórico que a situação, em si, exigia. O momento era irrepetível, especial, único na sua essência. Afinal, desde há mais de 78 anos, que uma figura com a identidade política em questão, era recebida em apoteose, num qualquer Parlamento. O aplauso eufórico a um combatente da 2ª grande guerra, com 98 anos, era em si uma oportunidade única. Já não restam muitos, e da qualidade do homenageado, ainda menos. Nunca se sabe se mais alguma vez, aqueles 338 “diligentes” parlamentares, voltarão a ter tal oportunidade.
A cereja no topo do bolo foi, sem dúvida, a monumental particularidade deste combatente, da segunda guerra mundial, ser ucraniano, galiciano (berço do nacionalismo ucraniano) e, mais importante que tudo, ter combatido a URSS. Nacionalidade ucraniana quando associada a anticomunismo, só pode resultar numa poderosa mistura “democrática”, nos dias de hoje. Isto, claro, a fazer fé na doutrina propagada em infindáveis horas de comentário, pela comunicação social do costume.
A própria comunicação social do costume, no próprio dia, encarregou-se de noticiar a efeméride, como um acontecimento sensacional, uma espécie de reencontro entre pai e filho desavindos, materializado pela visita de Zelensky ao Canadá e só tornada possível por causa da “irrefletida invasão de um louco”.
Diz a lengalenga teológica neoliberal que todos os problemas do mundo aí começaram. O dia 24/02/2022, está para o Ocidente como a expulsão de Adão e Eva do Paraíso está para a teologia cristã. Até 24/02/2022 o mundo era uma coisa maravilhosa, sem pecado nem consciência do mal. Vivíamos todos em paz e amor, nada nos faltando. Até que um dia, um homem “louco, solitário e doente” decidiu cometer o pecado da ganância e da cobiça do alheio… Nesse dia, o Paraíso acabou e começou a história humana… A história do bem contra o mal.
E tal é a impreparação para estas coisas do reino da maldade humana – mas apenas de alguns humanos – que: 158 deputados do Partido Liberal (a IL da terra); 119 do partido conservador (o Chega lá do burgo); 33 do partido do Quebeque (o PS local); 25 do partido democrata (o PSD lá da aldeia); 2 do partido Verde (o PAN lá do sítio) e 1 independente; todos e cada um aplaudiram, consciente ou inconscientemente, Yaroslav Hunka, um veterano, voluntário (portanto, consciente) da Primeira Divisão Ucraniana, conhecida como a Divisão Armada – SS Galicia ou a 14ª Divisão armada das SS. Nada mais, nada menos, sob comando direto das tropas nazis.
Tempos houve em que tal cartão de identidade provocaria, desde logo, a maior das repulsas. O simples facto de um fulano ser apresentado como combatente contra a URSS faria despertar os alarmes e, mesmo os mais envergonhados, retirar-se-iam de tal associação.
Mas, o facto desses tempos terem passado, não abona, não desculpa, não torna mais compreensível, a atuação dos parlamentares e governantes canadianos. Apenas torna tudo muito mais grave. O facto de tal suceder no “europeizado” Canadá, ajuda também a demonstrar a gravidade da situação atual no “Ocidente coletivo” e situação atual de elevado estado de decomposição dos valores morais, da memória histórica e da identidade coletiva, destes países que se auto designam por baluartes da liberdade no mundo. Como se a ignorância e a mais cobarde e oportunista das cumplicidades, pudessem conviver com a mais sã das liberdades.
Não poderia haver imagem mais arrebatadora, desconcertante e significativa da falta de seriedade e impreparação política, da hipocrisia doentia e do cego seguidismo, do que a imagem de um nazi a ser agraciado no parlamento canadiano. Eis onde escoa o branqueamento do nazismo e fascismo, sob o qual se ergue o chamado “nacionalismo ucraniano”, made in Galícia (território que até 1945 nunca tinha sido da Ucrânia da Rússia, que outra não havia). Tal branqueamento e cumplicidade, levados a cabo pelos apoiantes e agentes do sistema neoliberal EUA/NATO/EU, desaguam, de forma inexorável e trágica, na promoção da mais agressiva instituição de governação que o ser humano já conheceu: o fundamentalismo reacionário que o nazismo representa, estando presente, sob outras roupagens, em tantos e tantos episódios trágicos da História humana.
Com efeito, hoje, todos têm que dar razão a todos aqueles que chamavam “fascistas” aos que compactuavam, calavam ou branqueavam práticas fascistas ou reacionárias. Tantas vezes ouvimos dizer “para eles é tudo fascista”. Por mais radical que pudesse parecer, era o medo de quem sofreu, na pele, os efeitos nefastos do fascismo, que faziam com que os alarmes soassem quando surgia a mais ténue condescendência com o flagelo fascista, nazi e reacionário.
É que, não são, as elites que nos governam, hoje e ontem, que sofreram as amarguras do fascismo. Quem sofreu a violência e a miséria fascista e nazi, foram os povos trabalhadores e os seus representantes.
É a criança que tem de ir trabalhar, em vez de ir para a escola, quem sofre com o analfabetismo. O filho do industrial, do comerciante rico, esse vai para o colégio privado, para uma universidade no exterior, se não as houver no interior, ao seu gosto.
É o idoso doente que, esgotado de dor, por falta de cuidados de saúde, depois de uma vida de trabalho árduo, quem sofre por não haver hospitais públicos. O pai ou mãe do senhor empresário, do CEO ou do investidor acionista, esses vão para um qualquer hospital privado, ou, uma vez mais, para o exterior.
É o trabalhador, com um misero salário, quem vai morar em tendas, carros, nas barracas ou na rua, por não haver políticas públicas de habitação. O senhor investidor, chateia-se porque não sabe para que mansão há de ir pernoitar… Hoje, tudo isto está a voltar, assistindo-se a uma aceleração dos processos de acumulação capitalista à custa do empobrecimento da classe trabalhadora. Nem a mais reacionária extrema-direita, ou a mais condescendente das sociais-democracias, conseguem negar isto!
E volta porque deixou de ser crime, deixou de ser de mau tom, ser-se fascista, ser cúmplice do fascismo, branquear o fascismo, o nazismo. Hoje, os parlamentos ocidentais recebem, de Zelensky a representantes dos Azov, assumidamente fascistas, assumidamente xenófobos. Isto sucede porque no estágio histórico em que nos encontramos, os interesses económicos ocidentais sentem o chão a fugir-lhes e, com ele, o controlo hegemónico que pensavam manter sobre o mundo. Sem esse controlo hegemónico, vai-se a pilhagem do Sul Global; sem a pilhagem do Sul Global, sobra a pilhagem em casa. Eis a razão pela qual o neoliberalismo acelerou a exploração, porque é que os “Parlamentos” ocidentais estão cada vez mais carregados de direita radical e extrema-direita, emagrecendo a esquerda, mesmo a que falsamente se diz “moderada”; eis a razão pela qual as nossas condições de vida, todos os dias, se degradam; eis a razão porque o bolo Russo se tornou, uma vez mais, tão apetitoso, ao ponto de se voltar a fomentar a russofobia e, à boleia, e por ser o bolo de quem é, o fascismo e o nazismo.
É por tudo isso que é indesculpável, sob qualquer perspetiva, o comportamento do poder canadiano, do poder estado-unidense, do poder europeu. Todos saídos da mesma parideira capitalista, neoliberal, neoconservadora e reacionária. Se para mim é grave alguém, conscientemente, apoiar e homenagear um combatente nazi, ou uma sua iteração, como Zelensky; mais grave se torna fazê-lo, sem sequer o perceber! Ou, até, tendo medo de o perceber, não vá o tacho deixar de existir!
Quando ouço Anthony Rota pedir desculpa e, tornado bode expiatório, dizer que “tudo foi obra minha”; quando ouço Trudeau, uma figura de homem duplicado, de fatinho azul corporate neoliberal, dizer que “foi embaraçoso”; ou, representantes do partido liberal dizerem que “não se tinham apercebido”, limpando-se da responsabilidade política que têm… Apenas posso perguntar: Mas que gente é esta que nos governa? Que plástico deslavado e de má qualidade é este? Que seres são estes, sem espinha dorsal, sem memória histórica e identidade política? De que escola de lavagem cerebral, de que linha de montagem de drones, ou de que universidades da Ivy League, saíram?
Na sua irresponsabilidade, como sempre, não demoraram a declarar-se inocentes de tal feito, chegando ao ponto de, Trudeau, dizer que, o problema principal é “a propaganda russa feita a partir deste incidente”. Claro, o problema não é eles apoiarem nazis, o problema é os russos acusarem-nos disso… Porque isso é propaganda, certo? Eis ao que chega a desfaçatez! Dizer a verdade, passou a ser propaganda!
Também gravíssimo é hoje isto estar a ser discutido na praça pública, simplesmente, porque o poderosíssimo e riquíssimo lobbie sionista se manifestou e exigiu explicações. Não fossem os próprios donos disto tudo se sentirem ofendidos e… uma vez mais, a par de tantas outras, todos os dias, esta informação seria cancelada, apagada da memória coletiva e tratada como propaganda russa, sempre que alguém tivesse coragem de a denunciar. E não querendo eu apagar o sofrimento judeu às mãos do terror nazi (também não foram os únicos), é exemplo disto que refiro, o tratamento que é dado hoje, no Ocidente, à causa palestiniana e o total apagamento do sofrimento do povo palestiniano às mãos do terrorismo fascista sionista.
É, pois, muitíssimo triste que, alguém que se diga “democrata”, possa dizer que ouviu que se tratava de um ucraniano que combateu a URSS e não identifique logo, automaticamente, a possibilidade única de ele ser nazi; é ainda mais triste que tais pessoas sejam representantes “eleitos” de uma Nação. Tal circunstância demonstra a total impreparação desta gente para governar nem que seja a sua própria casa. É preciso ter um tal nível de desconhecimento histórico, aliado a uma ignorância extrema do modo de funcionamento da sociedade, que só o facto de assim serem os devia, desde logo, desqualificar para qualquer cargo público, quanto mais para se ser primeiro-ministro como Trudeau.
Mas esta situação também nos mostra o que é a comunicação social do costume, feita da mesma massa seguidista, acrítica e amorfa. Trata-se de um exército de drones a fazer lembrar os filmes de George Lucas. É impensável que, 78 anos depois de derrotado o nazi-fascismo, tenhamos chegado, pela via da lavagem cerebral, produzida nas melhores escolas, universidades e imprensa que o capitalismo pode comprar, a tal nível de ignorância, impreparação ou cumplicidade. Tão bons a cumprir e tão maus a pensar por si próprios. E depois… querem mandar no mundo inteiro! Não hão de eles apelidar de ditadores todos os que, muito justamente, não os deixam colocar-lhes a pata em cima!
Tudo isto leva-me a pensar sobre o que leem, que fontes consultam, quem ouvem e como se aconselham estes seres. Como podem ser todos tão iguais, não por um qualquer processo de osmose orgânica coletiva, mas através de um processo inverso, o do individualismo exacerbado, o qual, produzido nas mesmas fábricas, debita seres separados, mas sempre iguais.
A forma quase pueril como muitos são manipulados, não tomando contacto com as provas, mais do que retumbantes, de que os grupos neonazis integraram toda a estrutura de poder na Ucrânia; que foram estes grupos que fizeram Maidan; que foram os EUA quem os apoiou para os atirar contra a Rússia e produzir uma guerra por procuração, à custa do povo ucraniano e russo; que o ódio anti russo praticado não é salutar, é doentio; que os símbolos nazis são celebrados, na Ucrânia, por toda a parte; que Bandera era o líder de gente como Yaroslav Honka; que o banderismo é doutrina nacional na Ucrânia do regime de Kiev; que os símbolos nacionais eram os símbolos do neonazi Bandera; que o regime de Kiev e os países bálticos, dominados por partidos de extrema-direita, perseguem os povos de origem russa… Como é que, estando tudo isto provado, documentado e amplamente noticiado, nenhum destes drones, canadianos, europeus, ou portugueses, se questiona e o denuncia?!
Não é desculpa, também, esta informação ter deixado de circular na comunicação social do costume; não é desculpa esta informação ser apelidada de “propaganda russa ou de Putin”; não é desculpa que, quem a divulga, seja objeto de perseguição e cancelamento… Aos representantes de nações que se dizem “livres, democráticas e humanistas” teria de se exigir muito mais… Ao menos que tivessem pensamento crítico, perspetiva histórica e filosófica da vida. Mas nada… Nem um vislumbre. E quem a tem…. Tem medo de a assumir… O que também diz muito do ambiente em que vivemos e da luta de vida ou morte que se trava entre o bloco imperialista liderado pelos EUA e o Sul Global, liderado por Rússia, China, India, Irão, Brasil e África do Sul, entre outros. Uma luta entre um mundo governado por um, e um mundo multipolar, governado por todos!
Não é, de agora, que sinto que, quanto mais alto na hierarquia se senta um representante do establishment, mais medo ele tem de falar, mais genérico é o seu discurso e mais vazio de conteúdo se torna. Não é à toa que o discurso de Marcelo foi um buraco negro sugador de espaço vazio. Querer estar em cima de um muro sem ofender uns e querendo agradar a outros…. É impossível.
Esse medo, esse alinhamento e a identificação entre os representantes diminutos, médios e intermédios, para com os seus superiores, sentados do outro lado do Atlântico (que por sua vez respondem a outros ainda maiores que circulam nos seus jatos e veleiros pelo mundo), já se tornou tão constatável, tão visível a olho nu e tão desprezível para quem tem um mínimo de pensamento crítico, que Scholz, na 78ª Assembleia Geral da ONU, teve de discursar para uma sala completamente vazia. Afinal, Biden já tinha falado… O que poderia dizer Scholz que Biden não tivesse já dito? O Sul Global não esperou nada dele, mas tão pouco os seus pares foram capazes de prever qualquer diferença… Conhecem-se de ginjeira e o roteiro é o mesmo! Nem uns, nem outros, estiveram presentes, sendo esse momento, uma imagem trágica do que se tornou a Alemanha, de hoje. Um país quebrado na sua alma, no seu orgulho, na sua identidade.
E é assim, que entre declarações de branqueamento do fascismo e do nazismo (compará-lo ao socialismo da URSS é branqueá-lo!), de diabolização da URSS e da Rússia, de desacoplamento da China porque nela não mandam (“desarriscar”, dizem) e de ver partidos como os “socialistas”, sociais democratas, os verdes, não apenas a compactuarem com a eliminação dos seus congéneres na Ucrânia, como ainda a receberem em loas o obreiro de tal tarefa… que me leva a dizer que, hoje, 78 anos após a derrota do nazi-fascismo, a Europa Ocidental (já para não falar dos EUA e do Canadá), voltou a demonstrar que o roteiro político que desagua no fascismo, na xenofobia, na intolerância e no ódio à diferença, está bem vivo e com saúde crescente.
Bastou que os EUA, especialistas em purgas anticomunistas, ao longo do século XX, e já neste século XXI, em profunda crise sistémica, olhassem para o mundo em reorganização e sentissem os seus pilares a abanar, para que tudo voltasse em força. O ponto de inflexão, na Europa, foi inequivocamente propagandeado! Sucedeu quando a própria UE, e a sua nunca eleita Comissão, bem como os “diligentes” representantes políticos dos “estados-membros”, se tornaram coniventes com uma superficial e contraditória comparação entre o nazi-fascismo e o comunismo na URSS.
Apoiados numa pretensa ideia de que nos dois campos haveria repressão, então, passariam os dois a ser iguais. O que nunca disseram, é quem são os reprimidos de um e de outro. Enquanto no liberalismo, no fascismo e no nazismo (em graus crescentemente diferentes), o reprimido é pobre, que nunca deixa de o ser e é obrigado a ser analfabeto, a viver na rua ou a morrer precocemente doente; nos países socialistas, a acusada “repressão” repercutia-se sobre os mais ricos, simplesmente, porque passaram a ser obrigados a repartir a sua pornográfica riqueza, com quem nenhuma tinha. E as verdades têm de ser ditas, sendo por isso mesmo que temos de dizer que na URSS, por muitos erros que tivessem sido cometidos (e foram cometidos erros!), não existia desemprego, gente a viver nas ruas, fome, analfabetismo e falta de médicos. Tudo isto foi resolvido num espaço de 30 anos. Para se ter uma ideia, ainda hoje, no nosso “democrático” Portugal, é aos pobres que faltam médicos, não aos ricos.
Os países socialistas, goste-se ou não, deixaram para trás nações humanamente desenvolvidas, populações letradas, com qualificação e uma rede de infraestruturas de que ainda hoje gozam. A quem beneficiavam? Os pobres… à custa de quem? Dos mais ricos, através da justa redistribuição da riqueza e de uma racional gestão da existente. A verdade é esta e a verdade não tem ideologia, liberta por si mesma.
Comparar isto com o rasto de destruição, subdesenvolvimento e atraso que o fascismo e nazismo provocaram e o neoliberalismo traz de volta, não é ser sério! Quem se diz democrata e não conseguir distinguir estas duas formas de atuação, apesar dos erros e dos radicalismos próprios de sociedades em construção e nascidas de uma dor insuportável provocada pela violência extrema do passado (todos condenam a violência das revoluções, mas esses que a condenam, nunca condenam a violência dos regimes que as provocam), não é sério, não se pode dizer democrata e ainda menos dizer-se progressista, socialista ou o que for.
Acreditar que podemos construir um mundo mais justo, apoiado numa justa redistribuição da riqueza produzida (de outra forma não é possível) sem tocar nos interesses de quem fica com ela… Não é ingenuidade, é falta de seriedade! É demagogia, é mentira, é idealismo, totalmente divorciado da realidade!
E é esta confusão que colocou ao nível de agressor o país (a URSS) que mais sofreu para nos libertar da noite fascista, e punir o seu herdeiro principal, simplesmente porque tem nas suas fileiras um povo que se orgulha de tal feito… É razão para dizer que o General Zhukov tinha razão quando disse que “a Europa não nos perdoará por a termos livrado do fascismo”. Hoje, assistir a Paulo Portas, conservador, cristão e neoliberal, apelidar Putin de “comunista”, outro conservador, cristão, mas pela soberania do seu país, apenas porque insiste em não se submeter à ordem da desordem capitalista ocidental anglo-saxónica… Leva-me a afirmar que parte do caminho de volta já está feito, pois o fascismo e o nazismo vivem da mentira, da ignorância e da confusão…
Filhos do imperialismo e do capitalismo selvagem, o nazismo e o fascismo prosperam entre a demagogia, a mentira e o obscurantismo. Na Grécia, o povo votou…. Votou na extrem- direita… Agora tomem lá com uma proposta de retorno aos 6 dias de trabalho… O trabalhador, o pobre, trabalhará mais para assim o permanecer, enriquecendo ainda mais quem não trabalha, mas vive de quem o faz!
Seja como for, a máscara cai-lhes de vez! Já ninguém a pode colocar de volta!
Terão de se contentar com a tentativa de nos fechar os olhos a todos, para que não o vejamos!
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Quando a Alemanha invadiu a URSS, em Junho de 1942, o homenageado tinha uns 16 anos; passados uns 8 meses já o exército alemão sofria a derrota de Stalingrado; mais 6 meses e a derrota era uma certeza.
O rapaz chegara aos 17 anos!
E se lutar contra os russos do Holodomor (teria uns 7, 8 anos), e de Katyn, ali tão perto da Galicia (tinha aí 14 ou 15 anos) não era um dever cívico, não sei o que o seria.
Mas comecemos pelo princípio: será que os alemães teriam iniciado IIGG com a invasão da Polónia, se não tivessem firmado primeiro um pacto de não agressão com a URSS que incluía que entre si partilhassem o território da Polónia?
Quanto ao caso: foi tão estúpido proclamar o homem herói como vir agora com indignações feitas à p*h*ta!
Repudiava a indigência e preguiça mental em nome da propaganda, mas se quisessem homenagear um qualquer soldado que tivesse lutado contra e por causa da brutalidade, tudo bem. Continuar o branqueamento do braço armado do holocausto e de outras limpezas de subhumanos, tudo mal. Por muito que vá discordar que se tenha perdido alguma coisa, depois não se surpreenda se os bálticos se juntarem à Polónia para dizer que já chega.
Nazis são Nazis. Não há mas nem meio mas. Ucranianos Como nazi e Como esta ditadura nazi, celebram ainda hoje o nazismo, já depois de muito bem informados sobre a história. Usam símbolos nazis, têm heróis nazis, e ideologia nazi. Nazi bom é nazi morto.
Holodomor foi uma crise iniciada devido a uma seca grave. Agravada por facho-capitalistas que destruíram colheitas só para não terem de as partilhar. Reformas soviéticas (que sim, cometeram erros na fase inicial) colocaram fim às fomes cíclicas naqueles países todos. As fomes continuaram a existir noutros lados, como na Liberal-Capitalista Irlanda ou nos EUA na Grande Depressão.
Holodomor afectou territórios russos e povo russo. Número TOTAL de vítimas andará nos 2.2 a 3.5 milhões, russos incluídos.
Os historiadores sérios recusam as acusações de fome provacada ou genocídio, e só meia dúzia de países repete essas acusações infundadas. Os mesmos países ocidentais que agora batem palmas a nazis…
E já agora, Stalin era da Geórgia, e boa parte da liderança soviética era da Ucrânia.
O pacto de não agressão entre USSR e Alemanha foi em 1939. Até então, já a restante Europa (Polónia, França, Itália, Reino Unido, países Bálticos, etc) tinham assinado acordos semelhantes.
A USSR foi dos últimos regimes a assinar tal coisa.
A USSR foi o grande alvo dos nazis, foi quem mais sofreu, quem mais combateu, e foi quem derrotou os nazis.
As pessoas decentes estão gratas à USSR eternamente.
EUA só entraram na guerra a meio, só de forma limitada, e o lend-lease não foi mais do que 4% das necessidades de guerra dos Soviéticos.
O imperialista genocida Churchill, auto-mor do crime de guerra contra civis de Dresden, tinha um plano para imediatamente após a vitória Soviética, usar tropas ocidentais em combinação com as tropas ex-nazis para continuar a guerra até Moscovo novamente.
O mundo acabou por preferir a paz. Mas tais planos continuaram de outras formas: guerra fria e apoio aos nazis ucranianos, tal como o que foi homenageado no Canadá, tal como os que fizeram o golpe Maidana com apoio da CIA para derrubar mais uma democracia, e sempre com o mesmo objectivo, seja o RU ou os EUA a mandar: proteger e hegemonia assassina do império genocida ocidental e os interesses da sua oligarquia facho-capitalista.
Desde 1945 este império genocida já assassinou mais de 20 milhões de humanos e o número pode até ser superior a 30 milhões consoante a estimativa, entre mortos directos nas suas guerras de agressão não provocadas e injustificadas, assim como nas suas guerras proxy, golpes sangrentos, e sanções ilegais cujo objectivo descarado por pessoas como J.Bolton (administração Trump) é provocar miséria e fome (holodomor) nos países alvo.
É este o teu lado. Não admira por isso que mais um vez, tenhas sido o primeiro a comentar, a espalhar mentiras e manipulação, e a vir em defesa dos fascistas, imperialistas, genocidas, racistas, e nazis do teu regime.
Vais chegar a velho e morrer como Madeleine Albright, Margaret Thatcher, Augusto Pinochet, Salazar, Mussolini, Hitler, Henry Kissinger, Obama, Bush, Barroso, Blair, os Clintons, Trump, Biden, Leyen, Stoltenberg, Meloni, e todos os restantes criminosos de guerra, imperialistas genocidas, e violadores de direitos humanos (só não ponho aqui Zelensky porque duvido que os nazis o deixem chegar a velho após ele ter de assinar a rendição): sem um pingo de vergonha na cara e sem um pingo de decência na alma.
É essa a tua “liberdade”.
Um dos heróis do Liberal-Facho-Capitalismo-Imperialista-Genocida, que até tem estátuas no ocidente é Winston Churchill. Imagina só se esse pulha e o seu regime fossem tratados como se trata os não-ocidentais. O que não se diria das pessoas que insistem em glorificá-lo, em tolerar o regime do Reino Unido, ou em perpetuar a sua ideologia do Libera-Facho-Capitalismo-Imperialista-Genocida. Por exemplo:
“Churchill’s policies contributed to 1943 Bengal famine – study”
https://www.theguardian.com/world/2019/mar/29/winston-churchill-policies-contributed-to-1943-bengal-famine-study
«“This was a unique famine, CAUSED BY POLICY FAILURE instead of any monsoon failure,” said Vimal Mishra, the lead researcher and an associate professor at the Indian Institute of Technology, Gandhinagar.»
Bengal famine of 1943
https://en.wikipedia.org/wiki/Bengal_famine_of_1943
«The Bengal famine of 1943 was an anthropogenic famine in the Bengal province of British India (present-day Bangladesh, West Bengal, Odisha and eastern India) during World War II. An estimated 2.1–3 million people died,[A] in the Bengal region (present-day Bangladesh and West Bengal), from starvation, malaria and other diseases aggravated by malnutrition, population displacement, unsanitary conditions and lack of health care. Millions were impoverished as the crisis overwhelmed large segments of the economy and catastrophically disrupted the social fabric. Eventually, families disintegrated; men sold their small farms and left home to look for work or to join the British Indian Army, and women and children became homeless migrants, often travelling to Calcutta or other large cities in search of organised relief.»
Aliás, a estimativa maior fala em 3.8 milhões de mortes nesta fome provocada e agravada pelo teu regime, o Liberal-Facho-Capitalismo-Imperialista-Genocida.
E o oligarca racista Winston Churchill foi um dos autores deste crime contra a humanidade.
No entanto, até hoje, do teu campo política, em particular dos que repetem as palavras “democracia liberal” e “liberdade”, ainda só encontrei fans deste genocida, e nem uma única palavra de condenação.
De facto as máscaras estão a cair. Slava Ukraini (*) e tal…
(* Slava Ukraini:
In the 1930s, it became widespread as a slogan of the far-right Organization of Ukrainian Nationalists (OUN).
OUN was the largest and one of the most important far-right Ukrainian organizations.
Its ideology has been described as having been influenced (…) from 1929 by Italian Fascism, and from 1930 by German Nazism.
In October 1942 OUN-B established the Ukrainian Insurgent Army (UPA).
UPA’s notable attacks: massacres (+100 000) of Poles in Volhynia and Eastern Galicia.
Allies: Reichskommissariat Ukraine, the civilian occupation regime of much of Nazi German-occupied Ukraine)
Claro que teriam iniciado, a teoria do espaco vital estava lá desde o Mein Kampf e os nazis não tinham precisago do pacto de não agressão com a URSS para passarem a Checoslováquia na mão grande nem para anexar a Áustria. E o pacto de não agressão só foi assinado quando Estaline viu que os países ocidentais democráticos se, estavam nas tintas para se os alemaes invadiam a URSS e os matavam a todos. Porque para muitos desses bons democratas o perigo eram os comunistas e não os fascistas. O que não faltava no mundo Anglo saxonico eram apoiantes de Hitler e até o seu antissemitismo era popular em certos sectores.Pelo que Estaline tratou de tentar ganhar tempo sabendo que os monstros lá chegariam, como chegaram.
Quanto ao momento em que vivemos não é a primeira vez que nos vendem a ideia de que o mundo estava lindo e maravilhoso ate uma atrocidade sem paralelo acontecer. A primeira vez foi num tal de 11 de setembro. Até lá palestinianos não eram massacrados, líderes sociais latino americanos não eram assassinados, a polícia brasileira não era tal letal como os criminosos, a fome não matava em África. A mim passava me ao lado a cacofonia, a quase obrigação de comprar uma blusa com a bandeira americana e pensava já em quantos iriam morrer em nome dos mortos de Nova Yorque. E foram muitos os que morreram.
E pensava também noutro 11 de Setembro mais letal. O golpe de Pinochet no Chile em que nunca saberemos quantos morreram vítimas dos soldados e das políticas neoliberais impostas a lei da bala.
Mas também nessa altura era a xenofobia a marcar presença. Se hoje é a russofobia, ao tempo eram aqueles muçulmanos que são todos uns selvagens pelo que mereciam todo o terror que lês caísse em cima do o pretexto da guerra ao terror. É havia are quem pudesse na mesma balança os milhares de mortos bombardeados e os atrasos que sofriamos pelas medidas de segurança nos aeroportos. Era o que valia a vida desses subhumanos em pleno choque de civilizações.Hoje também há quem fale numa crueldade russa esquecendo se que, racismo não é opinião, é crime.
É naquele tempo havia até quem defendesse que quem era contra, as guerras do Afeganistão e Iraque devia ser mandado para os países árabes. Hoje já ouvi cabroes dizerem que, quem não apoia o regime nazi da Ucrânia devia ser mandado para a Rússia e obrigado a pagar o bilhete. Por isso nada de novo debaixo do céu.
A guerra ao terror visou controlar recursos, a guerra na Ucrânia tem o mesmo objectivo. Se é preciso apoiar nazis, isso não é nada para quem já branqueou fundamentalistas islamicos,fascistas e toda a cambada que lhes faça o frete.
Por mim quem apoia nazis pode é deve ir ver se o mar dá choco.
O jgMenos fascista não nos deixa porquê?
pq a ESTATUA é do ‘politicamente correcto’ … neh ??? 😃
… e o ‘menos’ é a MASCOTE dos ESCOTEIROS … 🤦♂️
Enquanto o menos se comportar com urbanidade, pode opinar aqui, apesar de eu discordar com quase todas as suas opiniões.
Estátua de Sal, nem pode ser de outra forma.
corretíssimo, Cachaça Prata – 700ml – Wilbert
O homem gosta de se sentir do contra. Afinal de contas neste caso a manipulação de massas funcionou ainda melhor que no 11 de Setembro. Não há dissidência e até intenções de voto em partidos que dizem que não continuarão a empenhar o pais para comprar armas para mandar para a Ucrânia são vistas como fruto da capacidade russa para manipular as massas. É o caso das declarações de líderes europeus a propósito das eleições da Eslováquia marcadas para o próximo sábado e do discurso delirante de uma responsavel europeia a propósito.
Pelo que aqui, onde a maior parte dos que aqui vão escrevinhado qualquer coisinha não embarcam em contos como até naquele que teria sido a União Soviética a mandar o Hitler começar a II Guerra Mundial o homem sente que esses delurios são certos.Nos somos as massas manipuladas pela Rússia. É por isso ele na sua missão de missionário, anda por aqui a insultar nos para ver se salva alguma das nossas almas. Ve se asoim como uma especie de exorcista. Já que as nossas democracias são demasiado brandas. O Salazar é que a levava direita. Já este blog não existia e nos estaríamos todos no Tarrafal ou em Peniche. Enfim, é só mandar o homem ver se o mar dá choco.
A propósito, se no famigerado 11 de Setembro toda a gente se sentia na obrigação de exibir qualquer coisa com a bandeira americana hoje a moda é bandeirinha ucraniana no Facebook, que em países como a Alemanha e também uma garantia que são de cão preso ou multado por pro russo, ou a janela ou até em outdoors. Um café cá da terra até tinha uma com um símbolo do Pravy Sector, que lhe deve ter sido dada por algum ucraniano nazi. Sabendo o burro que o homem é não acredito que soubesse o significado da coisaas a intenção é que conta e a intenção era mesmo mostrar o apoio público a um regime com muito de nazi. Uma autarquia também teve durante meses um outdoor afirmando a, solidariedade do concelho numa bandeira gigantesca. Ambos já as tiraram, não sei se porque lá perceberam o ridículo da coisa. O Menos é que nunca vai perceber. Vamos mesmo ter que levar com esse valoroso missionário. Vão ver se o mar dá choco.
Este texto só peca por tardio, de qualquer modo, como diz o ditado, mais vale tarde do que nunca. Enuncia verdades como punhos sobre as quais as pessoas deviam refletir seriamente. Só lamento
que aqueles que se dizem de esquerda, alguns dos quais se encontram organizados politicamente, não tivessem dedicado o tempo que fosse necessário, nomeadamente a partir da queda da União Soviética, para desmistificarem a propaganda ocidental que, essa sim, tentou confundir alhos com bugalhos, fazendo comparações sobre realidades incomensuráveis como os regimes fascistas e os regimes comunistas. Essa mesma esquerda aceitou sem pestanejar a entrada no vocabulário corrente de expressões como totalitarismo de direita e totalitarismo de esquerda e outras igualmente mistificadoras. Desse modo, entregou o ouro ao bandido e em parte tal explica a desinformação que grassa de forma generalizada e que obviamente não podia deixar de atingir a classe politica, classe essa que, na sua vasta maioria, é a representante da elite económica que nos governa , pois pertence direta ou indiretamente à classe dominante. Está na hora, e já vamos tarde, de acordar e encetar uma luta centrada na informação procurando a melhor forma de a transmitir, tendo a noção de que esta é importante e de que a retórica é uma arma.
Quanto ao retorno do fascismo, este é explicável pelo simples facto de que o capitalismo na fase em que se encontra precisa dele para sobreviver e, se os políticos não perceberem isto, não percebem nada, pois não percebem que a esfera económica é a infra estrutura sobre a qual as outras se constroem.
Bom comentário.
https://youtu.be/-DK988zW62w?si=ajp64zUisqc8xdLO
( josé mário branco … letras )
Quanto a mim, parece-me que o diagnóstico não é bem esse. O problema não é haver certa esquerda que não tem presença de espírito e mansamente deixa-se superar pelo inimigo. O problema é que o capital controla como nunca os meios de propaganda e como tal, a maioria retém as ideias, mais ou menos, que a plutocracia quer que retenha. Além disto, há um problema ainda mais radical que é o facto de estarmos todos cada vez mais conectados e em simultâneo. Ninguém conseguer dar um sentido produtivo à quantidade de informação que se desvela a cada instante sobre cada um de nós.
É bom que o Menos por aqui vá «ladrando» provocatória, não no bom sentido da palavra, mas malcriadamente, enquanto a «caravana vai passando». Fica-se a conhecer melhor a «natureza» de gente como ele e o que seria o mundo com gente assim a governá-lo! Não se censure, pois, o Menos!
Muito Bom!
Justin Trudeau está ao mesmo nível de Macron, os famosos jovens líderes de Davos.
Acho que Trudeau é inculto. A sua formação em teatro não o preparou para a complexidade do seu papel como político. É por isso que estamos a assistir a esta decadência sem precedentes. Lamento ser tão pessimista.
De qualquer modo, sei que a história, quando avança, acaba sempre por cavar um único buraco, e todos os disparates acabam na valeta. O que me incomoda é o facto de o Ocidente continuar o seu ódio eterno a uma Rússia comunista estalinista que desapareceu em 1991, mas que nunca teve o mínimo remorso de dormir com a Alemanha assim que Hitler morreu. Este ódio eterno é o produto do mundo anglo-saxónico, que sempre se recusou a aceitar a Rússia como um país europeu, mas que fez tudo o que estava ao seu alcance para derrubar a Cortina de Ferro na fronteira russa.
Se há uma palavra que enjoa os americanos, é Eurásia, porque se tornaria a principal potência mundial, fazendo fronteira com a China, e os EUA sentir-se-iam muito pequenos.
Devíamos estar a chorar por este erro do governo canadiano, mas não pude deixar de me rir. Sou Português e tenho o maior respeito pelos cidadãos canadianos. No entanto, o Sr. Trudeau não está a ser honesto neste drama.
A Galicia os veteranos da 2ª guerra que normalmente lutaram pelas SS waffen são considerados heróis de guerra. Isto parece-me normal, mas ao mesmo tempo estranho. Desfilam em sua honra e as cerimónias fúnebres póstumas são realizadas em traje militar, com a presença de dignitários políticos. Até Zelensky reconhece este facto. O problema é que, nesta região, existe um forte nacionalismo animado por ressentimentos anti-russos e isso não caiu bem no Leste durante as revoltas de 2013-2014.
Basta ver as grandes figuras como Roman Shukhevych e Stepan Bandera e o grande escritor Dmytro Dontsov.
Mas Putin tinha razão quando falou de desnazificação. A extrema-direita, que tinha pressionado a demissão de Yanukovych, conseguiu estabelecer-se politicamente numa série de cargos, incluindo o de Procurador-Geral do Estado. Acham que vivemos bem com isso no Leste? Não nos apetecia separarmo-nos deles?
Um povo que não conhece a sua história não tem futuro, disse Churchill. A história é o grande perdedor dos currículos escolares. Não esqueçamos que o clero fez tudo o que estava ao seu alcance durante a Segunda Guerra Mundial para desencorajar os jovens a irem combater os nazis na Europa. Temiam mais os vermelhos do que os nazis. O padre Trudeau, disfarçado de soldado nazi, é também um desses membros “esquecidos” da História.
O que é que este homem de 98 anos tem a ver com a atual situação na Ucrânia? Que idade tinha ele durante a Segunda Guerra Mundial? Quando se alistou na Divisão da Galicia, era um adolescente que provavelmente se lembrava do Holodomor e pensava estar a defender o seu país contra o estalinismo. Verifico também que as pessoas da “direita”, que há anos protestam contra o arrependimento, são agora as primeiras a desempenhar o papel de virgens indignadas. Um deputado polaco está mesmo a pedir um inquérito oficial, o que é grotesco.
Ao longo de toda a sua obra, Nietzsche anuncia o fim da civilização judaico-cristã e ocidental (Nascimento da Tragédia) como uma consequência trágica da história e não como uma necessidade a assumir. Marx, que o precedeu, já tinha enumerado as causas das crises que se avizinham (capitalismo, lutas de classes, explosão demográfica, aumento da pobreza, inconsciência das elites, etc.), enquanto Nietzsche oferecia um retrato romantizado e mitológico. Hitler e o Terceiro Reich cumpriram, de facto, as palavras de Nietzsche, que ele considerava proféticas, e invadiram a Europa, denunciando a decadência e a desagregação do velho mundo (o Sacro Império Romano-Germânico, o reino de Carlos Magno, o catolicismo greco-romano). Basta ouvir as cerimónias organizadas pelo Terceiro Reich para perceber que o simbolismo cristão está omnipresente em todo o lado.
Na música, nos hinos, nos uniformes e nas bandeiras. Em algumas bandeiras do Reich, a cruz católica acompanhava a suástica. É também importante compreender que o termo “judeu”, no sentido figurado da época, não se referia apenas aos praticantes do judaísmo ou a grupos étnicos ligados ao judaísmo, como muitas vezes foi dito, mas era também utilizado para designar todos aqueles que tinham traído o Velho Mundo (civilização católica, velha Europa pré-revolucionária) em benefício do Novo Mundo (liberalismo, economia de mercado, civilização atlântica, colonização). Durante um discurso proferido por Hitler no SportPalast, nos anos 30, Hitler denuncia, a dada altura, os chamados internacionalistas, que pretendiam ser senhores do seu próprio país, tanto em Paris como em Nova Iorque, em Londres como em Berlim. Ao mesmo tempo, ouve-se um homem na multidão a gritar Juden! (Judeus!).
De facto, não é desmentido dizer que, antes da guerra, o termo judeu era utilizado de uma forma mais global, nomeadamente para denunciar a globalização excessiva, que tinha por efeito aniquilar a multidisciplinaridade das culturas. A força ideológica da União Soviética residia na sua pretensão de ser a defensora da globalização (o comunismo), quando, de facto, os soviéticos já tinham atacado pequenas nações bálticas nos anos 20, bem como a Finlândia, a Ucrânia, a Bielorrússia e a Mongólia, tudo em nome da Causa Comum. Por isso, não é irrelevante pensar nos conflitos da época em termos ideológicos. O Terceiro Reich para a Defesa da Cultura Histórica contra a União Soviética para a Destruição de Valores Antigos.
Eu acho que as pessoas ainda não perceberam que sim, o Ocidente deitou-se com a Alemanha quando Hitler morreu, mas os Americanos já lá estavam quando Hitler nasceu.
“Who financed Germany in World War II?
American bankers – primarily J.P. Morgan, provided Seventy percent of Germany’s financial income. As a result, as early as 1929, Germany’s industry was second in the world, but to a large extent it was in the hands of America’s leading financial-industrial groups.”
Todas essa pobres nações atacadas pela União Soviética tinham sido parte do Imperio Russo, trataram em vez de ficar sossegadas lutar contra a Revolução bolchevique nos anos 20 e depois, claro, levaram no focinho e os bálticos voltaram ao poder russo onde estavam desde que os suecos os venderam a Rússia no século XVIII estando se nas tintas para o destino de quem lá vivia.
O que pouca gente sabe é que não contentes com a mortandade da primeira guerra mundial, contingentes desses países todos, para, além de França, Inglaterra e até Alemanha e Estados Unidos trataram de invadir a Rússia contribuindo talvez para ditar o destino da família real russa. Afinal, quem teriam os invasores para lá por depois disso? Foi um pensamento selvagem mas um país que já tinha sofrido tantas mortes, vendo se agora acossado por bandos de energumenos de todas as nações escolheu uma opção cruel mas a que lhe pareceu que poderia arrefecer os ânimos dos inimigos internos e dos invasores.
Porque isto de alternativas de Governo que possam levar os povos a ter más ideias sempre assustou os trastes que mantêm isto tudo nas unhas de meia dúzia.
Ninguém se importou enquanto a França viveu uma miséria negra nas unhas de uma nobreza megalómana. Mas quando os franceses cortaram o pescoço ao rei toca toda a gente a fazer incursões na França a coisa acabou com toda a Europa a ver se quente com Napoleão. Se não fosse o homem ter caído na asneira de invadir a Rússia a esta hora falávamos todos frances.
Mas esta gente passou os anos todos a cabular nas aulas de história e assim chegamos a esta grande patranha e grande sarilho em que estamos metidos.
O Zelensky é capaz de chegar a velho ate porque provavelmente vai ser retirado via uma ponte aérea tipo xa do Irão, porque graças aos delírios da coca nunca irá assinar rendição nenhuma.Eos americanos são sérios quando se trata de proteger os seus filhos de puta. Os que sacrificam os seus povos fazendo lhes o frete ate ao fim.
Isto está para lavar e durar justamente porque quem não esta fanatizado na Ucrânia também não pode dar um pio ou os nazis cortam lhe a língua. Enquanto por lá houver um homem ou mulher capaz de pegar numa arma, enquanto houver militantes de direita dispostos a morrer lá na Europa e Estados unidos a guerra vai continuar.
A claque da Ucrânia continuará a vibrar sempre que um míssil furar as defesas russas e cair em território russo, sonhando com a entrada triunfante das forças do regime de Kiev em Moscovo.
E por cá continuaremos a mandar o Menos ir ver se o mar dá choco.
Num dos comentários a este texto de Hugo Dionísio, refere-se que a União Soviética, malgrado os valores que defendia, também subjugou pela força pequenos estados. Desse modo, parece veicular-se a ideia de que afinal é tudo a mesma coisa, tudo farinha do mesmo saco.
Independentemente de haver alguma veracidade nessa avaliação – realmente os seres humanos, em muitos aspetos, ainda continuam a ser ‘primatas que desceram das árvores’ – é imprescindível não ignorar o contexto histórico em que os acontecimentos se situam, sob pena de se produzir uma análise incorreta. Felizmente o comentário seguinte corrige essa falha, referindo duas coisas importantes que estavam a ser omitidas:
• “essas pobres nações … tinham sido parte do Império Russo”
• “trataram, em vez de ficar sossegadas, lutar contra a Revolução bolchevique nos anos 20”.
De facto, não perceber em que circunstâncias ‘materiais’ os eventos históricos se situam não ajuda na sua compreensão e se não compreendermos o passado, não seremos capazes – como não estamos a ser – de evitar que ele se repita, mesmo que sob outras formas.
À maior parte das pessoas, a aprendizagem da História nos diferentes níveis de ensino, incluindo o universitário, de pouco ou nada serviu, e na minha opinião não foi porque cabularam, mas por que usaram cábulas de manuais e de ensinamentos de professores que, inadvertidamente ou não, omitem os contextos e as condições materiais que enquadram os acontecimentos; para ser mais clara, ignoram o Materialismo Histórico e a partir daí fixam-se numa visão anedótica da historia que é a que convém aos paladinos da democracia liberal capitalista em que temos vivido.
bom comentário
Adilia Mesquita ,o problema é mais ou menos este que descrevo.
COMO OS RICOS CONFISCAM O FUTURO DOS POBRES?
É espantoso que estas questões que nos colocamos pessoalmente de um ponto de vista ético e social, e que NUNCA ouvimos nos meios de comunicação tradicionais.
Isto implica que os pobres são e foram pobres, omitindo a organização do empobrecimento resultante de uma transferência de riqueza. De facto, é justo dizer que ser pobre É CARO.
O problema é extraordinariamente simples!
O poder não se adquire por mérito, mas sim por networking, por ser da família certa/no sítio certo ou na altura certa. É assim que 98% dos políticos são formados nos mesmos sítios com as mesmas ideias.
Esta casta dura há pelo menos 100 anos, piorando cada vez mais porque funciona, pelo menos esforço é feito ao longo do tempo, dando líderes cada vez mais estúpidos e incompetentes ao longo do tempo.
O resultado é o aparecimento de uma classe média demasiado forte e informada, pouco a pouco, com conforto, tecnologia e até dinheiro, criando uma ameaça futura para a casta dominante.
Assim, a classe dominante não tem outra alternativa senão destruir a classe média a todo o custo e restabelecer o antigo regime com 90% de proletários e 10% de gestores e patrões, caso contrário, mais cedo ou mais tarde, perderá o seu poder, quer por ser retirada à força, quer por ter de partilhar, ou, pior ainda, por perder em ambos os casos, sendo enfraquecida e forçada a partilhar.
Um bom exemplo de como acabar com a classe média é aumentar os impostos ad infinitum, enfraquecer a educação, enfraquecer os sistemas de saúde pública, etc,etc.
O dinheiro está preso em nichos e são os interesses próprios que decidem, pelo que, inevitavelmente, a visão de constituir família está a tornar-se cada vez mais inacessível.
O nosso mundo é matemático e mecânico, não filosófico, ético, sociológico e, portanto, democrático.
Na sociedade atual, é preciso ser um estratega.
Não basta querer viver e ser feliz. Não bastam os diplomas, nem o conhecimento, porque os robots estão a bater à porta e a armazenar conhecimento à velocidade do som.
Hoje, o que predomina é a exploração ou a exploração.
Amanhã, ter um emprego significa possuir um robot que faz o trabalho por nós.
Por isso, mais vale dizer que se não pudermos ter um robot, seremos muito pobres.
A solução seria o amor, a compaixão, a escuta e a partilha, mas estamos a seguir o outro caminho: o ódio, a submissão, o escárnio, a exploração e a escravização.
É apenas uma questão de tempo, longo ou curto, basta uma faísca.
Podemos procurar todas as melhores intenções nos argumentos mais iluminados!
Nestas histórias de pobres e ricos!!! desde que não haja uma verdadeira partilha equitativa da riqueza! A nossa história diz-nos que acabaram sempre num banho de sangue e de facto quando se abrem os livros e desde há muito que a história é a primeira testemunha, no entanto ninguém gostaria de voltar a isso mas a força das coisas empurram-nas como se fosse ontem,é semelhante a um íman que atrai essa injustiça, não sei se algum de vocês já viram um individuo literalmente a passar fome, acreditem que ele está pronto para tudo mesmo naquilo que não está pronto! A partilha é um dos pilares dos alicerces da humanidade, sem ela só há tragédia.
Há sempre pessoas que conseguem ter sucesso por puro mérito (e sorte) sem a influência da riqueza dos pais. É isso que mantém viva a miragem da meritocracia, mas é preciso olhar para as proporções – é um número tão pequeno de pessoas que não deve ser tomado como uma regra geral da sociedade.
Acima de tudo, há um sector da classe média, os sacerdotes modernos da gestão cultural, educativa e mediática… dotados de um bom capital financeiro e/ou cultural, convencidos do seu direito, legitimado pela ilusão da meritocracia, de gerir a maioria da população para a subordinar à concentração do capital, roubando-lhe o tempo de vida, com o objetivo de a convencer e obrigar a considerar-se impotente para se organizar numa perspetiva de fraternidade entre os humanos e com todos os seres vivos… uma classe intermédia, dominada pela dominação, ao serviço do desejo de omnipotência mórbida da humanidade. Uma escatologia fatal…
COMO OS RICOS CONFISCAM O FUTURO DOS POBRES?
O cidadão comum que tenta defender-se das desigualdades e das injustiças é impedido de o fazer pelos membros dominantes da sociedade. Nos tribunais, o cidadão comum não é defendido, nem mesmo pelos seus próprios advogados, que obedecem a uma justiça paralela de influência, ao serviço dos mais ricos. Outro exemplo: os alunos cujos pais pertencem à classe dominante obtêm melhores notas do que os alunos cujos pais estão no fundo da escala social,(Embora sejam mais espertos) para o mesmo nível de capacidade… muitos professores são subservientes à classe dominante…. há um esmagamento de uma classe por outra….
Sim, quanto mais rico alguém é, mais quer manter o seu nível de vida através de uma política de custos. É lógico e quem é que não quer isso? Uma minoria.
Por conseguinte, a verdadeira questão que se coloca é: “Como é que podemos garantir que as pessoas deixam de querer manter o seu nível de vida através de uma política de custos controlados se o seu nível de vida for elevado?
No final, empanturramo-nos com a pobreza intelectual de um povo lobotomizado, pronto a engolir tudo o que lhe dão para engolir sem pensar por si próprio.
Os ricos não se limitam a confiscar o futuro dos outros com a cumplicidade do sistema. Através da depressão que esta situação gera pelo aumento das desigualdades, assiste-se a um fenómeno de esticamento da corda social, que coloca os mais pobres à esquerda e os mais ricos à direita (por convenção política), até ao momento da ruptura. Quanto menos pessoas houver para desempenhar o papel de classe média, mais facilmente a corda se romperá. E depois… Um dilúvio de estupidez humana.
As transições nunca são períodos felizes na história da humanidade. E são muitas vezes falsos sucessos. É um tema que também merece ser explorado de forma fascinante, numa altura em que as transições de diferentes grupos nos oferecem futuros muito diferentes.
deixa o mercado funcionar … deixa o mercado funcionar ,,,
pois é … prof adília … isso mesmo …
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