(Rafael Barbosa, in Jornal de Notícias, 03/04/2021)

Líder socialista bate o social-democrata por larga margem na adesão à personalidade e às políticas. Na avaliação de desempenho, António Costa tem 40 pontos de saldo positivo, enquanto Rui Rio está em terreno negativo. Na confiança para primeiro-ministro, vale o triplo do adversário à Direita, revela sondagem da Aximage para o JN, DN e TSF.
Três meses depois de um primeiro frente a frente, António Costa está mais forte, enquanto Rui Rio estagnou. O líder socialista não só passa incólume pela terceira vaga da pandemia, como amplia a vantagem para o social-democrata, de acordo com o barómetro da Aximage para o JN, DN e TSF. É assim em todos os parâmetros: na adesão dos portugueses à personalidade e às políticas de cada um; na avaliação ao desempenho enquanto líderes partidários; e, finalmente, quanto à confiança para primeiro-ministro, com Costa a acumular 36 pontos de vantagem sobre Rio.
Gosta da Estátua de Sal? Click aqui.
Foi em dezembro que o barómetro ensaiou um primeiro teste alargado à popularidade dos líderes dos dois maiores partidos. E já então a diferença entre Costa e Rio era significativa. Três meses depois, o fosso alarga-se, graças à popularidade acrescida do atual primeiro-ministro.
Quando se mede o gosto pelos líderes e pelas suas políticas, o socialista solidifica a sua base (ou seja, a resposta com maior número de escolhas): são agora 40% os que apreciam simultaneamente a personagem e as suas ideias (mais três pontos do que em dezembro).
O crescimento é ainda maior quando se mede os que apreciam a pessoa, independentemente das políticas – são agora 61% (mais sete pontos). Mas cresce também a adesão às políticas, independentemente da avaliação pessoal – são 50% (mais dois pontos).
RIO COM BASE SOMBRIA
A exemplo de dezembro do ano passado, a base do social-democrata é mais sombria: 35% não gostam nem do líder nem das ideias que defende, um pouco mais do dobro dos que manifestam uma adesão total (16%).
Quando se somam as parcelas que permitem medir o apoio às políticas, independentemente da personalidade, o resultado de Rui Rio também é baixo: 28% (igual a dezembro). No caso do gosto pela pessoa, e independentemente das políticas, a situação é um pouco melhor: 41% (mais um ponto percentual).
Em qualquer dos ângulos de análise – preponderância na imagem pessoal ou nas políticas – o líder do PSD tem sempre saldo negativo. Mas há algumas exceções, quando se decompõem os segmentos da amostra: o saldo pessoal é positivo no Norte e na Área Metropolitana do Porto; entre os homens; e nos que têm 65 ou mais anos. Já no que diz respeito às políticas, só os eleitores do PSD lhe garantem um saldo positivo.
COSTA FRACO À DIREITA
No caso de António Costa, a norma é averbar um saldo positivo, tanto na adesão à personalidade, como às políticas, ainda que neste caso a margem seja estreita. Aliás, é apenas neste ângulo de análise que se encontram duas exceções negativas: entre os que vivem na região Centro; e os que estão no topo da escala social.
Quando se tem em conta as preferências partidárias, a história é outra. Entre os socialistas, a personalidade e as políticas de Costa têm um apoio quase unânime, sendo igualmente elevado à Esquerda. À Direita o cenário é mais sombrio, em particular entre os eleitores do Chega e da Iniciativa Liberal. O saldo é também negativo entre os apoiantes do PSD (mas pelo menos um em cada três apreciam as políticas do socialista).
Uma das características que se mantém, de dezembro para março, no caso de Costa como no de Rio, é que os portugueses mostram-se bastante mais generosos na avaliação das qualidades pessoais do que na adesão às políticas. Uma das notáveis exceções é o grupo de portugueses mais pobres que, tanto na avaliação ao socialista, como ao social-democrata, mostram mais apreço pelas políticas do que pelas personagens. No caso do líder do PSD, juntam-se os inquiridos com 18 a 34 anos.
AVALIAÇÃO MENSAL
Não é apenas na adesão à personagem e às políticas que António Costa está em vantagem sobre Rui Rio. Na avaliação ao desempenho, que o barómetro da Aximage mede todos os meses, o socialista também alarga a liderança: tem 60% de notas positivas e apenas 20% de negativas, ou seja, um saldo positivo de 40 pontos (mais onze do que em dezembro).
Ao contrário, o social-democrata permanece em terreno negativo, ainda que seja de apenas um ponto (três em dezembro): são quase tantos os que dão nota positiva (33%), como os que dão negativa (34%). Os mais generosos com Rio estão no Sul e no Norte do país. No caso de Costa são os que vivem nas áreas metropolitanas de Porto e Lisboa.
Este padrão regional de suporte a cada um dos líderes repete-se na confiança para primeiro-ministro. Mas, no resultado global, a diferença é abissal: Costa recebe o triplo (54%) dos “votos” de Rio (18%). O social-democrata tem ainda um longo e difícil caminho a percorrer, se de facto tem ambições a substituir o socialista na chefia do Governo do país.
Os mais velhos
Os cidadãos mais velhos (65 ou mais anos) são particularmente generosos na adesão às qualidades pessoais dos dois líderes – 70% para Costa e 54% para Rio. Mas também são os mais críticos das políticas do social-democrata – 73% não gostam.
Os mais pobres
Quanto mais pobres, mais os portugueses apreciam as políticas de Costa (dois terços). Ainda que num patamar mais baixo (pouco mais de um terço), são também os mais pobres os que valorizam as políticas de Rio.https://d012e0b005fe1d89d7721f09a3e8da3c.safeframe.googlesyndication.com/safeframe/1-0-38/html/container.html
As mulheres
As mulheres são o ponto fraco do líder do PSD, na adesão à personalidade e na valorização das ideias: 50% não gostam da personagem, 62% contestam as políticas. No caso do líder socialista, há equilíbrio de género quanto às ideias e maior valorização das qualidades pessoais pelas mulheres.
Nota. Enapá, 2050! A continuar assim o António Costa ainda acabará transformado em estrela de uma série na SIC, ou no canal de streaming da Opto. Antes foi o António de Oliveira Salazar que, tendo casado com a Pátria, tinha afinal o seu lado sexy, libidinoso, que na surra exibia perante uma vasta galeria feminina, argumento da escritora Felícia, perdão, da antiga jornalista Delícia Cabrita; agora vem aí o Grande José Sócrates que, travestido de ex-ministro das Obras Públicas recebia uns envelopes com dinheiro fresco de um amigo e oitros empreeinfantil através do motorista, vai ser lindo!, com argumento e prémio de carreira antecipado justamente atribuído ao consagrado jornalista João Miguel Tavares; um dia outro, ou outro dia, chegara a vez do António Costa que, tendo passado a vida a distribuir electrodomésticos, cheques para os autarcas e restante camaradagem, vacinas para os velhotes que sobreviveram e testes para a Covid-19 para os restantes que custam dez-10-dez euros (é verdade que se esqueceram de criar o tal site para que os resultados ficassem registados algures na DGS, mas isso que interessa?), um homem fora do comum que durante uma pandemia a caminhar para a 4.a vaga tem uma ministra da Cultura que ameaça uma ognota usurpadora da NOSSA camisola poveira!, que ostenta na lapela uma ministra do Trabalho que criou uma linha telefónica para os sem-abrigo se queixarem de coisas das 9 às 5 davtarde, a sério!, que-que-que, que ameaça literalmente toda a gente com a lei e ordem do Tribunal Constitucional porque uns maduros viram que os prometidos apoios sociais, a sopa dos pobres, seriam afinal calculados com base nos rendimentos do ano de 2020 quando estiveram meses sucessivos fechados por ordem do mesmo governo do PS e isso, portanto, era uma trafulhice que deveria dar prisão, tudo somado!, estará disponível numa fantástica série televisiva com argumento da influencer Graça Fonseca, que assim se estreia nas artes e letras, de gordinha Marianinha Vieira da Silva, que supervisionará tudinho e que, em tempo, eliminará as cenas de ódio existentes no guião, na net, no leito dos portugueses, e, ainda, da apaixonada Ana Catarina Mendes que ), na própria série, fará de madrinha da infantil Cinderela (enquanto o coninhas do irmão, depois de uma fulgurante carreira como ministro das Finanças, desembolsa mais uns milhões do Orçamento de Estado, endividado nós?, para essa justíssima homenagem a um humilde goês que começou na inocente infância a ajudar os seus pais na pequena loja de frutas do Martim Moniz, onde se vendiam mandioca, enlatados, arroz e especiarias, e, o irmão, estará finalmente não calha para substituir o Centeno à frente do Banco de Portugal…). Dizem as sondagens que há que ser paciente e esperar mais uns 50 anos, coisa nunca vista.
🙂 , ganhem mas é juízo pás!
😉 😉
Como dizia há tempos o David Lynch no seu canal youtube, estamos a viver tempos fantásticos para quem gosta de teatro do absurdo.
Podemos estar descansados mais uns tempos.
O PSD-CDS-IL-Chega parece ter perdido parte da sua capacidade de instrumentalizar as crises internacionais.
Graças também à extrema esquerda que, DESTA VEZ, parece ter ganhado juízo e não anda a derrubar governos PS para pôr lá o PSD.
A ver se isto dura.