(Boaventura Sousa Santos, in Diálogos do Sul, 15/03/2023)

A parábola dos cegos (1568), do pintor flamengo Pieter Bruegel
Cada povo andou pelas ruas da Europa fora
com uma pequena tocha na mão; e agora, eis o incêndio.
(Jean Jaurès, 25 de julho de 1914, seis dias antes de ser
assassinado por um fanático militarista)
Os intelectuais não têm o monopólio da cultura, dos valores ou da verdade, e muito menos o monopólio do que se deva entender por qualquer desses “domínios do espírito”, como dantes se dizia. Mas também não podem demitir-se de denunciar o que, em seu entender, considerem ser destrutivo da cultura, dos valores e da verdade, sobretudo quando essa destruição ocorre supostamente em nome da cultura, dos valores e da verdade.
Os intelectuais não podem impedir-se de saudar o sol antes que o dia nasça, mas também não podem deixar de avisar que muitas nuvens podem toldar o céu antes que a noite caia e impedir que se goze a claridade do dia.Assistimos na Europa à (re)emergência alarmante de duas realidades destrutivas dos “domínios do espírito”: a destruição da democracia, com o crescimento das forças políticas de extrema-direita; e a destruição da paz, com a naturalização da guerra.
Qualquer destas destruições é legitimada pelos valores que visa destruir: a apologia do fascismo é feita em nome da democracia; a apologia da guerra, em nome da paz. Tudo isto é possível porque a iniciativa política e a presença mediática estão a ser entregues às forças conservadoras de direita ou de extrema-direita.
As medidas de proteção social para que a população sinta no concreto (no orçamento familiar e na convivência social) que a democracia é melhor que a ditadura são cada vez mais escassas devido aos custos da guerra na Ucrânia e ao fato de que as sanções econômicas contra o inimigo (neste momento 14.081 sanções), que supostamente deviam causar dano ao inimigo, estão, de fato, causando dano aos cidadãos dos países europeus que se aliaram aos EUA. De outro modo, como se poderia explicar que, segundo os dados FMI, a economia russa crescerá mais que a economia europeia?
A destruição da paz e da democracia dá-se em geral pela constituição desigual e paralela de dois círculos de liberdades autorizadas, isto é, de liberdades de expressão e de ação acolhidas pelo poder midiático e político.
O círculo das liberdades autorizadas para posições progressistas que defendem a paz e a democracia diminui cada vez mais, enquanto o círculo das liberdades autorizadas para posições conservadoras que fazem a apologia da guerra e da polarização fascista não cessa de crescer. Os comentadores progressistas estão cada vez mais ausentes da grande mídia, enquanto os conservadores debitam semanalmente páginas inteiras de mediocridade estarrecedora.
Vejamos alguns dos principais sintomas deste vasto processo em curso.
1. A guerra de informação sobre o conflito entre a Rússia e a Ucrânia apoderou-se de tal maneira da opinião publicada que até comentadores com algum bom senso conservador se submetem a ela com uma subserviência repugnante. Um exemplo entre muitos outros dos media corporativos europeus: no comentário semanal de um canal de televisão português (SIC, 29 de janeiro de 2023), um comentador muito conhecido, em geral pessoa de bom senso dentro do campo conservador, afirmou mais ou menos isto: “a Ucrânia tem de ganhar a guerra porque, se não ganhar, a Rússia invadirá outros países da Europa”. Mais ou menos o mesmo que os telespectadores norte-americanos ouvem todos os dias de Rachel Maddow no canal de televisão MSNBC. De onde vem este absurdo senão do consumo excessivo de desinformação? Ter-se-ão esquecido que a Rússia pós-soviética quis integrar a Otan e a UE e foi rejeitada, e que a expansão da Otan nas fronteiras da Rússia, contra o que foi prometido a Gorbachov, pode constituir uma legítima preocupação defensiva por parte da Rússia, ainda que seja ilegal a invasão da Ucrânia, como eu fiz questão de condenar desde a primeira hora? Não saberão que foram os EUA e o Reino Unido que boicotaram as primeiras negociações de paz pouco depois da guerra ter começado? E se, por hipótese, Zelensky quisesse abrir negociações com Putin, acham que ele seria apenas travado pela extrema-direita ucraniana? Os EUA ou a Inglaterra permitiriam negociações? Não terão os comentadores pensado por um momento que uma potência nuclear, confrontada com a eventualidade de derrota na guerra convencional, pode recorrer a armas nucleares, e que isso pode causar uma catástrofe nuclear? E não se darão conta de que na guerra da Ucrânia se exploram dois nacionalismos (o ucraniano e o russo) para submeter a Europa à total dependência dos EUA e travar a expansão da China, o país com quem os EUA estão verdadeiramente em guerra? Que a Ucrânia é hoje a prefiguração do que será Taiwan amanhã? Curiosamente, nesta vertigem ventriloquista de propaganda nunca se dão detalhes sobre o que significa a derrota da Rússia. Levar à destituição de Putin? A balcanização da Rússia?
2. De modo sub-reptício, a ideologia anticomunista que dominou o mundo ocidental até à década de 1990 está a ser reciclada para fomentar até à histeria o ódio antirrusso, mesmo sendo sabido que Putin é um líder autocrático, amigo da direita e da extrema-direita europeias. Proíbem-se artistas, músicos e desportistas russos, eliminam-se cursos sobre a cultura e literatura russa, tão europeias quanto a francesa. Na primeira reunião internacional do P.E.N. club depois da Primeira Guerra Mundial, realizada em maio de 1923, foi proibida a participação de escritores alemães, como parte da estratégia de humilhação da Alemanha no Tratado de Versalhes de 1919. A única voz discordante foi a de Romain Rolland, Prêmio Nobel da Literatura em 1915. Ele, que tanto escrevera contra a guerra, e especificamente contra os crimes de guerra dos alemães, teve a coragem de afirmar, “em nome do universalismo intelectual”: “não submeto o meu pensamento às flutuações tirânicas e dementes da política”.
3. A democracia está a ser tão esvaziada de conteúdo que pode ser defendida instrumentalmente pelos que se servem dela para a destruir, enquanto os que servem a democracia para a fortalecer contra o fascismo são considerados esquerdistas radicais. No plano internacional, foi unânime o coro ocidental para celebrar os acontecimentos da praça Maidan de Kiev em 2014, onde afinal a guerra de hoje começou. Apesar de as bandeiras de organizações nazis estarem bem visíveis nos protestos, apesar de a fúria popular se dirigir contra um presidente, Victor Yanukovych, democraticamente eleito, apesar de as escutas telefônicas terem revelado que a neoconservadora dos EUA, Victoria Nuland, indicara os nomes de quem assumiria o poder em caso de vitória, incluindo o de uma cidadã norte-americana, Natalie Jaresko, que viria a ser nomeada nova Ministra das Finanças… da Ucrânia, apesar de tudo isto, estes acontecimentos, que foram um golpe bem orquestrado para afastar um presidente pró-russo e transformar a Ucrânia num protetorado norte-americano, foram celebrados em todo o Ocidente como uma vibrante vitória da democracia. E nada disto foi sequer tão absurdo quanto o fato de um deputado da oposição venezuelana, Juan Guaidó, se ter autoproclamado presidente interino da Venezuela numa praça de Caracas em 2019, e isso ter bastado para os EUA e muitos países da UE (incluindo Portugal) o terem reconhecido como tal. Em dezembro de 2022, foi a própria oposição venezuelana a pôr termo a esta farsa.
4. A dualidade de critérios para julgar o que se passa no mundo assume proporções aberrantes e é exercida quase automaticamente para fortalecer os apologistas da guerra, estigmatizar os partidos de esquerda e normalizar os fascistas. Os exemplos são tantos que custa selecioná-los. Dou alguns exemplos. A nível nacional e internacional. Em Portugal, o comportamento desordeiro e insultuoso dos deputados do partido de extrema-direita, Chega, no parlamento é muito semelhante ao comportamento dos deputados do partido Nazi no Reichstag desde a sua entrada no parlamento alemão nos primeiros anos da década de 1920. Houve tentativas para os travar, mas a iniciativa política pertencia-lhes e as condições econômicas favoreciam-nos. Em maio de 1933 já promoviam a primeira queima de livros em Berlim. Até quando esperarão os portugueses? Por outro lado, também em Portugal, está em curso um processo para derrubar o governo do Partido Socialista (PS) que ganhou as últimas eleições com maioria absoluta. Seguindo uma orientação da direita global muito apadrinhada pelas instituições de contra-insurgência dos EUA, os governos de esquerda que não puderem ser derrubados por golpes brandos devem ser desgastados por acusações de corrupção, obrigando-os a lidar com questões de governabilidade e de urgência para não poderem governar estrategicamente. Em Portugal, aparentemente, só há corrupção no Partido Socialista que ganhou as últimas eleições com maioria absoluta. Para a mídia conservadora hegemônica, todos os ministros do governo socialista, até prova em contrário, são corruptos. Não é difícil encontrar em outros países exemplos semelhantes.
No plano internacional refiro dois exemplos gritantes. É hoje praticamente assente que a explosão dos gasodutos do Nordstream, em setembro de 2022, foi obra dos EUA (como, aliás, tinha sido prometido por Joe Biden), com a eventual colaboração de aliados. Um caso destes deveria ser prontamente investigado por uma comissão internacional independente. O que parece evidente é que a parte prejudicada, a Rússia, não tinha nenhum interesse em destruir uma infraestrutura que poderia ser inutilizada simplesmente fechando as torneiras. Finalmente, em 8 de fevereiro passado, o respeitado jornalista norteamericano Seymour Hersh revelou com informação concludente que foram os EUA quem de fato planejaram a partir de dezembro de 2021 a sabotagem dos gasodutos Nordstream 1 e Nordstream 2. Se assim foi, estamos perante um crime grave que configura um ato de terrorismo de Estado. Se foram os EUA que cometeram esta sabotagem tratou-se de um ato criminoso por parte de um país da Otan contra outro país da Otan, já que a Alemanha detinha parte do capital dos gasodutos. Se não foram os EUA, a acusação é de tal modo grave que o jornalista Seymour Hersh deveria ser de imediato processado judicialmente, o que não sucedeu até a presente data. Deveria ser do máximo interesse para os EUA, o Estado que se afirma como defensor da democracia global, averiguar o que se passou. Terá sido esta a única maneira de obrigar a Alemanha a juntar-se à guerra contra a Rússia? Destinou-se a sabotagem dos gasodutos a pôr fim à política de maior autonomia energética da Europa em relação aos EUA iniciada por Willy Brandt? Com a energia cara e empresas encerradas não foi este um modo eficaz de pôr um travão ao motor econômico da UE? Quem se beneficia com ele? Foi incluído no cálculo o sacrifício injusto imposto às famílias alemãs de passar o inverno sem aquecimento razoável? Sobre este ato terrorista pesa o mais profundo silêncio.
Ocupação colonial da Palestina
O segundo exemplo. Intensifica-se a violência da ocupação colonial da Palestina por parte de Israel. Desde o início do ano, Israel já matou 35 palestinos; no dia 26 de janeiro fez um raid no campo de refugiados de Jenin no West Bank e matou mais dez pessoas, incluindo duas crianças. Um dia depois, um jovem palestino matou sete pessoas ao lado da sinagoga de um colonato israelita na seção oriental de Jerusalém, ilegalmente ocupada por Israel. A violência existe dos dois lados, mas a desproporção é brutal, e muitos atos do terrorismo do Estado de Israel (por vezes cometidos impunemente por colonos ou por militares nos checkpoints) não chegam sequer a ser noticiados. Não há enviados das mídias ocidentais para relatar o que se passa nos territórios ocupados, onde a maior violência ocorre. Não temos imagens lancinantes de sofrimento e morte do lado palestino (exceto imagens furtivas de celulares).
A comunidade internacional e o mundo árabe nada dizem. Apesar da imensa desproporção dos meios bélicos, não há nenhum movimento para enviar equipamento bélico eficaz para a Palestina, ao contrário do que se está fazendo para a Ucrânia. Por que é que a resistência dos ucranianos é justa e a dos palestinos não é? A Europa, o continente onde ocorreu o holocausto dos judeus está na origem remota dos crimes cometidos contra a Palestina, mas mostra hoje uma cumplicidade odiosa com Israel. A UE afadiga-se neste momento para criar um tribunal para julgar os crimes de guerra. Mas, hipocritamente, só os crimes cometidos pela Rússia. Tal como aconteceu nos anos que precederam a Primeira Guerra Mundial, os apelos ao europeísmo (a Pan-Europa, como então se dizia) são crescentemente apelos à guerra e retórica para encobrir o sofrimento injusto e a perda de bem-estar que está a ser imposto aos povos europeus sem que eles tenham sido consultados sobre a necessidade ou conveniência da guerra.
Por que o silêncio dos intelectuais?
Perante tudo isso, talvez o silêncio mais incompreensível seja o dos intelectuais. Incompreensível, porque os intelectuais reivindicam a cada passo ter uma clarividência superior à dos comuns mortais. Sabemos por experiência histórica que nos períodos imediatamente anteriores à eclosão das guerras, todos os políticos se dizem contra a guerra, ao mesmo tempo que pelas suas ações contribuem para que ela ocorra.O silêncio é pura cumplicidade com os senhores da guerra. Não há declarações retumbantes de conhecidos intelectuais pela paz ou pela “independência de espírito” e em defesa da democracia. Quando a Primeira Guerra Mundial começou estavam em presença três imperialismos: o russo, o inglês e o alemão. Não restavam dúvidas a ninguém de que o mais agressivo, ou pelo menos, o mais expansionista, era o imperialismo alemão.
Intrigantemente, nessa altura não se ouviam grandes intelectuais alemães a manifestar-se contra a guerra. Havia, pelo contrário, muitos a manifestar-se estridentemente a favor da guerra. O caso de Thomas Mann merece reflexão. Em novembro de 1914, publicava um artigo na Neue Rundschau intitulado “Gedanken im Kriege” (“Pensamentos em tempo de guerra”) em que defendia guerra como um ato de Kultur (ou seja, a Alemanha, como ele próprio acrescentaria) contra a civilização. Para ele, a Kultur era sublimação do demoníaco (“die Sublimierung des Dämonischen”) e estava acima da moral , da razão e da ciência.
E concluía “A lei é a amiga dos fracos, gostaria de nivelar o mundo; mas a guerra faz surgir a força” (“Das Gesetz ist der Freund des Schwachen, möchte gern die Welt verflachen, aber der Krieg lasst die Kraft erscheinen”). Segundo Mann, Kultur e militarismo eram irmãos. Em 1919, publicou o livro Reflexões de um homem não-político em que defendia a política do Kaiser e afirmava que a democracia era uma ideia antialemã. Felizmente para a humanidade, Thomas Mann viria mais tarde a mudar de ideia e transformar-se em um dos grandes críticos do nazismo. Ao contrário, no lado russo sempre foram bem audíveis as vozes dos intelectuais contra o imperialismo russo, de Kropotkin a Tolstoi, de Dostoievsky a Gorki.
Hoje, defrontam-se o imperialismo norte-americano, o imperialismo russo e o imperialismo chinês. Há ainda o caso patológico do Reino Unido que, apesar do seu declínio abissal tanto no plano social como no plano político, ainda não se deu conta de que há muito perdeu o império. Sou contra todos os imperialismos e admito que no futuro o imperialismo russo ou o imperialismo chinês possam ser os mais perigosos, mas não tenho dúvidas de que neste momento o imperialismo mais perigoso é o dos EUA. Leva vantagem em dois domínios, o militar e o financeiro. Nada disso garante a longevidade deste imperialismo. Aliás, tenho defendido que ele está em decadência, usando fontes de instituições norte-americanas (por exemplo, o National Intelligence Council), mas a própria decadência pode ser um dos fatores que explica a maior periculosidade de hoje.
Desde o primeiro momento, condenei a invasão da Ucrânia por parte da Rússia, mas desde esse momento salientei que houve forte provocação dos EUA para que tal acontecesse com o objetivo de enfraquecer a Rússia e travar a China. A dinâmica do imperialismo norte-americano parece imparável, sempre alimentada pela crença de que a destruição que provoca, alimenta ou incita ocorrerá longe das suas fronteiras protegidas por dois vastos oceanos. Os EUA têm, pois, um desprezo total pelos interesses dos outros povos. Os EUA dizem intervir sempre a bem da democracia e apenas deixam destruição e ditadura ou caos no seu rasto.
A mais recente e talvez mais extrema manifestação desta ideologia pode-se ler no último livro do neoconservador Robert Kagan (casado com a conhecida neoconservadora e atual Subsecretária de Estado para Assuntos Políticos dos Estados Unidos, Victoria Nuland), The Ghost at the Feast: America and the Collapse of World Order, 1900-1941 (Nova Iorque, Alfred Knopf, 2022). A ideia central deste livro é que os EUA são um país único no mundo no seu desejo de tornar os povos mais felizes, mais livres e mais ricos, lutando contra a corrupção e a tirania onde quer que existam.São tão maravilhosamente poderosos que teriam evitado a Segunda Guerra Mundial se tivessem intervindo militarmente e financeiramente a tempo de obrigar a Alemanha, Itália, Japão, França e Grã-Bretanha a seguir a nova ordem mundial ditada pelos EUA.
Todas as intervenções norte-americanas no estrangeiro têm sido altruístas, para o bem dos povos intervencionados. Segundo Kagan, desde as primeiras intervenções militares no estrangeiro – a guerra espanhola-americana de 1898 (com o propósito de dominar Cuba, desde então até hoje), e a guerra Filipino-Americana de 1899-1902 (contra a autodeterminação das Filipinas e resultando em mais de 200 mil mortos) – os EUA têm sempre intervindo por fins altruístas e pelo bem dos povos.
Monumento a hipocrisia
Este monumento à hipocrisia e ao apagamento das verdades inconvenientes nem sequer considera a realidade trágica dos povos indígenas e da população negra dos EUA submetidas ao mais violento extermínio e discriminação ao tempo dessas intervenções supostamente libertadoras no estrangeiro. O registo histórico revela a crueldade desta mistificação. Invariavelmente as intervenções foram ditadas pelos interesses geopolíticos e econômicos dos EUA, no que, aliás, os EUA não são exceção. Pelo contrário, tem sido sempre esse o caso de todos os impérios (veja-se a invasão da Rússia por Napoleão e por Hitler).
O registro histórico mostra que a prevalência dos interesses imperiais levou muitas vezes a eliminar aspirações de autodeterminação, de liberdade e de democracia e a apoiar ditadores sanguinários do que resultou em devastação e morte, da Guerra das Bananas na Nicarágua (1912) e do apoio ao ditador cubano Fulgêncio Baptista e da invasão de Cuba na Baía dos Porcos de 1961, ao golpe no Chile contra o presidente Salvador Allende, democraticamente eleito (1973); do golpe de Estado no Irã contra o presidente Mohammad Mossaddegh, democraticamente eleito (1953) ao golpe de Estado na Guatemala contra Jacobo Arbenz, democraticamente eleito (1954); da invasão do Vietnã para combater a ameaça comunista (1965) à invasão do Afeganistão (2001), supostamente para se defender dos terroristas (que não eram afegãos) que atacaram as Torres Gêmeas de Nova Iorque, depois de nos 20 anos anteriores ter apoiado os mujahidins contra o governo comunista apoiado pela União Soviética; da invasão do Iraque em 2003 para eliminar Saddam Hussein e as suas armas de destruição em massa (que não existiam), à intervenção na Síria para defender rebeldes que na sua maioria eram (e são) islamitas radicais; da intervenção, através da Otan, nos Balcãs sem autorização da ONU (1995) à destruição da Líbia (2011).
Houve sempre “razões benévolas” para estas intervenções, que contaram sempre com cúmplices e aliados locais. Que restará da mártir Ucrânia quando a guerra acabar (todas as guerras um dia acabam)?
Em que situação ficarão os outros países da Europa, sobretudo a Alemanha e a França, ainda hoje dominados pela ideia falsa de que o Plano Marshall foi a expressão da filantropia abnegada dos EUA, à qual devem infinita gratidão e incondicional solidariedade? Como ficará a Rússia? Que balanço é possível fazer para além da morte e da destruição que a guerra sempre causa?
Por que não surge na Europa um movimento forte a favor de uma paz justa e durável? Apesar de a guerra estar sendo travada na Europa, estarão os europeus à espera que surja um movimento contra a guerra nos EUA para se alistarem no movimento com boa consciência e sem risco de serem considerados amigos de Putin, se não mesmo comunistas?
São algumas das questões a que os intelectuais têm obrigação de responder. Por que se terão calado? Haverá ainda intelectuais, ou o que resta é uma pobre clericultura?
Fonte aqui.
“Intelectuais se calam” é brasileriro, em português escreve-se “Intelectuais calam-se”
infelizmente, sou dos que não consigo separar o criador (e, tanto mais, se até determinado momento, muito apreciado), da personalidade, da criatura.
por tal, deixei de apreciar. nem leio. mal – ou bem – comparado, é como se conhecemos, p. ex., um padre católico e, subitamente, soubéssemos que, afinal o dito era pedófilo ou um “simples” predador, que abusava de pessoas sobre as quais mantinha uma qq posição de ascendente. a essa gente chamo, “gosto” meu… predadores sexuais.
assim, ouso sugerir, não “sujem”, pf, esta página, que tanto aprecio.
há ‘gostos’ para tudo neh ?
« eu gosto de não emprenhar pelos ouvidos »
Ele não foi condenado. Foi acusado. Num Estado de Direito, é-se inocente até prova em contrário. As forquilhas e as fogueiras são a “justiça” dos Estados sem lei. Neste caso a forquilha é a acusação em praça pública sem julgamento, e a fogueira seria a censura feita à pessoa sem sequer olhar às ideias. A EstátuaDeDal deu-me uma lição quando falei, como tu falas agora do BSS, contra a publicação dos textos do José Sócrates. Espero que um dia consigas aprender também essa lição.
Quanto ao conteúdo, se isto é um intelectual, vou ali e já venho. Aqui sim a crítica pode e deve ser feita. Com que então para o BSS o PS é um partido de “Esquerda”, teve “maioria”, há uma conspiração para o derrubar, e o perigo da “extrema-Direita” é a consequência (Chega, Le Pen, Meloni, etc) e não a causa (política de Direita-Raical, NeoLiberal, levada a cabo pelos partidos “socialistas”).
Escreveu tanta coisa certa, é certo. Mas para casa coisa certa, escreve duas erradas e até contraditórias. Este texto do BSS lembrar-me portanto os do Miguel Sousa Tavares. E por amor de Deus, que sou ateu, não há nada de intelectual em tal espécimen.
Quem quer que saiba os factos (golpe Maira de Nazis apoiados pela CIA, guerra de limpeza étnica, violação de Minsk desde 16-Fev-2022) e depois mesmo assim para ser politicamente correcto decide condenar a intervenção Russa, para além de não ser intelectual, é alguém que faz parte do problema.
O facto do BSS confundir o Partido “Socialista” com algo de Esquerda, só reforça este meu ponto.
Os P”S” por essa Europa fora foram quem privatizou, liberalizou, impôs austeridade, colabora com um império genocida, e dão armas a nazis. Não há nada, absolutamente NADA de Esquerda nesses montes de merda!
De Esquerda sou eu, e quero os nazis todos mortos. De Esquerda sou eu e sinto nojo do Offshore da Madeira. De Esquerda sou eu e quando olho para o P”S” de “maioria absoluta” (só 41% dos votos) vejo políticas económicas com que seguidores de Pinochet concordam.
De Esquerda sou eu e tenho nojo da NATO criada pela ditadura fascista em 1949, e da vassalagem ao império genocida ocidental. De Esquerda sou eu e sei que o problema dos baixos salários em Portugal está na lei laboral da troika e no ataque à contratação colectiva e ao sindicalismo. De Esquerda sou eu e sei que de Esquerda são o PCP e o BE, e mais ninguém. De Esquerda sou eu e queria ver o DNS salvo tal como Semedo e Arnauth escreveram num livro. De Esquerda sou eu e dei a boas vindas a Lula. De Esquerda sou eu e nunca daria uma medalha a Zelensky, nem armas a nazis.
De Esquerda sou eu e apelo à paz, mas recuso condenar quem se defende da NATO e dos Nazis.
O P”S” não tem nada de Esquerda. O BSS, apoiante do P”S” também não. É só uma aparência de Esquerda para dar a percepção, falsa, de que há alternativa na altura das eleições neste regime, que é a “democracia” liberal.
Mas nem são alternativa nem são de Esquerda. Nem são decentes nem são sequer Democratas. São colaboradores. Colaboradores de fascistas, de capitalistas NeoLiberais, de imperialistas genocidas, de terroristas e até de Nazis.
Eu tenho vergonha de um país com 4.5 milhões de pobres em 10 milhões de habitantes. A “esquerda” do P”S” não.
Eu tenho vergonha dum país onde 15% ainda não têm saneamento básico. A “esquerda” do P”S” não.
Eu tenho vergonha da Constituição portuguesa ser violada diariamente. A “esquerda” do P”S” não.
Eu tenho vergonha de não se ter feito um único dia de luto nacional pelos heróis de Abril. A “esquerda” do P”S” não.
Eu tenho vergonha de ver bancos com lucros record, num momento de crise, e sem nunca terem pago ao povo o que o povo lhes pagou a eles. A “esquerda” do P”S” não.
Eu tenho vergonha duma adesão autocrática a uma moeda única disfuncional que prejudica o meu país e condena tantos à miséria. A “esquerda” do P”S” não.
E vem o BSS chamar “esquerda” ao P”S” e dizer que a preocupação é o crescimento da Extrema-Diteita.
Seria como um charlatão fazer-se passar por médico e, ao atender um doente, dizer que as metástases o preocupam, mas que o cancro original não é problema nenhum… Só lhe faltou chamar “extremista” ou “populista” à quimioterapia (a real Esquerda). Mas isso é trabalho para os charlatões mais à Direita, como Miguel Sousa Tavares e companhia. Colaboram que se fartam os charlatões. E tão complementar que são os seus respectivos paleios. Até parece de propósito…
É verdade que uma acusação é uma acusação, mas não são todas iguais, como não são indissociáveis da credibilidade de matérias relacionadas. O estado da justiça não tem nada a ver com seja lá o que for com que o ex-PM acabou acusado, já os valores e a democracia têm um bocadinho a ver com as acusações, que não são duas tretas, a BSS. Não sendo, claro, equivalentes a uma condenação, não são desprezáveis.
O comentário do intelectual “Fernando” é revelador da eficácia do método banalizado para queimar os heréticos na esfera pública. Apetecia pedir esclarecimentos sobre o que diria a criatura se amanhã, em sede própria, as acusações em questão viessem a cair com grande estrondo ( como acaba de acontecer a Kevin Spacey ). Reconsiderava a postura e rebatia os argumentos pelos argumentos ou ensaiava nova evasiva ainda mais cobarde?
MRocha
Resumindo: Defender a paz e a democracia resume-se a deixar a Rússia derrotar a Ucrânia, e aí implementar um regime que reproduza a ditadura russa.
E o mérito da democracia a ocidente sobre a ditadura define-se pela assistência social, logo, melhoraria sem as despesas de apoio à Ucrânia e consequências daí derivadas.
E se a propagada ascendência da direita (extrema ou simplesmente conservadora) introduz o apagamento da memória soviética e em geral da cultura russa, ao apelo a uma ética intelectual segue-se o habitual rosário dos horrores dos povos e poderes ocidentais dos últimos séculos…
A Ucrânia já é uma ditadura fascista nazionalista desde o golpe da CIA de 2014.
Se a Rússia mudasse o regime de Kiev, seria para a Ucrânia voltar a ser uma democracia, de estilo federal, para voltar a legalizar os partidos representantes de todos os Ucranianos, para desnazificar, e para garantir a paz.
É isto que te incomoda.
O ocidente é um império genocida. Só os EUA mataram mais de 20 milhões de pessoas desde 1945. Fora os restantes genocidas ocidentais nas suas colónias, guerras, invasões, sanções ilegais, e golpes.
Há quem não se cale sobre a narrativa falsa de Holodomor e da contagem exagerada/falseada de vítimas de tal acontecimento trágico. Mas depois nem um pio sobre os crimes do imperialismo ocidental e do sua ideologia facho-capitalista ou capital-fascista, que matou já mais inocentes do que o Stalinismo!
O Estado Social que ainda existe, já é só uma amostra do que foi. E o que foi, foi a resposta, a medo, dos capitalistas ocidentais perante os bons exemplos soviéticos (que também os tiveram no meio dos maus exemplos). Para quem não se lembra, o Comunismo chegou ao poder assim: todo o povo explorado , desgraçado e esfomeado percebeu que o Capitalismo sem Estado-Social é a pior merda que existe. E esse povo teve de lutar e dar a vida para ter um regime menos mau, pois o Facho-Capitalismo não abdicou do poder a bem.
Voltar a esse capitalismo, o sonho de tanto NeoLiberal, é andar 150 anos para trás.
Mas há quem trabalhe… ou melhor, colabore, todos os dias para isso. Tu és um desses.
O “apagamento da memória Soviética” é uma simplificação do que se passa. O que se passa são 80 anos de propaganda do império genocida ocidental para fazer de conta que a Segunda Guerra Mundial foi ganha pelos EUA na Normandia no Dia D (é para isso que serve o financiamento estatal a Hollywood…), para fazer de conta que há equiparação entre Soviéticos e Nazis (é para isso que tem servido a UE e o seu “Dia da Europa”), e para fazer de conta que celebrar o Dia Da Vitória é ser “putinista” (é para isso que servem as PRESStitutas). Nada de novo aqui, pois a propaganda de manipulação das massas e a rescrita da história são armas tradicionais dos regimes capital-fascistas ou facho-capitalistas.
Na Rússia e na China é ao contrário: a história é para ser lembrada por inteiro, sem rescrita. Os Capitalistas Russos celebram a vitória Soviética contra os Nazis. Os Comunistas Chineses lembram os erros e crimes dos primeiros tempos da sua própria revolução. Só assim se progride, só assim se aprende. Com verdadeira memória.
No império genocida ocidental isto chegou ao ponto em que se esquecem factos e se “lembram” de coisas que nunca aconteceram. Em que a guerra é “paz”, e o autoritarismo é “democracia”. Em que o racismo e o colonialismo são “valores” e a austeridade é “esquerda”.
Os países deste império genocida estão totalmente perdidos. É normal que se perca quem não tem rumo. E é normal a falta de rumo em quem não sabe de onde vem. Ora, como se pode saber o ponto de origem, se a história foi rescrita e o povo estupidificado?
Eis o resultado do fascismo.
Antes, pela mão de Salazar e da sua PIDE, em colaboração com Franco, e vassalagem a Hitler primeiro e a Washington depois.
Agora, pela mão dos “democratas” Liberais e da sua MainStreamMerdia, em colaboração com a oligarquia e vassalagem continuada a Washington e ao novo mini-Hitler de estimação: Zelensky.
Quando vejo uma explosão em Donetsk, choro. Quando vejo uma explosão em Kiev, choro. Quando vejo uma explosão em Moscovo, choro.
Tu não choras em nenhuma delas. Financias a de Donetsk, celebrado a de Moscovo, e instrumentalizado a de Kiev.
Eu sou uma pessoa boa. Tu és um diabo.
Eu quero paz. Tu queres guerra.
Eu condeno quem tornou a guerra inevitável e quem glorifica nazismo.
Tu condenas quem se defende e quem recusou pertencer a uma ditadura que glorifica nazismo.
Eu sou o dia. Tu és a noite.
A NATO é o pôr-do-sol. A Z é a alvorada.
E estimo bem que se fornique quem discorda desta conclusão.
Se há assunto que me chateie é a idiotice de que a Rússia derrotou o nazismo!
Antes demais, aliou-se ao nazismo na partilha da Polónia, que iniciou a IIGG.
Quem declarou guerra ao nazismo foi o Ocidente.
Quando os russos foram invadidos, foi o Ocidente que lhes forneceu material de guerra, desde aviões a camiões de transporte.
Se os russos morreram aos milhões, agradeçam ao paizinho Estaline que se confiou no aliado Hitler, que bem sabia odiar comunistas.
E, no entanto, foi quem libertou os campos de concentração, conquistou Berlim, e, levou à capitulação do Japão.
É a História.
De facto o Ocidente usufruiu da disponibilidade dos russos para darem os seus cidadãos à morte.
Preferiram dar-lhes poder que durou 50 anos a sacrificarem os seus.
Há que dizer, à ‘boca podre’, aos espertos Sun Tsu ucranianos:
– «VOCÊS NÃO MERECEM!»
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Foram retirados 400 mil soldados da Alemanha de Leste… os ocidentais não cumpriram a sua promessa: «a NATO não vai se deslocar uma polegada para leste».
[… tem acontecido aquilo que toda a gente tem visto…]
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As regiões (russófonas) do leste da Ucrânia foram cedidas, pelos sovietes, à República Socialista Soviética da Ucrânia.
Quando a União das Repúblicas Socialistas Soviéticas foi dissolvida… as regiões do leste (russófonas) ficaram integradas na Ucrânia… com uma condição: a neutralidade da Ucrânia.
Os ucranianos não só se aproximaram da NATO…
como também…
financiados pela NATO, perseguiram, bombardearam, massacraram russófonos das regiões do leste da Ucrânia.
Sim:
-> existiam óptimas perspectivas de pilhagem!!!
[nove, em cada dez, dos mais variados analistas ocidentais garantiam: armas da NATO na Ucrânia… juntamente com sanções económicas à Russia, e…
a Russia seria conduzida ao caos: tal seria uma oportunidade de ouro: iria proporcionar um saque de riquezas da Russia muito muito muito superior ao saque de riquezas que ocorreu no ‘caos-Ieltsin’ na década de 1990; sim, era expectável que os russos fossem socorrer os russófonos das regiões russófonas]
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Pouco depois da guerra ter começado… os ucranianos (Pyotr Poroshenko), confiantes naquilo que nove em cada dez diziam… correram a colocar-se em ‘bicos de pés’, e a afirmar à ‘boca podre’:
– «os acordos de Minsk não eram para ser cumpridos… esses acordos de paz foram um golpe de mestre Sun Tsu para enganar os parvos dos russos».
[Merkel e Holland também correram a autoafirmarem-se mestres Sun Tsu]
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Sim, há que dizer aos mestres Sun Tsu ucranianos:
– «VOCÊS NÃO MERECEM AS REGIÕES RUSSÓFONAS QUE FORAM DADAS À REPÚBLICA SOCIALISTA SOVIÉTICA DA UCRÂNIA!».
https://www.aporrea.org/internacionales/a323735.html
(¿Caída en desgracia de Zelensky?)
Os fascistas não choram pelos ucranianos porque para eles os ucranianos são só os idiotas úteis que os podem ajudar a cumprir o seu sonho de destruir a Rússia e roubar o que lá há.
Não choram pelos ucranianos, por muitas bandeirinhas ucranianas que tenham, por muitas armas que lhes dêem porque a verdade é que desprezam os ucranianos como sempre o fizeram, desde as primeiras levas que cá chegaram.
Nunca saberemos quantos morreram em acidentes de trabalho evitáveis por serem postos à trabalhar na construção civil em condições desumanas. Nunca saberemos quantas mulheres ucranianas morreram de Sida e outras doenças sexualmente transmissíveis por serem abandonadas a chulos sem entranhas em casas de putas. Quantos sucumbiram ao alcoolismo e doencas mentais por descobrirem que o paraíso prometido era afinal de contas o Inferno.
Alguns prosperaram apesar disso tudo para agora apoiarem nazis e mandarem os filhos lutar na guerra. Os que não querem fazer tal coisa sofrem represálias e nós assobiam os para o lado. Porque a verdade é que os ucranianos não interessam a ninguém a não ser ser usados para cumprir os nossos objectivos de pilhagem. São usados hoje na guerra como as primeiras levas foram usadas na construção civil, no trabalho agrícola e nas casas de putas.
E se no passado tive pena as mulheres a quem prometiam trabalho na hotelaria e se viam fechadas em casas de putas a quilometros de porra nenhuma ou dos homens que caiam de andaimes mal amanhados, dos nazis, fascistas, racistas que hoje fazem a guerra não tenho pena nenhuma. Tenho pena de quem morre a combater nazis tal como 20 milhões dos seus bisavós morreram no Século passado. Mas mesmo assim teem culpa por não lhes terem caído em cima antes de teemos tempo de os armar até aos dentes. Mas claro, quem hoje está no terreno a morrer não tem culpa de nada disso. Ja os que fazem dos seus corpos um tapete persa de símbolos nazis sabem muito bem o que estão a fazer e não há que ter pena deles.
Quando a suposta conduta desviante do articulista claro que não vem ao caso até porque quando queremos lixar alguém toca a acusa lo de assédio sexual ou coisa pior. Vide caso Julian Assange embora tenhamos de reconhecer que o articulista em nada se compara ao australiano que pôs ao sol os podres das nossa gloriosas intervenções humanitárias.
E até compreendo esse ser contra invasoes porque as invasoes a que estamos habituados são para assegurar, pilhagem e nada mais. Por isso o cão de Pavlov que há em muita gente se esquerda saltou quando um Governo conservador com quem também não simpatizam invadiu. Mas a verdade é que os ucronazis não tinham aquele arsenal todo para dançar o kumbaya nem com a malta do Donbass nem com os russos. Ninguém duvida que os nazis só parariam em Moscovo e quem diz que dúvida sabe que está a mentir com quantos dentes tem na boca e com os que já lhe faltam.
Por isso esta foi uma invasão por falta de alternativa.
Quanto ao Governo PS e mais um que apoia nazis e toda a oposição que, se, lhe fizer ainda é pouca. Podemos efetivamente não concordar com tudo o que as pessoas dizem mas respeita las ainda assim.
Quanto aos nazis ucranianos já provaram que são loucos e outro remédio não há que destruir los com o que houver. Não continuar a apoiar gente capaz de atacar um petroleiro carregado. Onde é que esta gente bateu com os cornos para os nossos serviços noticiosos ainda glorificarem uma barbaridade dessas em vez de nos avisarem que o melhor é juntarmos umas latas de conserva porque essa gente é perigosa e a seguir pode ser uma central nuclear?
Claro, toda a minha solidariedade vai para os ucranianos decentes que são amarrados a postes com a cara pintadad de verde cancro, que sao torturados e mortos nas prisões, que desaparecem, que teem de fugir para a terra do inimigo. Mas a solidariedade leva a o vento enquanto o meu Governo apoiar os, seus carrascos e ainda se gabar do drone muito bom que, para lá mandou enquanto diz que não há dinheiro para, subir ordenados ou dotar o SNS de meios decentes. É escusa de vir o Menos ou equivalente dizer que os “traidores” merecem todos os tratamentos que os artigos 24 e 25 da nossa Constituição proíbem. O nosso Governo é que devia ter a vergonha na cara de deixar de apoiar um Governo que faz disso. Mas essa, falta de vergonha tem a Europa toda, a começar pela Alemanha que nunca foi desnazificada e a pressão infame feita sobre as pessoas para ir dar vacinas para, o covid provou o bem, que agora, sonha vingar Hitler. Ou a vacineira Van der Leyen que sonha vingar um dos avos morto pelo Exército Vermelho na Ucrânia.
Resumindo, que grande patranha e que grande sarilho em que estamos metidos.
Já agora, alguém sabe que na Alemanha, enquanto começam a ter de indemnizar milhares de sequelados das vacinas um homem na casa dos 30 anos com dois filhos pequenos esta, a cumprir 16 anos de cadeia por supostamente não se ter vacinado contra o covid e ter pegado o bicho a um que morreu apesar de vacinado? E este sabe se porque havia gente que conhecia o homem é sabe o que lhe aconteceu. Na Alemanha toda quantos terão sido mas disso não falam os presstitutos defensores da liberdade. Quando falo de pressões infames para ir dar vacinas e de coisinhas destas que estou a falar, é não de SMS a meia noite a recordar que tenho data de vacinação marcada de um reforço que não pedi e tive juízo suficiente para não ir dar. Assim tivesse tido o juízo suficiente para não ir dar a primeira. Podem me chamar de negacionista que, e para o lado que eu durmo melhor.
Mas isto vem ao caso para se nos, sentirmos perplexos pelos nossos Governos estarem a apoiar nazis enquanto dizem defender a democracia. Governos capazes de fazer disto são capazes de tudo.
A outra cena idiota é a de que a assistência social e progresso das condições de vida dos trabalhadores foram resultado da acção dos soviéticos.
Desde o século XVI que há Misericórdias em Portugal.
Pela jornada de 8 horas lutou-se em Chicago em 1886.
A tecnologia que garante a saúde e os confortos do nossos dias é obra do Ocidente com o seu capitalismo e não dos herdeiros dos boiardos, com seu imperialismo, corrupção e foco no armamento.
Cambada de idiotas que cospem no prato que os alimenta e lhes dá voz, para louvarem memórias e heranças de déspotas e vigaristas!
Tudo dado de bom grado sem sangue, suor, lágrimas, e morte, claro, que nem retrocede a velocidade de cruzeiro sem alternativa ameaçadora, pois claro.
E, mesmo assim, a Ásia vai fazendo o seu caminho que nos devia corar de vergonha e aprender que o estado é essencial para o próprio capitalismo e a sua rapina, mas cá estamos.
Misericórdias em Portugal desde o século XVI «abençoadas» pela Santa Inquisição!
A vida será de tal maneira «sadia» num EUA, qual «farol» do mundo dito ocidental, que metade dos seus cidadãos desconfia da outra metade, andando-se ,por esse motivo, armado, não com fisgas, mas, fruto do admirável desenvolvimento capitalista neles registados, mas com sofisticadas armas de fogo, e, à mais pequena desconfiança, sobretudo se estiver em causa um negro,pum!…pum!…toma lá chumbo! Depois, como mão deixarão de ser «atrativos» polos turísticos as reservas onde os «maus» dos índios que escaparam ao «pum!..pum!..» dos «bons» dos cowboys poderão ser observados nos seus trajos tradicionais! E quanto a Guantánamo? Ah! Um mundo de «respeito» pelos direitos humanos, a servir de exemplo a outros mundos!
Que cambada de idiotas, pois, serão todos aqueles que não saibam absorver toda a «luz» que dele irradia! Só um qualquer Menos, com a sua «massa cinzenta», embora cada vez mais negra!
Outra cena, que é pura desonestidade, é reduzir a avaliação do Ocidente aos EUA e, em particular, a tudo que aí possa ser encontrado de negativo, seja passado ou presente.
E isto passa-se quando essa cambada sempre silencia não só o passado como todo o presente russo, chinês ou outros, com suas prisões arbitrárias e operações especiais que interditam a palavra ‘guerra’ e o mais que se pode encontrar.
Nisso se ocupam órfãos soviéticos e gente a quem seguramente dói que a sua mediocridade seja notada e por isso buscam mandantes que tudo nivelem e assim lhes garantam pertença a padrão único.
A paz, a democracia e a liberdade, nomeadamente para mulheres e minorias diversas, estão em perigo na Europa à medida que avança a islamização.
E a medida que, avança o conservadorismo criarão também as liberdades não vão ter saúde nenhuma. A diferença é que impõem vestes mais tapadinhas as mulheres mas não uma burkha para os putanheiros lhes poderem tirar bem as medidas.
Quanto aos pontos positivos do Ocidente e evidente que os há mas entre eles não está a nossa tendência inaugurada com os Descobrimentos de impor o nosso modo de vida, só até certo ponto, aos outros, ao mesmo tempo que pilhamos sem do nem piedade os seus recursos. É de coisinhas destas que estamos a falar. A mim o fundamentalismo cristão, que prega a submisso das mulheres e dos filhos é impõem pagamento de dízimos assusta me tanto como o islâmico porque essa gente cresce e ganha eleições. Grunhos há muitos e por isso essa gente tem terreno fértil para crescer, até entre as mulheres, que é uma coisa que não percebo, mas acontece.
Oh! Menos,o que é que achas dos não «órfãos» soviéticos, mas dos filhos «bastados» dos EUA na Europa continuarem a comprar gás à Rússia, com um navio recentemente a descarregá-lo em Sines? Os ucranianos que se «lixem», não?