Surfar a onda de contestação ao Catar…

(Por Hugo Dionísio, in Facebook, 21/11/2022)

Tem sido uma enorme operação de denúncia das inaceitáveis práticas laborais – empresariais refira-se – a que o mundo tem assistido no Catar. A imprensa – também empresarial – não tem poupado espaço dedicado ao facto: o negócio acima dos seres humanos, escravatura, sobre-exploração, tratamento indigno de migrantes, migrantes prisioneiros em acampamentos que não podem abandonar, condições de trabalho humanamente inaceitáveis…

Devemos assumir, desde já, que grande parte das acusações são válidas e merecidas, não apenas pelo que o Catar fez na construção dos estádios e infraestruturas do mundial de futebol, mas também pelo facto de estas práticas não constituírem exceção, tratando-se antes de um padrão, devendo até assumir-se que, face à incidência dos holofotes da imprensa internacional sobre este evento, que, porventura, até tenhamos assistido a uma versão mais light das horrendas práticas laborais aí desenvolvidas. E não se diga apenas no Catar, porque a Arábia Saudita, Emirados Árabes Unidos, Bahrein e Kuwait, também não devem ser muito diferentes.

Chegados aqui e não podendo subsistir quaisquer dúvidas quanto à dimensão extrema da exploração presenciada, devemos, contudo, aproveitar a boleia e tocar já de uma penada em tudo o que fica de fora desta onde de contestação que tanto tem de pontual, como de superficial, como arrogante.

É mesmo motivo para me levar a uma reflexão: não terá esta onda de contestação às condições do Catar algumas das características que também se veem na contestação à intervenção russa na Ucrânia?

Vejamos, nos dois casos algumas das críticas são justas, as preocupações com as vítimas são plausíveis e as acusações à brutalidade dos envolvidos também são aceitáveis. Mas em que falha esta onda de contestação? Falha no mesmo em que falha a contestação à Rússia: falha em lembrar a história; falha em identificar a natureza real e profunda do problema; falha em retirar as devidas ilações – e duras consequências – em matéria de práticas do próprio Ocidente, sempre tão rápido a acusar os outros do que também faz, apoia e perpetua.

Eu sei, eu sei… As falhas de uns não perdoam as falhas de outros. Precisamente por isso. Apontar as falhas de uns, por uma questão de coerência deve levar-nos a apontar, com a mesma dureza – e nalguns casos de forma ainda mais veemente pela imoralidade e hipocrisia subjacentes – as práticas de outros.

O Mundial do Catar é um mundial típico de um mundo capitalista e ideologicamente liberal. Tens dinheiro? Então consegues fazer! Não é assim o ideal de liberalidade do liberalismo? Que não devem ser impostos limites coletivos à expressão individual da liberdade que resulta da acumulação de riqueza, precisamente porque essa acumulação é em si “virtuosa” e, quando projetada através da liberdade individual, é geradora de mais riqueza e dinâmicas sociais também virtuosas?

O Mundial do Catar é um exemplo paradigmático do que é o capitalismo e a ideologia liberal. O Catar não é um país importante, culturalmente determinante, regionalmente agregador e representativo, futebolisticamente relevante como o seriam outros como o Irão, o Egipto ou até a Argélia, para ir apenas a países muçulmanos e com tradição de futebol. Nada disto. O mundial não está no Catar por uma questão de justiça ou mérito. Não! O mundial está no Catar porque o Catar teve o dinheiro para o comprar: através da compra dos votos e de uma campanha mediática orquestrada; através de campanhas de charme e de persuasão pelo fausto e luxo.

Tal como um rico tem mil e uma mansões só porque é rico, enquanto milhões de pobres não têm nenhuma, o Catar, país do Sul global, teve direito ao seu mundial, enquanto países como os que referi, a que poderíamos adicionar a Nigéria, o Vietname, a Indonésia, Angola, Marrocos e outros, países de futebol e relevantes de muitas formas, nunca o conseguiram, por não o poderem comprar. O dinheiro comprou o mundial, ponto final.

Este dinheiro foi alimentar muitos bolsos ocidentais, desde a promoção, ao marketing, à construção e organização, bolsos  que não disseram NÃO, baseando-se para isso no historial de práticas desumanas do Catar. Empresas ocidentais, profissionais ocidentais (um dos técnicos de SST era português, e que bem lhe souberam os 10 mil euros mensais), todos cooperaram, a troco de dinheiro, no jogo viciado e desumano que foi praticado pelo Catar. Tal como noutras situações, nenhum disse nada.

É em nome destes, e de outros que lá estão, que Marcelo diz “temos de esquecer”, tal como dizia que temos de esquecer a pedofilia e os abusos da Igreja. Marcelo faz parte desse mundo hipócrita que, com uma mão aponta o erro, e com outra guarda o dinheiro que o erro produziu.

Mas, à boleia desta onda de comiseração pelos desunidos “trabalhadores do mundo”, que quando se unem e tomam o poder, são sempre acusados de o fazer, veio também a questão da escravatura que terá existido no Catar. E bem, digo eu.

É, contudo, fundamental continuar esta onda de contestação que responsabiliza o Catar, para responsabilizar quem origina e legitima pela sua prática, todo um conjunto de outras formas de escravatura com que convivemos normalmente com um silêncio ensurdecedor.

Como não me lembrar dos mercados de escravos da Líbia (ver na imagem acima), em que seres humanos – por serem pobres – são carregados em camiões como gado (pior que o gado na ainda rica Europa), para trabalharem em atividades que vão gerar lucros que, mais tarde, entram nos mercados financeiros que ninguém diz se recusa a receber. E como esquecer os causadores disto? Afinal, foi a França de Sarkozy e a NATO de Obama, hoje elevadas a anjos da paz, que destruíram um país evoluído, com o maior rendimento per capita e o maior índice de desenvolvimento humano de toda a áfrica. Tudo porque este país, então muito rico, quis usar o seu ouro para suportar uma moeda pan-africana que visava libertar a África do jugo do franco africano e do dólar. Ah! E este país também tem o “azar” de ter muito petróleo.

E que bem soube ouvir Meloni chamar “questo Bambino” a Macron e acusar a França das suas práticas imperiais e coloniais no Burkina Faso e noutros países, as quais, como provado pela própria Meloni, sugam 50% das riquezas destes países para o Banco Central francês, impedindo-os de se desenvolverem e, consequentemente, não deixando outra opção aos seus povos que não seja a de emigrar massivamente através do mediterrâneo. Tudo verdade. Mas Meloni também esquece que as causas desta migração massiva não se prendem só com o jugo ocidental (e não apenas francês) sobre os países africanos, mas também com a destruição do Líbano, do Iraque, da Síria e da Líbia, antes destinos destas massas migrantes e não apenas pontos de passagem. Mas isto Meloni já não poderia dizer, porque seria reconhecer que EUA, NATO e UE vivem do mesmo.

Voltando ao mundial, o que também é esquecido e deve ser apanhado à boleia, são os milhares de mortos que todos os anos se afogam no Mediterrâneo devido à intervenção dos EUA, NATO e da UE em África e no Médio Oriente, ao ponto de, onde o FMI entra, onde entram os fundos destas organizações, onde estes fazem as suas “revoluções” coloridas e os países que a eles se submetem, nenhum, mas mesmo nenhum, consegue desenvolver-se e sair da mais nefasta pobreza. Uma vez mais, esta pobreza negou a estes povos o direito a um mundial, que o Catar por ser rico, pôde comprar.

E como acusar o Catar, como faz a capa do DN, por ser o mundial que coloca o negócio acima das pessoas e esquecer o que essa prática significa aqui, no Ocidente? Vejamos o caso dos estafetas da UberEats ou da Glovo? Paquistaneses e Indianos, como no Catar, a subirem e a descerem as colinas de Lisboa, às vezes com mais de 40 graus celsius, em chinelos, quase sem comer, sem seguro de acidentes de trabalho, muitas vezes com o seu passaporte apreendido por máfias intermediárias que são “partners” das Ubers deste mundo… Não serão estas práticas desumanas? Não significarão, estas práticas, uma inaceitável e desumana exploração? Já pensaram no número de acidentes de trabalho (17 vezes mais do que um trabalhador normal) que sofre esta gente, apenas por ser pobre? E quando sofrem um acidente, para além de pobres morrem à fome porque as pornograficamente ricas plataformas não querem saber?

Eu gostava de ver todos os que criticam – e bem – as práticas do Catar, a acusarem os donos da Uber, da Amazon, da Glovo e outras, do mesmo tipo de práticas em todo o mundo – não apenas no Catar – e a recusarem fazer parte desse mundo desumano que, ainda por cima e da forma que só a hipocrisia ocidental sabe fazer, nos é apresentado como sofisticado e moderno.

Por outro lado, a negação dos mais básicos direitos laborais que vemos no Catar, por ausência total de um estado que obrigue à sua aplicação, está qui presente no Ocidente com a moderna economia digital. Corrompendo, comprando e aproveitando os olhos fechados da UE e dos estados membros, estas “modernas” empresas, entraram selvaticamente nos mercados da distribuição de bens e serviços, e à boleia da inação desenvolveram práticas que violam o mais básico dos direitos humanos – o direito à dignidade. Agora, no topo de negócios multimilionários, não existe governo capitalista que consiga colocá-las no seu lugar. Um exemplo bem paradigmático de liberalismo económico. O mesmo liberalismo que ataca o nosso código do trabalho, que faz do Catar o inferno laboral que é, e que, avançando ainda mais e de forma impune no Ocidente, qualquer dia, muito pouco teremos a apontar ao Catar sem que sejamos envergonhados por um manto de cinismo e hipocrisia. O que não faltam são situações, no nosso mundo “civilizado” em que o negócio prevalece sobre as pessoas.

Mas, ainda à boleia do mesmo, também devemos questionar a hipocrisia da FIFA que diz não se poder mostrar mensagens políticas nos estádios pelas equipas, protegendo assim o seu negócio, mas que, quando foi para retirar a seleção russa e bielorussa das provas internacionais e admitir mensagens de condenação nos estádios, não se importou de aceitar. Afinal, o critério não é regulamentar, o critério chama-se EUA e NATO. NATO que se encontra profundamente dividida, como demonstra a última ação de espionagem dos EUA que invadiu os servidores militares turcos para conhecer os planos de ataque aos curdos da Síria.

Enfim, são muitas as consequências que devemos retirar desta onda de consternação para com os trabalhadores do Catar, nomeadamente, quanto aos milhões de refugiados que se encontram na Turquia, que recebe milhões da UE, para nem os deixar voltar, nem os deixar entrar na União, condenando milhões de pobres a uma existência em campos de concentração, ainda para mais, com as mais desumanas condições de vida. Viramos uma pedra e encontramos mais uma razão para surfar a onda Catar aqui na UE.

Tal como a onda de condenação à Rússia deveria justificar um surf contra a NATO, a UE e todas as guerras de agressão que praticam, e isto, veja-se bem, sem justificar a agressão que pelos primeiros possa ter sido feita.

Até na questão das sanções, aplicadas a uns e não a outros. Sabiam que os EUA têm aliviado as sanções à Rússia? E enquanto a UE fala de mais sanções, a maioria dos países da União aumentou o seu comércio bilateral com a Rússia? Tanta hipocrisia. E tanta falta de coerência.

Coerência, que esta malta “woke” não tem, nem um pingo!


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5 pensamentos sobre “Surfar a onda de contestação ao Catar…

  1. Hugo Dionísio sempre excelente e com tudo dito, nada mais a acrescentar.
    Toda esta hipocrisia, acima de tudo Ocidental mas não só, pode ser sumarizada num exemplo: há uma ditadura racista e fascista violadora de Direitos Humanos, aka Apartheid, que tem todos os Direitos reconhecidos na ONU, mas o povo/país invadido há décadas e vítima, esse sim, de genocídio, nāo tem direito sequer Direito de voto na ONU. O facto da sede deste organismo estar em Nova Iorque se calhar quer dizer alguma coisa…

  2. Desta vez, o espectáculo atingiu um nível absurdo, mas continuava a ser um espectáculo absurdo, mas não tão absurdo como isso.
    O futebol sempre foi um espectáculo e desde o início, quando os primeiros clubes de futebol foram criados e financiados pelos patrões, foi para ocupar os seus trabalhadores aos domingos com uma actividade que não era perigosa para eles. Um dos Campeonato do Mundo em Itália, o futebol foi utilizado por Mussolini em Itália para consolidar o seu poder. Em 78 pelos generais na Argentina…e os militares brasileiros usaram a popularidade da equipa brasileira para aliviar os conflitos.

    O futebol foi construído como “pequena empresa” que, ao longo das décadas, se tornou uma multinacional muito lucrativa ( derivados, publicidade)… Por outro lado, ele parece colocar a responsabilidade desta máquina de dinheiro sobre aquele que produz futebol; o futebolista… O futebol é ancestral, é um jogo que pode ser jogado por todos, todas e todas as classes sociais… Tudo o que se precisa é de uma bola e de um pouco de espaço! Todos os jogos colectivos são sobre vencer, respeitando as regras…Esse é o princípio do jogo…! Portanto, o problema não é certamente o futebol, mas sim o que aqueles que o monopolizaram para fazer dele um grande negócio e os governos que, sabendo que é um desporto popular, utilizam as suas fontes para fins políticos e económicos.

    Assim, o futebol profissional sempre foi assim. Só que hoje é pior e perguntamo-nos se no final não matarão a paixão. Ainda não chegámos a esse ponto, mas devemos ter o cuidado ..

    O futebol PROFISSIONAL é sem dúvida o pior instrumento do capitalismo, do neoliberalismo, e de todas as ditaduras sob qualquer forma, todos os desportos profissionais devem ser colocados no mesmo saco, mas há que reconhecer que o futebol é sem dúvida aquele que bate todos os recordes de mutilação das massas, em qualquer parte do mundo!

    Obrigado aos meios de comunicação social por ter levantado a ideia de chauvinismo/nacionalismo durante estes grandes eventos desportivos.
    Como no nosso sofá, sem nunca termos praticado o desporto, somos atraídos para aquilo a que se pode chamar um grande imaginário que nos une através do apoio da nossa nação, e como desconstruir esta “droga” para avançar para um desporto emancipatório livre de tudo isto.
    Como tudo isto nos liga a uma forma de organização da sociedade com as suas dominações e contradições, com os seus falsos heróis e os seus horrores ligados à exploração.
    Quero traçar um paralelo com os blockbusters americanos, com o seu suspense, violência instrumentalizada com os seus heróis, bons e maus, onde a imaginação é construída sobre os mesmos critérios de dominação.

    Há dois problemas com o Campeonato do Mundo no Qatar. A política do Qatar e o futebol.
    Ambos os problemas continuarão após o Campeonato do Mundo.

    Todos aqueles que votaram no Qatar não conheciam as leis que regem a vida social no Qatar. Depois de tomarem os petrodólares do Qatar, abrem hoje a boca para falar do Qatar.

    Todos apontam o dedo ao Qatar e com razão, mas ninguém denuncia a China por danos climáticos, os campos Uighur, o trabalho infantil nas minas, a liberdade humana e a lista não pára, e os EUA são um exemplo disso mesmo! Por onde começar? Escravatura antiga/moderna contra os negros, extermínio de índios, poluição, ocupação, guerras a todo o custo sob o pretexto da democracia, quando se o país visado não tiver recursos naturais, as pessoas podem morrer e em silêncio, por favor… em suma, que mundo de hipócritas, mas é preciso justificar o salário..

    O Qatar conseguiu emergir graças à sua exploração petrolífera mas, desde então, tem diversificado bem, mas, honestamente, duvido muito que dure por muito tempo, dentro de um século duvido que o país ainda seja o que é neste momento. A situação climática já não está claramente a seu favor, a predominância da ideologia Wahhabit vai claramente causar-lhes danos, o desrespeito dos direitos humanos, o lugar das mulheres na sua sociedade, as suas ligações com grupos radicais, todos estes pontos destroem a sua imagem junto da comunidade internacional..

    Quer seja do Ocidente ou da Ásia, nenhum dos blocos tem realmente esta ideologia no , mesmo dentro de outros países que partilham uma cultura islâmica, os Wahhabit são evitados, devido ao lado extremamente radical e liberticida , de momento o sistema capitalista é muito rentável para eles e é graças ao seu esforço no mercado livre que brilham hoje, mas no dia em que o negócio começar a correr menos bem pode tornar-se muito perigoso, o equilíbrio do país é realmente precário e bastaria precipitá-lo para uma situação de crise particularmente violenta devido ao crescimento extremamente rápido que viveu…Uma perda do nível de vida seria uma verdadeira catástrofe para as pessoas que lá vivem, e levaria muito rapidamente ao conforto e a uma sociedade de consumo levada ao extremo. Se o país perdesse o seu impulso, penso que poderia levar a uma raiva generalizada contra o governo e provocar uma crise política que seria extremamente difícil para a monarquia reprimir.

  3. Não tem nada de wokismo, seja lá o que isso fôr que ninguém define, é a mercantilização dos próprios defeitos do capitalismo; como outros no passado, a inerente e inevitável crítica a capitalismo é este de lado para se ficar com as frases bonitas para pôr numa t-shirt. Não torna os abusos menos reais, como mais um atentado no país do bem atesta – e não é que é sempre depois de um discurso anti-globalista?
    Senão, podia dizer o mesmo do aburguesamento do Hugo, preocupado com as condições em que é feito o jantar, e fechando os olhos aos realmente literais escravos de que é feita a agricultura, e não só, bastando uma pesquisa para ver que há muito pior que Odemira, e por todo o lado.
    Mas a única coisa que critico é a negação de que é tudo a mesma luta, retirando os oportunismos de quem quer que nada mude.

  4. O QATAR E A HIPOCRISIA OCIDENTAL DOS FALSOS DEMOCRATAS E DITOS DEFENSORES DOS DIREITOS HUMANOS.
    O Qatar, faz até muito menos atropelos aos ditos direitos humanos, que as ditas nações hipócritas ocidentais, que se auto-intitulam de democracias e defensores dos direitos humanos e depois desde o final da II Grande Guerra, outra coisa não fizeram, que não invadir países, promover e fazer guerras em todos os continentes, onde só a exemplo, fizeram no Afeganistão 1 milhão de mortos, mas querem julgar os russos por crimes de guerra.

    Na Europa, inclusive, a guerra promoveram e a fizeram, chacinando os povos da ex-jugoslávia, mas só agora é que parece que houve guerra e crimes de guerra na Europa como está sucedendo na Ucrânia.

    Roubam e matam os povos de todo o mundo, os invadindo e os pilhando e chacinando, apoiaram e deram instrução a Bin Ladem, a quem depois assassinaram, pela criminosa polícia política e social deles, CIA dos “democratas” dos States, organizando os terroristas muçulmanos, as mesmas organizações que agora eles chamam de terroristas, mas que antes os financiaram e os instruíram militarmente, os ajudando a se organizar. Invadiram o Iraque mentindo, dizendo que eles possuíam armas de destruição massiva, como se eles também as não possuíssem e chacinaram e pilharam esse país, matando mais de 1 milhão de pessoas.

    Criaram e criam crises económicas fictícias, com vista a enriquecerem as moedas dos seus países, com o seu dólar e libra, destruindo a economia dos outros e os arrastando para essas crises económicas, por eles criadas.

    Assassinam outros dirigentes e militares de outros países.

    Apoiam o que Israel faz aos Palestinianos, os chacinando e não os reconhecendo como nação e sua independência e soberania legitima. lhes roubando e ocupando as suas terras.
    Provocam a Rússia, a cercando com bases militares com ogivas nucleares a eles apontadas e promovem mentes de nazis na Ucrânia, mas se acham melhores que o Qatar e os grandes defensores da humanidade e da democracia, não igualmente criminosos a quem eles chamam de criminosos.

    Os estados do Ocidente, Europa e EUA, não são democracias, são falsos democratas. São é, defensores da treta deles, da hipocrisia deles, com a farsa da defesa dos direitos humanos, coisa que o não são, nem em seus países e muito menos em relação aos outros povos. São nações racistas e xenófobas, que hoje albergam hipocritamente e sem colocarem dificuldades algumas aos refugiados Ucranianos, mas já o mesmo não fazem, e não o fizeram, aos migrantes oriundos da Ásia e de África, demostrando o quanto racistas e xenófobos o são, se auto-proculamando democratas e campeões e defensores dos ditos direitos humanos deles.

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