A culpa é sempre de Moscovo…

(Major General Raúl Luís Cunha, in Facebook, 21/11/2022)

O bombardeamento da central nuclear de Zaporizhzhia continua. Ontem, 20 de novembro, foram registados mais de 15 projéteis que atingiram as instalações da estação. Desses, oito granadas de artilharia de grande calibre caíram entre a Unidade 5 e a Unidade Especial 2, e uma atingiu o teto da unidade, onde o combustível nuclear já usado está armazenado. Além disso, as Forças Armadas ucranianas dispararam vários projéteis para o local da instalação de armazenamento seco do lixo nuclear.

Em reação a esses bombardeamentos, o Diretor-geral da Agência Internacional de Energia Atómica (AIEA) pediu (ver aqui) o fim imediato do bombardeamento dessa central. A única coisa que ele não especificou foi a quem essa mensagem era endereçada. Parece que não resta óbvio para toda a gente que os militares russos não se estão a bombardear a si próprios, ou que a democracia ocidental está a ser completamente censurada, já que não pode ser abertamente nomeado o destinatário de tais apelos.

Bom, não devemos ficar surpreendidos com as tentativas do Ocidente de culpar a Rússia sob quaisquer circunstâncias, contrariando as evidências e o bom senso. O bombardeamento irresponsável da central nuclear de Zaporizhzhia ou o míssil que caiu recentemente na Polónia são disso um claríssimo exemplo. Quando se sabe quem é o verdadeiro culpado, é uma estupidez atribuir as culpas a Moscovo.

No entanto, continuaremos a ter que conviver bastante com estas tentativas de culpar a Rússia por todos os problemas do mundo, isto porque no Ocidente haverá sempre muito poucos políticos dispostos a admitir os seus erros, e muito menos os erros de Zelensky, pois uma tal atitude iria enfraquecer toda a estratégia anti russa e, para os políticos ocidentais é preferível serem falsos e mentirosos, o que, aliás, já é do conhecimento geral.

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9 pensamentos sobre “A culpa é sempre de Moscovo…

  1. Sobre os bombardeamentos à central nuclear dita de Zaporíjia, dizia ontem Rodrigo Guedes de Carvalho, ao minuto 20:40 do Jornal da Noite da SIC (cada dia mais sick):

    “Entre as acusações de russos e ucranianos, A ÁREA tem sido de novo bombardeada.”

    Toda a gente com um mínimo de dois neurónios funcionais sabe que são os ucranianos que bombardeiam irresponsavelmente a central, pois, como diz o major-general Raul Cunha, os russos não se bombardeiam a si próprios. E fazem-no por vários motivos. Um dos principais será, provavelmente, fazer aquilo de que, presentemente, acusam falsamente os russos: uma vez recuperada a central, transformá-la numa base militar imune a qualquer ataque de resposta, por receio de um acidente nuclear grave. Uma espécie de porta-aviões à prova de bala, absolutamente inexpugnável. Para isso confiariam no sentido de responsabilidade dos russos, coisa que a eles, dirigentes ucranianos, falta. A zona da central seria atafulhada de armamento de todo o tamanho e feitio e a partir dela poderiam bombardear impunemente vastas áreas do Donbass, nomeadamente as cidades de Donetsk e Mariupol, a 250 km de distância. A cereja em cima do bolo seria a própria Crimeia, a uns meros 150 km em linha recta! Ora se eu, estrategista de aviário, percebi isso, muito melhor e há mais tempo o perceberam os russos, e obviamente que o sabe também a Agência Internacional de Energia Atómica, pelo que não deixa de ser engraçado ver a dita AIEA a apelar, insistentemente, à chamada desmilitarização da central propriamente dita e ao estabelecimento de uma zona desmilitarizada à sua volta. Sabe perfeitamente a AIEA o valor que Kiev dá aos compromissos assumidos e o que vale a assinatura dos seus dirigentes em qualquer acordo em que sejam parte, como se viu com os Acordos de Minsk. No dia seguinte à saída dos russos, toda a zona imediatamente adjacente às zonas mais sensíveis da central entraria em processo acelerado de conversão em base militar ucraniana, atafulhada de brinquedos bélicos até aos dentes. Poderia até a AIEA balir uns protestozinhos de circunstância, assumidamente castrados, como está farta de provar ser a sua especialidade, que a resposta óbvia de Herr Zelensky von Pandora Papers und Vogue seria que a Ucrânia não abdica de um centímetro de soberania sobre o seu território e não reconhece a ninguém o direito de a esse direito impor qualquer limite ou restrição.

    É aqui que entram as coisas que os Guedes de Carvalho e restantes tarefeiros, tanto cá pelo jardim como por toda a heróica Europa vassala, sabem que não podem dizer, pois uma prateleira ou o puro ostracismo são serventia da casa. Como resolver então o berbicacho deontológico da profissão (jornalista) que alegadamente é a sua? Ou, poderão dizer os mal-intencionados (vade retro!), a sórdida missão que alegremente abraçaram, no caso em concreto a de atribuir aos russos todos os males do mundo, inclusive o furúnculo que um dia destes poderá aparecer-lhes no olho do cu (pardon my French)? Elementar, meu caro Watson, a fórmula mágica é: “russos e ucranianos acusam-se mutuamente”. Perfeitamente cientes do condicionamento mental de décadas em que eles próprios colaboraram, mas que nos últimos meses adquiriu requintes de malvadez de fazer inveja a um Joseph Goebbels, debitam a aparentemente salomónica fórmula sabendo bem que o condicionamento prévio a que os telespectadores foram sujeitos os (nos) levará inevitavelmente (borregos que somos, pensam eles de que) à única conclusão possível: russos e ucranianos acusam-se mutuamente, mas é claro que só podem ter sido os mafarricos da Moscóvia! Pourquoi? Parce que!

    Outro requinte de subliminaridade é a referência à “ÁREA” [de Zaporíjia] bombardeada. E aí temos um exemplo magnífico de trabalho de equipa, com a voz de outro herói da sick SIC, Aurélio Faria, a referir, imediatamente a seguir ao “não me comprometas” do Guedes de Carvalho, um bombardeamento russo (esse sim real) à povoação de Zaporíjia. Eis a pérola: “O míssil russo atingiu a casa, agravou a destruição NOS ARREDORES DE ZAPORÍJIA, ONDE ESTÁ LOCALIZADA a maior central nuclear da Europa.”

    Ora tenho muita pena mas é mentira, e não me parece possível que tanto o Guedes de Carvalho como o Aurélio Faria não saibam que é mentira. A povoação de Zaporíjia está nas mãos dos ucranianos. A central nuclear dita de Zaporíjia está quase desde o início da guerra em mãos russas e situa-se não “NOS ARREDORES DE ZAPORÍJIA”, mas, na verdade, em Energodar, a 55 km em linha recta da Zaporíjia povoação.

    Pois é, caros convivas, há muitas maneiras de esfolar um gato, e aos nossos moços (e moças) de recados não falta nesse departamento criatividade.

  2. Sobre os bombardeamentos à central nuclear dita de Zaporíjia, dizia ontem Rodrigo Guedes de Carvalho, ao minuto 20:40 do Jornal da Noite da SIC (cada dia mais sick):

    “Entre as acusações de russos e ucranianos, A ÁREA tem sido de novo bombardeada.”

    Toda a gente com um mínimo de dois neurónios funcionais sabe que são os ucranianos que bombardeiam irresponsavelmente a central, pois, como diz o major-general Raul Cunha, os russos não se bombardeiam a si próprios. E fazem-no por vários motivos. Um dos principais será, provavelmente, fazer aquilo de que, presentemente, acusam falsamente os russos: uma vez recuperada a central, transformá-la numa base militar imune a qualquer ataque de resposta, por receio de um acidente nuclear grave. Uma espécie de porta-aviões à prova de bala, absolutamente inexpugnável. Para isso confiariam no sentido de responsabilidade dos russos, coisa que a eles, dirigentes ucranianos, falta. A zona da central seria atafulhada de armamento de todo o tamanho e feitio e a partir dela poderiam bombardear impunemente vastas áreas do Donbass, nomeadamente as cidades de Donetsk e Mariupol, a 250 km de distância. A cereja em cima do bolo seria a própria Crimeia, a uns meros 150 km em linha recta! Ora se eu, estrategista de aviário, percebi isso, muito melhor e há mais tempo o perceberam os russos, e obviamente que o sabe também a Agência Internacional de Energia Atómica, pelo que não deixa de ser engraçado ver a dita AIEA a apelar, insistentemente, à chamada desmilitarização da central propriamente dita e ao estabelecimento de uma zona desmilitarizada à sua volta. Sabe perfeitamente a AIEA o valor que Kiev dá aos compromissos assumidos e o que vale a assinatura dos seus dirigentes em qualquer acordo em que sejam parte, como se viu com os Acordos de Minsk. No dia seguinte à saída dos russos, toda a zona imediatamente adjacente às zonas mais sensíveis da central entraria em processo acelerado de conversão em base militar ucraniana, atafulhada de brinquedos bélicos até aos dentes. Poderia até a AIEA balir uns protestozinhos de circunstância, assumidamente castrados, como está farta de provar ser a sua especialidade, que a resposta óbvia de Herr Zelensky von Pandora Papers und Vogue seria que a Ucrânia não abdica de um centímetro de soberania sobre o seu território e não reconhece a ninguém o direito de a esse direito impor qualquer limite ou restrição.

    É aqui que entram as coisas que os Guedes de Carvalho e restantes tarefeiros, tanto cá pelo jardim como por toda a heróica Europa vassala, sabem que não podem dizer, pois sabem também que uma prateleira ou o puro ostracismo são serventia da casa. Como resolver então o berbicacho deontológico da profissão (jornalista) que alegadamente é a sua? Ou, poderão dizer os mal-intencionados (vade retro!), a sórdida missão que alegremente abraçaram, no caso em concreto a de atribuir aos russos todos os males do mundo, inclusive o furúnculo que um dia destes poderá aparecer-lhes no olho do cu (pardon my French)? Elementar, meu caro Watson, a fórmula mágica é: “russos e ucranianos acusam-se mutuamente”. Perfeitamente cientes do condicionamento mental de décadas em que eles próprios colaboraram, mas que nos últimos meses adquiriu requintes de malvadez de fazer inveja a um Joseph Goebbels, debitam a aparentemente salomónica fórmula sabendo bem que o condicionamento prévio a que os telespectadores foram sujeitos os (nos) levará inevitavelmente (borregos que somos, pensam eles de que) à única conclusão possível: russos e ucranianos acusam-se mutuamente, mas é claro que só podem ter sido os mafarricos da Moscóvia! Pourquoi? Parce que!

    Outro requinte de subliminaridade é a referência à “ÁREA” [de Zaporíjia] bombardeada. E aí temos um exemplo magnífico de trabalho de equipa, com a voz de outro herói da sick SIC, Aurélio Faria, a referir, imediatamente a seguir ao “não me comprometas” do Guedes de Carvalho, um bombardeamento russo (esse sim real) à povoação de Zaporíjia. Eis a pérola: “O míssil russo atingiu a casa, agravou a destruição NOS ARREDORES DE ZAPORÍJIA, ONDE ESTÁ LOCALIZADA a maior central nuclear da Europa.”

    Ora tenho muita pena mas é mentira, e não me parece possível que tanto o Guedes de Carvalho como o Aurélio Faria não saibam que é mentira. A povoação de Zaporíjia está nas mãos dos ucranianos. A central nuclear dita de Zaporíjia está quase desde o início da guerra em mãos russas e situa-se não “NOS ARREDORES DE ZAPORÍJIA”, mas, na verdade, em Energodar, a 55 km em linha recta da Zaporíjia povoação.

    Pois é, caros convivas, há muitas maneiras de esfolar um gato, e aos nossos moços (e moças) de recados não falta nesse departamento criatividade.

      • Obrigado, amiga Estátua. Como na altura em que primeiro “despejei” o comentário ele não entrou, insisti mais tarde, com uma ligeira “melhoria” na coypastação, algumas horas mais tarde, pelo que os dois são praticamente iguais. Se possível, peço-te que elimines o primeiro (das 12:53 am).

        • Adorei esse comentário. Perdoo-te o teu “French”, foi útil e na dose certa. Fez-me rir.

          Desmontaste muito bem a tal treta dos “bombardeamentos mútuos” ou “acusações mútuas”.

          Mas isto vai correr muito mal para os propagandista da NATO, a cada mentira do Z. Daqui para a frente, essa mesma expressão, acima de tudo depois do bombardeamento na Polónia, colocará nos espectadores de facto uma dúvida, se é que não coloca já uma sensação de “está a dizer que a culpa é da Ucrânia, sem o admitir diretamente.”

          Eu já conheço aquele mapa como a palma da minha mão. Sempre que falam da “central nuclear de Zaporojie” sem mostrar o mapa, já sei com que intenção dão a “notícia”.
          Era como ter uma central nuclear na Figueira da Foz (Energodar) e dizer que é a “central nuclear de Coimbra” (distrito/oblast de Zaporojie), ainda por cima com “a área” sob controlo de diferentes exércitos.

          Outra coisa que notei é que só se fala destes bombardeamentos (dos Nazi/NATO contra a central nuclear em Energodar), quase diários desde Junho, quando há uma tentativa de escalar ou enviar mais dinheiro/armas para a ditadura de Kiev. Nos dias seguintes os mísseis continuam a cair “na área”, mas já não se fala disso nos canais de “notícias” ocidentais.

          Estes 9 meses têm sido uma grande lição prática do que é a propaganda,a manipulação, o condicionamento,a omissão, e a desonestidade da “imprensa livre” às ordens das PsyOps da NATO/CIA.

          Só tenho pena daqueles sem capacidade para se aperceberem… Por um lado são idiotas/incapazes, por outro lado são também eles vítimas da máquina de guerra do regime genocida ocidental.
          Quando me lembro disto, faço um esforço para me moderar e baixar o tom. Mas caramba, quantas “armas de destruição massiva do Iraque” e “bombardeamento Russo contra a Polónia” é que são necessários para esta gentinha acordar do quase coma induzido em que está?!?

          • Quando eu era aluno do 5º dos liceus ( anos 60 ), o Volga não podia ser considerado o maior rio da Europa porque ” nós não tinhamos relações com a Rússia “, afirmou a prof de geografia – juro ! Depois ( anos 70 ) veio a saga “Rocky Balboa” – apenas a ponta do iceberg de uma gigantesca produção hollywoodiana onde o “in” era sempre o “ivan”. Na verdade até na parada Chaimite da EPC de Santarém, o “in” se chamava “ivan”. Como entretanto Karl Popper não passou a fazer parte do currículo obrigatório, como quer o Marques que a malta que por aí anda ( uns porque formatados no antigamente, e outros moldados sem qualquer possibilidade de contextualizar criticamente a História ) questione a narrativa veiculada por essa grande referência da inteligência lusa que acode pelo nome de rodrigues dos Santos ? Impossivel, caro Marques !

  3. E não é só manipulação, Carlos Marques, temos também, e cada vez mais, aldrabice e vigarice descaradas. É coisa velha, mas a partir de 24 de Fevereiro parece que tomou o freio nos dentes. A sensação de impunidade, de que tudo se pode dizer e transformar em verdade bíblica, desde que veiculado por um ecrã de televisão, sem contraditório, tem produzido bosta em quantidades tais que começo a recear pela capacidade de tratamento das ETAR do nosso belo jardim.

    A trampa é tanta que dei comigo, em conversas de amigos, a ter dificuldade em atribuir esta ou aquela bojarda a este ou àquele artista em particular, neste ou naquele canal. Assim, arranjei uns cadernos A5 e, graças à utilíssima ferramenta que nos permite parar a imagem ou retroceder, comecei a transcrever, palavra por palavra, as pérolas mais “interessantes”, identificando-as por autor, canal, data e, quando disponível, também a hora. Assim não arrisco violação de “direitos de autor”. Melhor dizendo: atribuição errada da bojarda. D. Duarte I escreveu, no século XV, “A Arte de Bem Cavalgar Toda a Sela” (em rigor “Livro da Ensenhança de Bem Cavalgar Toda Sela”). Eu, qualquer dia, tenho material suficiente para publicar “A Arte de Aldrabar, com Sela e sem Ela”. Será uma obra profusamente ilustrada, pois não me faltam capturas de ecrã no tablet e até fotos tiradas ao aparelho de televisão, com imagem parada.

    Exemplos:

    1 — Aquando das explosões nos Nord Sream 1 e 2, lembras-te certamente da vigarice (que ainda perdura) que foi a tentativa de atribuição da sabotagem à Rússia. Pois no Jornal da Noite da sick SIC de um desses dias (a foto que tirei tem a data de 1 de Outubro, mas o Jornal pode ser da véspera ou mesmo de dois ou três dias antes), na rubrica “Guerra Fria”, o caga-mísseis Rogeiro (pardon my French again), tu cá tu lá com os serviços secretos do Burkina Faso, Freixo de Espada à Cinta e Baixa da Banheira, ilustrou a criativa teoria com a informação, certamente ultra-secreta, da presença numa base naval do exclave russo de Kalininegrado de uma unidade especial da marinha de guerra russa especializada em guerra submarina. Sempre no segredo dos deuses, o Rogeiro até nos disse o nome da sinistra unidade moscovita, que na foto que tirei aparece escrito no ecrã. Uma unidade especial de fuzileiros navais especializada em guerra submarina abancada numa base naval, topas? E ainda por cima uma das principais bases navais russas. Que coisa mais estranha! Certamente que as unidades equivalentes da Marinha de Guerra americana preferem abancar nas montanhas Rochosas, no deserto do Nevada ou no Parque Nacional de Yellowstone, a treinar bisontes em técnicas de sabotagem submarina.

    Mas, não se contentando o nosso herói com a valiosíssima informação que generosamente nos facultava, ofereceu-nos, ainda mais generosamente, um mapa em que delimitou a zona das famigeradas explosões. Em verdade te digo que, aliada à generosidade, o ejaculador de mísseis Rogeiro é rico em criatividade. Assim, a área por ele delimitada (uma avantajada elipse com uns 300 km no eixo horizontal e 250 km no eixo vertical) enfiava-nos pelos olhos dentro a sua comprometedora proximidade à Kalininegrado moscovita. Era mesmo em frente, topas? Haverá melhor prova da culpabilidade e perversidade da Moscóvia? Assim, perguntarás tu e todos os homens e mulheres de boa vontade do planeta e arredores que por aqui andam poisando, qual é o problema do sacana do Joaquim Camacho? Uma picuinhice, a saber: a verdadeira zona das explosões não tem nada a ver com o bué da criativo boneco do caga-mísseis (pardon my French again and again). É uma zona muito mais pequena, a sudoeste da “batata” desenhada pelo nosso (salvo seja!) herói, em redor da ilha dinamarquesa de Bornholm, a uns 250 km em linha recta do ponto mais próximo de Kalininegrado. Além das fotos que tirei então ao ecrã da televisão, tenho screenshots da mesma região a partir do Google Earth onde reproduzi o boneco do rapaz e onde a criatividade é ainda mais evidente.

    2 — Em 7-10-22, dizia o Milhazes (inicialmente convicto seminarista, depois recauchutado em comunista, mais tarde re-recauchutado em anticomunista, hoje afamado herói de taxistas porque disse car**** em directo na televisão), dizia o Milhazes, repito, a propósito de uma antiga ministra da Saúde russa, que ao que parece se fartou de roubar e hoje tem casas de luxo na zona de Cascais (é sabido que só Herr Zelensky von Pandora Papers und Vogue tem direito a casas de luxo fora da terrinha, em Londres e na Riviera, nomeadamente):

    “Cá está a senhora, e no Guincho, esta senhora simpática, que é antiga ministra da Saúde e hoje é vice-primeira-ministra da Rússia, mas ligada à saúde também. Durante a pandemia morreram mais de um milhão de russos, mas a família da senhora encheu os bolsos porque as empresas, muitas das empresas ligadas à medicina, pertencem ao filho e ao marido, que é antigo ministro da Indústria.”

    É sabido que apenas heróis certificados do (ou pelo) império do bem têm direito a encher os bolsos à custa dos cargos públicos que ocupam ou ocuparam, como o corrupto senil Joseph Robinette Biden e seu filhote cocainómano, a barbie fossilizada Nancy Pelosi, o topa-a-tudo Tony Blair ou o marxista-leninista-maoísta recauchutado em banqueiro Durão Barroso, mas o que aqui me traz agora é mais uma picuinhice: ao dia de hoje, mês e meio depois do milhão de russos mortos de covid pelo Milhazes, o número verdadeiro é de 391568, ou seja, ressuscitaram mais de 600 mil de há um mês a esta parte. Onde morreram até hoje, de covid, “mais de um milhão” foi no exemplar império do bem (1103355). Números confirmados agorinha mesmo no site Worldometers.

    Enfim, picuinhices de reformados ociosos… Maldita peste grisalha! Não se pode exterminá-la?

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