Partido SA

(Carlos Matos Gomes, in Medium.com, 12/03/2024)


Após as eleições o que nos resta de Poder? O que torna democrática a representação política? O voto é a arma do Povo ou uma arma para legitimar o poder dos poderosos? Quem elegemos e como elegemos?

O direito ao voto pode originar uma democracia representativa, mas esta não é necessariamente uma democracia eleitoral. As campanhas eleitorais pretendem fazer crer que sim. O caso do derrube do anterior governo demonstra a diferença: os cidadãos que votaram nas anteriores eleições e elegeram os seus representantes — os deputados da Assembleia — para um mandato de quatro anos viram o seu voto ser “anulado” pela utilização de meios formalmente legítimos por parte de instituições de outra entidade, o Estado. O resultado das eleições, em particular o volume de votos atribuídos a um partido “SAD”, para utilizar uma imagem vinda do futebol, tal como o líder do Chega, expõe a fragilidade da representação como trave mestra de um regime democrático.

Na realidade, quer o derrube do anterior governo, quer o resultado das eleições são consequência da natureza ‘circular’ da interpretação por parte das ‘instituições aristocráticas’ do seu poder natural de utilizar o voto popular em seu benefício, ou segundo as suas interpretações. A ideia de que a democracia representativa dá a voz ao povo, guiando “a ação e o juízo políticos dos cidadãos”, é boa, mas não corresponde à prática. A relação entre o voto popular e o controlo do poder do Estado é bem mais complexa do que a ideia muito divulgada de que o povo é soberano. Não é. O soberano é o Estado e é falaciosa a definição de o Estado ser o povo politicamente organizado. O Estado é uma entidade autónoma do povo, é a entidade que regula a vida dos cidadãos. É o Estado que exerce a soberania, um poder sem limites na ordem interna através de instituições por ele criadas, uma delas o “governo representativo”.

No Ocidente o governo representativo, que deu os primeiros passos no século dezassete, em Inglaterra, assegurou sempre o elitismo nas instituições políticas, no Estado, com a legitimação popular através de eleições com o voto mais ou menos condicionado a certos grupos sociais (homens alfabetizados, por exemplo, ou com um determinado nível de rendimentos) e pela organização em partidos, cuja função era acima de tudo a da “integração da multidão”. Após a Segunda Guerra os partidos “democratizaram-se” apresentando-se como instituições de massas, unificadas por um credo político de tipo religioso. Na realidade apenas formalmente deixaram de ser organizações de notáveis, de detentores do poder, apoiadas por aparelhos eleitorais assentes na distribuição de bens públicos e na ação dos media  para “formar uma opinião e obter a servidão voluntária”. As eleições continuaram a fazer, tal como no período antecedente, parte do arsenal legitimador do exercício do poder, mas não o determinavam, estabeleciam uma relação entre os cidadãos e o Estado, uma entidade que substituiu o soberano, mas não tornavam, nem tornam os cidadãos soberanos.

A globalização da sociedade da informação que ocorreu no final do século vinte alterou os instrumentos de unificação das massas. Os partidos ideológicos, as grandes igrejas, os meios de comunicação confinados às fronteiras dos Estados, ou das línguas nacionais foram submersos pela informação e pelos negócios sem fronteiras físicas e esta alteração induzida pela tecnologia obrigou as oligarquias a alterarem os instrumentos de legitimação do seu poder. Recriaram os seus partidos como partidos empresa, “partidos SA” como já haviam feito com a cultura de massas através dos programas de televisão, ou dos clubes desportivos, por exemplo.

O fenómeno do partido empresa, do “partido SA” surgiu em Itália com o Forza Itália, de Silvio Berlusconi, o magnata que foi primeiro-ministro, dono de cadeias de televisão e de jornais reunidos no conglomerado Mediaset, do clube AC Milan. Embora o partido SA de Berlusconi tenha obtido sucesso, impondo os negócios do proprietário como interesses do Estado, o modelo deu origem a vários processos de corrupção e o rosto a descoberto do soberano foi substituído pelo de um CEO, uma máscara personificada da marca de legitimação do poder que evita a exibição da natureza privada do partido e afasta eleitores mais exigentes.

Os novos partidos são “empresas de angariação de legitimadores de poder”. Substituem a ideia clássica de que os representantes eleitos são a expressão do direito de os cidadãos participarem de algum modo na produção das leis, que os processos eleitorais constituem uma delegação da soberania que admite opiniões diversificadas e decisões sujeitas a revisão.

Para os novos partidos populistas a representação política é uma autorização eleitoral, um negócio de venda da alma, do tipo do estabelecido entre Fausto e o Diabo. As eleições “engendram” a representação, mas não a dos eleitores. Os eleitores são os ‘Fausto’ do negócio, os otários, em linguagem popular. Tocqueville definiu o que julgo ter sido o paradigma da organização política dos cidadãos ocidentais, os partidos, como associações que reúnem e separam os cidadãos de acordo com as interpretações de problemas gerais, ou de “igual importância para todas as partes do país”. O aparecimento e o percurso de vida de partidos como o Chega, ou a Iniciativa Liberal, em Portugal, semelhantes a outros na Europa, de Trump, Bolsonaro ou Milei nas Américas, são exemplos do fim da definição de Tocqueville de partidos e da sua substituição por empresas que criam representantes dos detentores do poder real, os financeiros, os grandes industriais, as oligarquias em geral, por empresas que criam eleitores como os proprietários dos aviários criam frangos, mas ainda assim sujeitos a menos controlo de idoneidade do que quem vende galináceos.

A representação que os partidos SA se propõem fazer resulta de um contrato com os seus financiadores e não com os seus eleitores. O juízo e a opinião dos representantes eleitos pelo povo, que deviam ser os pilares da soberania, são, nestes partidos máscara como o Chega ou a IL, substituídos pela venalidade e pelo engano.

Os partidos SA seguem o modelo de negócio que transformou os clubes desportivos em SAD. Não é um acaso que o presidente do Chega tenha sido recrutado no “mundo do futebol SA”.O objetivo dos “promotores” de partidos SA é transformarem os seus eleitores em membros da claque que chefiam.

Ventura representa para o sistema político o mesmo que Madureira, o líder da claque dos superdragões do FC Porto representa para o mundo do futebol. As claques do futebol foram o ensaio realizado pelos poderes (o sistema) para imporem novos modelos de representação política. O objetivo dos partidos SA é que os eleitores em geral tenham o mesmo poder na definição das políticas da sociedade que os sócios de um clube de futebol tenham nos negócios dos seus “investidores”, financiadores e patrocinadores: Nenhum!

O resultado destas eleições, tal como a de outras eleições na Europa e nas Américas devia ser motivo de discussão do poder de representação. Não o é porque a representação foi capturada por quem forma a opinião e, quem a forma, paga para que não se discuta a origem do seu poder.


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9 pensamentos sobre “Partido SA

  1. O voto através de eleições serve para legitimar, o bando que se aboletou no Poder.
    Todos as ditaduras têm eleições, todos os ditadores querem legitimidade.
    Por enquanto, eleições em papel, em breve através do esfregar o dedo no vidrinho do sabonete que anda no bolso de trás das calças. Nessa altura as chapeladas vão ser sem espinhas.
    Podem já começar a por as culpas no Putin.
    Quanto ao sistema eleitoral, para mim passávamos a um círculo nacional único, passando cada voto a ter o mesmo peso e não como agora que o número de votos para eleger 1 deputado varia de distrito para distrito.
    Outro ponto que deve ser implementado, é que os votos pertencem aos partidos e não aos deputados.Ninguém em Portugal vota numa personalidade a não ser para o Presidente da República. Já fui enganado como outros, com gente que foi eleita por um partido e assim que chegou a Bruxelas zarpou. Parece que a esperteza do mariola colheu frutos, a avaliar pela boa praça que o trânsfuga têm por aqui nos comentários dos democratas de pacotilha. Compreende-se que seja como no futebol, o golo foi metido com a mão, mas foi a nosso favor!

  2. Claro que podemos passar a vida a tentar reinventar a roda, mas é mais produtivo pensar sentado nos ombros de gigantes. Vai para mais de 200 anos que os manos Marques & Frederico, com vasta fundamentação factual, definiram a natureza do estado como o braço repressivo da classe dominante. E, mais uma vez, estas eleições são prova disso .

  3. E esse o sonho dos liberais. O Estado devia ser apenas um estado polícia para conter os protestos e os motins que os deserdados não deixariam de protagonizar.
    Porque o liberalismo deixa muita gente no caminho e as tentativas de o impor mesmo no Século XX e XXI criaram miséria em monte e legiões de deserdados.
    Foi assim no Chile de Pinochet, no Brasil de Bolsonaro onde os problemas de míseria e fome que o Brasil já tinha se agravaram muito e está a ser assim na Argentina de Milei.
    Aqui os liberais prometem a multiplicação dos pães e dos peixes via não pagar impostos ou pagar pouco. Mas se os salários forem uma miséria e a inflação galopar mais ainda porque ninguém controla nada e o factor ganância não pode ser escamoteado de que é que serve a quem vive do seu trabalho não pagar impostos ou pagar poucos?
    Portugal tem quatro milhões de pobres antes de apoios sociais. Com os ditos apoios, desce para metade.
    Muitos dos que agora votaram Chega porque não gostam de ciganos vivem de apoios sociais e não sabem. Vivem em habitações sociais, vão a Câmara pedir umas latas de tinta quando precisam pintar a casa, são trabalhadores precários e de vez em quando lá recebem subsídios de desemprego e trabalham em planos de ocupação de carenciados. A espera da volta do Verão e dos turistas.
    Hoje penso em muita gente que conheço que depende de apoios sociais para viver com alguma dignidade. Penso em toda a gente que teve a vida virada do avesso quando a boleia da troika se ensaiou uma Pinochetada na economia.
    E pergunto como é possível que tenham voltado a cair no mesmo. Como é que me diziam que até gostavam do discurso dos dirigentes a esquerda do PS mas iam votar Chega ou PPD. Como é que a minha sondagem foi mesmo possível.
    Mas foi e esperam nos quatro anos terríveis. Bem disse o Marcelo que se fechou um ciclo de 50 anos. Se calhar tinha feito a mesma sondagem que eu fiz. E sim, esperam nos novos tempos, tempos fascistas, ou, como quiserem, liberais. Tempos duros.
    Enfim, uma coisa está garantida. Os polícias vao ter o seu subsídio de risco. Afinal de contas, podem ser precisos para partir umas cabeças.

    • Governo para 4 anos? rag (lol).
      Acalme-se homem. Deixe os Ciganos em paz. A quantos é que já apertou a mão? Deixe de insultar 1/5 dos que votaram. Acorde! Acha mesmo que todos os que votaram Chega, o fizeram por não gostarem de ciganos?
      Se a resposta for sim. Tem aí a explicação, porque a geringonça (a falta que o autor do termo nos faz) não percebe o que se passa em Portugal. Preocupados que estão com aquilo que preocupa os seres humanos, bem-estar, dinheiro, reformas, futuro para os filhos das mulheres-deles, esquecem-se do POVO que cavalgam.
      O burro do POVO estragou as golpadas que estavam planeadas. Por isso a sua raiva e desespero. Estava quase a ser mais um ‘boy’? e agora foi-se?
      Tenha calma que há mais marés que marinheiros, se a contra-revolução do Eanes vingou, a vossa irá também ter uma oportunidade no futuro. E aí poderá vingar-se.
      Até lá insulte tudo e todos.

  4. Uma apresentação mais desenvolvida das ideias aqui expostas pelo general Carlos Matos Gomes pode ser encontrada aqui. Infelizmente só encontrei em inglês.

    Michael Hudson: Marxism, Economic Parasites, and Debt Cancellation

  5. Se o voto mudasse alguma coisa, já teria sido proibido há muito tempo.
    “Quando vejo um pobre a ir votar, é como ver um crocodilo a entrar numa loja de artigos de couro.”
    “Em Portugal, estamos sempre a votar. E quando não votamos, fazem-nos sondagens… não, com jornais. Mas o resultado é o mesmo.

    “A violência não está apenas nos golpes, está nas situações estabelecidas, existentes, que nos recusamos a questionar, que nos recusamos a mudar”.
    Abbé Pierre

    Os sinais e os símbolos governam o mundo, não as leis e as palavras.
    Confúcio

    “O maior truque do diabo é persuadir-nos de que ele não existe.
    Charles Baudelaire

    “Se Deus não existe, vale tudo.
    “Nada é mais sedutor para o homem do que a sua liberdade de consciência. Mas nada é maior causa de sofrimento” Dostoiévski , Os Irmãos Karamazov, 1880

    “Assim que o egoísmo estabelece o seu domínio sobre um povo, os laços da ordem são soltos e, na busca da sua própria felicidade, os homens são atirados do céu para o inferno.

    “Dêem-me o poder de criar dinheiro e não me interessa quem faz as leis!”
    Mayer Amshel Rothschild

    “Quando o dinheiro de um governo depende dos bancos, são eles e não os líderes do governo que controlam a situação.”
    Napoleão Bonaparte, criador do Banco de França (privado).

    “Se a população compreendesse o sistema bancário, acredito que haveria uma revolução antes de amanhã de manhã.”
    Henry Ford

    “Quem controla os mares controla essas riquezas e quem controla as riquezas do mundo é dono do mundo”.

    “Quem controla o passado, controla o futuro; quem controla o presente, controla o passado.”
    George Orwell

    “Haverá, na próxima geração, um método farmacológico para fazer com que as pessoas amem a sua servidão e produzam uma ditadura sem lágrimas, por assim dizer, produzindo uma espécie de campo de concentração indolor para sociedades inteiras, de modo a que as pessoas sejam realmente privadas das suas liberdades, mas antes as desfrutem, porque serão distraídas de qualquer desejo de se rebelarem pela propaganda ou pela lavagem cerebral, sendo a lavagem cerebral reforçada por métodos farmacológicos. E esta parece ser a revolução final”.
    Aldous Huxley.

    É inacreditável como os povos, logo que são subjugados, caem tão subitamente num esquecimento tão profundo e profundo da franqueza, que lhes é impossível acordar para a recuperar, servindo tão francamente e tão voluntariamente que se diria, ao vê-los, que não perderam a sua liberdade, mas ganharam a sua servidão.” Discurso sobre a Servidão Voluntária (1576) de Etienne de La Boétie.

    “A ditadura perfeita seria aquela que tivesse a aparência de democracia, uma prisão sem muros da qual os prisioneiros nunca pensariam em escapar. Um sistema de escravatura onde, graças ao consumo e ao entretenimento, os escravos adorariam a sua servidão.”
    Aldous Huxley, Admirável Mundo Novo.

    ( Departamento de Investigação do Ministério da Verdade):
    “Todos os dias destruímos palavras, dezenas de palavras, centenas de palavras. (…) Não vêem que o verdadeiro objetivo da novalíngua é restringir os limites do pensamento? No fim, tornaremos literalmente o crime do pensamento impossível, porque não haverá mais palavras para o exprimir. (…) A revolução estará completa quando a linguagem for perfeita”.

    “Quando nos exprimimos mal, pensamos mal ou não pensamos de todo. O objetivo da novalíngua em 1984 é conseguir a aniquilação do pensamento e substituir o significado pelo sinal.”

    “Se queres controlar um povo, controla a sua música”.
    Platão

    A sociedade do espetáculo examina os processos de individuação na sociedade pós-industrial emergente. Descreve a evolução da prática da “separação” como um dispositivo económico capitalista. Desde a introdução das linhas de montagem, em que o trabalhador é separado daquilo que produz, a sociedade de mercado liberal, desde os anos 50 produziu o sujeito/consumidor como um ser separado dos seus verdadeiros desejos por várias indústrias socioculturais (cinema, televisão, etc.).

    O espetáculo é uma etapa concluída do capitalismo, uma contrapartida concreta da organização da mercadoria. O espetáculo é uma ideologia económica, no sentido em que a sociedade contemporânea legitima a universalidade de uma única visão da vida, impondo-a aos sentidos e à consciência de todos, através de uma esfera de manifestações audiovisuais, burocráticas, políticas e económicas, todas interdependentes. Isto é feito para manter a reprodução do poder e a alienação: a perda da vida viva.
    Assim, o conceito assume vários significados. O “espetáculo” é tanto o aparelho de propaganda do domínio do capital sobre as vidas, como uma “relação social entre pessoas mediada por imagens”.

    Sylvain Timsit – As 10 Estratégias de Manipulação :

    – Estratégia de desvio
    – Estratégia de choque e de solução
    – Estratégia de degradação
    – Estratégia do atraso
    – Estratégia de infantilização
    – Estratégia da emoção
    – Estratégia da ignorância
    – A estratégia da mediocridade
    – Estratégia da culpa
    – Estratégia do conhecimento

    A única maneira de sair da crise é desmantelar completamente esta sociedade de merda absoluta.
    “Por isso, em primeiro lugar, não estou a falar para dos portugueses que vão às urnas, estou a falar para todos os seres humanos que romperam com a mercadoria para redescobrir o terreno da comunidade humana universal.
    Ensinaram-nos que todas as grandes clivagens de 14-39 que o futuro da nossa vida humana contra a mercadoria não está nas urnas. A urna, seja qual for o esquema político que a organiza, é um sistema destinado a prolongar, através do voto, o sistema de servidão, alienação e domesticação…

  6. Belo trabalho de compilação, André Campos
    Os partidos reaccionários apostam na divisão. Unir esforços para objectivos de interesse comum sempre foi mais difícil. Aceitar o desafio não é opção, é reconhecimento da realidade. A realidade que o coronel Carlos Matos Gomes (obrigado, Alforriado) expõe com a limpidez a que já nos habituou.

  7. Há aqui uma gente que se diz alforriada que está bem presa às teorias do seu guia espiritual.
    Claro que quem não acha normal que se vote em fascistas e em quem nos virou a vida do avesso entre 2011 e 2015 só pode ser alguém que estava a espera de um tacho e agora fala mal porque está ressabiado.
    Claro como a água suja.
    Ora bem, eu nem sou militante do PS e mesmo que o fosse teria de ser burro como um cepo para tendo em conta as sondagens e as grunhices que fui ouvindo acreditar que o PS ou a esquerda tinham alguma chance de ganhar as eleições e, em consequência, eu ter um tacho.
    Quanto a quem deu a golpada sabem todos muito bem quem a deu e os objectivos foram plenamente atingidos.
    Quanto ao número de ciganos a quem já apertei a mão foram uns quantos e não apanhei sarna. É também lhes compro roupa e não apanhei nenhuma enserpela.
    Estou me nas tintas para o que levou estes grunhos a votar no Chega. Se fui por não gostarem de ciganos, ou de negros, ou indianos, ou brasileiros, ou imigrantes em geral. Ou se sonham com poder malhar mulher e filhos sem ninguém lhes perguntar contas.
    Não me interessa também quantos foram. Não foi por mais de um terço dos alemães ter votado no Hitler que deixaram de merecer críticas, ou insultos, como quiserem.
    Hoje um atrasado mental garantia que tinha tido uma tuberculose de fígado por causa dos imigrantes que se punham a porta do supermercado onde ele ia. Por isso desta vez deixou se disso de votar a esquerda e votou Chega. É foi um indivíduo que foi toda a vida professor ninguém tinha como burro.
    Com todos esses motivos para votar Chega claro que merecem que lhes chamem uns nomes.
    Como uns certos alforriados merecem que os mandem ir ver se o mar dá choco.

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