(Por Thierry Meyssan, in Rede Voltaire, 05/09/2023)

Não é de espantar que a CIA estruture organizações contra a Rússia. O que é surpreendente, pelo contrário, é que ela não hesite em escolher nazis e nacionalistas integralistas para pretensamente defender a liberdade e a democracia.
No século XIX, os Impérios alemão e austro-húngaro projectavam destruir o seu rival, o Império russo. Para isso, os Ministérios dos Negócios Estrangeiros (Relações Exteriores-br) alemão e austro-húngaro lançaram uma operação secreta comum : a criação da Liga dos povos alógenos da Rússia (Liga der Fremdvölker Rußlands – LFR) [1].
Em 1943, o III° Reich criou o Bloco anti-bolchevique de nações (ABN) para desarticular a União Soviética. No fim da Segunda Guerra Mundial, o Reino Unido e os Estados Unidos recuperaram os nazis e seus colaboradores e patrocinaram o ABN [2]. No entanto, levando em conta os milhões de mortes pelas quais este era culpado, Frank Wisner, o número 2 da CIA, reescreveu a história do ABN. Ele mandou imprimir inúmeros livretos alegando que o ABN havia sido criado com a Libertação. Ele fingiu que os povos da Europa Central e do Báltico haviam, todos, colectivamente, lutado ao mesmo tempo contra os nazis e os soviéticos. Uma enorme mentira. Na realidade, muitas formações políticos da Europa Central tomaram partido pelos nazis contra os soviéticos, formando divisões SS e fornecendo a quase totalidade dos guardas dos campos de extermínio nazis.
John Loftus, o Procurador especial do Office of Special Investigations, unidade do secretariado norte-americano da Justiça, testemunhou que, em 1980, havia encontrado um pequeno povoado em Nova Jersey, South River, abrigando uma colónia de antigos SS Bielorussos. À entrada do povoado, um monumento aos mortos, ornado com símbolos SS, homenageava seus camaradas caídos em combate, enquanto à distância, um cemitério acolhia a tumba do Primeiro-Ministro nazi bielorusso, Radoslav Ostrovski [3].
Acredita-se muitas vezes que os Estados Unidos combateram os nazis e os julgaram em Nuremberga e em Tóquio. Mais isso é falso. Muito embora o Presidente Roosevelt fosse um liberal assumido, ele julgou possível recrutar traidores e colocá-los ao seu serviço. No entanto como morreu antes do fim do conflito, os criminosos de que se havia rodeado conseguiram chegar aos mais altos postos. Eles alteraram certos serviços a fim de atingir os seus objectivos. Foi o que se passou com a CIA.
Os esforços do Congresso, com a Comissão Church, que revelaram os crimes da CIA nos anos 50 e 60 não serviram para grande coisa. Todo esse mundo opaco mergulhou na clandestinidade, mas não interrompeu as suas actividades.
Os « nacionalistas integralistas » ucranianos de Dmytro Dontsov e os seus homens de mão, Stepan Bandera e Yaroslav Stetsko, seguiram este caminho. O primeiro, que fora já um agente secreto do Kaiser Guilherme II, depois do Führer Adolf Hitler, foi recuperado pela CIA, viveu no Canadá e morreu em 1973 em Nova Jersey, em South River, contrariamente ao que afirma o seu verbete na Wikipédia. Foi um dos piores assassinos em massa do Reich. Ele desapareceu da Ucrânia durante a guerra e tornou-se administrador do Instituto Reinard Heydrich em Praga. Foi um dos ideólogos da solução final para as questões cigana e judaica [4].

Os seus homens de mão, Stepan Bandera e Yaroslav Stetsko, foram empregues pela CIA em Munique. Eles garantiram emissões em língua ucraniana para a Rádio Free Europa e organizaram operações de sabotagem na União Soviética. Stepan Bandera havia cometido inúmeros massacres e proclamou a independência da Ucrânia junto com os nazis. No entanto, também ele havia desaparecido da Ucrânia durante a guerra. Alegou ter sido aprisionado em «cativeiro honroso» num campo de extermínio. Isso é pouco provável, uma vez que reapareceu em 1944 e foi incumbido pelo Reich de governar a Ucrânia e combater os Soviéticos. É possível que ele tenha vivido na sede da administração dos campos, em Oranienbourg-Sachsenhausen, e aí tenha trabalhado no projecto nazi de extermínio das « raças » supostas de corromper os Arianos. Durante a Guerra Fria, cirandou pelo «mundo livre» e veio ao Canadá propor a Dmytro Dontsov que se tornasse chefe da sua organização [5].
O tempo passou e estes assassinos em massa morreram sem jamais terem tido de prestar contas. As suas organizações, a OUN e a ABN, deveriam também ter desaparecido. Mas nada disso se passou. A OUN reconstituiu-se por causa da guerra na Ucrânia. A ABN também. Dispõe agora até de um sítio Internet. Lá pode-se ler os folhetos da propaganda do pós-guerra segundo os quais a organização nunca existiu antes da queda do Reich. A ABN prolonga-se hoje com o « Free Nations PostRussia Forum » (Fórum das Nações Livres PostRussia- ndT), que será realizado, de 26 a 28 de Setembro, em Londres, Paris e possivelmente em Estrasburgo. O seu objectivo continua o mesmo : dividir a Federação da Rússia em 41 estados distintos. Não há a mínima dúvida possível sobre a filiação deste fórum : enquanto finge exprimir-se em nome dos povos da Rússia, não se contenta só em acusar Moscovo, mas atira-se também à China Popular, à Coreia do Norte e ao Irão. Nos seus documentos aborda também a questão da Venezuela, da Bielorrússia e da Síria. É claro, o ABN participou na criação e animação da Liga Mundial Anti-comunista [6], onde se reuniam a maior parte dos ditadores do planeta, agora candidamente denominada : Liga mundial para a liberdade e a democracia.
Este Fórum das nações livres do Post-Rússia foi criado pela CIA em reacção à intervenção militar russa na Ucrânia. Num ano e meio, já se reuniu 7 vezes, na Polónia, na República Checa, nos Estados Unidos, na Suécia e nos Parlamentos Europeu e Japonês. Simultaneamente, a CIA criou governos no exílio para a Bielorrússia e o Tartaristão, tal como tinha feito para o Iraque e para a Síria. Ninguém os reconheceu ainda, mas a União Europeia já os recebeu com deferência. Estes governos no exílio somam-se ao da Ichquéria (ou seja, Chechénia), o qual já é antigo.

O dispositivo actual não está concebido para atingir o objectivo proclamado. Os Estados Unidos não têm intenção de desmembrar a Federação da Rússia, uma potência nuclear. A maior parte dos seus dirigentes tem consciência que um tal evento desestabilizaria completamente as relações internacionais e poderia desencadear uma Guerra nuclear. Não, trata-se mais de mobilizar para serviço dos Estados Unidos aquela gente que espera alcançar este improvável objectivo de desmembrar a Rússia.
Algumas personalidades políticas prestam-se a este jogo. É o caso da antiga Ministra polaca (polonesa-br) dos Negócios Estrangeiros, Anna Fotyga. Foi ela quem, em 2016, apresentou ao Parlamento Europeu uma resolução sobre as comunicações estratégicas da União Europeia. Ela idealizara um sistema de influência sobre o conjunto dos grandes média (mídia-br) da União que se revelou eficaz. Ou ainda, um deputado centrista francês, Frederick Petit. Já em 2014, os cabeças de cartaz do seu partido haviam ido à Praça Maidan, em Kiev, para se fazerem fotografar ao lado dos « nacionalistas integralistas ». Não falarei aqui do antigo deputado russo Ilya Ponomarev.
“Think-tanks” também, como a Fundação Jamestown. Ela foi fundada com a ajuda de William J. Casey, director da CIA, por ocasião da fuga de um transfuga de marca da URSS. Foi interditada na Rússia em 2020 (quer dizer, antes da guerra da Ucrânia), porque publicava já documentos sobre a fragmentação da Rússia. Por fim, o Hudson Institut, esse financiado por Taiwan graças à sua agência, a Liga Mundial para a Liberdade e a Democracia (antiga Liga Anti-comunista Mundial). Assim, ele pôde alojar uma sessão do Fórum das Nações Livres do Post-Rússia.
Fonte aqui.
[1]Liga der Fremdvölker Russlands 1916–1918. Ein Beitrag zu Deutschlands antirussischem Propagandakrieg unter den Fremdvölkern Russlands im Ersten Weltkrieg, Seppo Zetterberg, Akateeminen Kirjakauppa (1978).
[2] MI6, Inside the Covert World of Her Majesty’s Secret Intelligence Service, Stephen Dorril, The Free Press (2000).
[3] The Belarus Secret: The Nazi Connection in America, John Loftus, Albert Knopf (1982).
[4] Ukrainian Nationalism in the Age of Extremes. An Intellectual Biography of Dmytro Dontsov, Trevor Erlacher, Harvard University Press (2021).
[5] Stepan Bandera: The Life and Afterlife of a Ukrainian Nationalist: Facism, Genocide, and Cult, Grzegorz Rossoliński-Liebe, Ibidem Press (2015).
[6] «La Liga Anticomunista Mundial, internacional del crimen», por Thierry Meyssan , Red Voltaire , 20 de enero de 2005.
Um mundo construído sobre intrigas e mentiras.
As missões da CIA são obscuras, entre propaganda, geopolítica, interesses económicos e energéticos e indústrias-chave. Gostaria de conhecer os seus objectivos anuais, bem como os seus projectos actuais.
A CIA assemelha-se em tudo ao país que a abriga. É uma organização poderosa num país poderoso que não tem de prestar contas a ninguém pelas suas ações. Esta é a principal razão pela qual a comunidade internacional (a verdadeira) quer que Putin limpe a sua atuação, mesmo que nem todas as suas práticas sejam aprovadas. É também o caso do ocupante da Palestina, numa escala diferente.
O eixo do mundo está a inclinar-se.
Não creio que o mundo venha a ser um lugar melhor. As necessidades crescentes da humanidade e o esgotamento dos recursos vão alimentar mais conflitos. Aqueles que ocupam as posições mais elevadas irão capturar ainda mais os recursos do mundo.
Se atualmente evito as gazetas de todas as cores e os noticiários da rádio e da televisão, é porque não quero sobrecarregar a minha vida com o negativismo oficial, não sei como dizê-lo de outra forma. Mas continuo a ter muita curiosidade pela História, a verdadeira, aquela que vivemos, de olhos redondos e encharcados de mentiras públicas a todos os níveis. No fim de contas, foram muito poucas as pessoas que se preocuparam verdadeiramente com o bem do povo.
A CIA faz-me lembrar a personagem demoníaca de Dragon Ball, que luta por Baba, a bruxa. O seu poder é encontrar a mais pequena ponta de maldade no seu adversário e fazê-la crescer até ele se auto-destruir!!!!
A humanidade deve repensar a forma como gere as nações, as sociedades e os povos. Desta forma, temos de conferir poderes a homens como nós, sujeitos a fraquezas como nós, a ervas daninhas, a defeitos e até a perturbações psiquiátricas.
Delegamos e concentramos todos os poderes nas mãos de certas pessoas que não os merecem e que, uma vez detentoras de todos os poderes, deles abusam.
Quem é o Estado? Até onde pode ir o Estado em nome da segurança?
É tudo em nome do nosso século actual, quando olhamos para a história da humanidade, na maior parte dos casos, os homens que se interessam frequentemente pelos outros gros malades, perversos narcisistas.
Segundo o livro “The History of America” (estamos em 2015), um estudo surpreendente revelou que os Estados Unidos estiveram em guerra 91% do tempo da sua existência. Trata-se de um novo e triste recorde, uma vez que, em 239 anos de existência, os EUA só estiveram em paz durante 21 anos. Em 229 anos, nenhum presidente dos EUA teve a oportunidade, durante o seu mandato, de fazer uma “folha limpa” em termos de paz. Por conseguinte, cada presidente sucessivo pode ser considerado como tendo estado “em guerra”. Os Estados Unidos nunca passaram uma década inteira sem estar em guerra. O seu melhor “resultado” foi entre 1935 e 1940, um período de paz durante o período isolacionista da grande “depressão americana”.
A principal força do mundo, mas também a principal ameaça do mundo…
Na grande maioria dessas guerras, os Estados Unidos estavam na ofensiva. O Washington Blog admite que algumas destas guerras foram defensivas. Também deixa de fora todas as operações secretas da CIA para derrubar regimes (a lista é longa) e outros actos que também poderiam ser considerados actos de guerra. De facto, praticamente todas as operações militares lançadas desde o fim da Segunda Guerra Mundial foram levadas a cabo pelos Estados Unidos. Além disso, as despesas militares dos EUA são de longe as mais caras do mundo. Supera mesmo a de todas as outras nações do mundo juntas.
São números impressionantes que continuam a demonstrar a supremacia dos Estados Unidos e as dificuldades encontradas para alcançar a paz mundial.
Para concluir, vamos ler o que o comediante, actor e argumentista americano George Carlin tem a dizer sobre o assunto.
“Somos um povo de guerra. Adoramos a guerra porque somos muito bons nela. De facto, é a única coisa que sabemos fazer neste maldito país: fazer guerra. Temos muita prática e também porque é certo que já não somos capazes de construir uma máquina de lavar roupa ou um carro que valha um peido de coelho; por outro lado, se tiveres muita gente bronzeada no teu país, diz-lhes para terem cuidado porque nós vamos aí pôr-lhes bombas na cara…”.
Quem desestabilizou o Haiti? E as 700.000 armas de guerra contrabandeadas dos Estados Unidos para o Haiti entre 2010 e 2023? Durante mais de 20 anos, a ONU e as grandes potências impuseram um embargo à compra legal de armas pelo Estado haitiano.
Correndo o risco de estar errado, o que é preciso saber sobre a CIA é que ela é totalmente independente da administração dos EUA, seja ela democrata ou republicana.
Assim sendo, quem é que a dirige?
Quem a financia.
É provável que seja o FED, mas o banco que regula as finanças mundiais também está totalmente sob a mesma administração do burro ou do elefante.
Então, quem é que manda neste pequeno mundo?
Essa é a questão!
Sempre que vejo invocado o rótulo nazi sei que estou na presença de um vigarista, um lambe-cús do putinismo, ou de um órfão soviético, que é coisa aproximada disso mesmo.
Como padrão geral têm a falta de vergonha de, sem o assumirem, associarem a óbvia necessidade de preservar a segurança mundial, à necessidade de atribuir e reforçar os poderes de autocratas garantindo-lhes um qualquer ‘espaço vital’ e chamando de nazis a quem lho dispute!
Um qualquer ordenamento internacional é-lhes de todo inconveniente por saberem dever conter princípios de Liberdade e Direitos Fundamentais, essencialmente contrários às autarcias que privilegiam.
O que no essencial propõem é a divisão do planeta em áreas de influência que garantam a subsistência e defesa de blocos de poder, com eventuais áreas de conflito limitado.
No processo vão jogando com as palavras, chamando federações de estados a impérios, e chamando impérios a uniões de estados.
Sempre que vejo branquear nazis sei que estou frente a um órfao de Salazar, um fascista, um lambe botas dos americanos. Que nunca se preocuparam com os direitos humanos porra nenhuma e só se lembra deles quando lhes dá jeito. As ditaduras brutais plantadas por eles na América Latina eram grandes defensores dos direitos humanos se considerarmos que a tortura, a morte e a miseria mais negra da maior parte da população são direitos humanos.
Também o indonésio Raden Suharto foi um grande defensor dos direitos humanos não só na sua terra mas em Timor Leste.
A nossa ditadura miserabilista também defendeu os direitos humanos, tanto aqui, onde se ia preso por dizer que a vida estava cara, como em África. Talvez alguém queira ir explicar a nossa bondade a um descendente de sobreviventes dos nossos crimes de guerra, nunca julgados.
Por isso os americanos sempre apoiaram toda a casta de canalha quando lhes deu jeito para exercer domínio. Por isso não me espanta que outros façam outro tanto para não terem o destino do Iraque ou da Líbia.
Agora a oeste nada de novo até na ideia de nos comer por parvos e dizer que gente com o corpo transformado num tapete persa de símbolos nazis não é nazi. Porque pelo menos podíamos ser honestos e dizer que o que queremos é destruir a Rússia e para isso apoiamos quem quer que seja. Se estamos metidos numa boa alhada pelo menos uma vez na p*tá da vida digam nos a verdade. Se é viver num mundo em que prestemos todos vassalagem ao refugo da Europa que querem, se é conseguir de graça os recursos da Rússia que querem e para isso vale tudo, digam de uma vez. Não nos comam e por parvos porque devemos isso as vítimas da defesa dos direitos humanos a americana do Chile a Indonesia. Quanto ao órfao de Salazar pode ir ver se o mar dá choco.
Oh!JgMenos!
Quando vens para aqui «ladrar» contra toda a gente, pensando que és uma espécie de intimidante «Pit Bull», lamento desapontar-te, mas não consigo ver em ti mais do que um simples «Caniche»!
Lamento desapontar-te mas não escrevo para grunhos nem para serviçais.
Caniche? Eu vejo apenas um pobre chihuahua esganiçado!
Oh! JgMenos!
Eu a pensar que não passava dum insignificante «Tóino Mais», em quem tu, na tua suprema «intelectualidade», não notarias e, afinal, sempre consegui cativar a tua atenção e que me dedicasses um especial grunhido teu🐗! Obrigadinho JgMenos!
O jgMenos é um intelectolinho? Assim já subiu na minha consideração, e estima que tenho por ele!
O menos que aqui escreve diariamente é realmente a face ridicula da comunicação social que temos…fala de direitos humanos deixando implícito que são os EUA que a defendem omitindo as milhentas guerras começadas por estes. Para salvar os 2000 oprimidos matam na boa 500 000 e ainda têm o descaramento de dizer que valeu a pena. A lista é longa e fácil de encontrar por isso não vou perder tempo a citá-la mas realmente, tão cego é o que não vê como aquele que não quer ver. Penso que o menos deve ser fã da Ursula que ainda esta semana passou, como quem não quer a coisa, a mensagem de que teria sido a Russia a lançar as 2 únicas bombas da historia da humanidade. Ou que diz sem qualquer vergonha que “vamos lutar até ao último ucraniano”…sem que gente como o menos ache minimamente estranho de tal modo tem a cabeça feita. É triste mas é o que temos. Um rebanho cego às ordens da CIA.
‘ 2000 oprimidos para cada 500 000 mantidos na nova ordem que vejo aqui a todo o tempo defendida e que não hesitarão em denominar como ‘democracia avançada’.
O que aqui muito boa gente defende é que os Estados Unidos não teem o direito de varrer nacoes em nome da defesa dos direitos humanos que não teem na terra deles. Se querem defender a liberdade comecem por casa dado que teem a maior população carceraria do mundo. Se querem segurança conhecem por casa dado que o facto de cada um poder ter as armas que entender faz com que se matem uns aos outros como quem mata cães. E podia escrever um livro sobre por onde eles deviam começar em vez de andar a fazer mal ao mundo.
O pior cego é aquele que não quer ver e eu não quero ver o terror de um mundo em que só os Estados Unidos dominem a bel prazer. As vacinas da covid chegaram me e sobraram para ver que nem em países seguidistas estamos seguros. Vi demasiada gente morrer por causa daquela porcaria. Se forem eles só a dominar o mundo será pior ainda. Não me quero ver arrastado a força para um dentro de vacinação onde me ministrem um veneno que me pode estropear ou matar. Se alguém é suficientemente masoquista para querer é com ele. Vai ver se o mar dá choco.
Espiões da CIA com cataratas? Mas que seleção fazem eles?
O homem não é certamente espião da CIA, porque penso que a tal agência sinistra exigirá pelo menos alguma qualidade e o Menos só sabe vociferar e pouco mais. . Embora eu não possa por as maos no fogo por ninguém e certamente não as poria por alguém que, estava melhor a tentar ver se o mar dá choco. E mais provável que o homem seja apenas alguém que cresceu com as Seleções do Readers Digest que nos anos 80 eram a única coisa mais substancial que muita gente lia para além do jornal desportivo.Aquilo eram loas a tudo quanto era traste apoiado pelos Estados Unidos, histórias de arrepiar sobre a então União Soviética, China, Irão e outros desafectos que deviam fazer um adolescente que engolisse a, arara ter pesadelos a noite. Outros artigos mostravam como era livre e feliz a vida nos Estados Unidos, também se ia para a cama a sonhar com Nova Yorque ou lugarzinhos no meio do nada onde toda a gente era muito boazinha e solidária. No meio de umas histórias com graça que assim atraíram muita gente que não perdia uma letra das edições mensais. Foi também lá que nos familiarizamos com as receitas contra o terrorismo que passavam por destruir países que os Estados Unidos ou Israel achassem que apoiavam o terrorismo. Receitas passadas pelo Dr Netanyahu, de que então ninguém tinha ouvido falar. Ali também bebemos a ideia de que, se algum desses países conseguisse atacar a Europa devíamos estar prontos para pagar esse preço de sangue.
O problema é que alguns de nós crescemos, outros continuaram lá.
No fim da Guerra Fria estava a entrar na idade adulta e também pensei que com todos a puxar para o mesmo lado surgiria um mundo melhor para todos quantos começavam a tentar fazer a vida nele. O que é que podia dar errado?
Deu tudo errado e logo nos anos 90 começou um ataque cerrado aos direitos dos trabalhadores e dos que tentavam se lo um pouco por todo o lado. Se alguém falasse so podia ser um defensor da miséria comunista. Alguém que devia estar preso ou morto com simulacro de julgamento, mas que pela nossa grande magnanimidade teria o direito de continuar a existir, de preferência calado. Os anos 90 foram anos duros em todo o lado e não so na Rússia onde a promessa de liberdade e prosperidade para todos acabou na concentração da riqueza nas maos de meia dúzia e no afogamento em sangue de toda a dissidência. Se o Eatado não matasse, o desgraçado numa manifestação, os mafiosos trataram disso.
Para nós sobrou o ir empobrecendo cada vez mais, a precarização das relações laborais e a nova procura de bodes expiatórios para explicar porque é que muita gente não quer por filhos neste mundo cão.Ou poe um ou dois.
Quanto ao Menos, claro que devia ir ver se o mar dá choco.