(Hugo Dionísio, in Facebook, 06/09/2023)

Vim eu de férias…. Li as notícias sobre África… Falavam de uma intervenção militar no Níger… Uma intervenção rápida da ECCOWAS (Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental) … Dizem que para repor a “normalidade constitucional”! Esperei encontrar uma cidade e vida urbana transformadas! Uma consciência antiguerra e anti “intervenções” militares, como nunca antes tinha sucedido!
Pensei eu: chegarei à cidade e verei as ruas de Lisboa carregadas de outdoors da Câmara de Lisboa, dizendo “Força Níger”, ou “estamos com o Níger”; anúncios dos hipermercados, das cadeias de fast food e detergentes, passam a ter em fundo as cores laranja, branca e verde, da bandeira do país; de Pedro Proença a António Costa, passando por Montenegro, Ventura e até o Cardeal patriarca, todos a exprimirem o seu apoio inequívoco ao Níger; o Conselho de Estado, ontem reunido, adicionando parágrafos à sua resolução para apoiar o Níger.
Pensei em ruas transformadas e conscientes… Pela primeira vez na história, alertadas para a importância da paz, para o fim do neocolonialismo e do imperialismo. Imaginava que, ao entrar na cidade de carro veria, nas ruas, muitos transeuntes, principalmente aqueles de “classe média” (seja lá o que isso for), mais alta ou baixa, e muitos ricos, estrangeiros do norte da Europa e até alguns taxistas, todos carregados de bandeirinhas na lapela, com as cores do Níger.
Imaginava eu, já a correr pelas notícias na internet, no zapping das TVs: Nos jornais, nos telejornais, as Anas Gomes, os Rogeiros e os Milhazes, todos em coro anunciando, tão efusiva como mordazmente: “estamos com o Níger”! Estava certo de que, com tanta ou mais efusividade que a usada para com o regime de Kiev, também aqui a alma “solidária”, “fraterna”, “humanista” e “democrata”, não deixaria que um país pobre, o que tem menos qualidade de vida do mundo (último lugar do IDH da ONU em 2020), seja ameaçado pelas potências africanas ocidentais, para mais, quando estas estão a ser impulsionadas pela colonialista, chauvinista França, pelos imperialistas hegemónicos EUA e pelo seu apêndice geográfico, a UE.
Desta vez não falha! Pensei. A “guerra” da Ucrânia abriu os olhos do povo para a necessidade de se pararem as agressões a países que não as tenham provocado, COMO SE PASSA COM O NÍGER!
O choque com a realidade não se fez esperar. Afinal, do Conselho de Estado só veio apoio ao regime corrupto, cleptocrata e tirânico de Kiev. Nem os problemas do país – gravíssimos -, nem os problemas do Níger, nem os de África, Palestina, Síria, mereceram qualquer menção.
“Portugal é um país livre”, dizem-nos… “Portugal não é um país racista”, repetem. “Portugal está sempre ao lado da liberdade”, afirmam. “Portugal não apoia invasões e guerras de agressão”, transmitem, ininterruptamente a respeito do… Não! Do regime de Kiev.
O Níger, um país riquíssimo em minerais, um dos principais fornecedores de urânio para as centrais nucleares francesas, apesar disto tudo, é o país menos desenvolvido do mundo. Este país, este povo, farto da exploração e consciente de que o terrorismo que o acossa é fomentado pelas mesmas potências que o exploram, decidiu apoiar, de forma massiva, um golpe de estado, que retirou dos cargos os anteriores órgãos de soberania. Acto contínuo, à embaixada francesa decidiram, também, exigir a retirada das tropas aí estacionadas em bases militares.
A França, um país que continua a usar do poder económico e militar que possui, para controlar de forma neocolonial uma cadeia de países da África Central, designada por Sahel, suga toda a riqueza, apodera-se do valor acrescentado, através da manutenção de uma elite governamental corrupta, submissão aos poderes e interesses ocidentais, sujeitando o seu povo à mais inominável miséria. É esta potência europeia que, apoiada pelos EUA e todo o Ocidente, oprime com mão de ferro um país como o Níger, tudo fazendo para impedir a sua libertação.
Se, no Ocidente, servidores, serviçais e lacaios, cúmplices e ingénuos, desde a primeira hora, se colocaram ao lado do regime de Kiev, nascido de um golpe de estado em 2014, considerando legítimo esse acto usurpador… Já no caso do Níger, depressa calam, desconhecem ou condenam um golpe de estado o qual, ao contrário daquele que instituiu o regime neofascista de Kiev, não visou tomar o poder por parte de uma facção ou etnia, contra outra.
No caso da “intervenção” Russa, tal exército ruminante e serviçal, depressa e veementemente condenou o Kremlin pela sua actuação, num acto inaudito, nunca presenciado, impensável e hipócrita de condenação de uma intervenção militar… Tal como no caso do Iraque, Afeganistão, Jugoslávia, Sérvia, Palestina, Síria ou Iémen, também quanto ao Níger, este exército de zombies cerebrais, passou a ignorar, calar ou desconhecer as ameaças que as potências ocidentais estão a levar a cabo para obrigar a ECCOWAS a encetar uma “intervenção militar” em seu nome. Uma vez mais, a “opinião pública” ocidental convive bem como as maquinações que o Ocidente colectivo desenvolve, no sentido de colocar africanos contra africanos, exigindo a potências regionais, como a Nigéria, que façam o trabalho sujo, que o bloco imperialista e hegemónico não quer fazer.
Mas não acaba aqui a hipocrisia, o cinismo e o criminoso sacudimento da “água do capote” de cada um. Se tal “opinião pública” apoiou, aceitou ou se conformou com as sanções unilaterais à Rússia, “porque era um estado agressor”, disseram… Desta feita, os mesmos que as apoiaram contra a Rússia “porque era agressor”, agora apoiam-nas contra o Níger, que é a vítima da planeada agressão.
Daí que eu pergunte: que cor precisam de ter as pessoas para que a “opinião pública” seja com elas solidária? Que língua precisam de falar? De que região ou de que país precisam de ser? O quão ricos têm de ser? Por quem é que têm de se sentir agredidos? E quem é que decide quem é o agressor e quem é a vítima?
Assim, sem descortinar qualquer contradição, esta “opinião pública”, cuja consciência crítica há-de ser uma coisa pavorosa, admite que Joseph Borrel, espanhol de origem e quadro da União Europeia (da Europa, certo?), ordene a uma organização africana que aplique sanções e intervenha militarmente contra outra! Todas as teorias de um Kremlin “imperialista”, “colonialista” e “militarista” que os afligem, logo vão por água abaixo quando o agressor, o imperialista e o colonialista passa a ser, precisamente uma potência ocidental.
O mesmo ódio que sentem por Putin, quando vêem o presidente russo exigir à Ucrânia que se renda, logo se transforma em silêncio, aceitação e complacência, quando quem exige são os EUA, ou quando Macron surge que nem um louco nas TV’s a exigir que seja reposta uma “normalidade constitucional” que apenas à França interessa e que apenas a ela enriquece. E esta “opinião pública” vê fazer isto relativamente a um país que não é o seu, de um continente que não é o seu. E nunca estranham quando, as mesmas TV’s que o transmitem, são as mesmas que nos dizem que a África é livre, que o colonialismo é russo e o chinês, que nós não somos racistas e respeitamos os direitos humanos.
Tudo se torna ainda mais hediondo e contraditório quando, mais recentemente, o Gabão sofreu também um golpe de estado militar e… Surpresa das Surpresas… Não existem ameaças de Macron, exigências de Borrel, sanções, “intervenções”, nada!
Mas, que raio! No caso do Níger…. É a ferro e fogo! No caso do Gabão… Silêncio!
A explicação é tão simples e previsível que até chateia. No caso do Níger, as forças golpistas são de esquerda, de raiz popular, simpatizantes da URSS e agora estão com a Rússia. No caso do Gabão, as forças são de direita, com pouco respaldo popular e manipuladas pela CIA. O facto é que, vendo a CIA que os africanos estão com a França pelos cabelos, sendo mais tolerantes aos EUA, logo se apressou a tomar o movimento subversivo nas suas mãos, antes que fossem as forças populares, anti-imperialistas e anticoloniais a fazê-lo, passando o Gabão a figurar entre os países da África central (a seguir ao Mali, Burkina Faso e República Centro Africana) que o bloco imperialista ocidental já não controla. Trata-se, assim, de uma tentativa de estancar um movimento de libertação imparável.
Se esta dualidade comportamental tudo revela sobre a natureza absolutamente vergonhosa, desumana e imoral do poder ocidental, para a tal “opinião pública” nada se passa. Afinal, ninguém a mandou colocar a bandeirinha na lapela.
Enquanto África se liberta desta desumana indiferença, uma vez mais, pergunto: para essa “opinião pública”, que cor precisam de ter os povos para que sejam dignos da sua fraternidade?
Eu estou com o Níger! Eu estou com África!
Onde os odores imperiais russos estiverem presentes, presentes estão os órfãos soviéticos!
A tua parvoíce é ilimitada, como costume.
O texto do Hugo Dionísio é brilhante, como sempre.
Para a idiotia esquerdalha e para o oportunismo putinesco tudo são tadinhos a precisarem de ser salvos do imperialismo ocidental!
O Putin salva-lhes os tiranos dando-lhes armamento e mercenários e sacando-lhes as matérias primas, nisso sempre acolitados pelos soviéticos de sempre..
Os idiotas esquerdalhos tudo reduzem a um qualquer plano nunca desvendado, mas que um qualquer dogma anticolonial sempre ilumina de emoções que vão inspirar-se no passado e sempre ignoram o presente; que isto de quem se alimenta de emoções, vai buscar a dose onde melhor lhe sirva.
Parabêns Hugo!
O Niger é um tema que gostava de comentar,como o Transhumanismo…
Vou tentar analisar como nações inteiras que foram despojadas e artificialmente mantidas em uma miséria negra, enquanto toda a região é um depósito de riquezas minerais e agrícolas fantásticas. Então vocês certamente entenderão o que é a CEDEAO e seu papel na região.
Por trás de cada conflito há dinheiro e recursos para ganhar, defender, tirar. A condenação “firme” da França, seguida de bom grado por alguns como um baluarte da democracia contra o jihadismo aqui, ou a ditadura russa na Ucrânia, A concorrência feroz que os capitais fazem entre si para manter as suas prerrogativas e os seus objectivos de crescimento é apenas uma forma pouco inteligente de calar. E em ambos os casos, as populações estão a pagar os custos de situações bloqueadas e sustentadas quando a guerra é benéfica para os outros. A meditar um pouco…
FAÇAM VOCÊS MESMO UMA PESQUISA SOBRE OS RECURSOS MINERAIS DE ÁFRICA
ACORDOS COLONIAIS ENTRE A EUROPA E OS PAÍSES AFRICANOS
Coloco aqui os acordos coloniais assinados no dia seguinte às independências dos países “colonizados”. Se vocês não chamarem, tudo isto, (ou neocolonialismo), eu não sei como chamá-lo. Agora, esses países revoltam-se e querem recuperar a sua autonomia e a sua soberania (poder negociar com quem quiserem e aos preços que eles próprios fixaram) e sobretudo as suas riquezas: Mali, Burkina Faso, etc…
Eis os onze acordos coloniais assinados pela europa com os catorze países africanos e ainda em vigor.
1 – A dívida colonial para reembolso dos benefícios da colonização
Os novos estados independentes devem reembolsar o custo das infraestruturas construídas pela europa durante a colonização.
2 – A perda automática das reservas financeiras nacionais
Os países africanos devem depositar as suas reservas financeiras no Banco de França. Assim, a França «mantém» as reservas financeiras de catorze países africanos desde 1961: a Guiné-Bissau, o Mali, o Níger, o Senegal, o Togo, o Benim, o Burkina Faso e a Costa do Marfim, os Camarões, a República do Congo, o Gabão, a Guiné Equatorial, a República Centro-Africana e o Chade.
3 – O direito de primeira recusa sobre qualquer recurso bruto ou natural descoberto no país
A França tem o primeiro direito de comprar os recursos naturais da terra de suas ex-colônias. Só depois de a França ter dito: «Não estou interessado», é que os países africanos podem procurar outros parceiros.
4 – Prioridade aos interesses e às empresas francesas nos contratos públicos e concursos públicos
Na adjudicação dos contratos públicos, as empresas francesas têm prioridade sobre a adjudicação. Mesmo que os países africanos possam obter um melhor valor em outros lugares.
5 – Direito exclusivo de fornecer equipamento militar e de formar oficiais militares das colónias
6 – O direito da França de enviar tropas e intervir militarmente no país para defender os seus interesses, devido às bases militares presentes no continente.
7 – A obrigação de fazer do francês a língua oficial do país e a língua para a educação.
8- A obrigação de utilizar o franco CFA (franco das Colónias Francesas de África)
Quando a moeda Euro foi introduzida na Europa, outros países europeus descobriram o sistema operacional francês. Muitos, especialmente os países nórdicos, ficaram consternados; sugeriram à França que se livrasse do sistema, mas sem sucesso.
9 – A obrigação de enviar para França, um balanço anual e um relatório de estado das reservas ao banco de França, que lhes imprime, em troca da moeda de “macaco” que só é válida em África.
10 – Renunciar a qualquer aliança militar com outros países, salvo autorização da França
11 – A obrigação de se aliar com a França em caso de guerra ou de crise mundial
. É certo que existe uma presença norte-americana em África, e em particular na África sub-saheliana (só este ano soube da presença da NATO na região), sim, instalaram certamente uma base secreta da CIA…Mas parece-me que a Victoria Nuland só fez uma viagem de ida e volta recentemente e não teria sido recebida de braços abertos, tanto pelo actual governo como pela população.
Por outro lado, não é impossível que o dirigente nigeriano e o seu ministro dos Exércitos tenham efectuado um estágio de formação nos Estados Unidos, mas isso teve de ser feito com o acordo explícito dos dirigentes franceses dos três últimos cinco anos. É coerente que o estado norte-americano profundo queira lançar a Terceira Guerra Mundial a partir do continente africano, pois perderam completamente na Ucrânia. Agora, não sei como reagirão os russos e os chineses se os seus interesses económicos no continente estiverem ameaçados, sabendo que, contrariamente aos países da “comunidade internacional” (SIC)Não precisam de ir pedir munições à Coreia do Sul ou ao Paquistão…
Há um mal-estar civilizacional sentido pelo mundo inteiro! Os Estados Unidos devem reivindicar a diplomacia coerciva como sua propriedade intelectual… Deplorável e terrível! Uma intervenção militar continua plausível, mas muito arriscada. O Mali, o Burkina Faso e a Argélia opõem-se totalmente a tal intervenção. A França e os Estados Unidos, se interviessem, poderiam encontrar uma enorme resistência, não só militar, mas civil. Parece que os jovens apoiam e aprovam o golpe! Os jovens africanos dessas regiões sabem que é sua única chance de recuperar seu país e ativos dos franceses e dos Estados Unidos e, têm o apoio da Rússia; mas não é fácil lutar contra o pós-guerra-Imperialismo europeu apoiado por uma hegemonia moribunda. É um pouco mais difícil se os ladrões fortemente armados também desempenham o papel da polícia.
Muitos países africanos estão cansados do facto do seu padrão de vida não estar melhorando apesar de todos os recursos naturais que são vendidos no exterior e provavelmente há muitas coisas que entram em linha de conta, como a corrupção, etc… Mas isso deve ser um avivamento. . A União Europeia lançou um apelo aos políticos africanos que não defendem o que o povo quer. Construir prosperidade em um país leva tempo, mas parece que o tempo em que vivemos dá à África opções diferentes do que o Ocidente oferece aos países africanos. Os países que querem ser livres e crescer economicamente não devem obedecer às ordens do Ocidente.
De um ponto de vista africano, o Níger beneficia de um apoio maioritário de África, em especial devido à pilhagem ocidental dos seus recursos. Os EUA têm a maior base de drones do mundo no Níger, que custa cerca de US $ 250 milhões e é mantida a um custo de US $ 30 milhões por ano e o acordo de 10 anos deve expirar em 2024.
É, pois, evidente que os Estados Unidos adoptarão uma abordagem calculada. Eles vão tolerar que o exército permaneça no poder e renovar o acordo com base em drones, se eles não inclinam para a Rússia. A Rússia e a China não permitirão que as nações soberanas sejam engolidas pelo imperialismo. Assim como eles estavam por trás da Crimeia, eles encontrarão uma maneira de garantir que o Níger também receba seu apoio. A soberania e a escolha dos povos vão muito além das relações diplomáticas. O tempo dirá. Toda a África espera as ações do Ocidente na África e sua resistência contínua para manter as ideologias coloniais.
Seja qual for a ação tomada, moldará a resposta da África ao Ocidente, bom ou mau, a África está farta. … O que é bom para a Rússia ter verdadeiros amigos em África. E as nações que são amigas com os Estados Unidos e os Estados da NATO não são amigas da Rússia. Os países africanos que se opõem aos Estados Unidos e à NATO vão verdadeiros amigos da Rússia na África.
Porque os Estados amigos da Rússia apoiarão a Rússia, enquanto aqueles que são amigos dos Estados Unidos não apoiarão a Rússia.
Penso que os falcões americanos,temem que todas as matérias-primas em solo africano lhes passem pelos narizes e que os povos africanos defendam a sua independência e soberania e estejam fartos de serem pilhados décadas sem contrapartida…
Etapa um: suprimir o acesso aos recursos da Rússia (minério, fertilizantes, etc.)
Segundo passo: controlar África, controlar os recursos restantes.
Passo três: dominação dos EUA que não se importam com escavações….
O mundo se tornará um cemitério graças aos anglo-americanos e anglo-britânicos. De volta à Idade da Pedra?
Também a dinastia do Bongo terminou após 55 anos de reinado numa ” democracia ” para grande felicidade dos Gaboneses.
O problema da dinastia que está no poder, o proclamado novo homem forte do Gabão é sobrinho de Ali Bongo.
O Gabão, que transborda de matérias-primas muito cobiçadas, normalmente toda a população deveria ser milionária, como em alguns pequenos países árabes. Mas isso sem contar com a ganância desta família que reina há 55 anos.
Ali bongo se aproximou muito de putin e recusou-se a votar contra a Rússia nas Nações Unidas sobre a guerra na Ucrânia.
O novo homem forte do Gabão assegurou à frança que as relações econômicas seriam mantidas …e mesmo reforçadas.
Este golpe de Estado não é um verdadeiro golpe de Estado do povo do Gabão mas sim um golpe de Estado antecipado pelo globalistas que não tem interesse em ver o ar-interesse petrolífero maciço regressar a uma outra potência estrangeira eles falseiam apenas as diferentes reações seguramente. Recordo que os interesses franceses no Gabão ultrapassam todos os outros países em matéria de investimento e de desafios políticos e estratégicos, é preciso fazê-lo entre as linhas para melhor compreender o que se passa baixo realmente…
A África, acho eu que tem um comportamento muito fair-play, mesmo que ele tenha feito alguns erros, por outro lado sobre a Ucrânia, eu não consigo entender . E é pena, tinha um papel importante a desempenhar, para a paz na Europa, não o fez! Depois pode-se pensar que precisamente a Ucrânia, esta luta pela liberdade e pela paz, uma vez que eles tinham feito o pedido de entrar na Europa, mas este território tem uma longa história, “Dombass, …e a Ucrânia é um país corrupto … os oficiais atuais que desviam dinheiro, armas . Até o povo ucraniano percebe, ‘que eles são corruptos!!
Excelente
Diz a Estátua e digo eu, se me dão licença
Da ignorância à afirmação de asneiras requer uma muito apreciada coragem; que se diga intelectual é que não vejo o substrato para tal. Popularmente diz-se ‘lata’ e aproxima-se assim do estado de matéria-prima que naturalmente se define com algo cuja utilidade social pressupõe estar dependente de vir a incorporar trabalho e tecnologia, isto é, saber, para se tornar útil.
Mas estou certo de vir a conhecer o que os eruditos costumeiros venham a dizer-nos do sistema educativo do Niger e arredores, o quanto do capital acu mulado pelos seus dirigentes é investido em tecnologia e, mais coisa menos coisa virão os planos da Rússia e China para aproveitar o potencial de desenvolvimento desses países aí instalando promissoras indústrias transformadoras.
Parabéns, André Campos: Boa exposição do que tem sido o colonialismo francês na África Ocidental. Anoto que o falar grosso do E. Macron para os militares que tomaram o poder no Níger não tem adiantado muito. A febre da intervenção militar da CDEAO apoiada por potências ocidentais parece ter diminuído e a França parece completamente isolada nessa questão. E mesmo na comunicação social em França, são já frequentes as posições de diplomatas ou ex-diplomatas e de jornalistas conhecedores da realidade no Níger que propugnam como inevitável a retirada dos militares e do embaixador francês.
Uma pequena correção, se me permite, na sua excelente exposição: quando se refere à obrigação dos países da CDEAO de, desde 1961, depositarem as suas reservas financeiras no Banco de França, inclui nesses países a Guiné-Bissau, que, nesse ano, ainda estava sob o domínio colonial português, E mesmo depois da independência, só reconhecida em 1974 por Portugal (mas proclamada no ano anterior em Madina do Boé e reconhecida desde logo por muitos países ), a Guiné-Bissau criou uma moeda própria, o peso guineense, só tendo aderido ao franco CFA em 1994.
Muito bom…
EXCELENTE!!
Excelente texto que destaca bem a hipocrisia bacoca do Ocidente que ainda não percebeu que as coisas começam a mexer. Eu também estou com o NÍGER ; eu também estou com ÁFRICA. Contra o colonialismo e neocolonialismo, contra todas as formas de opressão!
E onde estão as agressões do imperialismo genocida ocidental aí estará o órfao do Dr. Salazar que faria bem melhor em ir ver se o mar dá choco. Estou com o Níger que quer dar um chute no cu de França e nunca estarei com os que cegos de ódio não se atrevem a dar um chute no cu do Governo corrupto que teem.
Simplesmente habituamo nos a agredir e explorar gente de pele escura, sejam eles negros ou árabes. Mas quando se trata de gente branca que tudo fez para merecer que lhe caíssem em cima aí vem a suposta solidariedade. Porque não é solidariedade nenhuma andarmos armados em claque a pedir aos nazis que não desistam. Solidariedade era dizer lhes para desistirem de tentar destruir o vizinho. Para pararem de acusar de traição, prender e torturar quem por lá quer a paz. Isso sim seria solidariedade.
Um regime corrupto e nazi nunca terá a minha solidariedade por muito que tenha a de um órfao de Salazar. E queira o santo protector dos cachalotes que, esses nazis não nos venham ainda a virar o dente como fez a Al Qaeda, que armamos contra os soviéticos. Os nazis não são mais de fiar agora do que foram no tempo do Hitler. Não gostaria nada de ver os batalhões nazis ucranianos a invadir países europeus com as armas que lhes demos. Ou a fazer ataques terroristas. Porque tenho cá a impressão que um certo país do outro lado do mar que adora ver o circo da Europa pegar fogo. Não tenho vontade nenhuma de ter um drogado como senhor da Europa mas parece que, ainda ninguém viu o perigo que há, em armar nazis e corruptos que se podem bem virar para onde lhes parecer mais fácil conquistar e dominar.
Pergunto-me se algum destes treteiros se terá algum dia – ainda que de visita turística não restringida às praias – apercebido do que seja a realidade do que se diga ser um país do Terceiro Mundo?
PS: e não importa a cor da pele, como insinua a tirada racista do autor.
Oh! Menos! Observa-se que volta não volta, te referes, depreciativamente, com raiva, até, aos «órfãos soviéticos» que por aqui andarão. Mas, pelos menos, conhecer-se-ão os respetivos progenitores, agora no teu caso, receia-se que sejas filho de pai incógnito, daí a tua frustração e raiva! Será isso?
O pai dele é bem conhecido de todos! Chama-se fascismo!
Mais provavelmente é teu primo direito, que a única variação genética é não ser tão estúpido que prescinda da iniciativa privada e dos indicadores de mercado para organizar a economia.
🙂