(Por oxisdaquestao, in Blog Oxisdaquestao, 22/04/2023)

Há bastante tempo a prática já existia, era reconhecida e enfastiava mas não tinha nome, faltava a palavra que resumisse o que vinha acontecendo. Como em tudo na vida, ou na realidade, não tardaria que ao fenómeno fosse dado um nome.
Todos os dias se gastam toneladas de papel e de tinta, se consomem milhares de quilovátios, se gastam horas e horas a afinar máquinas, se dão a textos e fotos as melhores focagens, não se vá perder nitidez, se pretendem abrilhantar ideias e conceitos, dar-lhes os aspetos que a publicidade reclama; depois esperam-se resultados financeiros avultados, a satisfação dos acionistas e jogadores da bolsa que apostam no produto, na empresas e nos seus diretores.
Para serem vendidos são fabricados produtos informativos seguindo regras parecidas às usadas para os pacotes de detergente, as garrafas de óleo para fritar, os quilos de feijões ou as latas de salsichas.
Com uma pequena diferença: quando os produtos informativos não informam, na realidade eles não existem mas são postos à venda e vendidos como se existissem e tivessem algum conteúdo. Vende-se o nada, coisa que o supermercado mais genial ainda não consegue!

Ganha-se a vida a escrever coisas tontas como se tivessem uma importância capital e delas dependesse o mundo: Beyoncé bebe sumo de limão, ora essa! Podia beber gasóleo ou água mineral, mas não. Ficamos a pensar no limão ou nos limões.
Os cinco dias da visita de um presidente ao nosso país: negócios e reuniões é o que sempre acontece a menos que já se trate de uma múmia (quem hoje se recorda de alguma visita de Cavaco ao estrangeiro, salvo aquela em que pretendeu subir a um coqueiro a 4 patas?). Uma visita rodeada de polémica por ocorrer na semana de 25/04 e a figura em questão poder abrilhantar a sessão solene de sempre na AR. Cravos, juras, hino nacional.

Os molhes, as praias, a erosão da costa. O poder formidável do mar nas suas marés. Um fenómeno que tem décadas e para o qual não se encontrou melhor solução que construir, de norte para sul, espigões que retinham a areia de um lado e a faziam desaparecer do outro.

A figura recorrente do treinador: agressivo. Por ganhar campeonatos à base de muita luta. Uma chapa batida que funciona para os distraídos que engolem tudo, os adversários e os outros. Aponta o dedo e fala para o CEO do SLB. Um sacrilégio!

O que conversarão eles? Relatórios de bruxas, iluminações do Espírito Santo ou sonhos proféticos com doses de perlimpimpim? Que percentagem trará Montenegro no bolso depois do que lhe sobra do Chega a encher-se de Salazar-Cavaquistas? Será Marcelo, o mago com aspeto de vampiro, negro por fora, encarnado nos entrefolhos de dentro? Verdade é que alguém ao computador de um jornal inventou essa, deu-lhe capa e acabou mais um cigarro, satisfeito com.
Impossível, pelo que aparece nos nossos jornais, dizer que a CNN (em nome da CIA, claro) tratou de vazar assuntos graves do Pentágono sobre a sua guerra na Ucrânia e a carta que os militares norte-americanos produziram e deram a conhecer sobre os projetos que desenvolviam na central nuclear de Zaporozhie que eles mesmos têm tentado atingir, bombardeando-a, ou conquistar, assaltando-a a partir do plano de água próximo. Ver aqui e aqui.
Por ser assim este texto foi sobre o jornalismo de sucata que se produz para o nosso mercado e que reflete os conceitos que a NATO e o Departamento de Estado impõem ao mundo sob o seu domínio.
Alguém descobriu a palavra JORNALIXO.
Já não sei se devemos rir ou chorar, depende do estado de espírito.
Uma das formas mais fáceis de escravizar toda uma população é torná-la “perdida”.
Para o conseguir, não há nada como “desidentificar” as pessoas. Assim que não se sabe quem se é, está-se numa posição fraca e facilmente manipulável, o que beneficia facilmente alguns manipuladores bem colocados.
Mas o que me surpreende é a facilidade com que eles conseguem “enganar” estas pessoas.
Obviamente, quanto menos educados somos, menos capacidade temos de nos opor a estas ideologias muito pouco saudáveis, e é por isso que atacam a escola que supostamente produz adultos equilibrados com uma mente crítica.
Há pessoas que compreenderam o carrossel, felizmente… Aqueles que deitaram fora a sua televisão e vivem fora de todas estas coisas debilitantes.
A velha máxima “dividir e conquistar” sempre funcionou. Acho que os humanos não têm memória, porque é realmente fácil repetir a experiência sem que a maioria levante um dedo.
Apesar de tudo, continuo confiante na inteligência humana e na ajuda mútua a fim de sair da confusão em que os líderes deste mundo nos tentam colocar.
Existe uma resistência através da educação alternativa… E é por isso que tentaram fechar as escolas que dão às crianças uma educação superior.
Um povo educado e auto-reflexivo é perigoso para um poder governante.
A minha visão dos benefícios da Internet e da inexistência dos riscos do desenvolvimento da IA deixa-me perplexo. Estou consciente de que a Internet é certamente uma enorme fonte de conhecimento, mas também e sobretudo uma fonte de manipulação das massas através da desinformação e da cretinização da população. De facto, a massa titânica de informação com que somos confrontados torna difícil a pesquisa e especialmente a descoberta do que procuramos; estamos muitas vezes submersos em informação que não tem qualquer interesse e não tem qualquer ligação com o que procuramos, mas que os algoritmos nos dão porque é isso que precisa de ser vendido no momento. Quem tem tempo e energia para desenterrar a pepita que procura desta pilha de escombros sem sentido? Será que uma pessoa que trabalha e regressa a casa à noite, após uma hora de transporte público, tem energia para cavar através dela e tem a lucidez de ver a imensidão da propaganda e do marketing que a está a orientar para aquilo que os meios de comunicação social querem que eles vejam e acreditem? Pessoalmente, tenho grandes dúvidas.
Quanto a não levar a sério os riscos dos implantes corticais que Elon Musk defende, receio que não seja um dom continuar a ser espectador destes desenvolvimentos que já ninguém controla. Uma vez feito o dano, será demasiado tarde para dizer que talvez devêssemos ter pensado sobre isso…
É espantoso o número de cretinos que vai dizendo que há milhões de tadinhos que são mero eco do pensamento da NATO e do governo dos EU.
O que os cretinos não dizem é qual é o seu pensamento, ou melhor dizendo, qual é o pensamento que os vitima a eles; a suspeita é que só lhe confiem ecoar a maledicência do pensamento alheio.