A preparar as nossas cabecinhas para a guerra nuclear

(Miguel Sousa Tavares, in Expresso, 01/07/2022)

Miguel Sousa Tavares

Reunido em mangas de camisa num castelo alemão, o G7 actualizou as sanções à Rússia e as novas verdades sobre a guerra. De facto, foi o G7+1, pois, como sempre, Zelensky esteve presente por vídeo para pedir mais e mais sofisticadas armas, a tempo de poder decidir a guerra antes do Inverno. Ficou-se a saber que, só dos americanos, ele recebe todos os meses armamento no valor de 7,5 mil milhões de dólares — um festim para as Lockheed Martin dos Estados Unidos. No final e sobre um horizonte de ruínas, alguém há-de ter de pagar isto e suponho que não sejam só os contribuintes americanos, mas todos os da NATO.

2 Na sua intervenção, Zelensky informou os outros de que na véspera os russos tinham atacado com mísseis um centro comercial onde se encontravam mil civis: dez tinham morrido nesse dia, 18 até hoje. Os russos argumentaram que não tinham atacado nenhum centro comercial mas sim um depósito de armas que ficava ao lado e que, ao incendiar-se, atingira com destroços o centro comercial. Como é óbvio, essa versão foi imediatamente descartada, em favor do “crime de guerra”.

3 Ao mesmo tempo que acrescentava o ouro à lista de bens russos cuja exportação passa a ficar proibida, o G7 insurgiu-se contra “o roubo e impedimento das exportações de cereais” ucranianos por parte da Rússia. E depois de algum imbecil ter dito que pela primeira vez na História a Rússia utilizava a fome como arma de guerra (nunca terá ouvido falar de cercos nem de bloqueios de portos durante as guerras), desta vez o G7 “apelou” à Rússia para levantar o bloqueio aos portos ucranianos do Mar Negro, com Odessa à cabeça. Mas há aqui o típico problema da pescadinha: os russos nunca disseram que impediriam os navios-mercantes de irem buscar os cereais aos portos ucranianos, mas que o que impede isso é eles estarem minados pelos ucranianos. E estes, por sua vez, dizem que se retirarem as minas ficam indefesos perante a frota russa ao largo, pelo que a única saída seria a retirada desta. Mas para onde iria a frota russa? A resposta lógica era para ali ao lado, para a Crimeia e para o abrigo da sua base naval de Sebastopol. Mas isso não tranquilizaria os ucranianos, pois os russos poderiam regressar rapidamente a Odessa. A única coisa que os tranquilizaria era que a frota russa do Mar Negro se retirasse toda dali, atravessasse o Estreito e entrasse no Mediterrâneo — onde, não dispondo de nenhuma base, lhe restaria navegar meio mundo e ir acolher-se à outra costa marítima russa, no Báltico. Ou seja, abandonar o Mar Negro, onde está desde Catarina, a Grande, e deixar a sua costa sul e a Crimeia exposta a ataques navais dos seus inimigos — coisa que Moscovo, obviamente, jamais aceitará. A única solução é, pois, negociar com Putin, coisa que ninguém do lado “justo” quis ou quer fazer, seja qual for a razão. Fazê-lo passar sempre, não apenas pelo responsável pelo desencadear da guerra, que é, mas também pelo criminoso de guerra sempre à mão, é muito mais eficaz tendo em vista o objectivo final.

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ILUSTRAÇÃO HUGO PINTO

4 Por iniciativa dos Estados Unidos, os membros do G7 e não só mantêm congelados 300.000 milhões de dólares de reservas russas em bancos ocidentais. Putin respondeu parcialmente decretando que o serviço da dívida externa russa passaria então a ser pago em rublos. Assim fez esta semana, pagando em rublos uma tranche de 100 milhões de dólares à empresa privada que, por sua vez, deveria pagar aos detentores da dívida. Seguindo ordens de Washington, a empresa não o fez e a Rússia foi declarada em default — a primeira vez desde a Revolução de 1917. Mas o mesmo G7 que acusou a Rússia de ter “roubado” a Ucrânia por ter vendido uma pequena parte de cereais que estavam na Mariupol conquistada aprovou uma ajuda económica de €27 mil milhões à Ucrânia até ao final deste ano, que será em parte financiada com o dinheiro das reservas russas “congeladas”. Congeladas, apropriadas e distribuídas, por ordem de nenhum tribunal, ao abrigo de nenhuma lei internacional e por resolução de nenhum organismo com competência para tal.

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5 Por sugestão da secretária do Tesouro norte-americana, Janet Yellen, o G7 decidiu também começar a trabalhar num plano para estabelecer um tecto máximo ao petróleo e gás natural importado da Rússia. Convém recordar que antes de 24 de Fevereiro, a Europa importava 27% do petróleo e 75% do gás natural da Rússia, através do Nordstream I, a preços baratos e com poluição zero no transporte, e preparava-se para abrir o Nordstream II, uma parceria russo-alemã, que Joe Biden, na cara do chanceler Olaf Scholz, declarou imediatamente cancelada. E convém recordar também que os Estados Unidos, desde que adquiriram a tecnologia para explorar o shale gas (gás de xisto), se tornaram auto-suficientes em petróleo e gás, que agora irão exportar para a Europa substituindo-se aos russos, vendendo mais caro, com custos de transporte acrescidos e sendo que o gás deles, o GNL (gás natural liquefeito), envolve a construção de terminais próprios de armazenamento e é o combustível com maior impacto no aquecimento da atmosfera. Mas, como disse Ursula von der Leyen, “a nossa reflexão estratégica, enquanto democracias, é a de construir o mundo de amanhã com parceiros que partilham das mesmas ideias”, exemplificando, no campo da energia, com os Estados Unidos, o Azerbaijão e o Catar (“Le Monde Diplomatique”, Junho). E poderíamos acrescentar a ‘democracia’ venezuelana, com quem a Administração Biden já abriu negociações com vista a levantar o embargo às exportações de petróleo.

A História está cheia de episódios destes, em que depois da tragédia acontecer, todos se perguntaram “porque é que não vimos o que ia acontecer, porque é que ninguém fez nada para o evitar”. A diferença é que nas tragédias anteriores não havia o factor nuclear

Obviamente, a proposta de limitar o preço da energia não se aplica a todos os produtores, mas apenas aos russos. Para os outros, nomeadamente os nossos amigos americanos, grandes ganhadores económicos desta guerra, bem podem os europeus, os grandes sacrificados, juntamente com os africanos esperar em vão qualquer sinal de solidariedade: ela vai toda para a Ucrânia e para a NATO. Resta saber o que têm os russos a dizer a esta extraordinária proposta dos sete senhores em mangas de camisa que deveriam representarem as sete democracias liberais mais prósperas do mundo. Porque tudo isto é de uma imensa hipocrisia: a Europa continua a precisar desesperadamente da energia e dos cereais russos, mas, a reboque da NATO e dos Estados Unidos, embarca em bravatas que não apenas contrariam todos os princípios do seu credo liberal, como põem em risco a sua sobrevivência económica por décadas e todas as belas promessas de combate às alterações climáticas, agora substituídas pela reactivação em força das centrais a carvão (defendida até pelos Verdes alemães). E se Putin se põe a fazer contas ao dinheiro que tem em caixa e ao tempo de guerra que ainda tem pela frente e decide, pura e simplesmente, cortar a energia à Europa?

6 Quem é que manda hoje na Europa? É Boris Johnson? Não, graças a Deus, é inglês. Macron? Não, capitulou em Kiev, juntamente com Draghi. Scholz? Não, é um homem perdido em tudo: ideias, estratégia, parceiros. Von der Leyen? Não, é um peão dos americanos, em cujas mãos pôs o destino da Europa, daqui para a frente condenando a UE e ela própria à irrelevância. Quem manda na Europa é o secretário-geral da NATO, Jens Stoltenberg. Diferentemente de Ursula von der Leyen, ele não é peão dos americanos, é parceiro estratégico deles. E se também subjugou a Europa aos interesses americanos, não foi por falta de visão ou de cautela, foi por convicção, porque esse era o seu objectivo. Stoltenberg é o governador americano da Europa. Ele é quem aparece em todo o lado, anuncia, manda e decide tudo: que a Força de Intervenção Rápida da NATO se vai multiplicar por oito e encostar-se às fronteiras russas, numa típica manobra ‘defensiva’, igual à que conduziu à invasão da Ucrânia; quanto é que isso, mais o reapetrechamento militar, vai custar a cada membro da organização; como é que serão de futuro as relações de cada um com a China (de desconfiança e pré-confronto, já o disse); que leis é que a Suécia tem de alterar para passar a declarar os refugiados curdos como ‘terroristas’, como impõe o sultão Erdogan — esse paladino da paz e dos direitos humanos e que, ao contrário de Putin, não alimenta qualquer desejo de reconstruir um império passado.

Tudo isto, todo este imenso poder, Stoltenberg conquistou-o em breves quatro meses que tudo mudaram, tirando partido da reforma de Merkel na Alemanha, da escabrosa leviandade de Boris Johnson e da senilidade galopante de Joe Biden. E, sobretudo, do trágico e imperdoável erro de cálculo de Vladimir Putin. E tudo isto, todo este poder, todas estas decisões, todas estas mudanças nas nossas vidas, ele impôs aos europeus sem nunca nos consultar, sem nunca nos perguntar nada, apenas manobrando entre os grandes e explorando as suas fraquezas disfarçadas de forças.

Se ninguém o travar, este norueguês que se tornou dono da Europa sem que nenhum europeu tivesse votado nele vai-nos levar até à guerra nuclear com a Rússia. A História está cheia de episódios destes, em que depois da tragédia acontecer todos se perguntaram “porque é que não vimos o que ia acontecer, porque é que ninguém fez nada para o evitar”. A diferença é que nas tragédias anteriores não havia o factor nuclear.

Miguel Sousa Tavares escreve de acordo com a antiga ortografia


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Como deve ser designado o G7?

(João Ramos de Almeida, in Blog Ladrões de Bicicletas, 29/06/2022)

Os jornalistas não pensam muito quando têm que designar o Grupo dos Sete Países (G7), cujos governos se reúnem periodicamente para decidir o destino do resto do mundo. A sua preocupação é encontrar uma designação tecnicamente neutra que diga o essencial em poucas letras. Ora, o G7 não tem nada mesmo de neutro.

No início e talvez desde a sua criação informal em 1973 – no auge da crise gerada pelos países exportadores de petróleo – começou por designar-se o G7 como os sete países “mais desenvolvidos” do mundo. Eram os países mais ricos do FMI e o G7 assemelhava-se à típica reacção dos poderosos, apertados de repente pela rebelião dos países menos ricos (ex-colonizados), visando repor algum equilíbrio na distribuição da riqueza mundial.

Aquela designação escolhida implicava, contudo, alguma discussão. O que era isso de “desenvolvimento”? Como era possível designá-los “países desenvolvidos” havendo neles tanta desigualdade social? Não havia conflitos entre conceitos “desenvolvimento”/(neo)colonialismo ou “desenvolvimento”/”crescimento”? Por isso, foi se preferindo – nas redacções – uma fórmula mais pacífica: pronto, eram os sete países “mais industralizados” do mundo. Até porque a indústria parecia ainda ser sinónimo marcante do poder económico e aqueles países eram muito industralizados. E assim foi ficando.

Só que a formulação foi ficando, mesmo quando o mundo ia mudando, mudando, mudando.

Os países mais industralizados começaram a “desindustrializar”. Transferiram parte da sua produção para zonas do planeta com custos mais baixos. Reinventando o conceito e as virtudes da globalização, forçaram o desarme das barreiras alfandegárias a nível mundial, nomeadamente dos países mais “desenvolvidos”. Assim, poderiam vender os seus “novos” produtos nos melhores e piores mercados, sem pagar as taxas de entrada protectoras de cada mercado nacional e, assim, conseguindo margens de lucro bastante substantivas, transferindo pelo caminho parte substancial delas para os paraísos fiscais. Só que isso acarretou uma transformação na distribuição da produção a nível mundial. E – claro! – nas estatísticas.

Presentemente, apesar da designação continuar a ser a mesma, os sete países “mais industralizados” do mundo… deixaram de o ser. Veja-se o gráfico abaixo que mostra, para 2019, o peso percentual na produção mundial dos 10 países mais industrializados:

A China deixou de ser apenas um país receptáculo do investimento deslocalizado do Ocidente. A Índia foi crescendo. O mesmo aconteceu a outros países. Se a designação fosse os sete países “cujas sedes das empresas têm maiores lucros industriais” talvez se aproximasse mais da realidade. E mesmo assim resta saber.

Apesar disso e até por causa disso, o G7 manteve-se fechado a esses novos poderes. A Rússia foi recebida em 1998, mas num outro formato (G8) e, em 2014, acabou mesmo por ser expulsa. A China nunca foi aceite como membro, supostamente porque a sua elevada produção, quando dividida pelo número de habitantes, não a tornava num país “desenvolvido”… E a criação do G20 mal resolve o problema de fundo, antes tornando mais clara a distinção matricial do problema destes fóruns internacionais. O episódio da pandemia tornou evidente essa divisão.

Agora, se procurarmos, encontrar-se-á definições de G7 como o grupo de países mais ricos, mas que partilham os valores da democracia liberal, da democracia representativa e do pluralismo. Parece uma formulação que, ao criar uma falsa dicotomia (entre os bons e os maus), quer galvanizar as respectivas populações, igualmente exploradas e segregadas, para juntos defenderem a minguante parcela da riqueza mundial dos seus ricos senhores. Ao menos, “somos democratas”.

Mas a descrição aproxima-se mais dos “estatutos” de um velho clube de senhores que nunca assumiram a origem polémica da sua primitiva acumulação do seu capital e que, com um misto de desdém e receio, olham pela janela o mundo em mudança. De queixo sobranceiro, o clube sente-se como a derradeira barricada de um poder alicerçado no armário das caçadeiras. De ora em quando, carregam-nas e preparam-se para “receber” os novos membros – esses “feitos à pressa” – que forçam as portas da velha instituição. As portas abanam e parecem já não suster um letreiro onde está escrito “Reservado o direito de admissão”, e que mal esconde um outro, pendurado há apenas décadas, que mencionava algures “gente de cor”.

Talvez seja, pois, altura de os jornalistas mudarem a forma como designam o G7. Talvez os Sete Países que querem continuar a mandar no mundo?

Fonte aqui


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O Mundo virado da cabeça para os pés

(Carlos Matos Gomes, in Medium.com, 27/06/2022)


O jornal inglês The Guardian titulava um artigo de opinião a propósito da reunião do G/ na Alemanha do seguinte modo: “G7 com agenda cheia num mundo virado de cabeça para baixo” — Em inglês:” G7 grapples with packed agenda of world turned upside down”.

“A agenda da reunião do G7 revela como o mundo virou de cabeça para baixo desde que os líderes dos estados industrializados se encontraram pela última vez na Cornualha, há um ano, numa cimeira presidida pela Grã-Bretanha, em grande parte para se concentrar na ameaça representada pela China.

Antes da cimeira na Alemanha, Boris Johnson emitiu um alerta para que o Ocidente não demonstre fadiga de guerra, um ponto que será ecoado quando o presidente ucraniano, Volodymyr Zelenskiy, discursar na reunião por videoconferência. Espera-se que ele saliente as dificuldades que as suas tropas enfrentam no leste da Ucrânia, bem como a necessidade de armas mais pesadas de longo alcance.”

Entretanto, a 27 de Junho, decorrerá em Lisboa a Conferência dos Oceanos. “As Nações Unidas, com o apoio dos Governos de Portugal e do Quénia, acolhem a Conferência dos Oceanos, em Lisboa, de 27 de junho a 1 de julho de 2022. A Conferência é um apelo à ação pelos oceanos — exortando os líderes mundiais e todos os decisores a aumentarem a ambição, a mobilizarem parcerias e aumentarem o investimento em abordagens científicas e inovadoras, bem como a empregar soluções baseadas na natureza para reverter o declínio na saúde dos oceanos. A Conferência dos Oceanos acontece num momento crítico, pois o mundo procura resolver muitos dos problemas profundamente enraizados nas nossas sociedades e evidenciados pela pandemia da covid-19. Para mobilizar a ação, a Conferência procurará impulsionar as muito necessárias soluções inovadoras baseadas na ciência, destinadas a iniciar um novo capítulo na ação global pelos oceanos.” (do site da ONU)

Nenhum dos participantes da cimeira do G/ estará presente na Conferência dos Oceanos, embora estes representem 70% da superfície do planeta!

De 29 a 30 de Junho decorrerá em Madrid mais uma cimeira da NATO, onde estarão presentes os mesmos ilustres queridos líderes, com exceção do primeiro-ministro japonês, para, segundo nota do governo português: “analisar as consequências da invasão da Ucrânia pela Rússia e aprovar o novo Conceito Estratégico da Aliança, o qual indicará o rumo para a adaptação da NATO aos exigentes desafios que o mundo em mudança acelerada coloca à segurança e defesa dos países Aliados.”

Segundo o site Ukrinform, do governo ucraniano, Zelensky falará aos trinta chefes de governo da NATO na primeira sessão da cimeira de Madrid, como habitualmente através de videoconferência.

As prioridades dos líderes dos 7 países mais industrializados do mundo, os líderes dos trinta países membros à maior aliança militar do mundo são, como se comprova, fornecer armas à Ucrânia e ouvir mais uma vez Vladimir Zelenski pedir mais armas.

Nenhum dos líderes dos países do G/ referiu uma só vez a palavra paz, nem oceanos, nem planeta. Pelo contrário, prestaram-se à bravata de brigões de rua de desafiar Putin com a frase de rufias a que só faltou cuspir para o chão: “ Vamos mostrar os nossos músculos do peito ao gajo!” — (‘Show them our pecs’: G7 leaders mock Putin’s bare-chested horse-riding) acompanhado, segundo o The Guardian, por um início de streaptese de Boris Johnson e Trudeau depois da sessão oficial de fotografias em que surgem de camisa. Cenas de Big Brother de TV para espetadores adeptos de intimidades e jogos de espelhos.

Tudo na boa, malta! — dizem-nos os lideres, também exibicionistas. Queridos lideres. Tão queridos (pelo menos) quanto o moço da Coreia do Norte. Que, tendo o mesmo sentido democrático de Zelenski, pelo menos não faz figura de bebé chorão e trata de se defender com os seus meios do destino que os G7 deram ao Saddam Hussein e ao Khadafi, sem dar passos maiores que as pernas.

É neste Titanic e com esta tripulação na ponte que estamos embarcados. Passageiros de terceira classe, encafuados nos porões. Entretanto há música para os que se vão afundar, desde o Rock em Rio, em Lisboa, ao Glastonbury Festival (o segundo maior festival de música ao ar livre no mundo) em Somerset, Inglaterra, onde a pobreza e a fome já chegaram à comunicação social.

https://www.theguardian.com/world/2022/jun/27/show-them-our-pecs-g7-leaders-mock-putins-bare-chested-horse-riding


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