A geopolítica do Dilúvio de Al-Aqsa

(Pepe Escobar, in SakerLatam.org, 12/10/2023)

O foco global acabou de mudar da Ucrânia para a Palestina. Essa nova arena de confronto acenderá ainda mais a concorrência entre os blocos atlanticista e eurasiano. Essas lutas são cada vez mais de soma zero; como na Ucrânia, apenas um polo pode sair fortalecido e vitorioso.


A Operação “Diluvio de Al-Aqsa” [do inglês Al-Aqsa Flood – nota do tradutor] do Hamas foi meticulosamente planejada. A data de lançamento foi condicionada por dois fatores desencadeadores.

O primeiro foi o primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu exibindo seu mapa do “Novo Oriente Médio” na Assembleia Geral da ONU em setembro, no qual ele apagou completamente a Palestina e zombou de todas as resoluções da ONU sobre o assunto.

Em segundo lugar, estão as provocações em série na sagrada Mesquita de Al-Aqsa, em Jerusalém, incluindo a gota d’água: dois dias antes do Dilúvio de Al-Aqsa, em 5 de outubro, pelo menos 800 colonos israelenses lançaram um ataque ao redor da mesquita, agredindo peregrinos e destruindo lojas palestinas, tudo sob a observação das forças de segurança israelenses.

Todos que têm um cérebro funcional sabem que Al-Aqsa é uma linha vermelha definitiva, não apenas para os palestinos, mas para todo o mundo árabe e muçulmano.

A situação fica ainda pior. Os israelenses agora invocaram a retórica de uma “Pearl Harbor”. Isso é o mais ameaçador possível. A Pearl Harbor original foi a desculpa americana para entrar em uma guerra mundial e bombardear o Japão, e esse “Pearl Harbor” pode ser a justificativa de Tel Aviv para lançar um genocídio em Gaza.

Setores do Ocidente que aplaudem a próxima limpeza étnica – incluindo sionistas que se fazem passar por “analistas” e dizem em voz alta que as “transferências de população” que começaram em 1948 “devem ser concluídas” – acreditam que, com armamento maciço e cobertura massiva da mídia, eles podem reverter a situação em pouco tempo, aniquilar a resistência palestina e deixar os aliados do Hamas, como o Hezbollah e o Irã, enfraquecidos.

Seu “Projeto Ucrânia” fracassou, deixando não apenas ovos em rostos poderosos, mas também economias europeias inteiras em ruínas. No entanto, quando uma porta se fecha, outra se abre: salte da aliada Ucrânia para a aliada Israel e concentre sua atenção no adversário Irã em vez da adversária Rússia.

Há outros bons motivos para partir com tudo para cima. Uma Ásia Ocidental pacífica significa a reconstrução da Síria – na qual a China agora está oficialmente envolvida; o redesenvolvimento ativo do Iraque e do Líbano; o Irã e a Arábia Saudita como parte do BRICS 11; a parceria estratégica Rússia-China totalmente respeitada e a interação com todos os participantes regionais, incluindo os principais aliados dos EUA no Golfo Pérsico.

Incompetência. Estratégia intencional. Ou ambos.

Isso nos leva ao custo do lançamento dessa nova “guerra ao terror”. A propaganda está em pleno andamento. Para Netanyahu, em Tel Aviv, o Hamas é o ISIS. Para Volodymyr Zelensky, em Kiev, o Hamas é a Rússia. Em um fim de semana de outubro, a guerra na Ucrânia foi completamente esquecida pela grande mídia ocidental. O Portão de Brandemburgo, a Torre Eiffel e o Senado brasileiro agora são todos israelenses.

A inteligência egípcia alega ter avisado Tel Aviv sobre um ataque iminente do Hamas. Os israelenses decidiram ignorá-lo, assim como fizeram com os exercícios de treinamento do Hamas que observaram nas semanas anteriores, convencidos de que os palestinos jamais teriam a audácia de lançar uma operação de libertação.

Aconteça o que acontecer, a [operação] Dilúvio de Al-Aqsa já destruiu irremediavelmente a grande mitologia popular em torno da invencibilidade do Tsahal, do Mossad, do Shin Bet, do tanque Merkava, do Iron Dome e das Forças de Defesa de Israel.

Mesmo quando abandonou as comunicações eletrônicas, o Hamas lucrou com o colapso evidente dos sistemas eletrônicos multibilionários de Israel que monitoram a fronteira mais vigiada do planeta.

Os drones palestinos baratos atingiram várias torres de sensores, facilitaram o avanço de uma infantaria de parapente e abriram caminho para que equipes de assalto com camisetas e AK-47 infligissem rupturas no muro e cruzassem uma fronteira que nem mesmo gatos vadios ousavam.

Israel, inevitavelmente, passou a atacar a Faixa de Gaza, uma gaiola cercada de 365 quilômetros quadrados com 2,3 milhões de pessoas. Começou o bombardeio indiscriminado de campos de refugiados, escolas, blocos de apartamentos civis, mesquitas e favelas. Os palestinos não têm marinha, força aérea, unidades de artilharia, veículos blindados de combate nem exército profissional. Eles têm pouco ou nenhum acesso à vigilância de alta tecnologia, enquanto Israel pode acessar os dados da OTAN se quiser.

O ministro da Defesa israelense, Yoav Gallant, proclamou “um cerco completo à Faixa de Gaza. Não haverá eletricidade, nem alimentos, nem combustível, tudo está fechado. Estamos lutando contra animais humanos e agiremos de acordo”[enfase do tradutor].

Os israelenses podem se envolver alegremente em punições coletivas porque, com três vetos garantidos do Conselho de Segurança da ONU no bolso de trás, eles sabem que podem se safar.

Não importa que o Haaretz, o jornal mais respeitado de Israel, admita sem rodeios que “na verdade, o governo israelense é o único responsável pelo que aconteceu (Dilúvio de Al-Aqsa) por negar os direitos dos palestinos”.

Os israelenses são consistentes. Em 2007, o então chefe da inteligência de defesa israelense, Amos Yadlin, disse: “Israel ficaria feliz se o Hamas assumisse o controle de Gaza porque as FDI poderiam lidar com Gaza como um estado hostil”

Ucrânia envia armas para palestinos

Há apenas um ano, o comediante de moletom em Kiev estava falando sobre transformar a Ucrânia em uma “grande Israel” e foi devidamente aplaudido por um grupo de automatos do Atlantic Council.

Bem, o resultado foi bem diferente. Como uma fonte da velha guarda do Deep State acabou de me informar:

“Armas com a marca da Ucrânia estão indo parar nas mãos dos palestinos. A questão é qual país está pagando por elas. O Irã acabou de fazer um acordo com os EUA no valor de seis bilhões de dólares e é improvável que o Irã coloque isso em risco. Tenho uma fonte que me deu o nome do país, mas não posso revelá-lo. O fato é que as armas ucranianas estão indo para a Faixa de Gaza e estão sendo pagas, mas não pelo Irã.”

Depois de seu impressionante ataque no último fim de semana, um Hamas experiente já garantiu mais poder de negociação do que os palestinos tiveram em décadas. É importante ressaltar que, embora as negociações de paz sejam apoiadas pela China, Rússia, Turquia, Arábia Saudita e Egito, Tel Aviv se recusa. Netanyahu está obcecado em arrasar Gaza, mas se isso acontecer, uma guerra regional mais ampla será quase inevitável.

O Hezbollah do Líbano – um firme aliado do Eixo da Resistência para a resistência palestina – prefere não ser arrastado para uma guerra que pode ser devastadora em seu lado da fronteira, mas isso pode mudar se Israel perpetrar um genocídio de fato em Gaza.

O Hezbollah possui pelo menos 100.000 mísseis balísticos e foguetes, desde Katyusha (alcance: 40 km) até Fajr-5 (75 km), Khaibar-1 (100 km), Zelzal 2 (210 km), Fateh-110 (300 km) e Scud B-C (500 km). Tel Aviv sabe o que isso significa e estremece com os frequentes avisos do líder do Hezbollah, Hassan Nasrallah, de que sua próxima guerra com Israel será conduzida dentro daquele país.

O que nos leva ao Irã.

Negação plausível geopolítica

A principal consequência imediata do Dilúvio de Al-Aqsa é que o sonho neocon de Washington de “normalização” entre Israel e o mundo árabe simplesmente desaparecerá se isso se transformar em uma longa guerra.

Na verdade, grande parte do mundo árabe já está normalizando seus laços com Teerã – e não apenas dentro do recém-expandido BRICS 11.

No caminho para um mundo multipolar, representado pelo BRICS 11, pela Organização de Cooperação de Xangai (SCO), pela União Econômica Eurasiática (EAEU) e pela Iniciativa Cinturão e Rota (BRI) da China, entre outras instituições inovadoras da Eurásia e do Sul Global, simplesmente não há lugar para um Estado de Apartheid etnocêntrico que gosta de punição coletiva.

Neste ano, Israel não foi convidado para a cúpula da União Africana. Uma delegação israelense compareceu mesmo assim e foi expulsa sem cerimônia do grande salão, uma imagem que se tornou viral. Nas sessões plenárias da ONU no mês passado, um único diplomata israelense tentou interromper o discurso do presidente iraniano Ibrahim Raisi. Nenhum aliado ocidental ficou ao seu lado, e ele também foi expulso do local.

Como disse diplomaticamente o presidente chinês Xi Jinping em dezembro de 2022, Pequim “apoia firmemente o estabelecimento de um Estado independente da Palestina que goze de plena soberania com base nas fronteiras de 1967 e com Jerusalém Oriental como sua capital. A China apoia que a Palestina se torne um membro pleno das Nações Unidas”.

A estratégia de Teerã é muito mais ambiciosa: oferecer consultoria estratégica aos movimentos de resistência da Ásia Ocidental, do Levante ao Golfo Pérsico: Hezbollah, Ansarallah, Hashd al-Shaabi, Kataib Hezbollah, Hamas, Jihad Islâmica Palestina e inúmeros outros. É como se todos eles fizessem parte de um novo Grande Tabuleiro de Xadrez supervisionado de fato pelo Grande Mestre Irã.

As peças do tabuleiro de xadrez foram cuidadosamente posicionadas por ninguém menos que o falecido Comandante da Força Quds do Corpo da Guarda Revolucionária Islâmica, General Qassem Soleimani, um gênio militar único na vida. Ele foi fundamental na criação das bases para os sucessos cumulativos dos aliados iranianos no Líbano, na Síria, no Iraque, no Iêmen e na Palestina, além de criar as condições para uma operação complexa como a Dilúvio de Al-Aqsa.

Em outras partes da região, a iniciativa atlanticista de abrir corredores estratégicos nos Cinco Mares – Cáspio, Mar Negro, Mar Vermelho, Golfo Pérsico e Mediterrâneo Oriental – está fracassando gravemente.

A Rússia e o Irã já estão destruindo os projetos dos EUA no Mar Cáspio – por meio do Corredor Internacional de Transporte Norte-Sul (INSTC) – e no Mar Negro, que está a caminho de se tornar um lago russo. Teerã está prestando muita atenção à estratégia de Moscou na Ucrânia, ao mesmo tempo em que refina sua própria estratégia sobre como debilitar o Hegemon sem envolvimento direto: chamemos isso de negação plausível geopolítica.

Bye bye corredor UE-Israel- Arábia Saudita-Índia

A aliança Rússia-China-Irã foi demonizada como o novo “eixo do mal” pelos neoconservadores ocidentais. Essa raiva infantil revela a impotência cósmica. Esses são Soberanos Reais com os quais não se pode mexer e, se o fizerem, o preço a pagar será inimaginável.

Um exemplo importante: se o Irã, sob ataque do eixo EUA-Israel, decidisse bloquear o Estreito de Ormuz, a crise energética global dispararia e o colapso da economia ocidental sob o peso de quatrilhões de derivativos seria inevitável.

O que isso significa, em um futuro imediato, é que o sonho americano de interferir nos Cinco Mares não se qualifica nem mesmo como uma miragem. O Diluvio Al-Aqsa também acabou de enterrar o recém-anunciado e muito alardeado corredor de transporte UE-Israel-Arábia Saudita-Índia.

A China está bem ciente que toda essa incandescência que está ocorrendo apenas uma semana antes de seu 3o Fórum do Cinturão e Rota em Pequim. O que está em jogo são os corredores de conectividade da BRI que importam – através do Heartland, através da Rússia, além da Rota da Seda Marítima e da Rota da Seda Ártica.

Além disso, há o INSTC que liga a Rússia, o Irã e a Índia e, por extensão auxiliar, as monarquias do Golfo.

As repercussões geopolíticas do Dilúvio de Al-Aqsa acelerarão as conexões geoeconômicas e logísticas interconectadas da Rússia, da China e do Irã, contornando o Hegemon e seu Império de Bases. O aumento do comércio e a movimentação ininterrupta de cargas têm tudo a ver com (bons) negócios. Em termos iguais, com respeito mútuo – não é exatamente o cenário do Partido da Guerra para uma Ásia Ocidental desestabilizada.

Ah, as coisas que uma infantaria de parapente em movimento lento sobrevoando uma parede podem acelerar.


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13 pensamentos sobre “A geopolítica do Dilúvio de Al-Aqsa

  1. O Irão não vai cair na armadilha de ir socorrer os palestinos.
    Ir socorrer os russófonos das regiões russófonas foi uma armadilha montada à Rússia… mas a Rússia teve uma outra capacidade de resposta.

  2. Quando sabemos que este famoso Hamas é financiado por Netanyahu através do Qatar, devemos ficar indignados com o seu plano obscuro de dividir o povo palestiniano com este grupo para governar melhor e é impossível que Netanyahu não tenha sido informado do plano do Hamas porque o Egipto já tinha avisado desta ameaça iminente há algum tempo. Enquanto órgão de comunicação social dominante, deveiam fazer perguntas verdadeiras que estejam de acordo com a realidade.

    Esta operação foi preparada com pelo menos um ano de antecedência, muito antes da aceleração da aproximação de MBS a Israel e, sobretudo, o Hamas escolheu o momento em que Israel estava mais vulnerável (Shabat, Sukkot…).

    Será que o milhão de palestinianos muçulmanos que foram criados no seio do Hamas desde 2007 podem ter o estatuto de refugiados políticos, tendo em conta os bombardeamentos israelitas? Assim seria mais fácil compreender porque é que o Hamas (que deriva da Irmandade Muçulmana), sabendo que Israel iria retaliar, teria declarado esta guerra, sabendo também que a Europa, com as suas leis, iria receber, aceitar, alimentar e cuidar deste milhão de muçulmanos que poderiam ser potencialmente uma quinta coluna (a quinta coluna é uma expressão que designa os apoiantes ocultos num Estado ou organização de outro Estado ou organização hostil. Wikipédia). Isto explicaria também o porquê de tantas atrocidades organizadas contra civis: para garantir que Israel retalia.

    As principais razões, que não podem ter sido esquecidas ,são obviamente a explosão de uma situação de status quo cada vez mais insustentável e que está destinada a durar. Obviamente, uma explosão, como o seu nome indica, não acontece sem danos e, infelizmente, está fora de qualquer controlo.

    Um ponto importante para esclarecer as coisas: toda a gente fala dos “reféns israelitas”, que se pensa serem cerca de 100-150, mas eu devo recordar que há “reféns palestinianos” na prisão há muitos, muitos anos! Há 5.250 pobres reféns na prisão, incluindo 39 mulheres e 170 crianças! Sim, crianças pequenas na prisão! Isto é contra todas as leis internacionais!

    Israel detém a maior parte deles há muitos anos, muitos cumpriram a sua pena de prisão mas não foram libertados durante muitos anos, e muitos estão na prisão há anos sem qualquer acusação oficial!!! São apenas reféns!

    Hamas teve certamente uma ideia desde o início: fazer uma troca para libertar estas pobres pessoas que estão presas há anos e cuja água e eletricidade foram selvaticamente cortadas na prisão desde 12 de outubro de 2023! Se isto continuar, morrerão em poucos dias!

    Estão certamente a sobrestimar o valor religioso afetivo da Arábia Saudita no mundo árabe-muçulmano. Enquanto todos os muçulmanos veneram os lugares santos, uma minoria muito pequena do mundo muçulmano respeita ou mesmo tolera a monarquia do país.

    Israel tinha um território, e era Canaã. Quando ouço as mentiras dos média, dói-me o coração. Foi exatamente este território que foi dado a este povo em 1948. O povo judeu, ou Israel, foi várias vezes deportado e outras nações foram instaladas no seu território. A mais recente foi a do imperador romano Adriano. Foi ele que deu o nome de Palestina a este território, porque não gostava dos judeus. Palestina significa invasor. Portanto, nunca houve um país chamado Palestina neste território. Foi o Império Romano que criou este problema, que hoje é uma catástrofe. Por isso, deixem de mentir, pretensos cientistas políticos ou geopolíticos.

    Para todos os “ciêntistas” da televisão: em 2020, eram médicos especialistas. Em 2021, dominavam melhor do que ninguém a política interna dos EUA. Em 2022, sabiam tudo sobre a Ucrânia e a Rússia. Em 2023, são especialistas em Israel e no Médio Oriente…

    Do ponto de vista muito europeu, é por causa do antissemitismo europeu que a população judaica da Europa decidiu, com o aval e a ajuda dessas potências, criar um Estado noutro continente, no lugar de outra população?
    A isto chama-se uma ocupação.

    Se continuarmos com a análise do “cientista político”, é com uma teoria ideológica teológica e religiosa que o Hamas está a tentar combater Israel com ações terroristas… não é a mesma ideologia teológica de Herzl?
    Há uma injustiça histórica de que o Ocidente é o principal culpado, conduzindo ao caos atual com a sua cumplicidade por razões de “sobrevivência” geopolítica dos Estados árabes.

    Este estado de coisas arrastará a Europa e o Médio Oriente para este “conflito” que, em todo o caso, terá consequências catastróficas.
    Civis inocentes de todos os matizes voltarão a ser vítimas da teimosia de Israel, dos Estados Unidos, da cumplicidade dos europeus e dos Estados árabes em não querer e aderir a um processo de paz real e mais ou menos “justo”.
    A solução de dois estados nunca foi um objectivo nem para Israel nem para os Estados Unidos…a fim de alimentar as dissensões regionais para serem contextos geopolíticos que impedem a ideia da Palestina que nunca será um estado.

    Marrocos “um grande peso pesado”!!!

    Os palestinianos não são apenas Árabes. Mas também judeus. Sim, Israel é um Estado Palestiniano. E porquê? Bem, porque a Palestina nunca foi um estado, mas uma região, propriedade de impérios ou potências desde a destruição do 1o “estado” ou melhor, dos reinos israelitas pelo Tito Romano, por volta de 70 d. C.
    A questão é, portanto, a criação de um 2o Estado palestiniano, que por agora assumirá o nome de palestina e reunirá as populações árabes da Palestina no seu interior.

    Nem uma palavra para os palestinos inocentes visados pela resposta Israelense.

    Não estou sequer a falar de tudo o que foi omitido na história deste conflito, como a injusta divisão das terras agrícolas em 1949 a favor dos israelitas..etc

    Aqueles que levaram o prato inteiro , deixando os pratos dos outros vazios, e que, tendo dito tudo com uma cara simpática, dizem: “nós, que temos tudo, somos pela paz!”,

    Quando, à noite, nas suas belas casas, vão beijar os seus filhos pequenos, com uma boa consciência, provavelmente tem mais sangue ,nas suas mãos, , do que a pessoa desesperada que pegou em armas para tentar sair do desespero .

    • Meu caro, tenha lá calma com essa sua teoria da responsabilidade do Império Romano na crise palestiniana atual. Se essa sua criativa visão for levada a sério ainda vamos ter que devolver Portugal aos árabes.

  3. a meRdia corporativa ocidental é um tratado hilário … entra o zé trauliteiro e desaparece a covid_19 … entra o bibi zionita e desaparece o zé de vilnius … quem entrará a seguir ❓ (aceitam-se apostas numa qualquer bet_clique …)
    ⚡ ⚡ ⚡

  4. É difícil não se ficar agradado com a clareza de raciocínio de Pepe Escobar.

    E tudo o que ele disse no texto acima é absolutamente verdade. Mas não é toda a verdade.

    E eu estou particularmente à vontade para o dizer porque, como tive a honestidade de reconhecer no meu comentário anterior, não é possível, neste momento, saber muito mais do que aquilo que vem nos noticiários. E isto sem esquecer que pelo menos metade do que neles podemos ver é não apenas tendencioso mas completamente falso. Nos media ocidentais contemporâneos toda a verdade precisa de ser editada uma e outra vez, até finalmente se tornar uma mentira que possa ser publicável.

    E não vale a pena dizer que se esperou um tempo para analisar os factos ocorridos para melhor os compreender antes de opinar. Neste momento ninguém compreende realmente nada do que se passa em Israel e na Palestina porque os atores de ambos os lados não fazem o favor de explicar exatamente os seus respetivos trunfos, objetivos e motivações.

    A Guerra, qualquer guerra, é sempre um jogo de enganos e tudo aquilo que se mostra é o que se pretende que o inimigo fique a conhecer.

    No dia de ontem, por exemplo, li um texto do analista residente de “Moon of Alabama” (um excelente site de análise geopolítica por sinal) em que ele defende que a ofensiva do Hamas só se tornou possível porque os Estados Unidos pretendem destruir Netanyahu e o seu governo conservador baseado na ala judaica mais radical (na verdade fanáticos religiosos) os Mizrahi, maioritariamente originários da Ásia e de África, e que se tem repetidamente negado a seguir os ditames de Washington a respeito da guerra na Ucrânia, e substituí-lo por um governo baseado nos judeus chegados da Europa, os Ashkenazi, que parecem ter como ideal de vida tornarem-se os perfeitos fantoches de Washington.

    O analista dá como justificação o facto de três dos quatro batalhões de infantaria, com 800 soldados cada, que normalmente guardam a Faixa de Gaza, terem sido transferidos para a Cisjordânia para proteger os colonos sionistas de direita durante um feriado religioso. Isto permitiu que o Hamas rompesse facilmente a cerca.

    Eu adoro uma boa teoria de conspiração, vocês sabem, mas neste caso não me parece. É mais lógico pensar-se que o exército israelita se encontra com défice de efetivos, porque uma grande parte dos jovens judeus não se sentem motivados a alistar-se para depois passarem o tempo a maltratar civis palestinianos. E os seus efetivos não podem estar em todo o lado ao mesmo tempo. A navalha de Occam a fazer o seu trabalho.

    O que me parece lógico pensar é que esta ofensiva do Hamas não aconteceu no momento em que aconteceu por mero acaso, e certamente nada teve a ver com os problemas de Netanyahu com a Geografia. Ela foi longamente preparada e tem com certeza objetivos bem definidos que só ficaremos a conhecer mais lá para a frente. O facto de o Hamas ter enveredado por uma guerra convencional, com a ocupação e conservação de territórios, rejeitando o ataca-e-foge da guerra de guerrilha, não deixa de ser surpreendente.

    Sabemos que o Hamas tem um exército de elite de cerca de 40 000 homens e usou apenas 1 000 na sua ofensiva, a que talvez devamos acrescentar mais 400 ou 500 usados na substituição das baixas que vão sofrendo. Os restantes estarão à espera do exército israelita dentro da Faixa de Gaza, devidamente abrigados em bunkers subterrâneos disseminados pelo território, com localização desconhecida, onde os bombardeamentos da aviação israelita não conseguem chegar. Eles tiveram décadas para montar essas defesas.

    Vi na TVI/CNN, durante uma ação de “zapping”, que Israel já mobilizou 300 000 reservistas, os quais já estão na fronteira com a Faixa de Gaza prontos para entrarem em força e arrasarem tudo o que lhes apareça à frente. Foi dada a informação adicional de que a preparação da operação levará ainda “três dias”.

    Recordando-me que os russos, aquando da sua recente mobilização parcial para a guerra na Ucrânia, também recorreram a militares na reserva, muitos deles com vasta experiência, e mesmo assim fizeram questão de os submeter a um treinamento/atualização de cerca de três meses antes de os enviarem para a frente, eu estou curioso a respeito de qual será o comportamento em combate daqueles garotos sem experiência nenhuma, que provavelmente só fizeram uma recruta de 15 dias ou um mês, quando entrarem no moedor de carne.

    Sabendo-se que as baixas entre o exército em ofensiva são sempre pelo menos três vezes superiores às do exército defensor acantonado nas suas posições, sabendo ainda que o Hamas conta com 40 000 homens ferozmente fanatizados e sem medo de morrer (do seu ponto de vista têm o Paraíso garantido) aos quais se devem juntar mais 20 000 aliados provenientes das restantes fações, então temos que, para finalmente conseguirem aniquilar o seu inimigo, os soldados Israelitas deverão sofrer qualquer coisa como… 200 000 mortos!

    Digam-me lá, agora a sério, os israelitas vão mesmo fazer a tal ofensiva com botas no terreno?! Palavra?! Bem, palpita-me que a liderança do Hezbollah, a qual já informou que tenciona entrar na guerra quando considerar ser “o momento oportuno”, deve estar muito interessada em saber.

    Sem esquecer que meses atrás, da última vez que os israelitas se lembraram de entrar e ocupar posições no território da Faixa de Gaza a coisa não acabou lá muito bem.

    Bem, vamos ter de esperar para ver. Entretanto, vou chocar um pouco as pessoas daqui e dizer que esta guerra veio mesmo a calhar.

    A guerra veio a calhar para os russos, porque ela vai obviamente dificultar a continuidade do apoio económico e militar que o Ocidente coletivo está a prestar aos nazis ucranianos. Os americanos não têm capacidade para sustentar duas guerras em simultâneo e já devem estar pior que lixados por terem retirado uma parte significativa dos seus meios militares de Israel para entregar à Ucrânia. Agora aqueles Patriot são capazes de fazer falta ali. Tanto mais que a famosa “Cúpula de Ferro” da antiaérea israelita acaba de se revelar afinal uma “cúpula de vidro”…

    Por outro lado, agora que Israel se afadiga a desencadear um tal morticínio de civis de ambos os sexos e de todas as idades na Faixa de Gaza, vai ficando um bocado ridícula aquela contabilidade diária de vítimas colaterais civis na Ucrânia que a pandilha de Guterres tem vindo a zelosamente a fazer desde o início do conflito. Os russos podem agora tratar dos seus assuntos na Ucrânia sem que isso provoque tanta algazarra e choradeira nos media.

    E claro, esta guerra veio mesmo a calhar para os Estados Unidos, para Biden e os seus sionistas neocons, porque agora têm um pretexto para sair “de fininho” da Ucrânia, quase sem ninguém reparar, a pretexto de dar total prioridade à defesa do seu mais belo, perfeito e impoluto aliado, o esplendoroso oásis da democracia no Médio Oriente, a Terra Santa, a maravilha das maravilhas, Israel, pois claro.

    Esta guerra veio a calhar para a China também, porque, entre outras coisas, ela veio ditar o fim do projeto do corredor económico União Europeia – Israel – Arábia Saudita – Índia. Mesmo que a guerra em si não fosse um obstáculo incontornável (e certamente que é) a Arábia Saudita já se sentiu obrigada a dizer publicamente que a “normalização” das suas relações com o estado de Israel ficou sem efeito e que já não quer saber de Israel para nada.

    Esta guerra não veio nada a calhar para Zelensky e a sua trupe de palhaços nazis, e provavelmente também para as elites europeias que se arriscam a ficar com a criança (e as calças) nas mãos. Afinal, eles próprios fizeram desabar a sua economia e perderam o seu mais confiável fornecedor de riqueza em troca de absolutamente nada. E fizeram isso tudo sem ajuda de ninguém. Vai ser duro de engolir no fim, quando a consciência desse facto começar a entrar…

    Mas pronto, também não se pode agradar a todos.

    O Presidente da Turquia, a velha raposa Recep Erdogan, deve estar a passar por um momento delicado. O Hamas pertence à Irmandade Muçulmana, que é precisamente a força política que serve de suporte ao velho líder e a Turquia pertence à NATO. Como se não existissem já bastantes fissuras na estrutura desta organização imperialista condenada, acaba de ser adicionada mais uma.

    Outro que deve estar a passar por um momento complicado é Putin. Desde sempre a Rússia manteve com Israel uma relação de cumplicidade graças a Putin, que considera o patife Netanyahu um velho amigo. Para esse fim Putin chegou repetidas vezes a atraiçoar os seus próprios aliados, como se comprova pelas facilidades concedidas à aviação Israelita para os seus bombardeamentos na Síria contra assentamentos do Irão e do Hezbollah. Nada que não seja de se esperar do herdeiro natural da seita de traidores que vitimizaram o povo russo e assassinaram o socialismo no mundo, no seguimento do golpe da Perestroika.

    Mas agora as coisas estão a mudar. porque todo o Sul Global está muito rapidamente a alinhar-se ao lado do povo palestino. E se a Rússia quiser mesmo liderar o Sul Global e ser uma referência importante dentro do movimento BRICS+, terá de rever muito rapidamente as suas posições a respeito. E para esse efeito, ontem já era tarde.

    Sobre o posicionamento do Sul Global no novo tabuleiro, e também a visão que lhe está inerente, eu recomendaria o visionamento do vídeo legendado em Português com uma análise em discurso direto de Shahid Bolsen, disponibilizado pelo Saker Latinoamericano, e que é realmente imperdível:

    http://sakerlatam.org/o-sul-global-e-pro-palestina-imperdivel/

    Sobre o dilema russo eu recomendaria a leitura do texto de John Helmer: “O Silêncio dos Ursos –a Rússia está a reorientar-se em direção aos árabes” também reproduzido no Sakerlatam mas que também está acessível no português resistir.info:

    https://www.resistir.info/russia/gaza_10out23.html

    Putin não terá outro remédio, diria eu.

    • Por acaso até calhou bem!

      Um estudo revelou que estão em jogo 186 mil milhões de euros para o país na via da adesão à UE.

      Uma vez que os empresários americanos compraram 75% do território ucraniano, Ursula von Eichman quer integrar a Ucrânia e forçar os Estados da UE a pagar pela reconstrução. Um óptimo negócio para os americanos.

      A Ucrânia pedirá, ajuda à UE, que não terá outra alternativa senão responder…

      O que é preciso saber é que a Ucrânia já se encontrava num estado de quase falência muito antes do conflito russo-ucraniano.
      Obviamente, a guerra e a sua destruição vieram agravar esse estado de quase falência.
      Por isso, é fácil perceber porque é que a Ucrânia – que já recebeu milhares de milhões de euros em ajuda à defesa – está a correr para a UE.
      Uma vez que a UE é uma sucursal dos EUA (que procura expandir o seu mercado e influência) e os “líderes” totalitários da UE não passam de capachos perante os EUA.

      Não é só a Ucrânia que é corrupta, a Comissão também é?

      O problema é que lhes “emprestámos” tanto dinheiro que, sem ele, é impossível voltar a vê-lo!
      De facto, ao juntar as dívidas dos países membros, a UE e os seus líderes estão a ignorar os défices que criaram.
      O facto de estes países se encontrarem entre os mais corruptos da Europa não os preocupa (na verdade, talvez esperem aprender uma lição com eles).
      No próximo ano, será a vez da Turquia, pelo que não haverá mais problemas com os migrantes – eles irão diretamente para a Europa.

      Tudo é uma farsa!Sim, é tudo uma charada e é deliberado porque este vai mudar. Está em curso o colapso que está a ser planeado a um nível superior. Estou a dizer-vos isto para pôr as coisas em perspectiva e para vos poupar os nervos.

      Não passa de um balão de ensaio: em janeiro passado, Macron e Scholz reuniram-se para estudar o alargamento da Europa de 27 para 35 países (incluindo a Ucrânia). Nomearam 12 expecialistas, dos quais três franceses e três alemães, para elaborarem um relatório. A síntese (decisões?) será feita em dezembro próximo!

      O que é que estamos a fazer nesta confusão que é a UE?
      Ursula está simplesmente a aplicar a doutrina europeia e globalista, talvez com menos tacto do que os seus antecessores.

      O que é que se espera? A Senhora Úrsula tem de provar a sua obediência antes de passar para a NATO. Quem é que tem medo da Eurásia e quem é que está a fazer tudo para que isso nunca aconteça? Uma vez que a destruição de um dos componentes não funcionou, é necessário atacar o outro. Vista assim, a UE funciona muito bem. Se não a virem dessa forma, ficarão loucos à procura de bom senso no que a UE está a fazer.

      A agricultura ucraniana pertence a fundos de investimento americanos, a grandes empresas europeias e a alguns oligarcas ucranianos desde 2021, altura em que Zelensky autorizou a venda de terras.

      É uma loucura, destruíram a prosperidade da Europa dos 15 quando começáram a integrar todos os países que financiaram durante décadas, e que destruíram as economias, começou com a Grécia, Portugal, Espanha, e depois a loucura de 2001, quando os 15 para os 25.
      O Reino Unido, que estava a ajudar a financiar esta confusão, deixou-nos, e bem. Passámos de 24 para 28 com uma série de países mafiosos da antiga URSS, a Croácia, a Bulgária e a Roménia, aos quais queremos acrescentar a Ucrânia, a Sérvia, a Albânia, o Montenegro, a Macedónia, a Geórgia, o Kosovo e tutti quanti, e vamos destruir totalmente o que resta.

      O custo da reconstrução do país será impressionante.
      Mas será que a Europa tem o direito de gastar o dinheiro dos contribuintes desta forma?
      Além disso, uma grande parte do país é propriedade dos Estados Unidos.
      Seria uma boa ideia pôr este país em ordem antes de qualquer integração.
      A Europa tem enormes problemas. Está a ser ultrapassada por todos os lados.
      A Europa está a destruir os países que a integram.

      Vejo a Europa apenas para as pessoas com posses e para os outros que não têm muito. Estes desaparecerão lentamente com a vontade disfarçada da Europa.

      • André Campos, a Ucrânia será integrada na UE quando as galinhas tiverem dentes, tenha juízo. Parece que você afinal, bem no fundo, ainda acredita no “projeto europeu”. Acredita no Pai Natal também?

        A Ucrânia é para as elites europeias e americanas um país descartável. Ela já é conhecida como “o país 404” por uma razão. É para usar e deitar fora. Quando a guerra terminar será abandonado. Haverá discursos e projetos muito bonitos que nunca sairão do papel. Você leva a sério as declarações de intenções da Ursula Von Der “Lies” e dos seus euroratos?

        A própria UE entrará em dissolução à medida que o euro for perdendo valor nos mercados internacionais e não terá condições de acolher mais 30 milhões de migrantes miseráveis esfomeados, as populações revoltar-se-iam. Isto serve para a Ucrânia e também para a Turquia. Os partidos nacionalistas tomarão o poder na maior parte dos países. A “crise” europeia apenas começou. Ela não terá fim, nem solução dentro da atual estrutura. A moeda comum feita à medida da Alemanha será abolida. Os países recuperarão a sua independência. Tudo isto acontecerá na próxima década.

        Quando a guerra acabar a Ucrânia terá uma dívida externa que não poderá pagar nem em mil anos e toda a sua infraestrutura estará destruída. Os juros dessa dívida irão consumir toda a capacidade produtiva do país. Quem irá desembolsar os custos da reconstrução às empresas privadas europeias?

        Os territórios ucranianos do Leste, incluindo Odessa e a saída para o mar, ficarão para a Rússia. A Polónia, a Hungria e a Roménia recuperarão os seus antigos territórios do Sul anexados e cuidarão das respetivas populações. A Ucrânia será desmantelada. Restará apenas Kiev e os seus arredores.

        Como disse Kissinger, “ser inimigo da América é perigoso, mas ser amigo é letal”. Tudo em que os americanos tocam transforma-se em merda. Isto é válido para a Ucrânia e também para a UE, como se está a ver.

        Praticamente toda a terra agrícola ucraniana já pertence à Monsanto e a outras multinacionais, como você mesmo recordou. Se a Ucrânia restante permanecer independente e ficar com o Ocidente, ela será um pequeno país miserável com uma dívida astronómica impagável que não terá como subsistir.

  5. E se nos lembrarmos que o patife do Netaniahu vendeu o seu povo a Pfizer e submeteu o pessoal a todas as aleivosias e mais algumas para assegurar vacinação maciça e continua talvez alguns dos integrantes do tal batalhão de guardas do campo de concentração de Gaza não estivessem capazes de guardar nem um rebanho de cabras.
    Eu voto que, efectivamente, aqueles bandos vão entrar em Gaza e matar tudo quanto lhes aparecer a frente porque é o que lhes está na massa do sangue fazer.
    E não me parece que os americanos queiram dar cabo do patife porque nem que andassem a procura com uma candeia acesa conseguiriam encontrar um assassino a soldo mais desprovido de entranhas e mais eficiente.
    E agora é que parece que organizacoes como a Amnistia Internacional acordaram acusando Israel de tratar os palestinianos como um grupo racial inferior.
    Ora já há uns anos, quando ainda havia alguma seriedade no que íamos ouvindo nas notícias, passou uma reportagem sobre os prisioneiros palestinianos que chegam a passar décadas em prisoes militares israelitas muitas vezes sem julgamento nem porra nenhuma. Um guarda de uma dessas prisoes, com cara de assassino a soldo e sem cara para levar uma chapada dizia que eles estavam ali para mostrar aos prisioneiros que eles não podiam vence Los porque eles lhes eram superiores em tudo. Um guarda de Auschwitz não diria melhor. Isso foi há uns 20 anos, agora é que a Amnistia Internacional acordou?
    E se de Auschwitz só se saia pela chaminé, dezenas de prisioneiros morrem todos os anos naquelas prisoes do inferno e muitos dos que são libertados saem sem conserto, tanto a nível físico como mental.
    Acho graça quando estes labregos dizem que o caso de Eichman foi o único em que Israel aplicou a pena de morte. Mas andam a gozar com o pagode? Ora digam antes que Eichman foi o único executado em que aqueles trastes se deram ao trabalho de fazer ums farsa de julgamento antes. Porque essa gente executa impunemente quando e onde quer, julgamento e que não há.
    Não digo que o único executado a ser julgado não o mereceu, mereceu isso e mais ainda. Mas igual fim mereceram quase todos os trastes que presidiram ao governo de Israel desde a sua fundação.
    Um dos que mais merecia ter balançado na ponta de uma corda que tinha de ser bem resistente foi aquele cerdo gordo do Ariel Sharon. Que a sua gente manteve uns oito anos congelado para evitar a festa que muita gente na Palestina e não só iria fazer quando a morte do traste fosse anunciada. Lá o caldeirão ao lado do Hitler que o esperava no Inferno teve de esperar
    ais um bocadinho.
    E claro, se alguém merece já há muito ser enforcado por crimes de guerra e contra a humanidade e aquele patife do Netaniahu. Mas como não há justiça neste mundo vai também morrer na cama como todos os trastes que o antecederam. Depois de provavelmente levar a taça de campeão entre os que mais gente matou.

    • ⚽⚽⚽⚽⚽

      assim é q se fala, homem … para cabo perceber (relembrei as ordens_de_serviço q elaborava no anexo ao convento de mafra … bons tempos …)

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