(Major-General Carlos Branco, in Jornal Económico, 04/10/2023)

Contrariando o otimismo desmesurado criado por uma campanha de Comunicação Estratégica muito bem orquestrada, era claro para especialistas informados que aquela contraofensiva estava desde o início condenada ao insucesso.
Procuraremos nas linhas que se seguem explicar os motivos do fracasso da contraofensiva ucraniana iniciada a 4 de junho de 2023, e ainda sem fim à vista, sem prejuízo de um trabalho de maior envergadura a ser efetuado sobre o tema. Contrariando o otimismo desmesurado criado por uma campanha de Comunicação Estratégica muito bem orquestrada, era claro para especialistas informados que aquela contraofensiva estava desde o início condenada ao insucesso.
A campanha de (des)informação montada à sua volta criou artificialmente a esperança de ser possível a vitória da Ucrânia, e influenciou indubitavelmente os decisores políticos norte-americanos e europeus fazendo-os acreditar na certeza de algo irrealizável, tornando-os vítimas da sua própria propaganda.
O General David Petraeus dizia convictamente que “esta contraofensiva vai ser impressionante!” Recordo-me como era difícil há três meses dizer na comunicação social nacional que o rei ia nu. Ninguém queria ver o óbvio.
Ao contrário dos seus promotores, Kiev estava ciente de que não se encontrava ainda preparada para um embate com as forças russas de tamanha envergadura: faltava-lhe o equipamento, o treino e as munições. A sua dependência do exterior era total, um elemento exógeno que não conseguia controlar. Mas a pressão era grande e foi obrigada a ceder. Contra a sua vontade, Kiev foi empurrada para o abismo. Isso ficou claro logo no início da operação.
As forças ucranianas tinham agora a espinhosa tarefa de romper as linhas defensivas russas, penetrar na profundidade do seu dispositivo fortemente preparado e simultaneamente destruir as forças russas. Tarefas ciclópicas. As forças ucranianas dependiam do poder de choque proporcionado pelas suas forças blindadas, para ultrapassar essas forças sem se empenharem em batalhas sangrentas e prolongadas. Isso ficaria para os segundos escalões. O objetivo era desconjuntar o dispositivo russo e com o seu escalão avançado chegar rapidamente ao Mar de Azov.
Passados três meses de contraofensiva, as forças ucranianas não conseguiram ir além da designada “zona cinzenta,” a faixa de terreno à frente da primeira linha da defesa russa. O objeto político a ser atingido com esta ofensiva não passa agora de uma amarga miragem. Como foi possível tanta gente acreditar numa vitória inverosímil?!
O treino
Uma vez perdido o fator surpresa, para conseguir o seu intento, as forças ucranianas teriam de realizar um ataque deliberado com um elevado poder de choque orientado para o ponto mais fraco do inimigo. Este tipo de operações é complexo e exige uma elevada preparação e treino que as forças ucranianas não tinham.
Referimo-nos principalmente ao treino coletivo e operacional de grandes unidades táticas (brigada e divisão). Para além de lhes faltar experiência de combate, as unidades ucranianas não tinham sido preparadas para combater a esses escalões, decisivos para se vencer. Para obter efeitos, esse treino teria de ter sido feito na Ucrânia e não no exterior, sobretudo quando nos referirmos às unidades blindadas, cruciais nesta manobra que os ucranianos pretendiam realizar.
Ao contrário das explicações que têm sido dadas, a formação no exterior não trouxe benefícios visíveis. Para além das dificuldades linguísticas e dos métodos de treino diferentes de país para país, muitos dos instrutores não estavam familiarizados com o armamento ucraniano, não tinham experiência de combate nem conheciam suficientemente a guerra que se estava a travar na Ucrânia. A última vez que os exércitos ocidentais travaram uma guerra convencional foi no Iraque, em 2003. Por outro lado, a utilização intensiva de drones veio revolucionar a tática condicionando a importância até então atribuída aos carros de combate. Eram desenvolvimentos táticos que eles não tinham vivenciado.
Na maioria dos casos, o treino no estrangeiro limitou-se ao treino individual, sem incorporar a componente tática ao nível batalhão e brigada. Por isso, não será de estranhar que numa operação onde era preciso aplicar elevada energia num ponto do dispositivo inimigo, o que se consegue empregando unidades táticas de elevados escalões, as forças ucranianas se limitassem a empregar unidades de baixo escalão, contrariando assim tudo o que se deve fazer neste tipo de operações.
Foram constituídos para esta operação dois Corpos de Exército no total de 12 brigadas, nove das quais equipadas com armamento fornecido por países da NATO e com um treino de duração entre 4 e 6 semanas, feito em países da Aliança. Muitos dos 36 mil soldados dessas nove brigadas eram recrutas sem experiência militar. Apenas 11 % dos 20 mil soldados ucranianos treinados no Reino Unido, desde o início da guerra, tinham alguma experiência.
Não se forma um combatente em seis semanas. Fica apenas apetrechado com os rudimentos para sobreviver no campo de batalha, aprende as ferramentas táticas para combater integrando unidades de baixo escalão (secção, pelotão e com muita vontade companhia), mas não fica habilitado para combater integrando unidades de escalão elevado. Por outro lado, o treino não se deve limitar aos soldados, tem de se alargar aos oficiais e à aprendizagem das técnicas de Estado-Maior, domínio onde se verificou ausência de atenção, como se a arte da guerra fosse matéria despiciente.
Os recursos
Os ucranianos envolveram-se nesta contenda numa situação de inferioridade de meios, ao contrário do que seria desejável e necessário. Embora seja difícil precisar com rigor o efetivo de cada um dos lados em confronto, não andaremos muito longe da verdade se dissermos que os dois contingentes se equivaliam em efetivos. Estimo que cada lado teria aproximadamente 250 mil soldados, o que à partida representava uma vulnerabilidade para o lado ucraniano, uma vez que a força atacante terá de ter, pelo menos, o triplo do efetivo da que defende.
Em matéria do equipamento à disposição de cada um dos lados, a Rússia tinha também vantagem. Em artilharia e munições estima-se que a relação fosse de 5:1 favorável às forças russas. Podemos ainda incluir na artilharia uma diversidade de equipamentos e de munições de que a Ucrânia não dispunha como, por exemplo, os poderosos flamethrowers (TOS-1).
Não ter vantagem em artilharia até poderia não ser determinante para levar a cabo este tipo de operação. A artilharia faz a diferença numa guerra de atrição, mas não necessariamente numa blitzkrieg. A Ucrânia tem artilharia suficiente para apoiar com fogos uma rotura inicial no dispositivo inimigo, mas não para apoiar o alargamento da penetração, onde a artilharia perde importância, passando a ser indispensável e determinante o apoio aéreo próximo que a Ucrânia não dispõe.
As forças russas não só tinham superioridade aérea como dispunham de uma considerável frota de helicópteros, entre os quais se destacam os Ka-52 equipados com misseis anticarro, que lhe permite destruir carros de combate até 15 km em quaisquer condições de visibilidade, o que tem provocado bastante dano nas viaturas blindadas ucranianas. Podemos ainda acrescentar a considerável superioridade em drones, independentemente do tipo, que a Rússia dispõe neste momento.
No que respeita a carros de combate e a viaturas blindadas de infantaria, as forças russas dispunham também de uma vantagem considerável, tanto em qualidade como em quantidade. O material fornecido pela ajuda externa à Ucrânia, fundamentalmente os carros de combate e os veículos blindados, apesar de generosa, não era suficiente para fazer face às necessidades. A grande variedade de equipamentos criou graves problemas de interoperabilidade e manutenção difíceis para não dizer impossíveis de superar. Para além disso, as forças ucranianas também tinham escassez de outros tipos de equipamentos cruciais para prevalecer neste tipo de operações, como seja material de desminagem e outros equipamentos de engenharia.
A tática
A surpresa, uma das vantagens do atacante, estava comprometida desde o início, não fosse a imensa proliferação de equipamentos de vigilância do campo de batalha que torna quase impossível esconder grandes concentrações de forças. Era impossível esconder a localização do ataque principal ucraniano e foi aí que os russos os foram esperar respaldados numa forte preparação do terreno, conhecida como linha Surovikin. Das três direções de ataque, o ataque principal deu-se, como esperado, na região de Orikhiv na direção de Melitopol.
A imensa panóplia de viaturas com capacidades e características diferentes tornava a sua utilização tática de forma coerente. Não era fácil empregar taticamente esta macedónia de viaturas. As viaturas MRAP (Mine-Resistant Ambush Protected) de elevada silhueta concebidas para outro tipo de combates tornaram-se presas fáceis para os helicópteros KA-52 russos. Não é de surpreender que as forças ucranianas tenham perdido cerca de 20% do armamento nas duas primeiras semanas da contraofensiva, nos quais se incluem um significativo número de carros de combate e veículos blindados fornecidos pela ajuda externa.
A reduzida profundidade do terreno controlado pelas forças de Moscovo limitou a escolha do tipo de defesa a adotar. Tiveram de optar por uma defesa avançada, dando batalha à frente da primeira linha defensiva, na designada zona de segurança, desgastando as unidades ucranianas antes de alcançarem a primeira linha de fortificações, ou até impedir que as atingissem.
Perante a avassaladora destruição de viaturas blindadas, Kiev desistiu de levar por diante uma blitzkrieg. Optou por deixar as suas viaturas blindadas à retaguarda para não serem destruídas e lançou a sua infantaria apeada sobre as trincheiras inimigas num terreno sem cobertos e abrigos e com observação às longas distâncias, à mercê da artilharia e dos drones russos.
Perante os factos apresentados, não extensivamente, não é difícil concluir que as forças ucranianas se encontram numa situação extremamente delicada, como era expectável. Não podemos deixar de estranhar que perante estes factos conhecidos por todos, alguém possa esperar que as forças ucranianas alguma vez pudessem repelir os contingentes russos do seu território. Só uma avaliação muito errada das capacidades das forças russas poderia justificar tal expetativa.
Novamente vítimas da sua própria propaganda, os líderes e as opiniões públicas europeias caíram no logro de acreditar que os russos iam debandar e a vitória ucraniana seria um passeio no parque.
Como foi possível, perante tudo isto, pressionar Kiev a avançar e a mandar os seus filhos para o “picador de carne”, vendendo às opiniões públicas que era possível uma vitória? Mais sinistro ainda é sermos confrontados com alguns “especialistas”, que depois de estar na cara que as tropas ucranianas vão ser derrotadas, ainda continuam a tentar iludir as suas audiências com cantos de sereias.
Brilhante! Verdadeiro, preciso, conciso e objectivo!!!
A realidade nua e crua… Parabéns! General pela sua informação sempre isenta.
Talvez haja outras razões. Os nazis alemães eram cruéis e impiedosos mas ao mesmo tempo estavam preparados para lutar e morrer contra inimigos armagos.Temos de reconhecer que muitos morreram como heróis no campo de batalha como muitos dos que os combateram. O soldado alemao tinha coragem.
Ja os ucranianos que serviram ao lado das tropas nazis eram melhores a fazer massacres de gente desarmada como o dos polacos da Galicia ou o de Babi Yar.
Distinguiram se também como os mais cruéis guardas de campos de concentração nazis.
Mas nenhum ucraniano que se juntou aos nazis se distinguiu no campo de batalha e foram os primeiros a fugir quando tudo estava perdido.
Já os que combateram do lado soviético deram o corpo ao manifesto, sendo na sua grande maioria gente do Leste da Ucrânia. Entre esses contou se a sniper feminina apelidada pelos alemaes de “senhora morte negra” que mentiu na idade para ser levada pelos soldados soviéticos em retirada. Quando mais de um ano depois deram com a marosca e a acusaram de mentir para ingressar no exército respondeu com todo o sossego “agora já tenho idade”. Como já tinha umas quantas mortes no curriculum ficou por isso mesmo.
Ora nos dias de hoje junta se uma caldeirada de gente mal treinada e outra que é muito forte se se tratar de violar mulheres, queimar gente viva, matar gente desarmada, torturar dissidentes nas prisões mas quando se trata de enfrentar inimigos armados e que a porca torce o rabo. Certo é que isto esta para lavar e durar e Herr Zelensky vai passeando pela Europa alheio ao destino do seu país.
E não estou a dizer que todos os desgraçados que morreram nesta contra ofensiva é porque são nazis mais aptos a matar gente indefesa do que a enfrentar o inimigo. A maior parte são desgraçados arrebanhados por vezes a força, treinados a pressa e enviados para a frente. E que não interessa o que pensam, não podem dar um pio ou os nazis tratam lhe da saúde antes das balas russas. Se essa carne para canhão conseguir alguma coisa é que os nazis avançam. Para matar gente que depois terá sido morta pelos russos porque lutar não lhes está na massa do sangue. Como não estava na massa do sangue dos guardas dos campos de concentração nazis. Se calhar foi com isso que aqueles que os armaram não contavam.
E se tudo isto não passar de uma continuação do cenário – os ianques acendem o fogo na Europa, depois retiram-se gradualmente do fogo, deixando os líderes europeus a gerir a fornalha, sabendo que são suficientemente cínicos para atiçar as chamas – além disso, os ianques sempre afirmaram que, se houvesse um terceiro conflito mundial, este limitar-se-ia à Europa.
A Ucrânia foi um péssimo investimento para o estado profundo, eles serão forçados a fechar a torneira em algum momento, porque a Rússia nunca vai desistir do que lhe é devido.
O ódio e o amor pelo poder sobre o mundo cegaram a América e conduzi-la-ão inexoravelmente à sua queda. O ciclo de decadência começou e continuará até ao fim.
No que me diz respeito, a América não pode ir muito para a frente, mas também não pode ir para trás. A Ucrânia tornou-se o seu pesadelo!
É o dobro ou nada. Penso que se vai afundar ao ajudar a Ucrânia, mas a América quer abrandar a sua ajuda, sabendo que a sua queda vai ser vertiginosa!
Desde o início que detestei a forma como os nossos meios de comunicação social nos “ordenaram” que apoiássemos a Ucrânia, sem qualquer explicação, e depois a comunicação demagógica de Zelensky, e a russofobia ainda mais tola do que o imaginável. E não se pode deixar de odiar o Ocidente só com esta acusação, que equivale a um julgamento em primeiro lugar, que vergonha! Nenhuma análise, apenas ordens, como sob H*tler, para marchar numa única direção! O Ocidente afundou-se na lama, e os media Portugueses ainda pior do que os outros! Foi então que percebi até que ponto nos afundámos na parvoíce .
A forma que tomou foi repugnantemente pérfida, desprezível, escandalosa e insensata, e depois o erro também foi histórico. Estou absolutamente triste com Portugal e, na verdade, toda a gente tem vergonha do Ocidente. Leio mensagens de todo o mundo e é a mesma coisa: os internautas estão mortos de vergonha dos seus países!
Como sempre, nunca falamos sobre as causas de um conflito e concentramo-nos antes nas consequências. A desinformação por omissão é um grande clássico dos grandes media Portugueses e ocidentais.
Seria sensato notar que, desde os massacres do exército ucraniano em Dombass, desde 2014, os russos só tomaram as terras e a população ucraniana que queriam ser anexadas à Rússia!
Quando sabemos que há 10 anos que as populações de Dombass pedem ajuda à Europa para se protegerem dos massacres do exército ucraniano!
É engraçado que hoje, desde que Putin veio ajudar a população de Dombass, ele tem sido o mau da fita!
Cabe aos políticos fazer a guerra uns contra os outros, pois a guerra é culpa dos políticos, não do povo.
O Ocidente apercebeu-se, um ano mais tarde, que a guerra estava perdida… depois de 500.000 combatentes ucranianos mortos, feridos ou desaparecidos, 27.000 só na super contraofensiva!
Voltamos à realidade um ano depois, porque falar de uma possível vitória ucraniana está a tornar-se ridículo.
O fornecimento de armas e munições à Ucrânia continua a ser “não, acabou e vai-se ver na linha da frente”. A Ucrânia é um gigantesco sumidouro de material e de homens que até a generosa Polónia reconhece oficialmente.
Para mim, é a estupidez que governa o mundo. Como é que se pode pensar o contrário? O gás russo foi uma coisa muito boa para a economia europeia, especialmente a alemã, quem pode dizer o contrário? Os americanos também têm o seu gás, que gostariam de vender aos europeus. Porque é que não conseguimos chegar a um compromisso? Poderíamos comprar gás aos russos e também aos americanos? Não? O que estou a dizer é estúpido? A Ucrânia Oriental tem uma maioria russa, é impossível resolver isso? Para ser honesto, estes são problemas que, na verdade, não são problemas nenhuns. Esta guerra não é de facto necessária. Precisamos de passar da raiva para a inteligência.
Em seguida, se acreditam que os russos vão perdoar aos EUA e à União Europeia os fornecimentos militares que causaram a perda de várias centenas de milhares de vidas, estão a sonhar.
Por último, para aqueles que acreditam que a guerra da Ucrânia está lá para nos salvar da nossa democracia falhada, são simplesmente um instrumento descartável.
E eu preferia muito mais que a Rússia tivesse aderido plenamente à União Europeia, porque teríamos sido independentes durante os próximos 50 ou 100 anos.
Para nós, sair da Ucrânia significa, acima de tudo, sair das armadilhas económicas do FMI e do BCE, e da armadilha estratégica da NATO.
A minha ideia não é colocar Portugal contra a UE, mas sair dela, não através de um “portugalxit”, mas fazendo-a explodir.
Depois, Portugal deve tomar a iniciativa de criar uma aliança dos países costeiros do Mediterrâneo, incluindo a África lusófona e saheliana…
Porquê?
Porque são compatíveis nas suas culturas, nas suas histórias, nos seus modelos económicos e sociais, ao passo que vimos durante séculos que as nações germanófonas e anglófonas do Norte são hostis e incompatíveis nos seus modos de vida com os Estados do Sul da Europa, latinos, gregos, turcos e, por extensão, russos, e da África do Norte ou mesmo central.
Construir isto é fechar o Mediterrâneo aos americanos e aos seus aliados AUQUS, ao nível estratégico, é abrir pelo detroit de Dardanelos uma passagem no Mar Negro, sendo esta favorável à estruturação de rotas comerciais e dedicada ao gás ou à energia eléctrica.
Esta presença estratégica permitiria cortar o terrorismo e os tráficos de todo o género, criados pela CIA e suas filiais, das suas principais fontes de financiamento.
Favoreceria igualmente a paz entre países atualmente em tensão diplomática, nomeadamente através da validação de acordos de paz e de acordos de exploração de jazidas de matérias-primas (Grécia/Turquia, Arábia Saudita/Irão/Síria, Egipto/Líbia, Arménia/Azerbaijão, etc.).
O mesmo padrão foi seguido pelo Egipto com o Suez para a passagem para o Mar Vermelho e o Oceano Índico, com uma forte presença francesa no Djibuti.
E, sem ser totalmente comparável, Gibraltar também poderia ficar sob a influência desta aliança, e os britânicos ver-se-iam apertados neste rochedo…
Trata-se também de formar um bloco para criar parcerias fortes e rentáveis no seio da aliança, para ser comercialmente atraente para os BRICS e para se precaver contra fenómenos de “fagocisto” como o que a China fez no Sri Lanka.
Tudo o que podemos esperar dos EUA é desolação, ruína e miséria, que é o que eles estão a fazer, com o apoio das nossas actuais presidências…
O que é que acham?
#tmj
É o mais recente argumento dos altifalantes do imperialismo nos Estados Unidos: salvar a Ucrânia da Rússia é salvar Taiwan/Formosa da China. O slogan está a ser repetido nestes dias de forma monótona, seguindo um guião claramente estabelecido.
A vice-primeira-ministra canadiana, Chrysta Freeland, afirmou: “A mensagem mais forte de dissuasão que podemos enviar à China é uma vitória decisiva da Ucrânia”.
O senador norte-americano Lindsey Graham repete o mesmo: “Interromper o financiamento à Ucrânia é uma sentença de morte para Taiwan/Formosa”.
É necessário renovar as mensagens de pânico porque as audiências televisivas já estão aborrecidas com as notícias sobre a Ucrânia e a guerra. Precisam de dar a volta, de procurar uma nova ameaça num teatro diferente.
A nova retórica imperialista é perversa. A China não quer invadir Taiwan, tal como a Rússia não queria invadir a Ucrânia. Em várias ocasiões, a China afirmou que pretende uma reunificação pacífica com base no consenso de ambas as partes. São os imperialistas que provocam a China, enviando armas para Taiwan/Formosa e transformando a ilha numa fortaleza militar.
O mais lógico é pensar no seguinte: se a Rússia ganhar a guerra da Ucrânia, os imperialistas ficam enfraquecidos e a pressão sobre Taiwan/Formosa diminui, o que reduz o risco de guerra e reforça as hipóteses de reunificação pacífica da China.
Mas se, por outro lado, a Rússia perder a guerra, então os imperialistas regressam aos seus velhos hábitos e usam a sua vitória como prova de que podem enfraquecer a China da mesma forma que fizeram com a Rússia. Isso levaria a China a recorrer à força contra Taiwan/Formosa.
Durante muitos anos, a China traçou as linhas vermelhas que os imperialistas estão a tentar ultrapassar. A principal delas é Taiwan/Formosa. Se os EUA reconhecessem a independência de Taiwan/Formosa, isso seria uma declaração de guerra contra a China.
Os imperialistas sabem que, militarmente, a China é mais fraca do que a Rússia. Desde o seu nascimento em 1949, tem muito pouca experiência de guerra, ao contrário da Rússia. É um gigante com pés de barro, apesar de ser a primeira potência económica mundial.
Não é segredo: embora o governo de Pequim seja a favor de uma solução pacífica com Taiwan/Formosa, está a preparar-se para qualquer eventualidade.
A China cresceu com a política de “portas abertas” que os Estados Unidos impuseram ao mundo no pós-guerra e quer mantê-la. Os mercados mundiais são complementares e há vantagens para todos. Mas não há ilusões quanto a novos planos de Washington para quebrar o baralho.
A China tornou-se o principal inimigo porque é uma mordidela maior e um inimigo mais fraco do que a Rússia. Mas no caso de uma guerra como a da Ucrânia, a Europa pouco poderia contribuir e os Estados Unidos teriam muito mais dificuldades, mesmo com o Japão e a Coreia do Sul a bordo.
Os Estados Unidos já não têm as ilusões que tinham no ano passado em relação à Rússia: as sanções não vão servir de nada e a guerra económica também não. O bloqueio não pôs a Rússia de joelhos e também não terá sucesso com a China.
Diplomaticamente, a China ganhou o jogo há muitos anos. O mundo reconhece que Taiwan/Formosa é parte integrante da China e, por conseguinte, qualquer alusão à ilha é um assunto interno da China. As diferenças com a Ucrânia são abissais neste ponto. (08.10.23)
Muitos dos analistas e generais da NATO, que todo o santo dia opinam nas televisões e nos jornais e que nos têm garantido a todos que “a NATO é muito mais forte do que a Rússia”, precisam de voltar à escola e aprender como é que se combate uma guerra a sério e acima de tudo, como é que se combate uma guerra contra um País que tem um sofisticado sistema integrado de defesa anti-aérea em profundidade, como é o caso da Federação Russa. Em caso de conflito aberto com a Rússia, a aviação da NATO vai acabar a ser triturada e a sofrer baixas a um nível nunca antes sentido por nenhuma força aérea da NATO. Não vai haver “supremacia aérea” e nem sequer paridade aérea da parte da NATO, numa eventual guerra contra a Rússia.
A Rússia não é o Iraque de Saddam Hussein, nem a Líbia de Muammar Gaddafi. A Rússia, muito ao contrário daquilo que é papagueado pelos propagandistas da NATO, possui umas Forças Armadas modernas, com equipamento militar moderno e muito bem municiado A somar a isto que já não é pouco, as Forças Armadas da Federação Russa contam com militares muito bem treinados e motivados para cumprir as suas respectivas missões. Eu creio que muita gente na esfera da NATO, parece ainda não ter conseguido compreender estes dados essenciais sobre a realidade militar russa, e por isso é que o Ocidente em peso cometeu a asneira que cometeu, quando se deixou arrastar pelos americanos para esta guerra desnecessária.
As Forças Armadas da Federação Russa constituem hoje a melhor e mais capaz força militar do Mundo e são perfeitamente capazes de derrotar a NATO numa guerra convencional, se alguma vez chegarmos a tal ponto. Esta é a verdade que muitos oficiais e generais da NATO, lá no seu íntimo reconhecem, mas não se atrevem a proferir em público.
Uma coisa é certa.
Para a Europa acabou a cena de dar mimo a todo o esquerdalho sovietizado a contar que os USA lhe cobririam a ameaça do império russo.
É tempo de tratar a canalha traidora dos valores democráticos e cristãos do ocidente e tomá-los pelo que são e sempre foram: agentes do inimigo, serventuários do império russo.
É tempo de aprontar armas e fechar fronteiras onde necessário.
Tu já pensaste em procurar ajuda psicológica?…
Seria um problema mental do homem, e teria tratamento, mas não passa de uma provocao de um mentecapto.
Estás a ameaçar quem, palhacito? Quando é que começas a dar nomes à canalha traidora? E a ti próprio, se não for muito incómodo. Já deves ter uma lista do caraças! Já actualizaste o ficheiro hoje? E já pensaste na possibilidade de ser agarrado à mão, se alguma vez tentares levar o programa à prática, bufo mariconço? Essa coisa atrás de ti não é um agente putinista, pá, é apenas a tua sombra, não te assustes!
Aviões de combate:
América do Norte (EUA + Canadá): 2803.
Europa: 2113.
(América + Europa: 4916)
Rússia (mais os países do CIS): 1859
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Helicópteros de combate:
América do Norte (EUA + Canadá): 5581
Europa: 3323
(América + Europa: 8904)
Rússia (mais os países do CIS): 1927
( Fonte: revista britânica de aeronáutica “Flight International”, World Air Forces 2023
https://www.flightglobal.com/reports/2023-world-air-forces-directory/151088.article?utm_campaign=FG-DEFENCE-FSI-IQPC-160823-JM&utm_medium=email&utm_source=newsletter&utm_content=FG-DEFENCE-FSI-IQPC-160823-JM )
E isto era antes da guerra na Ucrânia, porque agora a Rússia terá certamente ainda menos “pássaros”.
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A Europa “democrática”, de acordo com Frau Ursula von der Lies no início da guerra (em jeito de ameaça à Moscóvia), tem 470 milhões de habitantes (julgo que sem o Reino Unido). Os Estados Unidos da América têm 334 milhões. E há ainda, pelo menos, o Canadá. A Rússia tem 145 milhões de almas. Mas este “guerreiro” sagrado (e iluminado) quer “aprontar armas e fechar fronteiras onde necessário”! É d’homem, caraças! Sugiro que comeces já a abrir trincheiras no cabo da Roca, pá! Tenho uma belíssima pá em segunda mão que te vendo baratinha, se quiseres! E há também uma drogaria aqui perto que tem pomada anticalos em saldo, para não estragares as mãozinhas.
São assim tão fortes e afinal dizem que não têm equipamento para enviar. Estranho.
Tanto material e afinal estão-se a queixar que não têm mais possibilidade de fornecer.
Ó Sr. Menos 🙂 qual é o seu problema? falta de tesão?
Tudo correto e nada de novo. Nada que eu próprio não tenha dito em diversos fóruns e também aqui há bem mais de 4 meses. Só que a mim ninguém me paga para fazer análises da treta que se tornam muito fáceis depois dos factos consumados. É assim a modos que fazer o “prognóstico” do jogo de futebol depois de ele ter terminado, como naquela velha piada. Vou no entanto deixar aqui uma informação importante que provavelmente terá passado despercebida ao “especialista informado”: depois de inúmeras contactos com as mais altas esferas consegui descobrir que toda a operação ucraniana para expulsar os russos foi foi planeada e dirigida pelo General Forrest Gump. Eu nunca mais tinha tido notícias dele depois do filme mas obviamente constata-se que continua em boa forma…
Alguns dos nossos pássaros também já teem tido na Ucrânia o seu último voo. Para além de outras prendas que demos ao regime nazi. O raciocínio foi este, temos muito mais armas, vamos da Las todas aos nazis e juntamente com sanções económicas do Inferno em duas semanas eles entrarão triunfantes em Moscovo.
Ora a coisa não foi bem assim porque nada dessa parafernália podia ser manobrada sem homens com os tomates no sitio. Foi provavelmente aí que a porca torceu o rabo porque os mercenários que para lá mandámos queriam ganhar dinheiro mas não queriam morrer e as tropas locais que apareciam musculosas e armadas até aos dentes, Rambos prontos para a ação, eram melhores a violar mulheres, a queimar gente viva como em Odessa, a massacrar gente desarmada do que realmente a combater inimigos na frente. E como a praia dessa gente era simplesmente matar civis muitas das nossas armas acabaram mesmo estilhaçadas contra as defesas russas a caminho de áreas civis no Donbass e Rússia e as vezes mataram mesmo.
Esquecemo nos ainda que a Rússia é o único dos países que tentamos destruir que tem suficiência alimentar, não tendo nada a ver com os semideserticos Iraque e Líbia. Nem com a antiga Jugoslávia que também não poderia garantir alimentação e medicamentos a sua população se sofresse um bloqueio a cubana. Mas no caso da Rússia estamos a falar de um país com capacidade industrial e com um nono da superfície seca do planeta. Coisita pouca.
Mas conseguiram nos convencer que esse país imenso queria mais território, nomeadamente o nosso. Para que? Além de tudo nos não temos nada que valha a pena roubar. Quando foi das sanções achei que esta malta estava a navegar na maionese. Era como se nos e que tivéssemos os recursos todos, quando o caso é ao contrário.
Em resumo para que é que um pata como a Rússia ia querer uma zona sem recursos e ainda por cima com uma população mais burra que um saco de plástico?
Muita gente diz, quando chega a continha do IMI “mais vale não ter nada”. Ora no caso dos países já, atacados em nome da democracia e dos direitos humanos e agora no caso da Rússia isso é bem verdade. Talvez seja por não confiar assim tanto nos amigos que o nosso Governo não tem grande interesse em ver se há mesmo petróleo nas nossa águas territoriais.
Quando a quem acredita ainda no pai Natal vão lá mas é fazer as bandeirinhas para irem a Lisboa receber o Zé Cocado.
E claro que essa malta nem sabe a razão pela qual o dirigente ucraniano deposto pelo Maidan teria sido morto como um cao se não tem fugido. Quem me disse foi o destino que vi ter quem optou por não fugir das nossas guerras de libertação. Claro que esses eram tiranos e mereciam. Este era corrupto e também mereceria. Se seria julgado, condenado a morte é enforcado, se simplesmente deitariam fogo ao sítio onde o homem estivesse como fizeram aqueles desgraçados em Odessa ou elementos radicais que nada teriam a ver com o novo Governo democrático iam enrabar o homem com uma baioneta caberia ver.
Poderia ainda apodrecer numa cadeia em condições brutais como um certo Medvetchuk que estava pior que um sequelado da vacina após escassos meses de cativeiro.
Por mim o homem fez bem em não esperar para ver nem se entregar a misericórdia dos destruidoras da Líbia, coisa que não se tinha passado há, 50 anos. O mundo não precisa de heróis mortos.
No Verão de 75 bombistas de extrema direita trataram de uns quantos, sedes de partidos de esquerda arderam, felizmente com resultados que nada tiveram a ver com o incêndio da Casa dos Sindicatos de Odessa. Incêndios começavam também em terras da Reforma Agrária, talvez seja disso que andamos a falar.
Somos todos livres, ainda, para apoiar um país que fala muito em democracia mas nem lá a tem. Agora juntaram se os democratas a extrema direita republicana para correr com o presidente da Câmara dos Representantes. Namorar com a extrema direita é uma prova de democracia. De resto não sei o que é que a extrema direita podia ter contra o homem que, era contra tudo e contra todos como convém. Mas se calhar estaria a fazer perguntas a mais sobre um sorvedouro de dinheiro chamado Ucrânia.
Deixem de sonhar com PIDE e prisões para quem não andar na linha. E sim, somos livres de achar que, um país não merece ser pilhado, dividido, destruído porque o dirigente que lá tem é um problema deles e não temos nada a ver com isso. E se podemos comprar os recursos a Arábia Saudita cujo dirigente mandou torturar um dissidente dentro da embaixada tendo o senhor sido cortado às postas, também podíamos negociar lealmente com a Rússia. Se podemos negociar com um país que tem execuções públicas e ainda mata gente por adultério, blasfémia e bruxaria também podíamos negociar com a Rússia. Mas se calhar não interessava aos amigos da onça do outro lado do mar que tivéssemos energia barata, e concorremos com eles. Dando uma vida decente a quem cá vive. Podia aquela burra população começar a achar que, era bom ter férias a partir do primeiro ano de trabalho e não ao fim de seis anos na mesma empresa, não poder se despedido por telefone e ter um sistema de saúde decente. Por isso eles sim foram colocando deste lado uns titeres sem espinha e sem escrúpulos. O resto é conversa para boi dormir.
O General e todas as pessoas bem informadas, isto é, aquelas que formam a sua opinião ouvindo sempre os dois lados envolvidos, já perceberam que a Mídia Ocidental (Europa, e as Américas) é toda ela de propriedade de um grupo de pessoas que tem duas nacionalidades: a do país em que nasceram e a nacionalidade de um outro país que é comum a todos eles; veja que não estou generalizando, pois gente boa e gente ruim existe em todo lugar.
Essas duas nacionalidades, formam uma camuflagem perfeita, pois a maior parte do povo da Europa e das Américas não consegue enxergar que os EUA, Alemanha, Bélgica, Holanda, Japão… são comandados por eles.
Ninguém troca um fornecedor que lhe vende um Gás mais barato, por um outro fornecedor que lhe vende o mesmo gás pelo triplo do preço. O Líder do país que toma uma decisão dessa é deliberadamente um traidor da pátria; foi subornado por eles, e está a serviço “deles”.
Se a Europa não reagir e se deixar levar por essa Liderança corrupta sofrerá uma grande tragédia, pois sua produção industrial deixará de ser competitiva e seu povo irá passar fome.
Uma parte desse povo também é dono da Lucrativa Industria de Armas de Guerra; ora, para vender essas armas é necessário que haja conflitos, e é justamente por isso, que eles são os fomentadores de conflito em todo o planeta.
Mas não para aí, eles tambem são os proprietários de grandes conglomerados financeiros e todo Banco Central é administrado por um “Testa de Ferro” colocado por esse povo.
Logo, não é só Portugal que é vitima dessa campanha de desinformação, porque a mídia é uma só em todos os países do ocidente.
Só uma pessoa com um QI muito baixo não percebe que as informações veiculadas na Mídia Ocidental são padronizadas, isto é, a narrativa é uma só; compare as informações referentes ao conflito na Ucrânia nos seguintes veículos de informação: Washington Post, New York Times, Le Monde, Financial Times, Correio da Manhã, El País, Folha de São Paulo, O Globo, Notizie d’Italia, Deutsche Well… vocês verão que a narrativa é uma só, não existe divergência de opinião… toda a mídia ocidental é unânime.
Triste situação. Tristeza de comentadores ávidos de dinheiro, pondo em risco a sua dignidade se é que a têm.
Triste, pondo o dinheiro acima de tudo. Tristeza de comentadores, em risco a sua dignidade se é que a têm