Vamos assim navegando no jornalixo que nos toca

(Por oxisdaquestao, in blog oxisdaquestao, 15/06/2023)

Desengane-se quem ainda pense que o jornal Público é sério. A fase Zé Manel Fernandes vivida pelo jornal a propósito da guerra dos EUA/NATO contra o Iraque para saquear o seu petróleo NUNCA acabou e só por acaso não esteve presente nos seus conteúdos. É que o jornal Público é um veículo da propaganda de guerra do imperialismo ocidental e está com ela perfeitamente alinhado. Pelo que mostra e pelo sentimento que nutre de ser um Wall Street Journal em miniatura como uma sua cópia de rebotalho.

A verdade é que a ofensiva nazi já vai com 10 dias e só tem resultados funestos em mortes e perdas de material. Os famosos Leopard já vão em metade perdidos, o material gringo sofreu 30% de baixas. É claro que quem começa desta forma tem de ter paciência e nem as aspas justificam o fracasso e imploram o sucesso demorado. Lembremo-nos que o Público enchia páginas e páginas a explicar como as armas do Iraque estavam em armazéns enterrados nos desertos e como a CIA, que desconhecia a sua localização, conseguiu o frasquito que o general mostrou no Conselho de Segurança da ONU cheio de farinha, ou pó-de-talco, ou sais de frutos, ou bicarbonato.

A propaganda nazi, que tem tudo das secretas inglesas e das suas infames ideias, insiste que as tropas russas bombardeiam zonas civis encobrindo o que os militares nazis fizeram durante 8 anos no Donbass e ainda fazem hoje.

Então o Público mostra uma foto descaracterizada mas encenada com o jovem bombeiro ao lado do carro e do rés-do-chão bombardeados. E mete a sua legenda sorrelfa. Tipo, se Saddam solta o pó todo que armazena no meio do seu deserto o Ocidente vai ser morto e bem morto! É o esquema manhoso da fase, daquela fase em que o Público foi chamado a glorificar e justificar uma guerra sem glória nem justificação como são todas as que os gringos promovem e fazem. A fase Fernandes que tirou o Público da aura de jornalismo moderno e sério, produzido para gente honesta e intelectuais de alto gabarito. Uma merda.

Kershon acupada por nazis

Práticas nazis sobre ucranianos de ascendência e fala russas

Só para lembrar e fazer um ligeiro contraponto à porcaria do jornal Público. Eu sei que é aborrecido desmascarar e contrapor mas o jovem bombeiro que instalaram na foto bem podia estar por estas situações… Mas não estava. Não estava, não se encenou a foto.

Outra dose de jornalixo injectada nos leitores: ontem eram os directores do FCP condenados por juízes que viram em práticas suas, crimes de difamação de dirigentes do SLB, tudo contido em emails; hoje, no CM, carregam sobre filho de ex-director do… SLB. Material para qualquer cliente, desde que coma assuntos com paladar a sensacionalismo, mesmo que requentado. A cena é insistir uma no cravo, outra na ferradura e já está!

Andava o contra-almirante distribuidor de vacinas meio esquecido, ele que até tem cara de PR eanesco, e vai daí sabe-se que andou de submarino com mais 35 militares navegando submerso em mares de risco no Atlântico. Uma façanha do caraças que o ajuda a catapultar-se a Belém montado num torpeido do submarino nacional de nome “arpão”. Para muitos, um espanto!

Com esta expressão de desatinado o título faz sainete!

Vamos assim navegando no jornalixo que nos toca, ora bem.


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Quando o lixo é usado como informação

(Por oxisdaquestao, in Blog Oxisdaquestao, 23/04/2023)

A guerra do Iraque, decidida a partir de um frasquito com farinha abanado por um general norte-americano, é o início do LIXO usado como informação. Se a manipulação dos leitores dos jornais ( e revistas ) já era uma prática sistemática, a partir de então a propaganda a comandar o LIXO como “notícia” passou a ser usual. Foi a CNN de então que se decidiu a assumir a mentira como informação, passou a fabricá-la e a vendê-la. O seu proprietário de então se era milionário passou a sê-lo mil vezes mais. E isto conta!

Com a aquisição dos MCS por grandes fundos financeiros que dominam os partidos e o complexo militar-industrial norte-americano, a informação deixou de existir e transformou-se em pura PROPAGANDA. Os dois grandes jornais americanos de referência são hoje meros porta-vozes do partido de Biden (qualquer que ele seja e já foi Clinton, WC Bush ou Obama ) e da CIA. Trabalham para o governo. A partir do seu conteúdo as notícias politicamente interessantes são replicadas em cascata até chegarem aos jornais locais de tiragens para assinantes e amigos. Impera na INFORMAÇÂO um sistema medieval e inquisitorial que apanha todos os fazedores de textos por cópia, tradução ou baralhação a dar o mesmo, os uniformiza e controla .

Verdadeiras campanhas “por assunto” são postas a circular nos noticiários das TV’s e jornais, nos programas de comentamerdosos, por norma também medrosos e castrados, cheios de opiniões fabricadas e replicadas como discursos de papagaios mirando as benesses conquistadas, as que podem vir e o currículo que prepara futuras contratações. Então o éter enche-se de banalidades, ignorâncias e ideias sem sentido transmitidas com ar sério e compenetrado. Depois diz-se o já dito, esquece-se a realidade, usam-se meias verdades e factos insólitos, aparvalhados, e sempre em frente, viola-se a realidade e estupra-se a verdade.

Como estamos num negócio e as produtoras de informação são empresas capitalistas o que elas fazem tem a ver com a sua rentabilidade financeira, os seus fluxos de caixa, os dividendos a distribuir; afinal os seus próprios interesses aos quais tudo se subjuga. E se tudo produzem para venda há que escolher o que mais e melhor se vende, aquilo que a clientela quer ler, ver e ouvir. Segmenta-se a clientela e produz-se tanto para ignorantes emotivos que deliram e fervem em pouca água como para papa-mentiras armados em intelectuais de aspecto circunspecto e canónico!

A posição do presidente brasileiro diverge da propaganda da NATO sobre a guerra que ela move contra a Rússia na Ucrânia; o próprio chefe da máfia agressiva declara sem rodeios que a NATO visa debilitar aquele país e, se possível, forçar nele uma mudança de regime, a sua divisão em 5 republiquetas e a passagem grátis das imensas riquezas russas para as empresas ocidentais e da NATO. Como estão a fazer já na Ucrânia.

Ora por cá a tese da NATO é aceite e subsidiada: não existiu golpe de estado financiado pelos EUA, o governo de Kiev não é comandado por nazis, os acordos de Minsk se calhar nem existiram (foram equívocos que Merkel e Hollande não souberam interpretar), não passaram 8 anos de guerra civil, não estava preparada uma invasão que levasse a um genocídio da população do Donbass. Nada disso, se diz nas reuniões de Stoltenberg e dos generais ianquis.

Lula não é, ainda, um rafeiro como o Cravinho e o Costa. Tem a sua visão que deixa a rapaziada do público desasada, ela que tem a missão de difundir a posição que os generais dos EUA impõem à NATO e aos governos das colónias que a conformam!

Então o jornalixo recorre a um discurso habilidoso que cada vez mais é prisioneiro e vive de divulgar as posições de um partido político estrangeiro caído em mãos de loucos que vêem na guerra a solução dos problemas que enfrentam no beco sem saída de um capitalismo fantasioso e de casino em que se meteram. Agora é a Ucrânia mas já preparam a guerra em Taiwan com a urgência do destronado. No público não há, não pode haver, jornalistas sérios: uns mentem por puro gozo traquinas, outros por defeito de personalidade e ganância, alguns por necessidade emersos num sentimento de vergonha e covardia.

Mas sempre praticando o JORNALIXO com um general abanando um frasquito cheio de pó diante de cada um.

Colin Powell segurando um frasco de antraz e dando uma apresentação para o Conselho de Segurança das Nações Unidas para provar que o Iraque tinha armas químicas (falso!) e assim justificar a invasão.

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Alguém descobriu a palavra jornalixo

(Por oxisdaquestao, in Blog Oxisdaquestao, 22/04/2023)

Há bastante tempo a prática já existia, era reconhecida e enfastiava mas não tinha nome, faltava a palavra que resumisse o que vinha acontecendo. Como em tudo na vida, ou na realidade, não tardaria que ao fenómeno fosse dado um nome.

Todos os dias se gastam toneladas de papel e de tinta, se consomem milhares de quilovátios, se gastam horas e horas a afinar máquinas, se dão a textos e fotos as melhores focagens, não se vá perder nitidez, se pretendem abrilhantar ideias e conceitos, dar-lhes os aspetos que a publicidade reclama; depois esperam-se resultados financeiros avultados, a satisfação dos acionistas e jogadores da bolsa que apostam no produto, na empresas e nos seus diretores.

Para serem vendidos são fabricados produtos informativos seguindo regras parecidas às usadas para os pacotes de detergente, as garrafas de óleo para fritar, os quilos de feijões ou as latas de salsichas.

Com uma pequena diferença: quando os produtos informativos não informam, na realidade eles não existem mas são postos à venda e vendidos como se existissem e tivessem algum conteúdo. Vende-se o nada, coisa que o supermercado mais genial ainda não consegue!

Ganha-se a vida a escrever coisas tontas como se tivessem uma importância capital e delas dependesse o mundo: Beyoncé bebe sumo de limão, ora essa! Podia beber gasóleo ou água mineral, mas não. Ficamos a pensar no limão ou nos limões.

Os cinco dias da visita de um presidente ao nosso país: negócios e reuniões é o que sempre acontece a menos que já se trate de uma múmia (quem hoje se recorda de alguma visita de Cavaco ao estrangeiro, salvo aquela em que pretendeu subir a um coqueiro a 4 patas?). Uma visita rodeada de polémica por ocorrer na semana de 25/04 e a figura em questão poder abrilhantar a sessão solene de sempre na AR. Cravos, juras, hino nacional.

Os molhes, as praias, a erosão da costa. O poder formidável do mar nas suas marés. Um fenómeno que tem décadas e para o qual não se encontrou melhor solução que construir, de norte para sul, espigões que retinham a areia de um lado e a faziam desaparecer do outro.

A figura recorrente do treinador: agressivo. Por ganhar campeonatos à base de muita luta. Uma chapa batida que funciona para os distraídos que engolem tudo, os adversários e os outros. Aponta o dedo e fala para o CEO do SLB. Um sacrilégio!

O que conversarão eles? Relatórios de bruxas, iluminações do Espírito Santo ou sonhos proféticos com doses de perlimpimpim? Que percentagem trará Montenegro no bolso depois do que lhe sobra do Chega a encher-se de Salazar-Cavaquistas? Será Marcelo, o mago com aspeto de vampiro, negro por fora, encarnado nos entrefolhos de dentro? Verdade é que alguém ao computador de um jornal inventou essa, deu-lhe capa e acabou mais um cigarro, satisfeito com.

Impossível, pelo que aparece nos nossos jornais, dizer que a CNN (em nome da CIA, claro) tratou de vazar assuntos graves do Pentágono sobre a sua guerra na Ucrânia e a carta que os militares norte-americanos produziram e deram a conhecer sobre os projetos que desenvolviam na central nuclear de Zaporozhie que eles mesmos têm tentado atingir, bombardeando-a, ou conquistar, assaltando-a a partir do plano de água próximo. Ver aqui e aqui.

Por ser assim este texto foi sobre o jornalismo de sucata que se produz para o nosso mercado e que reflete os conceitos que a NATO e o Departamento de Estado impõem ao mundo sob o seu domínio.

Alguém descobriu a palavra JORNALIXO.


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