(Miguel Sousa Tavares, in Expresso, 13/10/2023)

“Eles são animais e vamos tratá-los como tal”, esta declaração do ministro da Defesa de Israel, Yoav Galant, referindo-se aos palestinianos do Hamas (ou a todos os de Gaza?), ficará para a história, mas está errada. Os animais não fazem aquilo, só os homens são capazes de matar a sangue-frio inocentes por ódio irracional, por simples prazer ou em nome de Deus. Neste caso, em nome de Alá, o Misericordioso. Por temor, chamamos bestas aos animais que nos assustam, mas é a bestialidade humana que caminha connosco desde sempre e que faz da História da Humanidade um relatório incompreensível de atrocidades sem fim. Mas se elas são inexplicáveis à luz daquilo que nos imaginamos ser, a sua classificação moral é tão mais simples quanto maior é o horror. O ataque do Hamas de 7 de Outubro, visando essencialmente civis indefesos, é o horror, a bestialidade em estado puro. Cada um daqueles atacantes, no seu prazer assassino, não tem perdão nem justificação alguma. E sobre este ponto não há mais nada a dizer. O que não significa que isto possa ser o início ou o fim da conversa.
Esta história dura há 78 anos e é uma interminável saga de conflitos, guerras e massacres, que talvez um dia acabem por pegar fogo a todo o planeta. Dura desde a criação do Estado de Israel por deliberação da ONU, em 1948, e ocupando 77% do território da Palestina, onde quase todos eram palestinianos. Hoje, 74% são judeus e 21% palestinianos e o Estado de Israel, à revelia das Resoluções da ONU, ocupa 90% do território, incluindo Jerusalém Este, tem 250 mil colonos ilegalmente instalados na Cisjordânia e fez de Gaza, onde vivem mais de 2 milhões de palestinianos cercados por um muro, “a maior prisão a céu aberto do mundo”, nas palavras do ex-Presidente francês Sarkozy. Nenhum povo, nenhuma nação do mundo, excepto a mais desprezível, deixaria de se revoltar, e pelas armas também, contra aquilo que necessariamente veria como uma ocupação da sua terra. O “nosso” lado da narrativa pode chamar terrorista ao outro lado, como outrora a Autoridade Inglesa na Palestina chamava terroristas aos comandos judeus — dos quais um viria a ser primeiro-ministro de Israel. Sem dúvida que podemos chamar terroristas aos militantes do Hamas que atacaram um festival de música, matando, mutilando e raptando inocentes: vimos as imagens do ataque, vimos os corpos dos mortos e a proximidade da violência não permite outra linguagem. Mas o que chamaremos aos pilotos dos F-16 israelitas que, em retaliação (e antes até, por várias vezes) atacam edifícios de habitação em Gaza, sabendo que lá dentro estão civis, velhos, mulheres, crianças? A única diferença é que aqui as vítimas não estão num festival de música mas em suas casas, e, embora morram às dezenas de cada vez e sob cada bomba, não os vemos a morrer nem temos imagens da proximidade dessa violência. Mas não ignoramos que há um piloto treinado para a guerra que deliberadamente ataca alvos onde sabe que pode causar mais mortes civis. E há um Estado ocupante que se reserva o direito de cortar a água, a alimentação, a electricidade e a energia a mais de 2 milhões de civis cercados por um muro que ele ergueu, e manifestamente empenhado em fazê-los desaparecer todos dali, de uma vez por todas. E onde estão agora as vozes daqueles que tanto se indignaram, acusando a Rússia, de usar “a arma da fome”, quando esta, invocando, e com razão, o incumprimento do acordo de exportação de cereais pelo Mar Negro, recusou a sua renovação?

Podemos sempre dizer que não há inocentes nesta longa e fatídica história. Será verdade no que diz respeito ao terror e às retaliações mútuas sucessivas, mas não o é no que diz respeito à História.
Só por má-fé é possível ignorar que há um lado que funciona à revelia do direito internacional e das Resoluções do Conselho da Segurança da ONU e que tudo tem feito e fará para evitar que jamais exista um Estado Palestiniano viável ao lado do Estado de Israel. E há outro lado que tem o direito de não se conformar com isso.
Israel tem direito à sua existência e à sua segurança, os seus cidadãos têm direito a uma vida normal na terra que escolheram. E o outro lado, os do outro lado, também. Há dias vi na televisão o presidente da Associação de Amizade Portugal-Israel, lastimando-se, compreensivelmente, que os seus familiares em Israel tivessem de estar a refugiar-se em bunkers para se protegerem dos rockets do Hamas. Gostaria de lhe ter perguntado se, apesar de tudo, preferia sabê-los ali, protegidos pelo Iron Dome israelita contra os pífios foguetes palestinianos, ou na Faixa de Gaza, ao alcance dos mísseis da Força Aérea e da artilharia de Israel.
E não vale a pena virem com o argumento da superioridade moral, política e constitucional do Estado de Israel comparativamente ao mundo árabe. Claro que todos nós — eu, pelo menos — me revejo incomparavelmente mais no que são os valores de Israel, sobretudo os seus valores fundadores, do que naquilo que são os valores das sociedades islâmicas. Mas não só esses valores têm regredido drasticamente em Israel sob a influência sinistra dos ortodoxos e a liderança política desse traste que é “Bibi”, ao ponto de hoje pouco distinguir o fanatismo religioso do poder israelita do dos islamistas, como foi Israel quem fomentou a emergência do Hamas, contra o laico e muito mais moderado OLP, segundo o velho princípio de dividir para reinar. E quanto à questão de fundo, mesmo sem discutir o fundamento moral do argumento, acho que a História já nos deu suficientes lições para não valer a pena insistir na tese da ressurreição do espírito das Cruzadas. Depois do Iraque e do Afeganistão, já era tempo de este clube de idiotas que governam o mundo aprenderem alguma coisa de útil sobre o passado.

Portanto, afinal de contas, não é assim tão complicado: olhar o mal nos olhos e não desviar o olhar; entender a raiz do mal, sem o desculpar; procurar a solução que sabemos justa; e aplicar a mesma lei a todos, amigos e inimigos. Houve 70 anos para fazer isto e nada foi feito. Agora, chegados a este ponto, é esperar que os animais à solta se transformem milagrosamente em seres humanos lúcidos.
2 Se o Orçamento é, por natureza, uma gestão de expectativas futuras, o meu receio é que este Orçamento seja optimista demais. Continuar com um superavit nas contas públicas, manter apoios sociais, arrancar a sério com o investimento público e cessar as cativações, baixando para alguns os impostos directos e apostando numa descida da inflação, parece-me demasiado bom num ano que se anuncia com duas guerras no horizonte e instabilidade garantida nos mercados de combustíveis. Para quem paga impostos, a grande notícia é, finalmente, a actualização dos escalões do IRS, pondo fim à sua indecente subida sub-reptícia todos os anos, e a descida das taxas, mas só para quem ganha até €2 mil por mês — os outros são ‘ricos’. É que, tal como explicou esta semana Pedro Nuno Santos, os portugueses deviam deixar de pedir a descida do IRS, pois que se só 58% deles é que o pagam e, destes, só 17% pagam a sério, descê-lo para todos significaria ter de cortar na despesa pública ou ter de deixar de viver dos poucos pagadores esforçados.
Como sempre, o Orçamento tem coisas boas e coisas más, cuja análise não cabe agora aqui. E, como sempre, a oposição, toda ela, é contra o Orçamento — todo ele. Certamente terá ocasião de justificar melhor e mais detalhadamente porquê. E seguramente irá um pouco mais fundo do que a apreciação do líder da oposição, ao classificar o Orçamento como “pipi e betinho”. Francamente, Luís Montenegro é candidato a quê — a ser o mais engraçadinho do Café Central de Espinho?
P.S. — Sérgio Furtado, jornalista da TVI, que eu não conheço pessoalmente, acaba de receber o prémio Mário Mesquita de Jornalismo, da Sociedade Portuguesa de Autores, de que confesso desconhecia a existência. Fraco reconhecimento para quem tem feito na Ucrânia um longo e reiterado trabalho de reportagem de guerra — autêntico e não encenado, como alguns fazem, nomeadamente os repórteres-vedeta da CNN Internacional. Corajoso, objectivo, imparcial e despido de sensacionalismo: um verdadeiro exemplo daquilo que o jornalismo deve ser, mesmo nas mais difíceis circunstâncias. E neste país em que, a começar pelo Presidente da República, a mais banal das personagens é alcandorada ao estatuto de herói, este homem que diz não querer “estar apenas de passagem” por um país em guerra, para melhor o compreender, é digno de todo o respeito e admiração. Que a sorte o acompanhe sempre!
Miguel Sousa Tavares escreve de acordo com a antiga ortografia
Muito Ben. Subscrevo a parte 1, só acrescento uma questão: os civis que colaboram na invasão e ocupação da Palestina, que sabem bem o que estão a fazer, a roubar casas e terrenos dos Palestinianos, a expulsar Palestinianos para campos de refugiados, e a fazer colonatos ilegais ou a invadir completamente cidades a históricas dos Palestinos que segundo a ONU deviam fazer parte do Estado da Palestina e não de Israel, podem ser realmente chamados de “civis” e de “vítimas”? Eu, se visse a minha casa ocupada por um Espanhol, não lhe chamava “civil”, chamava-lhe invasor e agiria de acordo com isso.
Quem chama “terrorista” aos Palestinianos, já antes chamou “terrorista” ao Nélson Mandela, mas curiosamente nunca chamou terrorista à Padeira de Aljubarrota…
Não li nem vou ler a parte 2. Portugal é uma colónia de Bruxelas, Frankfurt e Washington. Todos os orçamentos da oligarquia globalista/europeísta são maus, e o Miguel não tem conhecimentos para falar deste tema, pois é mais um NeoLib que vive bem com o fascismo económico praticado em Portugal.
Sem ler, já sei que será como o costume: a Esquerda tem razão, o PS governa à Direita, os fascistas criticam o PS mas na realidade estão contentes com este rumo.
Portugal não tem futuro. Os Portugueses que quiserem ter futuro, têm de emigrar para as “venezuelas” da Europa, países onde se pratica o “estalinismo” da distribuição de riqueza, alta percentagem de sindicalismo ou comissões de trabalhadores, defesa de direitos laborais, iniciativa estatal, regulação dos mercados e soberania q.b. naqueles que continuam a recusar a €Uroditadura. Parece que estou a ler o programa eleitoral do BE ou do PCP, mas não, estou só a descrever por alto a Bélgica, Alemanha, Dinamarca, Suécia, Noruega, Islândia, e Finlândia. E porque não a Áustria, com o seu exemplo de ter 10x mais habitação pública.
Portugal vai continuar em morte lenta, económica, social, e demográfica, até ser um Estado falhado irrecuperável, ou até à próxima revolução.
É pertinente fazer aqui uma comparação para refletir: em um ano e meio de intervenção militar Russa, morreram 500 crianças, e nem sequer são todas vítimas da Rússia. Muitas são vítimas dos crimes de guerra Nazis em seu próprio território, ou dos bombardeamentos contra o Donbass.
Em apenas uma semana, o Apartheid Sionista assassinou mais de 700 crianças em Gaza.
À Rússia chama-se “brutal ditadura” e “guerra ilegal de agressão não provocada e injustificada” com “bombardeamentos indiscriminados contra civis”.
A Israel chama-se “democracia” (uns ainda acrescentam o “liberal”, outros já têm um pouco mais de vergonha) e diz-me destes crimes que são um “direito à auto-defesa” com meios “proporcionais”, e assim se justifica todo o apoio dos regimes do ocidente, até mesmo 2 navios de guerra porta-aviões e respectivas armadas usadas para ameaçar Egito, Líbano, Síria, Jordânia, Turquia, Arábia Saudita, e Irão.
Mais palavras para quê? O ocidente é mesmo um império genocida e a imprensa “livre” é a mais brutal máquina de Fake News e manipulação desde o Ministério da Propaganda Nazi de Goebbels.
Por falar nisto, 3 apresentadores árabes da MSNBC foram despedidos, silenciados. Andavam a dizer demasiadas verdades sobre a ditadura racista de Israel.
No Reino Unido proibiram-se as manifestações de apoio à Palestina, e em França a polícia, a repressão do regime, anda a prender mais gente do que nas manifestações pró-ocidentais em Moscovo.
E a UE já ameaçou Facebook e X/Twitter para “limpar” as vozes dissidentes a que o regime ocidental mais aldrabão de sempre chama de “desinformação”.
Eis a “liberdade” defendida pelos avençados do império.
PS: hoje os humanos decentes celebram o assassinato do nazi ucraniano Stepan Bandera, criador das organizações terroristas genocidas da UPA/OUN, colaborador de Hitler no Holocausto, e herói da actual ditadura Ucraniana. Parabéns ao herói soviético Bohdan Stashynsky por essa desnazificação bem sucedida, às ordens do KGB. Infelizmente não foi suficiente, a semente do UkraNazismo estava plantada, foi adubada pelos fascistas imperialistas ocidentais ao longo de décadas, e acabaria por florir em 2014, após uma rega abundante de 5 mil milhõe$ da CIA… O resultado está à vista.
Penso com este texto prestar serviço público que vai ao encontro que o Miguel escreve sobre o orçamento .
O que aprendi é que a concorrência em todas as frentes é uma religião para a UE. Era suposto estar ao serviço dos consumidores para produzir a melhor relação serviço/preço, mas agora está ao serviço de si própria e, sobretudo, ao serviço dos actores que a compõem.
Isto faz-me lembrar a teoria do “trickle-down”, segundo a qual a riqueza sem entraves dos mais abastados deveria ser transferida para os menos abastados, uma teoria vazia que demonstrou que os ricos ficaram, de facto, mais ricos, mas através de um efeito inverso.
Os mercados da energia, em especial o da eletricidade, estão na mesma linha: a livre concorrência deveria ser para o bem dos consumidores, mas deu a volta e colocou-se ao serviço dos intermediários, em detrimento dos consumidores, e também da EDP.
Para a posteridade, estes mercados omnipresentes devem absolutamente figurar nos manuais de história económica como o próprio exemplo de uma ideologia económica que privilegia os meios em detrimento dos fins.
A menos que sejam apenas uma demonstração da insondável ignorância dos nossos políticos em matéria de economia e de energia ou, pior ainda, da sua cega fidelidade à UE!
Não é com disfuncionamentos tão escandalosos que os cidadãos podem manter a confiança nas instituições da UE.
Agora é fácil perceber que estamos a ser conduzidos no mínimo por predadores incompetentes e no máximo por traidores,para a estratégia europeia de destruição dos serviços públicos, até ao absurdo, e de tudo o que tornou Portugal forte e independente no passado, em benefício de algumas grandes fortunas.
O problema é a UE,
quem tem realmente o poder nesta instituição?
A implosão política desta organização falsamente democrática vai ser uma verdadeira mudança, que será muito dolorosa.
À medida que surgem mais e mais informações sobre os projectos da UE, seja qual for o domínio, apetece gritar.
A indústria farmacêutica, que os fabrica, faz parte de uma economia baseada na “doença”, juntamente com a agricultura intensiva, a indústria agroalimentar e o sistema hospitalar, bem como toda a medicina . Em rigor, não existe uma economia da saúde.
“Comunismo para os ricos e capitalismo para os pobres”! Uma excelente expressão que resume a ideologia neoliberal da UE.
Ou o capitalismo de compadrio.
Ou o clientelismo, a cooptação…
O sistema de preços é uma loucura. O objetivo do sector privado é ter duas infra-estruturas de produção:
Uma a um custo muito baixo.
Uma muito cara.
A mais barata tem de produzir abaixo do limiar da procura para acionar a segunda, que, de acordo com as regras, fixará o preço em relação a esta última.
Grande mais-valia sobre a eletricidade barata produzida, vendida ao preço da segunda, mais cara.
É uma extorsão organizada e legalizada. Eu chamar-lhe-ia alta traição.
As nações delegaram a gestão económica na UE e no seu dogma de livre concorrência de mercado, a tal ponto que já não têm meios para implementar as suas próprias políticas, são impotentes. É o caso de muitos governos que é obrigado a pedir gentilmente às empresas que actuem na economia em seu nome. Isto é particularmente verdade para a GALP,EDP,etc,etc, mas também para os distribuidores de géneros alimentícios. É por isso que, independentemente de quem for eleito, a política económica continua a ser a mesma, a menos que desobedeçam às regras dos tratados europeus ou abandonemos a UE.
Nada pode ser feito. São sempre as pessoas comuns que são manipuladas, martirizadas e, por fim, sacrificadas. Em benefício de um Estado profundo constituído por várias oligarquias de diferentes países que se dão muito bem. O dinheiro internacional não respeita o direito dos povos à autodeterminação.
A energia é o nervo da guerra. É surpreendente que não haja ligação com a cada vez mais metafórica economia de guerra, que pouco tem a ver com a ecologia, montada pelos Estados e adaptada pelos mercados financeiros.
E, quanto a mim, tudo isto me leva a pensar que é e deve ser necessário, para estas questões vitais e estratégicas – o acesso à energia é uma questão estratégica e vital -, que exista simultaneamente um serviço público de arbitragem, de controlo e de aconselhamento E um planeamento verdadeiramente adoc, isto é, robusto sem ser rígido (já não estamos no tempo e no lugar da ex-URSS).
Digo isto porque o mercado, no que respeita a estas questões estratégicas, não gere nada.
A energia desempenha um papel importante na economia e nos conflitos mundiais que se seguem.
O sistema de troca/venda de certificados é, de facto, o mesmo que o direito de poluir com carbono. Não há dúvida de que existe o mesmo tipo de fraude.
Estamos aqui a falar da ideologia do verdadeiro preço neoliberal, que quer transformar tudo num mercado à vista por razões ideológicas.
O mercado competitivo do oligopólio das companhias nacionais históricas mais algumas companhias petrolíferas, em que cada uma mantém a sua renda e a sua posição dominante, teria sido igualmente competitivo, mas não teria sido conforme à doxa neoliberal.
O que é estranho é que a liberalização só é interessante se reduzir os custos (e mesmo assim), como aconteceu no sector das telecomunicações, por exemplo. Mas quando um monopólio estatal permite ter os custos mais baixos da Europa, é evidente que a liberalização é do interesse de outros países europeus, em detrimento dos Portugueses (mais uma vez). O facto de os europeus serem favoráveis é compreensível.
Os Portugueses fariam bem em preocupar-se com os acontecimentos desagradáveis que possam ocorrer nos próximos meses. Uma falência é plausível, e provavelmente acontecerá através das finanças sociais.
Em Portugal, a população não tem cultura económica, e isso é perfeitamente desejado pelos nossos decisores e pelos jornais mainstream.
Ninguém quer falar sobre isso!
Só vivemos graças à confiança da nossa dívida por parte dos estrangeiros e dos Portugueses que a apoiam em total cumplicidade!
É evidente que os primeiros afectados serão os bancos, os funcionários, as ajudas sociais, as pensões.
Nos próximos anos vamos ter uma política de austeridade, aumento do IVA, impostos, impostos,impostos.
Teremos então algumas surpresas do lado das agências de notação.
Tudo vai acontecer muito rapidamente.
Enquanto isso, o empobrecimento cresce!
Todos os sinais estão lá, vai ser muito violento porque os Portuguese nunca o viveram antes do 25 de abril.
Quem vai salvar o BCE com uma dívida eterna?
A Terceira Guerra Mundial será uma guerra atípica que alterará dramaticamente o clima em várias zonas de interesse. Um estudo preliminar de 1996 serviu para obter autorização para controlar os fenómenos meteorológicos por etapas até 2025 em zonas suficientemente precisas para uma ação militar. A guerra para controlar os fenómenos meteorológicos já começou, e a aposta valeu a pena. A mudança climática é um factor que multiplica o poder” (General da NATO Fabio Mini).
Existem guerras: rádio-eletrónica, química, bacteriológica, cibernética, informática, genética, meteorológica, geofísica, climática, híbrida, holotrópica, etc.
A guerra geofísica – um novo tipo de guerra – tem como objetivo a conquista de poder sobre determinados Estados-nação. Não é uma guerra com armas convencionais, mas uma guerra atípica que modifica o clima nas várias zonas de interesse (e nós pagamos impostos sobre o carbono).
Dentro de 20 anos haverá zonas desérticas na Europa.
Graças às antenas HAARP no Alasca, o oceano gelado do norte desaparecerá e poderemos ir de Londres a Tóquio em metade do tempo. Querem subjugar a população do ponto de vista económico, como já vimos.
Na Europa, as antenas HAARP na Noruega são financiadas pela Pfeizer e pela Bayer…., pelo que é também para lá que vai o nosso dinheiro. Estamos sujeitos a decisões supra-estatutárias e aguentamos isso.
Em novembro de 2020, a conferência do G8 em Roma restabeleceu os meios para alcançar o RESET climático. Estes documentos foram assinados por todos os chefes de Estado presentes.
O objetivo final é um RESET GLOBAL, que representa uma batalha entre os soberanistas: aqueles que querem manter os Estados nacionais, unitários, cada um com os seus próprios problemas, independentemente de fazerem parte de organizações como a União da Unidade Africana, a União Europeia, etc., e os globalistas. e os globalistas.
Insultamos as minorias em geral, mas ninguém insulta a minoria mais perigosa do mundo: a pequeníssima minoria de ricos que nos explora, os 97% da população mundial, porque nos perguntamos: o que é que eles fazem com todo aquele dinheiro?
Já ouvi o articulista dizer dos palestinianos, em especial dos que sobrevivem no campo de concentração de Gaza, o que o Maomé não disse do toucinho. Como quando disse que os pobres diabos que se manifestavam e atiravam umas inofensivas pedras contra as cercas de arame farpado que circundam o campo de concentração de Gaza eram fanáticos que se voluntariavam para morrer. Pelo que estava a espera que dissesse pior ainda.
Os civis israelitas não raras vezes levavam para a zona circundante as suas cadeiras de praia e as suas cestas de piquenique e iam ver o espectáculo dos seus bravos soldados a alvejar gente esfomeada, desesperada, armada com pedras do outro lado da cerca.
Não estou a dizer com isto que mereciam morrer mas não seriam certamente gente que eu convidaria para minha casa. E na mente dos que mataram talvez estivessem muitas cenas dessas.Porque as cadeiras de praia e as cestas de piquenique eram vistas por todos.
Para os palestinianos a música sempre foi outra. Para além do matraquear das metralhadoras dos soldados a dos aviões que volta e meia faziam umas razias. A pretexto de tudo e de nada.
De vez em quando era preciso ceifar uns quantos, era o que diziam responsáveis israelitas.
Não é de hoje que Israel diz e faz coisas atrozes. Que um dia as vítimas dessas barbaridades tenham dado a provar a essa malta um pouco do remédio que lhes andam a dar há muitos anos e que nos choca muito. Mas se calhar agora os bombardeamentos em Gaza que já mataram pelo menos 47 famílias completas já fazem parte do direito de Israel a retaliar. Porque a mortes de palestinianos estamos habituados. Simplesmente não nos interessam.
E não sei porque carga de água me devo sentir mais próximo de uma religião que diz que o povo de Israel, leia se de raça judaica, é o povo escolhido por Deus e nos somos todos gentios, logo inferiores, que das sociedades islâmicas que dizem que toda a gente que fizer a vontade de Allah é aceitável.
E não venham com a treta dos direitos das mulheres que também por lá há sinagogas onde é homens para um lado e mulheres para o outro, correntes que dizem que as mulheres são só parideiras e quem não parir é maldita e um desgracado pode apanhar uma caldeirada da policia por abraçar uma mulher em público. Nem que essa mulher seja a sua já velha mãe.
E mesmo que eles fossem assim tão meiguinhos para as mulheres isso não lhes dava o direito de andar a matar os homens, as mulheres e as criancas dos outros.
Era como se eu tivesse um vizinho que batesse na mulher e achasse que isso me dava o direito de o matar e lhe ficar com a casa.Ia logo preso,mas contra os trastes que teem governado Israel nunca se levantou o TPI e se o fizesse os seus juízes seriam logo acusados de anti semitismo.
Como aliás são acusados de antisemitismo todos os que denunciam as atrocidades de Israel. Os desgraçados que morreram nos campos de concentração nazis, muitos dos quais queriam era continuar a viver na Europa e não achavam piada nenhuma a voltar a terra de que os romanos os tinham corrido há mais de dois mil anos, teem sido o salvo conduto perfeito para as atrocidades que um estado terrorista comete há décadas.
Se um político ocidental acusar Israel de crimes tem a carreia arruinada, como aconteceu a Jeremy Corbyn. Por isso toda a, gente se apressou a mostrar a sua solidariedade a Israel com o ridículo de se hastear aquela bandeira em monumentos nacionais ou iluminar parlamentos com a cores da dita. Sabendo de antemão que aquela gente iria exercer a sua vingança com toda a crueldade e prazer. Mas os políticos ocidentais há muito perderam a vergonha na cara. Mais uma canalhice menos uma não tem importância nenhuma.
Israel pelo menos desta vez vai matar dizendo ao que vai e este governo de fanáticos religiosos e supremacistas pelo menos é honesto. Pela primeira vez os responsáveis israelitas dizem tudo o que lhes vai na alma e o que lhes vai na alma e o ódio e o desprezo pelo outro que é o modus vivendi daquele estado desde a sua fundação.
O traste do Netaniahu sonha ser aquele que vai expulsar os árabes da terra que aquela gente criminosamente acredita que lhes foi dada por Deus.Por isso deixou acontecer o que aconteceu. Para ter um pretexto e o aplauso de outros trastes. Alguém acredita que um patife que vendeu a saúde do seu povo a Pfizer se ia chatear com uns mil mortos as maos dos “animais”? Ao traste saiu lhe a sorte grande mas a sorte faz se e o patife tratou de a fazer.
E garantidamente vai conseguir o seu objectivo graças a impunidade que o ocidente genocida sempre lhes concedeu. E que voltará a conceder.
Os trastes dos soldados Israelitas que matam crianças a caminho da escola, o traste condutor de um buldozer que passou por cima de uma jovem americana de 19 anos que se tinha posto à frente de uma casa condenada a demolição devem ter chorado lágrimas de sangue quando o fizeram. Não, quem faz essas coisas, quem ata gente nua a postes e lhes atiça cães faz isso com prazer. E será com todo o prazer que Gaza será destruída e o estado nazi sionista conseguirá o seu espaco vital.
1 – «sabendo que lá dentro estão civis, velhos, mulheres, crianças»
Fica por dizer que há notícia de dois factos que normalmente ocorrem:
– Há aviso de bombardeamento
– O Hamas faz desses prédios locais de bases militares ou de lançamento de explosivos
«à revelia do direito internacional e das Resoluções do Conselho da Segurança da ONU»
Indo mais atrás, nunca houve Estado Palestiniano; tudo era império otomano; aos caciques árabes que auxiliaram os aliados na I GG contra esse império, foi prometida uma qualquer partição a fazer a régua e esquadro, como no século anterior em África; demorou a ser feita essa repartição e no percurso surgiu a migração dos judeus pós IIGG; acabaram, por resolução da ONU, por criar o Estado de Israel que logo foi atacado pelos estados vizinhos em 1948 e em anos subsequentes – nenhum se assumia como palestiniano, todos se diziam árabes.
E sim, houve terrorismo judeu contra ingleses, e julgo que posteriormente, contra árabes.
Em toda essa alhada só há que pensar na solução possível e razoável, e desde logo rejeitar quem, armado em parvo ou em terrorista, queira simular que nada ocorreu após a derrota do Império Otomano.
Sem garantir a segurança de judeus e palestinianos não haverá paz.
Há aviso de bombardeamento e fogem para onde? Gaza e pouco maior que o concelho de Sintra é lá estão amontoados 2,3 milhões de pessoas. Aqueles patifes bombardearam naquela pequeno território 500 locais diferentes numa noite. 500 alvos em Sintra, avisaram toda a gente?
O Hamas usa edifícios civis? Isso também faz o exército e as milícias fascistas ucranianas mas se lá cair um míssil russo cai o Carmo e a Trindade. Mas sim, os ucranianos são brancos e cristãos. Aqueles muçulmanos sujos e que podem ser mortos dentro de instalações das Nacoes Únidas, escolas, hospitais, o raio que os parta. Não há problema nenhum. Quem tentou sair de Gaza obedecendo ao ultimato Israelita foi bombardeado pela aviação, certamente depois de avisado.
Digam de uma vez que compartilham a visão Israelita dos outros como animais. Que Israel tem todo o direito de ocupar todo o território que lá detinha há dois mil anos e que também obteve por genocídio e limpeza étnica, tudo bem que tudo isso era normal pelos padrões do tempo.
Mas o que, aquele traste do Netaniahu está a fazer, e disse muito antes dos ataques do Hamas que ia fazer, e normalizar tudo isso em pleno Século XXI. Digam de uma vez que apoiam a solução final daquilo a que chamam o problema palestiniano. Que com a expulsão total daquela gente da Cisjordânia e Faixa de Gaza o problema acaba de vez. Não andem e a defender assassinos psicopatas, racistas e homicidas que não precisam de ataque nenhum para matar. Aquela gente em dia em que não matava palestiniano nenhum não era dia santo.
E se os espanhois decidissem agora que a Península Ibérica seria toda deles e dar nos uma boa corrida em osso?
Fugiam para onde? Vão ver se o mar dá choco.
Ja agora, as vítimas de assassinato selectivo onde muita vezes morre toda a família e outros desgraçados que tenham o azar de lá estar a hora errada consideram se tacitamente avisados?
Há uns anos trabalhei de perto com representantes autárquicos de Jenin, Tulkarm e Kalqiliya. Passei, depois, uns tempos no campo de Jenin, com colegas franceses, entre eles, uma judia israelita. No campo, as crianças conheciam dos israelitas apenas as botas dos soldados pois estavam sempre escondidas atrás de uma pedra, de um muro ou de uma parede, sempre que eles entravam, não fosse dar-se o caso de algum deles (coisa que acontecia com frequência, lhe dar um tiro. Quanto aos outros todos, sempre que eles entravam no campo, estendíamo-nos no chão, com as mãos por cima da cabeça e esperávamos que eles acabassem o que tinham ido fazer (isto todos os dias, umas vezes com aviso e outras sem) e que era: metralhar sistematicamente todos os depósitos de água que conseguissem. Quando eles iam embora passávamos o resto do dia a reparar os depósitos (que eles iam destruir no dia seguinte.
Dois anos depois, tentei ir aos EUA em férias, mas não consegui obter visto (nunca mais tentei) e as colegas francesas chegaram a ser chamadas ao ministério do interior onde foram interrogadas sobre o que estavam a fazer com palestinianos em Paris.
Este é um pequeno relato de uma das muitas situações que acontecem todos os dias naquela região. Explica de alguma maneira, o ódio profundo que habita o coração daquelas crianças que um dia hão-se crescer e que conhecem apenas as botas dos soldados.
Admito a coragem de quem tenta aliviar o sofrimento indescritível dos palestinianos as mãos dos seus carrascos de décadas. Porque sabem que arriscam a vida. Porque sabem que enfrentam o estado terrorista mais impune do mundo. Sabem que se forem mortos, como muitos já foram, a sua morte será sempre um acidente, um dano colateral, o fruto da sua atitude irresponsável.
E frente a imunidade de Israel até os filhos da mais poderosa nação do mundo podem ser mortos com requintes de crueldade sem que nada, mas mesmo nada aconteça.
Foi o que aconteceu a norte americana Rachel Corrie, 24 anos que já tinham visto muito sofrimento, esmagada por um bulldozer ao tentar impedir com o seu corpo de jovem mulher a destruição de mais um lar palestiniano. O animal que a matou ainda voltou para trás para assegurar que o trabalho seria acabado. Afinal de contas, a jovem há tinha escrito que eles não respeitavam ninguém e chegavam a avançar com as pessoas dentro. E a denúncia dos seus crimes é outra coisa que Israel não perdoa.Foram outros jovens que arrastaram dali o corpo inanimado. As justificações para o crime foram grotescas e não vou repeti Las aqui. Mas aquela gente faz o que faz pela certeza da impunidade. É que haja gente que tendo a certeza dessa impunidade ainda vai consertar reservatórios de água destruídos pela soldadesca, ou outra coisa qualquer, faz ter alguma esperanca na humanidade em tempos tão sombrios.
Compensa as notícias sobre os bandos de judeus que estão a afluir a Israel na esperanca de participar nas matanças que se avizinham. Dizem os jornais que vão lá para ajudar Israel. Ajudar a que?
Compensa coisas como a bandeira daquele estado terrorista hasteada no Castelo de São Jorge.
Obrigado pelo seu testemunho e pela sua coragem.
Obrigado. Não é fácil ouvir e ler comentários de pessoas que não fazem qualquer ideia daquilo que comentam.