Banco Goldman Sachs – a ética e os negócios

(Carlos Esperança, 28/11/2’018)

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O banco Goldman Sachs, independentemente de ter estado ou não na origem da falência do seu concorrente Lehman Brothers, não usava certamente métodos diferentes. Talvez tivesse apenas mais apoio político ou melhores informações.

A crise financeira mundial e a consequente crise das dívidas soberanas de numerosos países teriam de acontecer, tal como as próximas, até à última, como vaticinou o grande teórico da economia cujo nome o capitalismo diabolizou, sem evitar as suas previsões.

Pasmo com o ar sério dos economistas encartados, que fingem acreditar no crescimento contínuo da economia e o prescrevem como remédio para todos os males, como se fosse possível crescer sempre. E aludem ao crescimento sustentado sem se rirem.

«As árvores não crescem até ao céu», nem a economia.

Sabe-se que o Goldman Sachs foi o único dos grandes bancos de investimento dos EUA que resistiu à crise de 2008. Está agora mergulhado num enorme escândalo financeiro de desvio fraudulento de fundos e corrupção política no sudoeste asiático (Ver notícia aqui).

É surpreendente que o banco que contratou José Manuel Durão Barroso para presidente do Goldman Sachs International, ainda durante a sua presidência da Comissão Europeia, não pela experiência na banca, mas pela mais valia ética que representava, possa agora ter caído em desvarios que lhe comprometem a honorabilidade e, onde mais lhe dói, os lucros.

Certamente que o antigo PM português não deixaria de alertar a Administração para os efeitos demolidores da conduta equivalente à do BPN, BPP, BES, Banif, Finibanco e outras empresas onde as mais brilhantes estrelas do firmamento cavaquista perderam a honra e o brilho.

Só não perderam os haveres porque, sendo desonestos, não são parvos, e a liberdade porque têm meios de fortuna para prorrogar os prazos até que os processos, após o ciclo biológico, subam ao Tribunal Divino cuja jurisprudência é desconhecida e irrelevante.

«Desvio fraudulento de fundos e corrupção política»! Onde é que nós, portugueses, já ouvimos falar disso!?

3 pensamentos sobre “Banco Goldman Sachs – a ética e os negócios

  1. «o antigo PM português»-um assassino encartado, na memória dos povos do Iraque.
    Em Nova Iorque, ao estender a mão a um coronel da embaixada em missão na ONU, com passagem pela EPC de Santarém, lembrado das aleivosias do ex MRPP ao tempo do PREC, ficou de braço estendido e um pouco aparvalhado pela surpresa.

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