Os mísseis de Abril

(Por Scott Ritter, in Scottritterextra.com, 14/04/2024)

O ataque retaliatório do Irão a Israel entrará para a história como uma das suas maiores vitórias deste século.


Escrevo sobre o Irão há mais de duas décadas. Em 2005, fiz uma viagem ao Irão para averiguar a “verdade no terreno” sobre aquela nação, uma verdade que incorporei num livro, Target Iran, apresentando a colaboração EUA-Israel para elaborar uma justificação para um ataque militar ao Irão, destinado a derrubar seu governo teocrático. Seguiu-se a esse livro um outro, Dealbreaker, em 2018, que trouxe dados mais atualizados sobre esse plano EUA-Israel.

Em novembro de 2006, num discurso na Escola de Relações Internacionais da Universidade de Columbia, ressaltei que os Estados Unidos nunca abandonariam o meu “bom amigo”, Israel, até que, é claro, o fizéssemos. O que poderia precipitar tal ação, perguntei? Notei que Israel era uma nação embriagada de arrogância e poder, e a menos que os Estados Unidos pudessem encontrar uma maneira de remover as chaves da ignição do autocarro, em que Israel estava navegando em direção ao abismo, não nos juntaríamos a Israel nessa sua jornada suicida.

No ano seguinte, em 2007, durante um discurso no Comité Judaico Americano, apontei que a minha crítica a Israel (contra a qual muitos na plateia se indignaram) derivava de uma verdadeira preocupação com o futuro de Israel. Sublinhei que, na realidade, passei a maior parte de uma década a tentar proteger Israel dos mísseis iraquianos, tanto durante a minha participação na Tempestade no Deserto, onde desempenhei um papel na campanha de mísseis contra o SCUD, como na qualidade de inspetor de armas das Nações Unidas, onde trabalhei com a inteligência israelita para garantir que os mísseis SCUD do Iraque fossem eliminados.

“A última coisa que quero ver”, disse eu à multidão, “é um cenário em que mísseis iranianos estivessem impactando o solo de Israel. Mas, a menos que Israel mude de rumo, este é o resultado inevitável de uma política movida mais pela arrogância do que pelo bom senso.”

Na noite de 13 para 14 de abril de 2024, as minhas preocupações foram transmitidas ao vivo diante de uma audiência internacional – mísseis iranianos caíram sobre Israel, e não havia nada que Israel pudesse fazer para os deter. Como havia acontecido pouco mais de 33 anos antes, quando os mísseis iraquianos SCUD superaram as defesas antimísseis Patriot dos EUA e de Israel, atacando dezenas de vezes ao longo de um mês e meio, mísseis iranianos, integrados num plano de ataque projetado para sobrecarregar os sistemas de defesa antimísseis israelitas, atingiram impunemente alvos escolhidos dentro de Israel.

Apesar de ter empregado um extenso sistema integrado de defesa antimíssil composto pelo chamado sistema “Cúpula de Ferro”, baterias de mísseis Patriot fabricadas nos EUA e os intercetadores de mísseis Arrow e David’s Sling, juntamente com aeronaves americanas, britânicas e israelitas, e defesas antimísseis transportadas por navios dos EUA e da França, mais de uma dúzia de mísseis iranianos atingiram aeródromos israelitas e instalações de defesa aérea fortemente protegidos.

O ataque com mísseis iranianos contra Israel não surgiu do nada, por assim dizer, mas foi uma retaliação ao ataque israelita de 1 de abril ao prédio do consulado iraniano, em Damasco, na Síria, que matou vários comandantes militares iranianos. Embora Israel tenha realizado ataques contra pessoal iraniano dentro da Síria no passado, o ataque de 1 de abril diferiu não apenas por matar funcionários iranianos de alto escalão, mas por atingir o que era legalmente um território soberano iraniano – o consulado iraniano.

Do ponto de vista iraniano, o ataque ao consulado foi uma linha vermelha que, se não fosse retaliada, apagaria qualquer noção de dissuasão, abrindo a porta para uma ação militar israelita ainda mais descarada, incluindo ataques diretos ao Irão. Pesando contra a retaliação, no entanto, havia uma complexa teia de objetivos políticos entrelaçados que, provavelmente, seriam prejudicados pelo tipo de conflito em grande escala entre Israel e Irão, que poderia ser precipitado por qualquer ataque retaliatório iraniano significativo contra Israel.

Em primeiro lugar, o Irão tem prosseguido uma política estratégica baseada numa ação de afastamento da Europa e dos Estados Unidos, em direção à Rússia, à China e à massa de terra euroasiática. Essa mudança foi impulsionada pela frustração do Irão com a política de sanções económicas imposta pelos EUA e pela incapacidade e/ou falta de vontade por parte do Ocidente coletivo de encontrar um quadro a seguir onde essas sanções seriam suspensas. O fracasso do acordo nuclear iraniano (o Plano de Ação Conjunto Global, ou JCPOA) em produzir o tipo de oportunidades económicas que haviam sido prometidas aquando da sua assinatura tem sido um dos principais motores por trás desse movimento iraniano para leste. Em alternativa, o Irão juntou-se à Organização de Cooperação de Xangai (OCX) e ao fórum dos BRICS e direcionou as suas energias diplomáticas para o cenário futuro de um Irão, completa e produtivamente, integrado em ambos os grupos.

Uma guerra geral com Israel causaria estragos nesses esforços.

Em segundo lugar, mas de igual importância na equação geopolítica global do Irão, está o conflito em curso em Gaza. Este é um evento que muda o jogo, onde Israel enfrenta uma derrota estratégica nas mãos do Hamas e dos seus aliados regionais, incluindo o eixo de resistência liderado pelo Irão. Pela primeira vez, a questão do Estado palestiniano foi abordada por uma audiência global. Esta causa é ainda mais facilitada pelo facto de o Governo israelita de Benjamin Netanyahu, formado a partir de uma coligação política que se opõe veementemente a qualquer noção de Estado palestiniano, se encontrar em perigo de colapso como resultado direto das consequências decorrentes do ataque do Hamas de 7 de outubro de 2023 e do subsequente fracasso de Israel em derrotar o Hamas militar ou politicamente. Israel é igualmente prejudicado pelas ações do Hezbollah, que controla Israel ao longo da sua fronteira norte com o Líbano, e de atores não estatais, como as milícias iraquianas pró-iranianas e os houthis do Iémen, que atacaram Israel diretamente e, no caso dos houthis, indiretamente, fechando linhas de comunicação marítimas críticas que têm como resultado o estrangulamento da economia israelita.

Mas foi Israel que mais danos causou a si mesmo, realizando uma política genocida de retaliação contra a população civil de Gaza. As ações israelitas em Gaza são a manifestação viva da própria arrogância e das políticas de poder sobre as quais alertei em 2006-2007. Então, eu disse que os EUA não estariam dispostos a ser passageiros de um autocarro político dirigido por Israel que nos atiraria para o precipício de uma guerra inganhável com o Irão.

Através de seu comportamento criminoso em relação aos civis palestinos em Gaza, Israel perdeu o apoio de grande parte do mundo, colocando os Estados Unidos numa posição em que verá sua reputação já manchada, irremediavelmente danificada, num momento em que o mundo está fazendo a transição de um período de singularidade dominada pelos EUA para uma multipolaridade impulsionada pelos BRICS, e os EUA precisam manter o máximo de influência possível no chamado “Sul Global”.

Os EUA tentaram – sem sucesso – tirar as chaves da ignição do autocarro da viagem suicida de Netanyahu. Confrontado com extremas reticências por parte do Governo israelita, quando se trata de alterar a sua política em relação ao Hamas e a Gaza, a administração do Presidente Joe Biden começou a distanciar-se das políticas de Netanyahu e avisou Israel de que haveria consequências para a sua recusa em alterar as suas ações em Gaza, devendo ter em conta as preocupações dos EUA.

Qualquer retaliação iraniana contra Israel precisaria navegar nessas águas políticas extremamente complicadas, permitindo que o Irão impusesse uma postura de dissuasão viável, projetada para prevenir futuros ataques israelitas, garantindo que nem os seus objetivos políticos em relação a um movimento geopolítico para o leste, nem a elevação da causa do Estado palestino no cenário global, seriam desviados.

O ataque iraniano a Israel parece ter manobrado com sucesso através desses cardumes políticos rochosos. Fê-lo, em primeiro lugar, mantendo os Estados Unidos fora da luta. Sim, os Estados Unidos participaram da defesa de Israel, ajudando a derrubar dezenas de drones e mísseis iranianos. Mas essa intervenção foi benéfica para o Irão, uma vez que apenas reforçou a prova de que não havia nenhuma combinação de capacidades de defesa antimíssil que pudesse, no final, impedir que os mísseis iranianos atingissem seus alvos escolhidos.

Os alvos atingidos pelo Irão – duas bases aéreas no deserto de Neguev, de onde foram lançadas aeronaves usadas no ataque de 1 de abril ao consulado iraniano, juntamente com vários locais de defesa aérea israelitas – estavam diretamente relacionados com os objetivos de estabelecer o escopo e a escala de sua política de dissuasão. Primeiro, que as ações iranianas foram justificadas sob o Artigo 51 da Carta da ONU – o Irão retaliou contra os alvos em Israel diretamente relacionados com o ataque israelita ao Irão e, segundo, que os locais de defesa aérea israelita eram vulneráveis ao ataque iraniano. O impacto combinado desses dois fatores é que a totalidade de Israel estava vulnerável a ser atingido pelo Irão a qualquer momento, e que não havia nada que Israel, ou os seus aliados, pudessem fazer para impedir tal ataque.

Essa mensagem ressoou não apenas nos corredores do poder em Telavive, mas também em Washington, DC, onde os formuladores de políticas dos EUA foram confrontados com a incómoda verdade de que, se os EUA agissem em conjunto com Israel para participar ou facilitar uma retaliação israelita, então as instalações militares dos EUA em todo o Médio Oriente seriam submetidas a ataques iranianos que os EUA seriam impotentes para deter.

É por isso que os iranianos colocaram tanto empenho em manter os EUA fora do conflito, e a razão pela qual o governo Biden estava tão ansioso em garantir que, tanto o Irão quanto Israel, entendessem que os EUA não participariam em nenhum ataque retaliatório israelita contra o Irão.

Os “mísseis de abril” representam um momento de mudança radical na geopolítica do Médio Oriente – o estabelecimento da dissuasão iraniana que afeta Israel e os Estados Unidos. Embora as emoções em Telavive, especialmente entre os conservadores mais radicais do governo israelita, estejam em alta, e a ameaça de uma retaliação contra o Irão não possa ser completamente descartada, o facto é que o objetivo político subjacente de Benjamin Netanyahu ao longo dos últimos mais de 30 anos, ou seja, arrastar os EUA para uma guerra com o Irão, foi colocado em xeque-mate pela ação do Irão.

Além disso, o Irão conseguiu fazer isso sem interromper seu movimento estratégico para leste e sem minar a causa do Estado palestino. A “Operação Verdadeira Promessa”, como o Irão batizou seu ataque retaliatório a Israel, entrará para a história como uma das vitórias militares mais importantes da história do Irão moderno, tendo em mente que a guerra é apenas uma extensão da política por outros meios. O facto de o Irão ter estabelecido uma postura de dissuasão credível sem perturbar os seus principais objetivos e metas políticas é a própria definição de vitória.

Fonte aqui.


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14 pensamentos sobre “Os mísseis de Abril

  1. Desde os meus 25 anos que ando nestas coisas da geopolítica… (agora com 55)

    Passou a ser o meu lobby preferido depois da pesca lúdica em alto mar para os lados de Viana do Castelo…

    Embora seja pescador encartado,mas não exerço a profissão,porque a minha mãe não queria que os 4 filhos fossem pescadores devido ao perigo e também à incerteza…

    Todos nos enveredamos por outras profissões.

    Mas continuamos com os nossos lobbys,embora trabalhadores pobres…

    Actualmente dou muito valor à pobreza trabalhadora,quando conheço gente rica que só tem problemas…

    Por isso desde que me dediquei a este lobby,penso que a geopolítica exige uma visão um pouco mais alargada em termos de tempo e de espaço e uma capacidade de compreender diferentes pontos de vista…

    Enquanto todos se apressaram a condenar o Irão, ninguém condenou e sancionou Israel pela sua exação de Estado pária!!!!
    Li que a interceção dos drones e dos mísseis custou mil milhões de dólares, para não mencionar que os stocks de mísseis Patriot já tinham sido utilizados pela Ucrânia. Israel e o Ocidente correm o risco de ficar tão nus como a Ucrânia.

    Passo a citar: “O ataque iraniano com mísseis e drones é claramente um ataque do Irão a Israel. O presidente israelita afirmou que se tratava de uma declaração de guerra”.
    Sou mesmo só eu que vi que Israel bombardeou um estabelecimento diplomático iraniano na Síria, o que é estritamente proibido desde a Conferência de Viena de 1961? Então, quem é que acha que declarou guerra?

    Se os iranianos se armarem em espertos, como os houthis, enviando drones que custam alguns milhares de dólares (em vez dos seus homens), os israelitas gastarão quantidades absurdas em mísseis e outros sistemas de defesa para manter a sua cúpula de ferro.
    Quando as munições israelitas/ocidentais se esgotarem, será um passeio no parque.
    Se os israelitas se aventurarem a tentar destruir potenciais instalações nucleares iranianas… então será o fim do mundo… e não apenas em Israel.

    9 milhões de israelitas (incluindo 2 milhões de árabes) contra 90 milhões de iranianos…
    Os EUA não podem fazer tudo e é bom que Israel compreenda que o equilíbrio de poderes tem de mudar ou desaparecerá (e não tenho a certeza de que fará falta).

    Todos muito doentes (incluindo a nossa).
    Falta um minuto para a meia-noite.

    Ao brincar com o fogo, a NATO abriu frentes em todo o planeta. Vale tudo.
    O risco de caos mundial, alimentado pela estratégia belicosa de alguns e pela preocupação de controlo e de dominação dos Ocidentais, corre o risco de se tornar o nosso cemitério.

    Uma Europa praticamente desarmada, alimentada por inimigos internos e externos, uma situação económica fora de controlo, sanções que se voltam contra nós, psicopatas, vai para a guerra.
    O sentimento nacional num lamaçal tecnocrático, onde só mandam os poderes do dinheiro, como o velho Draghi, agente do submundo dos interesses privados e pessoais.
    Comissões corruptas, chefiadas por vigaristas com dupla nacionalidade, cujo único mérito é terem estado envolvidos em todas as tramóias.

    Partidos políticos em polvorosa, com medo de perderem a credibilidade que lhes resta, um povo dividido, explodido, sem sangue, antes mesmo de ter lutado.
    Os vândalos passarão pela Europa, queimando tudo o que nos fez grandes.
    O verde do cinzento prevalecerá, tão grande é a nossa cegueira e imobilidade perante os manipuladores deste apocalipse anunciado.

    Os amerlocs afirmaram que não se vão envolver neste conflito, obviamente porque não vêem qualquer interesse nisso.
    O atoleiro do Médio Oriente é um verdadeiro vespeiro asiático.
    Se ele quer tornar-se um herói, que comece a pôr ordem no seu país e a lidar com todos estes ataques com facas que se tornaram comuns.
    Que comece a proteger o seu povo! Estamos sempre onde não devemos estar, como dizia Tolstoi: “Na guerra e na paz, quando vires alguém a passar, é um francês!

    Mas,não há escalada, está tudo sob controlo no fim de semana, para o mercado digerir, não há perturbação das cadeias de abastecimento, o objetivo é manter as pessoas com medo e continuar a roubar-lhes os bolsos…..

    Este “ataque” iraniano, que foi anunciado com antecedência e não causou danos, parece muito mais uma encenação organizada por Washington para permitir ao Irão salvar a face após o erro catastrófico do fantoche israelita, que abriu um precedente desastroso ao atacar uma embaixada num país neutro.
    Assim, todos estão contentes e conhecem os limites que não devem ser ultrapassados….
    A propósito, Teerão livrou-se de todo o seu stock de mísseis obsoletos, que de outra forma acabariam em aterros sanitários….problema que preocupa todos os exércitos do planeta.

    O negócio é excelente para os traficantes de armas. A política israelita de assassinatos selectivos de opositores no estrangeiro, bem como em Gaza, é catastrófica e conseguirá suscitar uma oposição muito forte por parte do mundo árabe.

    É verdade que a escalada das hostilidades na Ucrânia/Rússia apenas facilitou a agressividade de outros países e a concretização dos seus objectivos.
    O que continua a ser fascinante é ver que todos estes conflitos permanecem longe dos EUA, como é habitual, e até a China mantém uma certa distância (a desinibição geral teria sido uma boa oportunidade para lidar com Singapura e Taiwan).
    É caso para perguntar se a ideia oculta não é desencadear um conflito, talvez mesmo nuclear, mas que ficaria confinado ao triângulo Europa, Médio Oriente e Golfo?

    E assim apoiar o domínio total dos Estados Unidos sobre o resto do mundo (preservando a sua “reserva” da América do Sul e algumas ilhas paradisíacas para férias)?
    Mas continuam a preparar-se para isso com alguns bunkers bem colocados ( os nossos queridos bilionários e, certamente, os que estão no poder).

    Teremos de investigar um pouco para ver se não estão a ser construídos alguns “silos” noutros locais…
    Tudo isto parecerá tão óbvio aos nossos historiadores do futuro (se é que ainda restam alguns) que podemos perguntar-nos por que razão há tantos antolhos nos dias de hoje?
    Quem beneficia com o crime?

    O Ocidente já não dispõe de meios para dominar. No contexto atual, Israel está condenado. Apoiar estes loucos é provocar a terceira guerra mundial. A ameaça israelita é muito real, mas já não é uma força a ter em conta. Há o risco de tudo explodir, mas o Ocidente vai voltar a fazer das dele,porque procura a 3° guerra mundial…

    A imprensa iraniana não esconde que o Irão está efetivamente por trás do Hamas e do Hezbollah. A partir daí, será que podemos falar de um prolongamento do conflito quando Israel atingir diretamente o Irão? Além disso, será que Israel conseguirá deter durante muito tempo drones de 40 000 dólares com Patriots de 4 milhões de dólares?

    O meu colega de pesca fez alguns comentários híbridos:
    – Israel começou esta nova série bombardeando a embaixada do Irão…
    – Israel aprisionou os palestinianos que finalmente disseram “basta”…
    – parece que os judeus concordam em não os confundir com os sionistas…
    – a atitude oficial e belicosa de demasiados países ocidentais não reflecte o desejo profundo dos povos…
    – A Ucrânia está a morrer, os EUA estão a cair, os BRICS estão a subir…
    Paciência e perseverança, uma grande limpeza está a ser feita e a paz será, na!

    Algo está a mudar…

  2. Sugiro compaginar a leitura do que Scott Ritter escreve, com o que escreveu Paul Craig Roberts (PCR) (seleccionar – português):

    https://www.unz.com/proberts/is-putin-responsible-for-israels-april-1-attack-on-damascus-syria-that-killed-7-officers-of-the-islamic-revolutionary-guard/

    diz ele:
    “… O grande enigma é: porque é que Putin deixou a Síria desprotegida com a defesa aérea contra os ataques israelitas e norte-americanos? Se os aviões israelitas que atacaram Damasco tivessem sido abatidos, não estaríamos perante a escalada da agressão israelita ao Irão e a eclosão de uma guerra mais ampla. … “

    E o PCR está a esquecer-se de referir o abate do IL-20 com 15 russos em 2018 pelos sionistas:
    https://www.cmjornal.pt/mundo/detalhe/russia-acusa-israel-de-empurrar-aviao-militar-russo-para-a-linha-de-fogo-siria

    e Putin tem, contas mais antigas para saldar, foram soviéticos, mas a Rússia é a herdeira da URSS, para o bem e para o mal:
    https://www.edrotacultural.com.br/ha-50-anos-israel-abateu-5-cacas-sovieticos-em-3-minutos/

  3. Israel passa a vida a acusar o Irão de usar o Hezbollah e o Hamas para os atacar. Pois no sábado o Irão tratou de dizer “meus grandes bandalhos, não precisamos de sair daqui para vos ir as trombas”.
    E a verdade é que se o Irão lhes tivesse lançado para cima outros “brinquedos” como os misseis hipersonicos Farah era capaz de não ter havido Cúpula de Ferro e “aliados” que lhes valessem.
    E é provavelmente por isso que o mad dog Netaniahu ainda nao atacou.
    Porque sabe que não será fácil cumprir o sonho molhado de destruir o Irão sem sofrer enormes perdas. E normalmente os assassinos estao dispostos a matar mas não a morrer.E Netaniahu e provavelmente um dos piores assassinos que a humanidade já pariu.
    Mas que vai armar alguma vai, porque sempre foi assim que Israel agiu e não é de hoje nem de ontem, vem de há quatro mil anos atrás.
    O que me dá volta às tripas é haver paises que ainda se reivindicam “aliados” de uma gente destas.
    Uma gente arrogante, sanguinária, que se julga eleita de Deus e que nos chama “gentios”. Vão chamar gentio ao Diabo que os carregue.

  4. O que diz Scott Ritter:
    – os Estados Unidos ajudaram a derrubar dezenas de drones e mísseis iranianos (contradizendo as “parangonas noticiosas” em que os aliados de Israel apenas derrubaram 1% dos projécteis, ainda faltando contabilizar os números adicionais abatidos pelo Reino Unido, França, Jordânia, etc)
    – os alvos atingidos pelo Irão, duas bases aéreas no deserto de Neguev, de onde saíram as aeronaves que lançaram o ataque ao consulado do Irão em Damasco, juntamente com vários locais de defesa aérea israelitas (lá se vai o alarde noticioso sobre a Cúpula de Ferro ter derrubado 99% dos projécteis iranianos).
    Portanto, confirma-se a leitura que fiz ao estranhar essas “tão rigorosas” percentagens de sucesso na intercepção conjunta e partilhada dos projécteis iranianos sobre Israel. Simplesmente não fazem sentido nem batem certo. Um conselho aos que acreditam no que lhes põem à frente e estabelecem raciocínios e certezas com base nesses dados “noticiados”: questionem sempre o que vos impingem, usem o método da maiêutica (socrática), o bom senso e a lógica para encontrarem respostas válidas.
    Será que o Expresso, a RTP, a SIC, TVI, etc também vão fazer meia culpa por mais um “pacote” de óbvias fake news produzidas por encomenda? Para mais uma vez ludibriar os cidadãos, os que ainda são ingénuos ou crédulos o suficiente, ou têm problemas cognitivos e de interpretação de factos? É que têm sido torrentes e dilúvios de balelas ao longo dos últimos anos, e algumas tão evidentes que facilmente são desmontáveis.

  5. Eu deixei definitivamente de acreditar no que esta gente diz quando, corria o ano de 2011, e o mês de Agosto, o Paulo Dentinho disse que a população de Tripoli não saia para a rua festejar a libertação que lhe tinha sido levada por seis meses de bombardeamentos e bandos de jihadistas pouco lavados porque estava muito calor.
    Ora o bandalho estava me mesmo a dizer que a população de Lisboa não teria saído para a rua se o 25 de Abril tivesse sido a 25 de Agosto. Como se qualquer povo, sentindo o cheiro da liberdade, não viesse para a rua nem que chovessem picaretas.
    A partir daí tive a certeza de que esta gente mente como respira. Que já ia tendo antes. Por isso que esta gente cante loas a um sistema que já na retaliação de 7 de Outubro provou na realidade ter mais buracos que um queijo suíço a mim não me diz nada.
    Já agora melhor não fora que não fossem capazes de dar alguma proteção à um país pouco maior que o Alentejo. A área a cobrir será muito menor que na Síria e outros regularmente bombardeados por esse estado genocida.
    Que agora nos é vendido como a vítima inocente de um ataque. Tenham vergonha no focinho.
    Um estado genocida onde se amontoam nove milhões de habitantes, fruto de uma política de emigração desenfreada e da redução do papel das mulheres a parideiras de mais exemplares da raça pura. Tal como faziam os nazis. E que por isso mesmo precisam de roubar mais terra.
    Daí que os países vizinhos os vejam, com razão, como uma ameaça cada vez maior. Isto tem tudo para correr mal.

    • O Paulo Dentinho provavelmente não mentiu deliberadamente, antes fez uma projecção daquilo em que acreditava e do seu “sistema de valores”, adaptando a realidade de não haver pessoas na rua a festejar o triunfo da NATO, e dos rebeldes, ao facto de estar muito calor. É mais uma interpretação subjectiva do que propriamente uma mentira descarada, e não sendo jornalismo de qualidade, não se trata propriamente de uma campanha orquestrada de desinformação, quero acreditar.
      Neste caso é diferente, a notícia é impessoal, não é uma reportagem de autor, com um jornalista (muitas vezes escolhido a dedo e parcial) a assumir o que diz, e sim uma daquelas “produção (semi-)fictícias” produzidas em gabinetes de informação de topo, provavelmente por agências de inteligência militares, distribuída depois pelas várias agências noticiosas, que por sua vez as despejam em todos os canais e meios de comunicação ocidentais. Nem há uma autoria declarada, pois ninguém dá a cara pela “notícia”, ela não tem rosto nem sequer haverá responsabilidades a assacar seja a quem fôr. E é assim que se vão cozinhando horas e horas e dias, semanas e meses de desinformação. Até a realidade não conseguir mais ser manipulada. O assunto “morre” e tudo continua como se nada fosse, à espera da(s) patranha(s) seguinte(s) a impingir.
      E depois ainda vêm chorar das fake news e desinformação nas redes sociais e canais alternativos de informação.

  6. E claro, depois aparecem sempre uns zequinhas, muito indignados, alguns deles a soldo das “agências”, outros ingénuos e incapazes de ver para lá do véu, a chamar aos mensageiros da verdade “agentes” ou “membros da 5.a coluna”. Quando eles são normalmente os pilares que, sobre as fundações das campanhas mediáticas, sustentam as cúpulas do poder baseado no obscurantismo e na divulgação da estupidez.

  7. Cá para mim acho que o homem deu a cara pela “fake news” pelo sentimento de impunidade que está gente tinha na altura e continua a ter. Simplesmente o homem acreditava, e se calhar bem, que as massas que tão bem tinham sido manipuladas ao longo de seis meses de bombardeamentos selvagens sobre um país de seis milhões de habitantes, na maioria dos quais concentrados numa faixa costeira, continuariam a se lo.
    O homem era um jornalista com décadas de prática, que tinha coberto carradas de cenários de guerras e revoluções. Poderia em sa consciência acreditar mesmo que uma população em júbilo por se ter livrado de um Governo que diabolizamos de toda a maneira e feitio não saia de casa porque estava muito calor? Não tinha cara de estar mentalmente afectado pelo calor.
    O homem simplesmente estava a espera que acreditassemos como a Clinton estava a espera que acreditassemos quando falou em Viagra dado aos soldados libios para que melhor cometessem violações.
    E o problema é que muita gente acreditou por isso achamos normal que tivéssemos mortos 50 mil pessoas em seis meses, reduzido cidades a escombros, a pretexto de libertar um povo.
    Era possível que os jornalistas no terreno acreditassem que aquela turba de gente mal lavada eram combatentes pela liberdade?
    Simplesmente já se passaram alguns anos e o mecanismo tornou se mais refinado. Ninguém está para dar a cara expondo se a estas situações ridículas que podem abrir “buracos” na narrativa. Porque ser o sujeito a dar a cara pode efectivamente levar nos a questionar. Uma notícia de “agência” passa melhor.
    Já ninguém dá o peito às balas pelas fake news expondo se ao ridículo e a possibilidade de ser confrontado e convidado a provar o que diz.
    Isso fica por conta dos políticos, como na célebre tirada da Van der Pfizer e a garantia de que os russos já estavam a tirar chips dos frigoríficos domésticos para aplicar nos motores dos mísseis.
    Por conta das tais agências nebulosas ficou a garantia de que os soldados russos já só tinham pás, para fazer face a vindoura contra ofensiva ucraniana, a do Verão passado, que cilindraria a Rússia.
    Enfim, diziasse antigamente que com papas e bolos se enganam os tolos. Agora nem sequer isso. É só aldrabices mesmo e quem contesta ou é putinista, ou antissemita, ou Bolsonaro, ou tudo junto.

    • Certeza não posso ter de qual era o verdadeiro motivo do Paulo Dentinho para justificar com o calor a ausência de festejos e ovações triunfais na Líbia após a queda do regime de Kadhafi em Trípoli, até porque, para além de não recordar essa famigerada reportagem, não posso estar dentro da cabeça do repórter, nem porei as mãos no fogo, ou no calor sequer, por ele. Sou levado a pensar que, apesar de um código deontológico enquanto jornalista, que a Clinton e a maioria dos políticos não têm, pois o poder sempre atrai muitos sociopatas e demagogos alucinados, e escusam-se a ter ética e deontologia quase todos, o idiota do Dentinho não conseguia conceber qualquer outro motivo que não o calor para a população ter permanecido em casa. Medo, pavor, cautela, prudência, nada disso lhe assomou na caixa craniana como justificações plausíveis para ficar sossegado e seguro no conforto do lar.
      Daí ter falado na probabilidade de ser uma projecção subjectiva mais do que uma mentira descarada congeminada por ele, ou até encomendada e briefada aos repórteres e jornalistas ocidentais. Mas todas as hipóteses são plausíveis.
      Há desinformação que parte da inclinação das diretrizes editoriais, por vezes subordinadas aos “grupos económicos” detentores dos órgãos de comunicação social, outra dos jornalistas pouco profissionais, ou comprometidos com outros interesses que não os do jornalismo em si, com códigos de deontologia, ética e até entidades reguladoras e supervisoras… e depois há as tais notícias de agência, vertidas para as agências noticiosas e derramadas depois para os canais noticiosos, verdades absolutas que não têm contraditório e se constituem autênticos dogmas incontestáveis, mesmo que tenham pouco ou nenhum suporte objectivo e factual, lógico e verificável. Ou seja, mesmo que seja (des)informação óbvia assente em “pés de barro”. Esse é o tal nível ou grau 0 da credibilidade, no entanto preenche grande parte dos horários e espaços noticiosos pré destinados a esse fim: espalhar mentiras objectivas e muitas fake news, as mesmas que tanto os incomodam quando são publicadas em órgãos alternativos que não obedecem a critérios de regulação e verificação, pois também não têm de o fazer se não são “profissionais” e “licenciados”. E muito raramente lá vêm assumir que publicaram uma notícia falsa ou foram em cantigas de um qualquer Monte pardo, enquanto nas páginas seguintes publicam mais umas doses de notícias falsas à discrição. E ai de quem não as engolir como manda a tradição…

      • Para concluir, com dois exemplos de desinformação, que até pode ser na forma de propaganda política, militarista e belicista, como tem estado muito em voga nos últimos anos, ainda ontem o Isidro Morais apareceu na TV, mudei logo de canal pois não tenho paciência para o ouvir encobrir o genocídio em Gaza quando andava a encher a boca com o genocídio de Putin, mas ainda fui a tempo de reparar no oráculo e lá estava o número 99% associado à eficácia de intercepção da Cúpula de Ferro. Tretas absurdas.
        Outro exemplo, o Ministro ucraniano Dmytro Kuleba a pedir defesas anti-aéreas aos países da NATO, depois da actuação conjunta no espaço aéreo de Israel, com o argumento que serviria não só para defender a Ucrânia como também a Roménia, a Moldávia e a Transnístria da incursão de mísseis russos. Mas os russos já bombardearam esses países? A Ucrânia é que precisa dessas defesad anti-aéreas, e diz que é para proteger terceiros? E para os palestinianos, não pede a mesma ajuda? Ou esses já podem ser exterminados indiscriminadamente, sem compaixão?
        Termino com a seguinte analogia, se eu for correr e bater o recorde do mundo em distância, ou duração, não precisarei de fazer testes anti-doping, pois não sou atleta profissional nem estou a competir oficialmente. Mas os atletas profissionais que participam nos mundiais, europeus e olímpicos têm de respeitar os regulamentos e fazer testes, comprovando estarem limpos e aptos, validados para a competição sem esquemas e aldrabices. O mesmo se passa com os órgãos de comunicação social de referência profissionalizados, e os alternativos. E nunca vi um atleta profissional a chorar que um amador qualquer corria mais que ele porque usava doping e aldrabava a passagem nos checkpoints. É uma questão de se ser verosímil ou apresentar desculpas de mau pagador. E quantos já não foram apanhados, suspensos, irradiados e perderam títulos, troféus e prestígio…

  8. Berram os genocidas nazionistas, a começar no corrupto Nazinyahu e a acabar no patético palhaço porta-voz da tropa genocida, passando por todos os outros palhaços fardados da cúpula da dita tropa, que o ataque do Irão “terá uma resposta, na altura, no local e no modo” que Israel decidir. Ora o corrupto Nazinyahu e a cúpula da tropa genocida sabem de certeza melhor do que eu que no ataque de há dias o Irão utilizou apenas (e sublinho o apenas) entre 300 a 400 drones, mísseis de cruzeiro e mísseis balísticos. E não duvido de que sabem, também muito melhor do que eu, que o Irão tem capacidade não para um mas para vários ataques do mesmo género, não com 300 a 400 drones, mísseis de cruzeiro e mísseis balísticos, mas com milhares ou dezenas de milhares de drones, mísseis de cruzeiro e mísseis balísticos simultaneamente. E é claro que sabem que contra um ataque desses (em gíria militar designado “de saturação”) não têm, porque não há, defesa possível, já que qualquer sistema de defesa, por mais sofisticado que seja, ficará, por definição, obviamente saturado.

    Sabem assim o corrupto Nazinyahu, o patético palhaço porta-voz da tropa genocida e todos os outros palhaços fardados da cúpula da dita tropa que se se atreverem a “uma resposta, na altura, no local e no modo” que Israel decidir, a resposta será devastadora para o Estado bandido/país ladrão e para a sua imagem de invencibilidade militar convencional. Ainda assim, acredito como muito possível essa tal resposta, “na altura, no local e no modo que Israel decidir”. Não faz sentido? Pois atão, recuperando a fórmula de minha autoria que já aqui expus em tempos:

    “SE UMA COISA NÃO FAZ SENTIDO, E SENTIDO NÃO FAZ QUE SENTIDO NÃO FAÇA, A COISA A FAZER É TENTAR PERCEBER QUE COISA FARÁ COM QUE O QUE SENTIDO NÃO FAZ SENTIDO FAÇA.”

    E o que faz sentido é o seguinte:

    — O Irão é um espinho espetado nas ambições expansionistas da estratégia nazionista a longo prazo.
    — Mas em condições normais, na ausência de um cataclismo, o Irão não vai a lado nenhum, está ali para ficar, com capacidades militares convencionais, nomeadamente sistemas de defesa e ataque, cada vez mais sofisticados.
    — Provocando o Irão até ao limite, o Estado bandido/país ladrão arrisca-se a provocar a resposta devastadora que refiro atrás, que o deixará, inevitavelmente, à beira do colapso, militar e economicamente.
    — Colocado à beira do colapso, qualquer país, e com menos escrúpulos ainda o Estado bandido/país ladrão, não hesitará em lançar mão de tudo o que tiver à sua disposição para o evitar.
    — E o que é que o Estado bandido/país ladrão tem contra o qual o Irão não dispõe de defesa possível? Elementar, meus caros Watsons: armas nucleares! É de uma justificação para a sua utilização que o nazionismo precisa, desesperadamente! E é essa justificação que o nazionismo procura criativamente inventar, afincadamente!
    — Parece-me ser essa a estratégia do Estado bandido: conduzir o seu próprio país à beira do desastre total, militar e economicamente, de modo a justificar perante a querida “comunidade internacional” (essa velha e ternurenta prostituta!) a almejada utilização das armas nucleares de que dispõe, não para reconduzir o Irão à Idade da Pedra, caros amigos, mas para converter o território do actual Irão num deserto de areia e calhaus onde, durante muito tempo, nem uma lagartixa sobreviva.

    Que importância têm (para o corrupto Nazinyahu, o patético palhaço porta-voz da tropa genocida, todos os outros palhaços fardados da cúpula da dita tropa e mais os nazionistas civis que o acompanham na (des)governação do país) as vidas de alguns milhares, dezenas ou mesmo centenas de milhares de israelitas, civis e militares, a quem essa estratégia roube a vida? Nada, caros amigos! Népias, ponta de chavelho, nicles pròs pikles! Vão-se os anéis, fiquem os dedos! E para os dedos sobrantes ficarão, no deserto recém-criado, muitas e doces recompensas, ali à mão, para quem as quiser agarrar, novas terras de leite e de mel! Quem é que disse que não há Deus? O Deus dos “escolhidos” não descansa, carago!

  9. Claro que o mad dog Netaniahu sonha despejar os seus brinquedos nucleares em cima do Irão. E o Ocidente alargado, que tem o Irão atravessado desde 1980, também sonha com isso. Afinal de contas, desta vez não seriam os Estados Unidos a destruir um país.
    E já sabemos que o povo eleito não recua perante crime nenhum. Já outro mad dog, esse gordo que, nem um porco do Alentejo, de seu nome Ariel Sharon, disse com as letras todas que Israel tinha poder para destruir o mundo e não hesitaria em fazê lo antes de afundar.
    E preciso ver que estamos a lidar com uma religião primitiva, messianica e apocalíptica.
    Agora neste caso há possibilidade de o Irão também já ter uns brinquedos desses e até há quem diga, que não se atreveria a atacar Israel se os não tivesse.
    Sabendo se a tendência que Israel tem para “respostas” selvagens, desproporcionadas e brutais, que poderiam desde logo incluir armas nucleares.
    A pequenez de Israel torna o mais fácil de defender mas também de atacar, saturando o seu sistema de defesa.
    Quer isto dizer que o complexo de Dimona e outros locais onde os brinquedos estejam, tambem podem ser atingidos tal como foram as munições de urânio empobrecido dadas pelo Reino Unido a Ucrânia. Que todos sabemos que não seriam usadas na frente de combate mas para causar terror, morte e destruição no Donbass e fronteiras da Rússia.
    Claro que a destruição de parte ou a totalidade do arsenal de pêlo menos 200 bombas nucleares traria um cenario de Armageddon a todo o Médio Oriente e não só.
    Um preço muito alto a pagar por termos achado boa ideia deixar uma gente messianica, com tara de superioridade sobre os outros povos, apocalíptica, ter armas nucleares. Muita coisa pode efectivamente correr mal. Mas outro remédio não temos a não ser, esperar para ver no que isto dá. Lamentando a burrice de quem não se esteve para dar ao trabalho de ler todo o mito fundador de Israel. O Velho Testamento. Está lá tudo, porra!

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