Ainda haverá mundo daqui a um mês?

(Miguel Sousa Tavares, in Expresso,14/07/2023)

Miguel Sousa Tavares

Vilnius foi, de facto, uma cimeira histórica. De uma assentada, tivemos a Suécia a tornar-se o 32º membro da NATO, depois de ultrapassada a resistência da Turquia e depois de sepultada a longa tradição sueca de país de refúgio para os exilados políticos das ditaduras — no caso, os curdos da Turquia, talvez o povo mais injustiçado do mundo, traído sem vergonha pela Suécia. Tivemos ainda a Turquia a ir mais longe, entregando à Ucrânia quatro comandantes da batalha de Azovstal capturados pelos russos, que os deixaram ficar à guarda dos turcos com a condição de não serem devolvidos à Ucrânia — é Erdogan a mudar de lado, a favor da NATO, e não se sabe ainda a troco de quê. Tivemos Zelensky a participar na cimeira como membro de pleno direito e a ver — embora não tenha conseguido já a adesão formal apesar das suas insistências constantes e públicas — a Ucrânia ser dispensada no futuro do MAP, o Plano de Acção para a Adesão, a que todos os países da NATO são sujeitos antes de serem aceites. E vimos um silêncio pesado da maior parte dos membros sobre a decisão dos Estados Unidos de fornecerem bombas de fragmentação (as sinistras e célebres cluster bombs), cujo uso está interdito por uma convenção internacional de que a maioria dos membros da NATO é signatária. E, finalmente, e já previsto, viu-se a NATO a reforçar outra vez as garantias de defesa e armamento fornecido à Ucrânia, confirmando aquilo que é um facto evidente: se a Ucrânia, formalmente, ainda não está na NATO, a NATO já está na Ucrânia — e não apenas desde o início da guerra, mas desde 2014.

ILUSTRAÇÃO HUGO PINTO

Como seria de esperar também, em lado algum, em palavras algumas, vindas de alguém, escutámos o mais pequeno esboço de um desejo, uma ideia, por mais tímida que fosse, de um plano para discutir nem sequer a paz, mas uma hipótese de paz. Não sei o que se passa ou o que se pensa do lado de lá; do lado de cá parece-me claro que a doutrina unânime é só parar a guerra com a derrota total da Rússia, o que inclui a retoma da Crimeia. Pensar que isto será possível, que a Rússia se deixará esmagar e humilhar, retirando-se sem transformar a derrota numa catástrofe, parece-me um plano de loucos, cegos pela ambição de não perderem o que julgam uma oportunidade única de pôr a Rússia de joelhos. Sem consequências devastadoras. É o velho sonho do general Patton, de continuar de Berlim até Moscovo. Só que isso foi em 1945, antes das armas nucleares e quando a Rússia já estava de joelhos devido à guerra contra a Alemanha.Mas eles é que sabem. A nata dos dirigentes ocidentais, o selecto grupo de Vílnius, deve saber o que faz e o que arrisca. Ou, pelo menos, devemos rezar por isso. Só que, às vezes, tudo parece mais uma questão de fé do que leitura da realidade — exactamente o mesmo erro que cometeu Putin quando decidiu invadir a Ucrânia, julgando que tudo não passaria de uma “operação militar especial”. Quando a ofensiva russa começou a patinar e, em especial, quando a Ucrânia lançou a contra-ofensiva do Outono passado, os “especialistas” da NATO anteviram a derrota russa ao virar da esquina e os políticos passaram a exigir nada menos do que isso; qualquer conversa sobre terminar a guerra ou falar de paz foi banida do discurso oficial. Mas, depois, os “especialistas” também não entenderam porque se assanhavam tanto os russos na batalha por Bakhmut, uma povoação sem importância estratégica, quando o que deveriam ter questionado era porque o faziam os ucranianos. Porque, enquanto os russos sacrificavam ali as tropas do Grupo Wagner, desgastando os ucranianos, mais atrás o exército regular russo preparava a defesa contra a tão anunciada contra-ofensiva ucraniana. A História deveria ter ensinado aos “especialistas” que os russos sempre foram melhores a defender do que a atacar. E agora, sem disfarce possível, a contra-ofensiva marca passo. Por isso é que, depois de ter pedido sucessivamente os lança-mísseis múltiplos de longo alcance HIMARS, os tanques Leopard, os F-16 e todas as munições disponíveis nos stocks da NATO — com os quais a guerra garantidamente seria ganha —, Zelensky pede agora mísseis de longo alcance para alvejar a Rússia, bombas de fragmentação e a protecção do artigo 5º do Tratado da NATO — ou seja, tropas combatentes da NATO na Ucrânia para finalmente o ajudarem a ganhar a guerra.

No dia em que o território russo for atacado e a sua sobrevivência ameaçada, Putin carrega botão. Isto não é um jogo de estratégia nem de bons contra maus. É um jogo de vida ou de morte. Não podemos ir de férias descansados. Por mais inacreditável que possa ser, houve membros da NATO dispostos a acolher já a Ucrânia e a envolver todos directamente na guerra.

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Para já, Joe Biden teve a sensatez de dizer “não”. Mas já vimos este “não, por enquanto”, acabar por se transformar num “sim, seja”, quando os fantásticos dotes de persuasão de Zelensky conseguem fazer perder a cabeça aos líderes e às opiniões públicas. Mas que não haja ilusões, porque Putin já o disse e isso consta da doutrina nuclear da Rússia, como da das outras potências nucleares: no dia em que o território russo for atacado e a sua sobrevivência ameaçada, ele carrega no botão. Isto não é um jogo de estratégia nem de bons contra maus. É um jogo de vida ou de morte. Não podemos ir de férias descansados.

2 Quem pode ir de férias descansado é o ressuscitado Pedro Nuno Santos (P.N.S.). Não cessa de me espantar a vida política deste D. Quixote lusitano. A primeira vez que lhe prestei atenção (e como não?) foi quando ele ameaçou pôr os alemães com os joelhos a tremer, declarando que poderíamos não pagar a dívida externa. A jovem plateia socialista que o escutava ficou em delírio e a imprensa percebeu que tinha ali homem para o futuro. Eu (e não os alemães) fiquei aterrado: primeiro por ver o desplante de quem se arrogava o direito de falar assim em nosso nome; depois por constatar a imensa ignorância e irresponsabilidade do Quixote — ele ignorava, por certo, que grande parte da dívida do Estado estava na mão de portugueses e de pequenos aforradores, que ali põem as suas poupanças, e supunha que, uma vez declarado o default, o Estado iria continuar a poder pagar aos funcionários públicos e a cobrir as despesas com os serviços públicos essenciais. Mas estava construí­da a imagem de bravura e socialismo genuíno. Ou, do meu ponto de vista, a de total leviandade na gestão de dinheiros públicos — depois confirmada no Ministério das Infra-Estruturas e na forma como injectou €3,2 mil milhões numa TAP que afinal parece que só vale mil milhões, como se livrou, pagando bem, de quem não suportava, ou de como mandou pagar €500 mil de indemnização a uma administradora sem sequer confirmar que ela tinha direito a ela e depois sem sequer se lembrar de o haver feito. Enfim, caído provisoriamente em desgraça e forçado a demitir-se, P.N.S. voltou para enfrentar uma dócil CPI à TAP, onde a oposição, devidamente orquestrada pela imprensa e comentadores, queria as cabeças de Galamba e Medina, mas não a sua. Passada a prova com facilidade, P.N.S. regressou então ao Parlamento, onde tinha à sua espera um batalhão de jornalistas, que fotografou e filmou cada um dos seus passos, os cumprimentos, os sorrisos, as subtis declarações. E depois, nos telejornais do dia e nos jornais do dia seguinte, estava o veredicto esperado da imprensa: “Reabilitado pela CPI e recebido em apoteose no Parlamento [pelos próprios jornalistas], Pedro Nuno Santos está de regresso como o grande candidato à sucessão de António Costa.” Fantástico, o homem é mesmo um fenómeno! Que aproveite enquanto o levam ao colo!

3 Nunca me canso de lembrar que em 2008 o Estado português foi à falência e, não tendo optado pela solução Pedro Nuno Santos, teve de pedir ajuda externa no valor de €78 mil milhões e, entre outras desgraças, obrigar todos os portugueses a um “brutal aumento de impostos” para pagar a conta. Desse massacre fiscal fez parte uma coisa chamada “taxa de solidariedade”, incidindo sobre os escalões mais altos do IRS e variando entre 2% e 4% — fazendo com que a taxa máxima possa chegar a 52% do rendimento. Anos de austeridade, de boas contas e, em 2022, de inflação a funcionar a favor da cobrança fiscal fizeram com que, entretanto, a situação financeira do Estado se tenha invertido para bem melhor. Apenas no ano passado, a receita fiscal subiu 30%, o equivalente a mais €11 mil milhões. Mas a tal “taxa de solidariedade”, que era “provisória” e para ajudar o erário público numa situação de aperto, continua “esquecida” de ser abolida. Já nem se trata de esperar que o Estado seja uma pessoa de bem, mas tão-somente que não se comporte como um salteador sem vergonha.P.S. — Que ainda haja mundo quando regressar de quatro semanas de pausa.

Miguel Sousa Tavares escreve de acordo com a antiga ortografia

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34 pensamentos sobre “Ainda haverá mundo daqui a um mês?

  1. A NATO é uma ilusão de grandeza, uma nostalgia do que já não existe!

    Este conflito não está de forma alguma a enfraquecer a Rússia, pelo contrário, está a reforçar a sua resiliência em todas as frentes (militar, económica, geopolítica com novas alianças).

    A NATO, ou melhor, os Estados Unidos da América (sem os EUA, não há NATO), está dominada pela ansiedade, e essa é a palavra certa. Procuram unir forças, mesmo com o diabo, para manter a sua hegemonia no mundo. Mas os ventos da mudança já estão a soprar… Muito rapidamente e com demasiada força.

    A NATO tem insistido que tem um segundo adversário, a China, e em breve terá um. Boa sorte com isso. Não há falta de adversários. Há ainda a possibilidade de a Índia, o Paquistão, o Irão e a Coreia do Norte se juntarem a eles como adversários.

    Sinceramente, a razão não está no campo da NATO e da Europa.
    Se as coisas estão a correr mal, é porque as pessoas estão a deixar estes ignorantes fazerem o que querem…

    Conclusão: esta UE é um desastre sob todos os pontos de vista!

    A geopolítica do momento, explica de forma lúcida, que são as grandes potências, lideradas pela América, que mandam… em detrimento dos países da UE, sobretudo Portugal.

    Relativamente à operação militar especial lançada pela Rússia, há um aspeto que deve ser assinalado:

    Uma vez que a França, a Alemanha e a Rússia são partes nos acordos de Minsk, isso significa que, do ponto de vista do direito internacional, a França, a Alemanha e a Rússia tinham o dever de assegurar o respeito desses acordos.

    A intervenção russa, conhecida como Operação Militar Especial, com um número limitado de tropas, foi claramente concebida, como o seu nome indica, para garantir o cumprimento dos acordos de Minsk. E esta operação foi bem sucedida, como Putin demonstrou à delegação africana no Fórum Económico Internacional de São Petersburgo, uma vez que as autoridades ucranianas assinaram um acordo de cessar-fogo com os russos em março de 2022.

    Foi a rejeição deste acordo por Boris Johnson que transformou a natureza da operação especial numa guerra por procuração entre a NATO e a Rússia. E esta guerra está a ser deliberadamente provocada pelo Ocidente.

    Ninguém e nenhum país pode derrubar a Rússia! Se os americanos pudessem ter feito isso só por um momento! Já há muito tempo que a Rússia não existiria mais e mesmo assim eles estão morrendo de inveja! melhor ser amigo desses vizinhos como a Rússia eles são poderosos em todas as áreas e detém com seus países enormes praticamente todos os recursos inimagináveis e principalmente a maior potência nuclear do mundo e com o que está acontecendo hoje isso os incentiva a serem ainda mais poderosos e menos ingênuos.

    Trump exigiu que os Europeus contribuíssem com 2% do PIB para o orçamento da NATO, porque estes tinham tido a presunção de tentar impedi-lo de realizar uma cimeira com Putin, invocando argumentos da NATO. Ele quis simplesmente recordar-lhes que a NATO são os Estados Unidos, pelo menos do ponto de vista do comando, e que antes de falarem em seu nome tinham de pagar as suas quotas. Foi nessa mesma ocasião que qualificou a NATO, que se opunha efetivamente à cimeira, como uma organização obsoleta. Este caso mostrou que se a NATO são os Estados Unidos, é mais precisamente o Estado Profundo Americano, atualmente representado pelo clã Biden. Pessoas como Trump sabem que ela não serve os interesses da nação americana, mas sim das oligarquias e dos poderes pessoais.

    No que se refere à entrada da Finlândia na NATO, não foi o resultado de uma votação parlamentar ou de um referendo, mas sim de uma simples sondagem, após semanas de propaganda política e mediática sobre a iminência de uma invasão da Finlândia pela Rússia. Estranhamente, no primeiro dia, a imprensa referiu 51% de votos favoráveis, o que devia parecer ridículo para justificar que o Primeiro-Ministro finlandês dissesse “a democracia falou”, mas logo no dia seguinte o número desceu para 3%. Depois, no espaço de algumas semanas, sem novos acontecimentos internacionais, subiu para 60%, depois para 75%, depois para 85%… Se não estamos em democracia, o que é que estamos a fazer aqui?

    A aparente reviravolta da Turquia não parece incomodar Moscovo,porque os dois presidentes estabeleceram contacto, no final do qual Erdogan garantiu a Putin a renovação do acordo sobre os cereais por mais seis meses. Putin não é de modo algum um idiota e se alguém está a manipular o outro, não é certo que seja na direção que pensamos estar a ver.

    Quanto à adesão da Ucrânia à NATO, não é certo que não seja um objetivo americano. Quando Zelensky exige uma ação dos Estados Unidos, da NATO ou da UE, é evidente que se limita a ler um texto escrito por outros. Não tem qualquer influência nem margem para exigir o que quer que seja àqueles que têm o seu destino nas mãos (quanto mais o destino da Ucrânia, que, de qualquer modo, não lhe diz respeito). Até agora, tudo o que Zelensky “pediu” foi-lhe dado para além do que foi pedido: mísseis de longo alcance, tanques modernos… Agora, os F-16, impensáveis há apenas alguns meses, estão a ser considerados. Moscovo retorquiu imediatamente que se tratava de um contexto de retaliação nuclear e, estranhamente, os meios de comunicação social pegaram na conversa com “especialistas” que diziam que “as ameaças de Putin não devem ser levadas a sério, ele é fraco e tem medo”. Na mesma linha, seria Zelensky a opor-se a quaisquer negociações com Putin, colocando a coligação ocidental “na obrigação de apoiar esta corajosa democracia, custe o que custar”. Sem falhas, não é?

    Já é do conhecimento público que certas famílias Americanas mandam no mundo há décadas, que são cruéis, que defendem o desaparecimento de 95% da humanidade, etc… são assuntos difíceis, muitos recusar-se-ão a acreditar, mas enquanto a denúncia não for feita abertamente, será impossível perceber o fio condutor que leva todos os governos europeus a tal comportamento. É preciso que os povos compreendam …estas famílias querem destruir a Europa, especialmente a Rússia, e todos os governos foram comprados pela ganância e pela chantagem.

    Com a transferência de dados dos cidadãos europeus para os Estados Unidos e o papel dominante dos EUA na administração europeia, podemos facilmente afirmar que ESTE É O FIM DA EUROPA como entidade estatal, nas palavras do General De Gaulle (a “Europa dos povos”)!

    Fase 1: Convencer as pessoas da sua consciência e as que estão habituadas aos costumes americanos (GAFA)
    Fase 2: Assumir o controlo dos exércitos europeus.
    Fase 3: Tomar o controlo das economias e das empresas de ponta ( Fase atual ).
    …… Próximos episódios a seguir…..

    Convido quem gosta de rir… recordar o artigo 1º da Carta da NATO: “As Partes comprometem-se, conforme estabelecido na Carta das Nações Unidas, a resolver quaisquer disputas internacionais em que possam estar envolvidas por meios pacíficos, de tal forma que a paz e a segurança internacionais, bem como a justiça, não sejam postas em perigo, e a abster-se, nas suas relações internacionais, da ameaça ou do uso da força de qualquer forma inconsistente com os Objectivos das Nações Unidas.” Este é o enésimo palavreado em que esta instituição submissa e desonesta se transformou.

    • « garantir o cumprimento dos acordos de Minsk»
      Que incluia devolver o controlo das fronteiras do Donbass aos ucranianos.
      A desonestidade sem limites…

      • «“Annex I [to the resolution]

        “Package of Measures for the Implementation of the Minsk Agreements

        Minsk, 12 February 2015

        “1. Immediate and comprehensive ceasefire in certain areas of the Donetsk and Luhansk regions of Ukraine and its strict implementation as of 15 February 2015, 12am local time.

        […]

        “4. Launch a dialogue, on day 1 of the withdrawal, on modalities of local elections in accordance with Ukrainian legislation and the Law of Ukraine “On interim local self-government order in certain areas of the Donetsk and Luhansk regions” as well as on the future regime of these areas based on this law.

        “Adopt promptly, by no later than 30 days after the date of signing of this document a Resolution of the Parliament of Ukraine specifying the area enjoying a special regime, under the Law of Ukraine “On interim self-government order in certain areas of the Donetsk and Luhansk regions”, based on the line of the Minsk Memorandum of September 19, 2014.

        […]

        “9. Reinstatement of full control of the state border by the government of Ukraine throughout the conflict area, starting on day 1 after the local elections and ending after the comprehensive political settlement (local elections in certain areas of the Donetsk and Luhansk regions on the basis of the Law of Ukraine and constitutional reform) to be finalized by the end of 2015, provided that paragraph 11 has been implemented in consultation with and upon agreement by representatives of certain areas of the Donetsk and Luhansk regions in the framework of the Trilateral Contact Group.»

        Retirado diretamente da página da ONU, resolução 2202 do Conselho de Segurança datado de 2015.

        A restituição do controlo da fronteira do Donbass, de acordo com aquilo que está devidamente discriminado no documento da resolução, é que deveriam ser organizadas eleições de forma a que as então regiões Donetsk e Luhansk do Donbass tivessem um estatuto de autonomia dentro da Ucrânia.

        Apenas DEPOIS de organizadas tais eleições é que o governo poderia tomar controlo da fronteira relativa à zona do conflito.

        Foi cumprido ? Não. Foi o que conduziu a este imbróglio. Os Ucranianos, CONTRA o estabelecido pela resolução do Conselho de Segurança, recusaram-se a organizar eleições antes de retomarem o controlo da fronteira – o que não estava previsto nos acordos elaborados.

        Desonesto ? É o teu nome ?

      • E como o ponto 9 da resolução menciona o parágrafo 11, aqui deixo o parágrafo 11:

        «“11. Carrying out constitutional reform in Ukraine with a new constitution entering into force by the end of 2015 providing for decentralization as a key element (including a reference to the specificities of certain areas in the Donetsk and Luhansk regions, agreed with the representatives of these areas), as well as adopting permanent legislation on the special status of certain areas of the Donetsk and Luhansk regions in line with measures as set out in the footnote until the end of 2015. [Note]»

        A tomada de controlo da fronteira só podia ocorrer após uma Reforma Constitucional com vista à descentralização, dando especial ênfase (legislação permanente, nas palavras da resolução) ao estatuto especial de zonas de Donetsk e Luhansk…

        Continua, Menos, enterra-te…

        • Teríamos então primeiro umas eleições com as fronteiras (e tudo o mais) sob controlo dos russos, tal como ocorreu após a invasão.
          Tudo sob a lei da Ucrãnia, uma vez que a invasão russa visava «« garantir o cumprimento dos acordos de Minsk».
          Devo então entender que finalmente está cumprido o acordo.
          Percebi.

          • Sobre o controlo de quem quer negar todos os direitos, quanto mais não sejam os políticos e eleitorais, a metade da população, para um boletim de voto numa língua que desconhecem com partidos que não podem representá-los não será certamente.

          • Portanto, um território estar sob controlo de milícias desertoras das forças regulares Ucranianas e com voluntários das populações que se viram alvo de ataque após um golpe de estado financiado pelo Ocidente, que visou o líder democraticamente eleito de um país, agora é estar sob controlo russo.

            Para ti, mete-se tudo no mesmo saco, que preto da neve ou branco de leste vai dar tudo ao mesmo!

            Discutir com idiotas é mesmo tarefa ingrata.

            • A haver discussão, é costume haver um tema; no caso: «A intervenção russa, conhecida como Operação Militar Especial, com um número limitado de tropas, foi claramente concebida, como o seu nome indica, para garantir o cumprimento dos acordos de Minsk.»
              Quando um qualquer chico-esperto fala de tudo menos do tema, certo é não haver discussão, há vigarice.

      • O Donbass estava nas mãos de Ucranianos. Mas era de Ucranianos democratas, anti-fascistas, anti-nazis, anti-golpe, anti-império genocida do ocidente, anti-UE, e anti-NATO.

        A vontade e a vida destas pessoas (e de muitas mais em território ocupado pelos UktaNazis desses 2014) foi violada pelo ocidente.

        Ou o povo do Donbass se defendia naquela linha da frente congelada desde 2015, ou os UkraNazis iam fazer uma Bucha em todas as localidades.

        Tu desrespeitado estes humanos todos. Só queres saber da propaganda dos euro-fascistas, dos USAtlantidtas imperialistas genocidas, e dia golpistas e terroristas UkraNazis. Tu não vales nada.

        Os acordos de Minsk são antes de mais acordos de Paz. Acordos deste tipo podem levar tempo a cumprir politicamente. Mas só são violados de facto e irrevogavelmente quando um lado (UkraNazis+NATO) viola o cessar fogo e recomeça os bombardeamentos massivos (16-Fev-2022, fonte: OSCE).

        Coisas como tu nunca na vida terão vergonha no focinho. Assim sendo, força a todos os povos do Mundo que resistem perante o império genocida ocidental. Boa sorte aos seus líderes Putin, Xi, Modi, Ramaphosa, Lula, Maduro, Obrador Lopez, Assad, Lukashenko, Diaz-Canel, etc.
        E se mudarem de líderes, que os seguintes sejam tão patriotas como estes, e se possível ainda melhores líderes. Não me cabe a mim tecer comentários sobre as culturas e regimes de cada país. Cada povo deve fazer o seu caminho de forma independente, sem golpes da CIA, sem sanções ilegais, sem ameaças do império genocida ocidental, sem “intervençôes humanitárias” dos exércitos da NATO.

        Ao povo ocidental, só posso desejar que abra o olhos e ganhe noção, e se veja livre da ditadura capital-fascista e sua oligarquia corrupta globalista, e deixe de colaborar com nazis, antes que seja tarde demais.
        A “democracia” liberal é o pior regime desde o nazismo germânico. Foram mais de 20 milhões de mortos em 78 anos.
        Este estrume tem de ser derrotado! E os colaboradores da máquina de propaganda deste regime, que são toda a MainStream Merdia, devem ser julgados e condenados, e proibidos de mais alguma vez na vida darem “notícias” como agora fazem. Uma Nuremberga 2.0, era o que essa gentalha toda merecia no focinho.

        O que é que eu disse que possa incomodar uma pessoa decente? Nada.
        Mas incomodo coisas como tu em todas as frases.
        Incomodo os ignorantes, os de cérebro lavado pela propaganda, e os mal-intencionados: racistas, fascistas, imperialistas, globalistas, USAtlantistas, €Uropeístas, belicistas, e nazis. Em resumo, os “democratas” liberais do “centro moderado” ocidental. A pior corja a pisar a terra desde a corja germânica Nazi.

    • Esse artigo 1 da North American Terrorist Oligarchy é de facto uma anedota.

      Mais anedótico que isso é o povinho que na era da informação não tem desculpa para ser tão ignorante e facilmente manipulado pela propaganda do regime.

      Anedótico também continua a ser o Miguel Sousa Tavares:

      “a NATO já está na Ucrânia — e não apenas desde o início da guerra, mas desde 2014.”

      Duas aldrabices numa só frase.

      1) A guerra não começou em 24-Fev-2022. A guerra (de UkraNazis golpistas apoiados pela NATO contra civis do Donbass) começou em 2014, foi suspensa por pressão diplomática pró-paz da Rússia nos acordos de Minsk, e os UkraNazis re-começaram a guerra em violação de Minsk em 16-Fev-2022.
      Quem ainda não percebeu isto, não percebe nada do que se passa. Como é o caso do MST. Daí que continue a dizer a alarvidade de que a intervenção Russa foi um erro e foi uma vontade de Putin que um dia lhe passou na cabeça sem qualquer razão…

      2) A NATO está na Ucrânia desde 1945. Primeiro de forma subversiva escondida a apoiar os ultra-NAZIonalistas, depois com o plano de a colocar na NATO colocado em prática logo em 1991, a seguir com o golpe de 2004, depois com a declaração quase casus Belli de 2007 sobre a adesão, e finalmente com o golpe de 2013/2014, em que Victoria Nuland se congratulou dos resultados serem consequência directa do financiamento dos EUA (NATO) aos golpistas (UkraNazis).
      Quem não percebeu o ponto 1, não percebe o que se passa. Quem não percebe o ponto 2, também não percebeu o que se passou (o contexto histórico), nem perceberá o que se passar daqui para a frente.

      Quando ao botão em que Putin pode carregar, é só o MST a repetir a cartilha, mais por preguiça intelectual do que por convicção. Não há qualquer hipótese de Putin carregar no botão neste contexto. A doutrina nuclear Russa, ao contrário da dos EUA, define as armas nucleares como usáveis só em defesa, i.e. em contra-ataque a um ataque contra a Rússia. Ou seja, o perigo do tal botão só existe na Casa Branca, capital do império genocida. Não existe no Kremlin.
      Até porque o território Russo já está a ser atacado há meses. Kherson e Zaporojie são Rússia. Donetsk e Lugansk são Rússia. A Crimeia é Rússia. Belgorod e Kursk são Rússia. Moscovo é Rússia. E o NordStream, por mais que esteja no fundo de águas internacionais, é Rússia. Tudo isto, toda esta Rússia, já foi atacada por armas militares de longo alcance, por artilharia, por drones, e por terroristas UkraNazis, e como tal indirectamente atacada pela NATO.

      Do lado do Kremlin, continua a insistência na paciência, na diplomacia, e em fazer tudo para evitar uma escalada.
      As bombas FAB são um bom exemplo: a Rússia ainda só usou as mais fracas: com 500 Kg, i.e. com até 300 Kg de carga explosiva. Isto é o mínimo nesta família de armas Russas. Os parentes mais adultos, e bem mais pesados, ainda estão nos armazéns.

      A Rússia ainda nem sequer bombardeou os centros de decisão em Kiev, com exceção para uma bonita que foi parar aos cornos do Budanov na sede do SBU (serviços secretos) como retaliação exemplificativa devido às declarações deste terrorista UkraNazi sobre os ataques de DRG (Diversion and Recognition Groups) nas vilas fronteiriças Russas no oblast de Belgorod.

      Sabemos também que a Rússia mantém o seu potencial ofensivo, pois capturou as cidades de Soledar e de Artyomovsk (Bakhmut para os UkraNazis), continua a avançar de Karenina para Toretsk (direção de Lyman), e faz isto só com um mero grupo de mercenários como o Wagner PMC, ou só com as poucas tropas convencionais na linha da frente, com táticas ultra-conservadoras para evitar baixas.

      Se a Rússia não avança mais, é porque a Rússia não quer mais território. Aliás os acordos de Março de 2022 que a NATO proibiu o ditador Zelensky de aceitar, previam que a Rússia iria sair de Kherson e Zaporojie desde que a segurança da Crimeia estivesse assegurada. A Rússia não quer escalar o conflito. A Rússia quer paz, uma arquitectura de Defesa europeia que não a ameace, e uma Ucrânia que não seja uma ponta-de-lança Nazi ao serviço do império genocida. E idealmente a Rússia (e todo o Mundo não-ocidental) quer um modelo económico e monetário que não possa ser usado na guerra híbrida (neste caso a vertente económica) contra povos que recusem ajoelhar perante o império genocida ocidental, i.e. o fim das sanções ilegais, e o fim da ditadura do dólar. É pedir muito? Para mim, é pedir bom senso. Mas tal coisa não existe no império genocida ocidental.

      Quando a capacidade ofensiva deste 3° exército UkraNazi estiver destruída (dos primeiros 2 exército, já as heróicas e anti-nazis tropas Russas trataram), veremos qual o passo seguinte da Rússia. Suspeito que será necessário iniciar uma nova ofensiva em direção a Kiev, a Kharkov, a Zaporojie, e talvez até Odessa. Só então, perante a derrota da ditadura UkraNazi e humilhação da North American Terrorist Oligarchy, é que o império genocida ocidental finalmente aceitará sentir-se à mesa com os adultos para negociar a paz, antes que a Rússia liberte território demais…
      Se Putin e Xi estiverem tão alinhados como se suspeita, se calhar isto será em simultâneo com a batalha final da guerra civil Chinesa para definir a derrota total do partido capital-fascista de Taiwan. A NATO, que não tem armas suficientes sequer para a corja UkraNazi sequer quebrar a linha defensiva Russa no oblast de Zaporojie, de certeza absoluta que também não tem capacidade para duas frentes em dois pontos opostos do globo.

      Serão duas “guerras de agressão injustificadas e não-provocadas” em simultâneo, será o fim da economia Europeia com as sanções ilegais (e de enorme efeito ricochete) também contra a China, e no final de todos os mortos serem contados, os EUA estarão sozinhos no Mundo, sem poder invadir ninguém, e sem ninguém que lhes compre armas, nem gás, nem a ponta de um corno. Nem sequer vinda do tesouro, nem notas de dólar.
      E a Europa terá de decidir, se for capaz de pensar no meio de tanta propaganda e lavagem cerebral, se quer existir num Mundo Multipolar, ou se quer definhar sob os tentáculos do império genocida.
      E isto é só uma pequena previsão para esta década. Pelo que ouço, XI, Putin, e companhia, têm planos também a longo prazo. E ainda bem. O Mundo será um lugar melhor.

      • O que leva um tão convicto Carlos Marques a não procurar refúgio num desses lugares bem melhores que os horrores ocidentais?
        Será masoquista?
        Terá uma missão?
        Será um treteiro?

  2. A facilidade com que o Sousa Tavares mistura acessos de lucidez raros no panorama nacional com bojardas de cabo de esquadra do Burkina Faso nunca deixa de me surpreender. Olhem-me para esta:

    “É o velho sonho do general Patton, de continuar de Berlim até Moscovo. Só que isso foi em 1945, antes das armas nucleares e quando a Rússia já estava de joelhos devido à guerra contra a Alemanha.”

    “quando a Rússia já estava de joelhos devido à guerra contra a Alemanha” Porra, este gajo está a falar de quê? Será coisa que viu nalgum filme de Hollywood?

    • Muito bem observado.
      A Rússia, enquanto parte da USSR, derrotou a Alemanha Nazi e foi até Berlim.
      O lend-lease ocidental, ao que sei, só representou 4% do equipamento soviético ao longo da guerra.
      Toda a Europa caíu perante a Alemanha Nazi. Só ficaram Itália, Espanha, e Portugal, por terem ditaduras nazis simpáticas para com os Nazis.
      O Reino Unido só não caíu porque é uma ilha.
      E os EUA só entraram na guerra a meio, devido ao ataque Japonês em Pearl Harbor, e o seu dia D foi uma matança mesmo tendo pela frente uma pequeníssima parte dos nazis, pois a esmagadora maioria, e melhor equipada, estava a ser esmagada na frente leste pelos Soviéticos.

      Isto era o que o Mundo sabia de 1945 até aos anos 50. As bandeiras Soviéticas foram içadas por toda a Europa (exceto nas ditaduras fascistas como as Portuguesa e Espanhola), e até foram colocadas em Londres, acompanhadas de um agradecimento público de Churchil a Stalin.

      Entretanto, como bem notaste, entrou em ação durante décadas a máquina de propaganda do regime dos EUA, sob a máscara inocente de Hollywood.
      E hoje em dia os ocidentais acham que Hitler foi derrotado pelos EUA no dia D, e que os Soviéticos foram destruídos e são tão maus como os Nazis. Aliás, isto até já é lei na ditadura €Uropeia, e nos regimes capital-fascistas dos Bálticos até já se destroem monumentos e se prendem pessoas que celebrem o Dia da Vitória. Que vergonha.

      Que pessoas como MST se deixem também levar pela propaganda de Hollywood, diz muito dele. Mas diz ainda mais da chamada “elite” do comentário e MainStream Merdia em Portugal: valem zero. É só propaganda e estupidificação de manhã à noite. Ou melhor, valem muito para os seus donos que pagam a avença a tão reputados “jornalistas” e comentadores…

      É por isso que quanto mais sei da Rússia, dos Russos, e até de Putin, mais os admiro. Por mais Capitalistas e de Direita que muitos deles sejam, têm a decência de lembrar a história tal como ela foi, e de içar bandeiras vermelhas da vitória todos os anos a 9 de Maio.
      E isto não é só em relação às USSR. É também feito pelos Republicanos que içam bandeiras do império czarista (aquelas com 3 riscas horizontais: branco, preto, e amarelo). Não significa ser czarista ou estalinista, significa respeitar a história.

      E enquanto a uns respeitam e lembram a história, os outros proíbem-na, re-escrevem-na, e deitam abaixo os seus monumentos e bandeiras, para no seu lugar colocar dildos pintados de arco-íris e bandeiras da ditadura €Uropeia ou da NATO.
      E chamam “extrema-direita” ou “extrema-esquerda” (nem distinguem muito bem, pois só lhes interessa fechar a janela de Overton bem fechado há, e catalogar todo o pensamento divergente e dissidente nos “extremos”) a quem quer que seja patriota, conservador ou simplesmente moderado nos costumes, anti-imperialista, eurocético, e crítico da “democracia” liberal.

      E chamam “extremistas” aos outros, enquanto eles apoiam Nazis e terroristas. E chamam “autocratas” e “ditadores” aos outros, enquanto eles venderam seres que não foram eleitos, que fazem censura, que têm a maior máquina de propaganda e manipulação da história, que têm um autêntico Big Brother Orwelliano montado ao serviço da NSA e companhia, e que são de facto ditadores ou pelo menos da oligarquia que não representa o povo.
      É preciso terem lata!

      • “venderam” -> veneram.
        Veneram seres que não foram eleitos. Tipo Úrsula, Sroltenberg, Sunak, etc.
        Assim sim faz sentido. Raios partam o auto-correct.

      • «só representou 4% do equipamento soviético ao longo da guerra.»?
        Considerando a carne para canhão como equipamento, talvez!

  3. Os pacifistas e os caminhos para a paz.
    Sem que a Rússia o admita, qual a hipótese de paz sem reconhecer que o mar de Azov é russo?
    Mas fica tão bonito falar de paz!

    • Neste momento essa hipótese é zero.
      Entre Março de 2022 e Setembro (referendos), era possível negociar a retirada Russa para ficar só com o Donbass e confirmar a anexação da Crimeia.
      Desde então, só será possível a paz reconhecendo todos os territórios libertados pela Rússia, e penso que esta só aceitará negociar a parte ocidental do oblast de Kherson, e apenas e só porque é conveniente que a fronteira seja a enorme barreira natural desenhada pelo rio Dniepr.

      Portanto, sempre que alguém diz que a Crimeia é da Ucrânia, para já está a ser estúpido e a violar os Direitos Humanos de quem lá vive e decidiu auto-determinar-se para evitar ser vítima do golpe Maidan (Nazis + CIA), e depois está na prática a dizer que quer mais guerra e mais morte pois está a defender o ataque a território de facto Russo e de que a Rússia não abdicará. E mesmo que a Rússia abdicasse, o povo que vive na Crimeia pegaria em armas para se defender dos UkraNazis, tal como fez o povo do Donbass, portanto a guerra continuaria de qualquer maneira.

      Depois do que os UkraNazis fizeram à barragem de Nova Kakhovka, e como tal ao abastecimento de água do canal da Crimeia, penso que a Rússia terá a intenção de voltar a avançar para garantir uma distância de +/- 100 Km para ocidente do Dniepr.
      Se é só a minha opinião ou é mesmo a vontade deles, se a Rússia será capaz ou não, e se no final quer mesmo que esse território seja Russo ou lhe basta negociar uma zona desmilitarizada até Nikolaev (Mikolaiv) e Krivoi Rog (Krivi Rih), só o tempo dirá.

      Mas parece-me óbvio que as armas do que restar da Ucrânia, não poderão estar ao alcance de uma barragem que a Rússia terá de reconstruir para bem do povo da Crimeia e de certa forma também para os donos dos campos agrícolas de Kherson que beneficiavam daquele reservatório de água.

      PS: por falar nisto, então e a menina Greta Thunberg, que eu até admirava, mas que afinal de contas se revelou totalmente um instrumento da propaganda Globalista do império genocida ocidental, e que foi passear até à ditadura de Kiev para apoiar os Nazis, e atreveu-se a fazer acusações à Rússia sobre a destruição da barragem sem ter quaisquer provas nesse sentido? Aliás, como bem explicou o B no MoonOfAlabama, as provas que existem apontam para os bombardeamentos dos UkraNazis com HIMARS, faltando saber se a barragem colapsou devido ao que fizeram em Novembro de 2022, ou se a voltaram a bombardear para preparar uma frente na contra-ofensiva por via do leito do Dniepr que agora ficará seco.
      Dá que pensar sobre tudo o resto que a Greta Thunberg andou a dizer. Que parte era baseada em provas e factos, que parte era exagerada para efeitos de alarmismo, e que parte era simplesmente propaganda? Acho este episódio terrível sob todos os aspectos mas acima de tudo neste: perda de credibilidade do lado que alerta para as factuais alterações climáticas. Isto é terrível mesmo.

  4. A paz dos pacifistas.
    Sendo o mar de Azov russo, o que nega que tal seja uma mera etapa da expansão russa?
    A palavra dos russos?

    • Olha Menos, és realmente Menos, tu e todos os guerreiros da treta que persistem neste erro gigantesco. Faz o seguinte: levanta-te do teu sofazito e vai combater para a Ucrânia. Passa bem.

    • O que o nega é tudo o que a Rússia diz e faz desde 2007.
      Recusou intervir militarmente em 2014. Recusou apoiar independentistas que defendiam a independência de TODA a Novorossiya (metade da Ucrânia desde Odessa até Kharkov). Saíu de Kiev de modo a avançar no acordo de paz de Março de 2022, e há provas de que estava disposta a sair de Kherson e Zaporojie. Não escalou a intervenção militar e nenhuma das oportunidades em que o ocidente lhe deu causa belli.

      A pergunta que se deve fazer é também outra: o que garante que, se se assinar agora um acordo de paz nestas fronteiras e nesta situação, que os UkraNazis e o império genocida ocidental não vão voltar a fazer como em 2015-2022 e aproveitar apenas para se re-armar e voltar a violar a paz mais tarde para voltar a fazer mal ao povo Ucraniano daquela região e à Rússia?

      Se o ocidente mentiu N vezes, porque não há ia de voltar a mentir?
      Primeiro a NATO era só até Berlim. Depois era só até Varsóvia. Depois era só até Talin. Depois eram só mísseis convencionais. Depois eram só mísseis de longo alcance. Depois eram só armas nucleares táticas. Agora é só até Helsínquia. A seguir é só até Kiev e Minsk, nem que para isso se façam golpes com Nazis. E depois da expansão toda feita, é “só” armas nucleares da M.A.D. até Moscovo…

      Vão bardam*rda apoiantes do império genocida e da sua North American Terrorist Olivarchy, avençados e propagandistas da ditadura capital-fascista €Uropeia, e colaboradores de terroristas e Nazis!!!

      Ou como disse sucintamente Vladimir Putin durante a SPIEF (Saint Peterburg International Economic Forum) de 2023 perante uma audiência de líderes mundiais e perante uma pergunta sobre o belicismo ocidental: “Fuck them.”

      E pensar que tudo isto podia ter sido evitado logo em 2008 quando Mário Soares logo aí percebeu tudo e escreveu um artigo no Público avisar a Europa sobre o perigo em que a NATO (warmongers NeoCon dos EUA já então a ameaçar que a NATO, após o golpe de 2004, iria avançar até Kiev, por mais que oa povos Ucraniano e Russo dissessem que não) se estava a tornar para o nosso continente.
      Agora, em vez de líderes como esse, só temos atrasados mentais, corruptos, e vassalos do império genocida. Que rampa deslizante que o globalismo tem sido!
      A “democracia” liberal será o nosso fim!!

      • «Recusou intervir militarmente em 2014.»
        Para além dos ‘ecologistas’ vestidos de verde na Crimeia, no Donbass só forneceu monitores e umas fisgas e paus de marmeleiro.

        Será que há limites para o descaramento?

  5. O MST pode ir de férias descansado. Se a Ucrânia atacar, e vai atacar porque já o fez,territorio russo com os F-16 o mais que pode acontecer é a Rússia despejar duas batatas quentes nucleares sobre o território ucraniano. Apesar das nossas atoardas, ninguém se vai meter nisso. Já no dia em que dos nossos territórios voarem F-16 ou qualquer outra coisa contra a Rússia talvez devamos começar todos a pensar fazer aquelas coisas corajosas que sempre quisemos fazer mas não fizemos por medo da morte. Mas sim, podemos todos ir de férias descansado. Quanto ao controle das fronteiras do Donbass a Ucrânia fez isso e muito mais desde os acordos de Mink. Tratou de bombardear rotineiramente o território e até organizar safaris para matar ruskies.
    O problema da Russia foi ter passado muito tempo à olhar para o lado, pensando que ia conter os destruidores da América Latina, do Iraque e da Líbia, so para citar alguns, vendendo alguns recursos a preço de saldo. Pensaram que seriam melhor tratados por serem brancos e alguns devem ter ficado surpreendidos com a rapidez com que foram transformados em mongóis.
    Putin veio pedir desculpa por não ter percebido o racismo. Tinha obrigação de saber mais pois que eram de Leste os primeiros que fomos buscar a laco. Ou que compravamos aos turcos.Roxelana,a lendária favorita de Solimao era um desses pobres diabos. Alguns historiadores dizem que a mãe de Leonardo da Vinci também. É se calhar os ancestrais de muitos dos que agora vociferam contra os russos.
    Quanto a intoxicação das opiniões públicas ocidentais nada tem a ver com os pretensos dotes de Zelensky mas com propaganda 24 horas por dia e censura pura e dura. É porque o búfao nos dá jeito. A não ser assim, ele poderia cantar o hino do mais recente membro da Nato que era igual. Ate porque dos discursos do homem não sai nada de jeito mas sim frutos de viagens em substâncias ilícitas. É, claro, ódio a Rússia, aquilo que move todos os que apoiam esta guerra por procuração.
    Que a Rússia queira controlar o Mar de Azov não tem nada de extraordinário. Qualquer um quererá manter este bando dos 32 o mais longe possível.
    E nem a adesão da Suécia a Nato tem nada de extraordinário. Afinal, desde que tiveram um primeiro-ministro abatido como um animal em plena rua que eles sabem o que lhes convém. Estão bem adestrados no caminho da infâmia e da traição e o Julian Assange que o diga. Os receios de duas meninas que começaram a pensar que se calhar tinham SIDA por se terem metido com um escaveirado foram rapidamente transformados em violações furiosas que deram origem ao primeiro processo contra o homem é a degradação irremediável da sua imagem junto das opiniões públicas ocidentais que se passaram a estar nas tintas para se o homem apodrecia numa prisão americana por lhes descobrir os podres. Por isso, a Oeste nada de novo a não ser mostrar a Rússia que metem na Nato quem eles querem. Vale o que vale.
    O MST não desiste dos diagnósticos em psiquiatria mas agora diz que os loucos estão do lado de cá. Infelizmente não se trata de loucura mas apenas o mesmo desprezo pela vida humana que lançou a austeridade mortífera sobre nós e sobre a Grécia. Sociopatia, certamente, psicopatia, de certeza, mas qualquer psiquiatra saberá explicar que loucura é outra coisa.

    • Nunca foram violações furiosas, foram quebras menores do consentimento, que, não sendo graves, também não são respeitosas da integridade do parceiro, tudo reconhecido pela lei.
      Tudo alegada e convenientemente, que é practicamente impossível de confirmar, e com abusos de autoridade sem fim, mas outra coisa é as mulheres, e eventualmente homens, merecerem ser respeitadas.

  6. Quanto ao volte face do Erdogan, que é daqueles políticos como o sino de Mafra, tanto dobra como repica, a explicação é simples. Mais uma vez devem lhe ter acenando com a adesão a União Europeia. Nada de novo tambem aqui, quando daqui a dois anos o homem vir que mais uma vez foi enganado já irá tarde.

  7. Ai, miguelito, miguelito. Dizes coisas para ser do contra, o que já é alguma coisa, mas a base da cartilha é a mesma. Quando a América quiser saber a opinião de algum interesse estratégico, primeiro dá-lha para ouvir o eco. E se este não colabora, os mercados e o FMI lhe ensinará maneiras.
    Sobre a economia, então, não há que enganar de onde vem e ao que vem: o objectivo do governo deve ser o de proteger o da sua classe indo buscar aos do costume, que aí ser do contra já tem custos pessoais. Aliás, pensando bem, se é contra a estratégia da NATO nada tem a ver sobre estratégia ou princípios, pode estragar-lhe a paisagem das férias, como nada lhe interessa das contas ou a estratégia do país excepto que lhe proteja o bolso.
    Que PNS não tenha prestado vassalagem aos seus disparates, então isso é imperdoável e torna-se uma raiva obsessiva. Se a obsessão da Estátua fosse rir da exposição do ridículo, sempre se percebia porque é que é animal de estimação.

    • “Que PNS não tenha prestado vassalagem aos seus disparates”

      Fala bem na teoria, mas estranhas a pintura na prática ao defender PNS.

      PNS:

      – €Urofanático, obediente a todas as imposições prejudiciais a Portugal e à TAP. A TAP foi encolhida para gáudio da RyanAir, e será privatizada ao preço a chuva para festança da Lufthansa;

      – NeoLiberal mascarado de “Social-Democrata”, defende a economia da desigualdade pornográfica, dos milhões para Casos, e dos cortes de salário e despedimentos para trabalhadores;

      – é um Boy do PS e de A.Costa. Nunca lhe fez realmente frente. Apoiou o orçamento da vergonha (cativação de investimento, sub-orçamentação do SNS, lei laboral da troika/Passos, etc), que foi muito bem chumbado pela Esquerda moderadíssima portuguesa.

      – a diferença entre um PNS e um MST é mais performativas do que efectiva. No dia em que perceberes isto, percebes que votar PS/Livre ou PSD/Chega (e tudo pelo meio (PAN, CDS/IL) vai dar ao mesmo: mais ditadura €Urofanática, mais desigualdade pornográfica no Capital-Fascismo que é o NeoLiberalismo, e mais obediência cega ao império genocida por via da NATO (North American Terrorist Oligarchy).

      Em Portugal existem 3 partidos:
      1- os representantes da oligarquia e do império (que podem vestir as cores do Livre, PS, PAN, PSD, CDS, IL, Chega);
      2- os representantes dos trabalhadores com medo de fazer frente ao império: BE;
      3- e os representantes dos trabalhadores que fazem frente ao império: PCP.

      Eu votava no 2 em quase todas as eleições, e cheguei uma vez sem exemplo a votar numa cor do 1 (Livre) para as Legislativas e noutra cor do 1 (PSD) para as autárquicas.
      Hoje só o 3 merece o meu respeito. Mas como acredito no Modelo Nórdico de Social-Democracia com Sistema de Ghent (e com neutralidade de facto em vez de adesão à NATO) e não sou Marxista-Leninista nem quero substituir a ditadura da burguesia pela ditadura do proletariado, mas sim ter um sistema justo para todos e representativo para a maioria, recuso votar no 3. Passei a ser órfão eleitoral na política portuguesa.

      Para saber que de facto existem só estes 3 partidos de facto em Portugal, é simples, basta um teste com duas perguntas:

      1) quer o fecho do offshore da Madeira e está disposto a chumbar orçamentos da burguesia de forma a defender direitos laborais? Se sim, é o partido 1. Se não, passa à próxima pergunta.

      2) faz frente aos Globalistas da ditadura €Uropeia, e aos imperialistas genocidas da NATO? Se não, é o partido 2. Se sim, é o partido 3.

      Como vêem, só há 3 partidos em Portugal. Todas as outras discussões e diferenças, são só para entreter e distrair do essencial, e para dar uma percepção de alternância eleitoral sem que nada de facto mude na vida das pessoas.
      Resultado: 4.5 milhões de pobres em Portugal antes de apoios sociais (pensões, CSI, RSI, abono de família, subsídio de desemprego, etc). A um trabalhador (solteiro, divorciado, ou viúvo) com salário mínimo, basta ter um filho para serem ambos pobres, pois ficam dois seres vivos com menos de 553€/mês para cada um.
      Resultado: 250 milhões para Nazis, 150 milhões para pedófilos, e urgências do SNS encerradas, e 15% do país ainda sem saneamento básico.
      Trabalha horas a mais só para mal conseguires pagar as contas, enquanto bancos e distribuição celebram lucros record.

      Conselho: se vivem bem com o império genocida e €Uroditadura, votem BE. Se fazem frente ao império e não se importam de ter Portugal gerido como a China, votem PCP. Se votam antes no partido 1 (Livre, PS, PAN, PSD, CDS, IL, Chega), então têm a m*rda que merecem.
      Se são contra o império genocida e contra a €Uroditadura mas não querem um governo à Chinesa, então ficam como eu: sem ter em quem votar. E mesmo que esse partido (ideal, a meu ver) existisse, se votassem nele, o método d’Hondt feito pelo PS e PSD atiraria o vosso voto para o lixo, de forma a eleger uma “maioria” do partido 1 só com 42% dos votos, como acontece actualmente.
      Aliás, isso acontece aos votos no BE e PCP na maioria dos círculos eleitorais. Ex: em Portalegre o PS fica com 100% dos deputados mesmo tendo só 45% dos votos. Restantes 55% dos votos nos outros partidos elegem ZERO deputados.
      E ainda dizem que é uma “democracia representativa”… Vão pró carvalho!!

  8. Eu também acredito no respeito pelas mulheres, e pelos homens. No caso Assange não houve respeito pelas mulheres nenhum porque as senhoras foram miseravelmente instrumentalizadas e a palavra violação apareceu em manchetes de jornais um pouco por todo o lado. Quando os pobres diabos nunca falaram em tal coisa. Mas a coisa serviu para um mandado de captura por parte da Suécia, que logo falou em suspeitas de violação e sabendo o homem que o seu fim seria uma prisão americana tratou de evitar o mais possível um destino pior que a morte. Mas foi na Suécia que tudo começou. Já agora, o respeito pelo homem que foi Assange, hoje um farrapo humano a apodrecer numa cadeia britânica, uma das piores cadeias britânicas, a espera do dia negro em que será entregue ao demônio também foi igual a 0.

    • Isso que a Suécia fez a Assange, é o mesmo que a Suécia fez aos Cursos, e é um dos requisitos para aderir à NATO.
      E esta, hein?
      É que só existe um requisito: obediência total e cega aos interesses da oligarquia fascista belicista corrupta do império genocida ocidental sediado em Washington.
      Quem quer que recuse isto, é “populista”, “extremista”, “putinista”, iliberal, “ameaça”, “autocrata”, ou “ditador”.
      Por isso Salazar foi um dos fundadores da NATO, por isso Duda e Meloni são dois dos mais activos líderes na NATO, e por isso Zelensky e os seus Azov são candidatos à NATO.
      E por isso Mandela foi considerado terrorista pela NATO, Assange foi preso pela NATO, Snowden perseguido pela NATO, e por isso os povos da Líbia, Sérvia, Crimea e Donbass são alvos da NATO (para não falar dos restantes alvos dos exércitos da NATO mas em “operações humanitárias” sem o selo da NATO: Vietname, Laos, Camboja, Cuba, Iraque, Afeganistão, Iémen, Palestina, etc), (e para não falar também dos muitos milhões empobrecidos ou assassinados à fome com o terrorismo económico das sanções ilegais).

      Por falar nisto, quantos milhões de humanos é que a RússiaBRICS, e companhia, estão a salvar (e já salvaram, e continuarão a salvar) graças às medidas anti-sanções ilegais ocidentais?
      Isto para mim vale ouro!

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