Problemas bancários no horizonte?

(Paul Craig Roberts, in Resistir, 14/03/2023)

A falência do Silicon Valley Bank (16º maior banco dos EUA) na sexta-feira passada resultou da retirada de fundos pelos depositantes em resposta a uma queda no valor das carteiras de obrigações do banco, causada pela subida irreflectida das taxas de juro por parte da Reserva Federal. A política sem sentido implementada pela Reserva Federal remedeia a inflação ao produzir corridas a bancos, bancos falidos e desemprego. A Reserva Federal e os economistas neoliberais ainda estão presos ao desgastado pensamento do keynesianismo do século XX.


Ler artigo completo em: Problemas bancários no horizonte?


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Novo Banco, BES, BPN uma sucessão de burlas

(Vítor Lima, 14/05/2020)

Quem vem aceitando as faturas? Os governos. Quem as paga? O povo mais pobre da Europa ocidental.


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Diz Centeno que “O Novo Banco foi a mais desastrosa resolução bancária alguma vez feita na Europa”; e, se pensarmos nos seus protagonistas – Passos, Maria Luís e Carlos Costa – o último que ainda por aí continua como governador do BdP – deve ter muita razão. Ainda recordamos o gaguejar de Carlos Costa a explicar o mecanismo do Fundo de Resolução que, porventura lhe teria sido ditado, pouco antes pelo Draghi.
Em agosto de 2014 foi publicado neste blog um texto de abordagem do calamitoso programa de apoio do Estado aos bancos falidos, mais concretamente do BES; 
http://grazia-tanta.blogspot.pt/2014/08/o-bes-bom-o-bes-mau-e-ma-gestao-dos.html
E, na concentração de protesto convocada contra essa situação no dia 9/8/2014 junto da sede do BES, não estiveram presentes os papagaios que agora barafustam contra o governo; pelo contrário. Na sua ignorância, demência ou imbecilidade, clamavam pela … nacionalização do BES… Ora, nacionalizar massa falida é sempre algo que os capitalistas muito gostam…
Entretanto, a muito custo, o “Banco Bom” foi entregue (mais ninguém o quereria) a um fundo abutre (Lone Star), em 2017 num contrato leonino em que o erário público/fundo de resolução continua a prestar assistência financeira ao banco. Em 2014/16 o “Banco Bom” somou cerca de € 2300 M de prejuízos e, a entrada da Lone Star, materializou-se numa entrada de € 750M, para materializar ao sua parcela de 75% no capital social da instituição. A que se seguirão € 250 M até finais de 2017. Claro que tudo isto foi monitorado pela Comissão Europeia.
Porém, nos anos que se seguiram 2017/19 os prejuízos aumentaram substancialmente – cerca de € 4850 M. E a festa está longe de ter acabado; melhor. Só acaba quando a Lone Star se for embora com o bornal cheio; o seu negócio – como de todos os fundos abutre – não é a banca mas a concretização de desestruturações com venda ou apropriação das partes boas, deixando para trás, ao que lhes não interessa – crédito malparado, trabalhadores e um good bye ao Fundo de Resolução.
Em 2008, o BPN onde estava aquartelado o gang de Cavaco Silva, embora pesasse muito pouco no conjunto do sistema bancário português foi nacionalizado por uma dupla pouco recomendável (Sócrates/Teixeira dos Santos). Manifestámos então o nosso desacordo, aqui:
http://www.slideshare.net/durgarrai/bpn-exemplo-prtico-do-que-o-capitalismo
Os imprestáveis do negócio da nacionalização do BPN renderam mais de 3000 M de prejuízos a um “veículo” estatal chamado Parvaloren  que, como o nome indica, foi algo de parvo para quem tem o dever de zelar contas públicas. E foi o mesmo Estado (Passos Coelho) que vendeu (por € 40 M) uns salvados do BPN a uma figura de imaculada capitalista, como Isabel dos Santos, que indicou para seu homem de mão um tal Mira Amaral, do PSD.
Nesta suja ligação entre Estado e classe política ressalta a fragilidade do sistema financeiro, a grande relevância que os capitais espanhóis vão tendo no conjunto, reveladora da integração de Portugal como mais uma região do estado espanhol. E a subserviência é particularmente visível nos beija-mão de Costa e Marcelo ao Bourbón, a propósito de questão catalã, sobre a qual teria sido da mais elementar prudência, não se meterem em assuntos internos do país vizinho.
O enredo entre Costa e Centeno com Marcelo pelo caminho é uma cara distração em tempos de coronavírus.


Sobre os 100 milhões que Pais do Amaral deve à banca nacional

(Por Anticapitalista Incorrigível, in Estátua de Sal, 01/07/2017)

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Pais do Amaral é descendente do Marquês de Pombal e pretendente ao título de 2.° Conde de Alferrarede. 

(A notícia que o texto comenta foi publicada neste blog em 30/06/2017 e pode ser lida aqui)


Em que partido é que votará este exemplar de um empreendedorismo implantado por um grupo de uns quantos carrapatosos, mexias, bavas e mais uns quantos CEOs, que constituiram a “nova geração”, todos dentro do arco da governabilidade, todos agraciados com medalhas e agora, depois do mexia em que ainda não tinham mexido, já todos com a careca descoberta, veia/onda esta que viria a ser culminada pela exitosa intervenção do ilustre doutor miguel relvas (lembro um prós e contras onde a Fátima delirou com a presença de um mini-ceo, do Porto, com a cara salpicada de bexigas, a dar corda a este relógio do empreendedorismo luso) no tempo em que os pafistas pafiosos salazarentos exerciam a governança?
Em que lugar poderá encontrar-se o dias loureiro na escala do vidente de Massamá, no que a exemplos de empreendedores respeita?
E o que é que o Expresso do n° 1 da seita matilhada e alcateiada sediada lá prá São Caetano em Lisboa, tem que andar a bisbilhotar a vida deste elemento do Povo português (o tal povo que pró pedante do vitor gaspar louçã era só o melhor povo do mundo a quem ele, o pedante, pagou o que devia a este povo que nele, o pedante, investiu em formação, com um colossal aumento de impostos, ou o mesmo povo que na boca do ricardo salgado era o DDT), visto tratar-se de um empresário de sucesso???
Acaso o grupo chefiado por este tal n° 1 do partido dito popular e social e democrata estará melhor que o grupo deste senhor Pais do Amaral???
É que, que eu saiba, o grupo deste “democrata de gema” (a quem, um dia, o finado charlatão enviou um exemplar do seu “livro” “Portugal amordaçado” e lhe pediu para ele divulgar, o que, ao que parece, anda a ser agora redivulgado, em fascículos semanais, no referido Expresso – então esta farinha não é, ou não foi sempre, farinha do mesmo saco??!!), desde há muito, está numa situação de falência técnica e só não foi já à vida porque “a banca amiga” tem feito como deus faz ao menino e ao borracho, pondo-lhe sempre a mão por baixo, quando vão a cair (por isso, essa coisa do menino brasileiro ter sido salvo por milagre dos pastorinhos de Fátima deveria ser bem esclarecida, ó papa Francisco, porque, a ser verdade o adágio do “ao menino e ao borracho”, ter-te-iam vendido gato por lebre, ó amigo Xico), ao passo que, no grupo deste outro democrata de gema, o Pais do Amaral, claro, a situação do balanço parece não ser de falência técnica!

Enfim, coisas do capitalismo. Pais dos Amarais, Pintos Balsemões, Ricardos Salgados, Migueis Relvas, Belmiros de Azevedos e mais uns quantos (cada vez em menor número dada a imparável caminhada para reduzir o tal 1% que tem tanta riqueza quanta a dos outros 99), são tudo farinha do mesmo saco, saco esse que se designa por C A P I T A L I S M O.

E enquanto este hediondo sistema, que vem invadindo, ocupando, matando, roubando…há já mais de 400 anos, não deixar de ser o sistema económico social dominante, situações como esta do Pais do Amaral continuarão. E vão continuar porque o Zépovinho paga.
E o Zépovinho paga porque tem (falsos) representantes nos chamados órgãos de soberania que o obrigam (democraticamente, pois claro, e em liberdade, obviamente).
E os órgãos de soberania(?) cá no jardim à beira mar plantado, são o PR, a AR, o Governo e os Tribunais. Mas a Presidência da Republica, a Assembléia da República, o Governo e os Tribunais, são instituições, que por serem isso mesmo, não vivem, não falam, não ouvem, não vêem não sentem, e normalmente localizam-se em grandes e sumptuosos edifícios, onde, na sua construção, predomina o mármore e o granito (tal como nas igrejas) não vá o diabo tecê-las e um dia o Zépovinho pagante e votante acordar e botar fogo nelas, nas ditas cujas. Mas, assim construídas, não vão nunca arder de certeza (foi curioso que, uma vez, já na primeira metade do séc XX, houve uns anarquistas, ali na vizinha Espanha, que, uma das iniciativas que tiveram para a sua tentativa da tomada do poder, foi lançar tochas a arder para dentro das igrejas, e a seguir fugirem!!!…). Porque, como o saudoso Aleixo ensinou:
Vós que lá do alto império
prometeis um mundo novo,
cuidado, não vá o POVO
um dia levar-vos a sério!
Daí as cautelas das elites do poder na escolha dos materiais com que são construídas “as casas da democracia”.
Deste modo, jamais poderemos (nós, o Zépovinho pagante e votante) pedir satisfações aos tais órgãos de soberania.
Mas neles, lá dentro das ditas instituições, estão pessoas, mulheres e homens, a exercer o poder (fundamentalmente para se governarem), os tais que se candidatam às eleições, vendem gato por lebre ao Zépovinho nas campanhas eleitorais, mas que, uma vez eleitos, c@gam no POVO e orientam mas é as suas vidas, as vidas dos seus e a dos amigos (quem é que não ouviu já falar dos boys).
E essas pessoas têm nomes.
E essas pessoas vivem (e de que maneira, se compararmos com o modo como vive o Zépovinho), comem e bebem do bom e do melhor, respiram por pulmões o oxigénio do ar que, por ser natural, dado pela mãe NATUREZA, é público e não se paga [por enquanto, claro, porque, por este andar, com a persistente crise do capitalismo, qualquer dia ainda se lembram (as tais pessoas eleitas pelo Zépovinho e pelos Ricardos salgados ou insossos, Pais do Amaral, Balsemões e quejandos, e mais os lacaios serventuários do capitalismo como os passos coelhos, os vitores gaspares, os miguéis relvas e macedos, os montenegros, os zezitos filósofos e tantos outros e outras, alguns deles, porque descobertas as falcatruas que fizeram quando detinham o poder, estão já a contas com a justiça, mas a maior parte ainda cá anda fora e muitos há que ainda não estão, sequer, indiciados como é o caso do cherne) ainda se vão lembrar de aplicar uma taxa (ou “taxinha” – ó Senhor PM, onde é que eu já ouvi falar disto) ao oxigénio ou aos outros componentes do ar].
Ou seja, as ditas cujas, que exercem as funções de soberania são primatas que tanto podem fornicar o Zépovinho, como podem vir a ser fornicados pelo mesmo Zépovinho.
Mas como é que se podem pedir as contas/responsabilidades?
Como é que o Zépovinho pode pedi-las aos seus eleitos (ou não eleitos, porque são mais os não eleitos que vagueiam por aí nos sítios chave para fornicar o Zépovinho, do que os eleitos, porque, em última análise, eleitos são os deputados à AR e o Presidente: e daquela sai o Governo que é empossado por este, e depois há toda a máquina do estado a funcionar e em que as chefias são nomeadas tendo em conta as negociatas que os três partidos do arco da governabilidade entendem cozinhar para dividir entre os três o “recheio do pote”.
E destas nomeações saem os directores disto e daquilo, os presidentes disto e daquilo, os comandantes disto e daquilo, etc.
Por exemplo, e por estar ainda fresquinho na memória do Zépovinho, há um destes gajos, que melhor dito seria: há um destes filhos de puta, que foi nomeado chefe da Santa Casa da Misericórdia regional, por algum dos que saíram do referido cozinhado e que lhe deve confiança política ou entre eles se estabeleceram relações de interesse recíproco (no Brasil chamam-lhe propinas, aqui já ouvi chamar-lhe fotocópias e até robalos), que, para deitar mais umas pedrinhas na engrenagem da GERINGONÇA [curiosamente, os pafistas pafiosos salazarentos que inventaram este termo para aplicar ao actual governo do partido dito socialista, e que durante tanto tempo foi um rega-bofe de risadas, até na própria AR, parece que já se arrependeram de ter inventado “a coisa”, porque já nem o fascistoide de um tal jornaleiro que gira sob a sigla de raul vaz e que ganha uns cobres na rádio pública como comentador de política nacional (lá está o tal cozinhado a funcionar entre os três partidos do arco, e o actual PM nada tem contra estas coisas; por acaso o outro Zezito da seita, o Seguro, até disse em público que se opunha a estas bandalheiras – bom, esta da bandalheira é da minha lavra, porque este Zezito não usa tais vocábulos para designar o cozinhado, até porque, segundo ouvi dizer, ele é Prof. não sei de quê, ou era, aí numa escola/universidade qualquer, ministrando um curso também não sei de quê, curso esse que tinha duas turmas, o Zezito Seguro assegurava uma e o DOUTOR miguel relvas assegurava a outra, e quando um não podia ir dar a aula, telefonava ao outro para ele tapar o buraco, mas, repito, estas coisas eu ouvi dizer), esse fascistoide, escrevia eu, deixou de falar em geringonça e passou a chamar “a actual solução governativa”, mas eu cá, nem que seja só por pirraça, irei continuar a escrever e a falar em GERINGONÇA e, como se pode ver, até escrevo em maiúsculas, dentro do mesmo princípio que me leva a escrever em minúsculas os nomes de gente, ou gentalha, por quem nutro consideração zero], inventou uns suicídios e logo foi meter a boa nova no cu do chefe, o vidente, que logo veio para as TVs atacar o governo com a falta de apoio psicológico!!!???… miserável é esta direita lusa, para ter à frente gentalha reles e sem escrúpulos como este canalha.
Bom, tudo isto para dizer que no capitalismo, seja sob os chapéus da social democracia, do socialismo em liberdade, do liberalismo, da democracia liberal, ou seja lá do que for, continuará a ser o capitalismo, esse hediondo sistema a que urge pôr termo, acabar com ele, pôr-lhe FIM! E como, perguntar-se-á?…
Ao lado dos explorados,
no combate à opressão,
não importa que me matem,
outros amigos virão!
Haja Sol e marinheiros, porque marés não vão faltar, por serem obra da NATUREZA!
Mas artigos como este, sempre vão alimentando discussões e são pano para mangas, enquanto até os indignados como o amigo Estatuadesal vão encontrando motivo para dar asas à sua pena, ou aos teclados do computador ou agora dos ecrãs!
Entretanto, em cada minuto que passa, morrem, em média, 17 crianças com fome ou subnutrição!…