(Carlos Esperança, 22/12/2020)

O Professor Marcelo, em visita de Estado ao principado de Andorra, setembro de 2017, afirmou que “quando viro à direita em Portugal, a direita não nota” [sic].
Talvez por isso, pela estupidez que admite na sua área ideológica que, aliás, não tem o monopólio, como se vê pelos eleitores do PS que se dispõem a votar nele, resolveu de forma clara fazer agora a Eduardo Cabrita o que fez, cruelmente, à anterior titular, Dr.ª Constança Urbano, quando dos incêndios de Pedrógão, coagindo-a a demitir-se.
Se, desta vez, a direita não nota que vira à direita, de onde nunca saiu, o que surpreende é a intenção do voto de quem lho confia com a leviandade de quem julga defender o PS.
Enquanto este candidato da direita, por ser candidato, se abstém da mensagem de Ano Novo, servindo-a diariamente em suaves prestações, e se intromete na composição do Governo, os média e os ignotos ex-PR e ex-PM apareceram a dar uma ajuda, ainda que fosse maior a aversão que provocaram do que o desgaste do Governo, que pretenderam.
Neste macabro baile de máscaras, em ambiente lúgubre de pandemia, o regresso da D-G de Saúde, Dr.ª Graça Freitas é o refrigério para as feridas abertas na nossa sociedade.
Foi tão bom voltar a ouvir a agradável voz da Dr.ª Graça Freitas a aconselhar: «vacinar, vacinar, vacinar», com a suavidade da voz e a ternura da sua dedicação pública.
Bem-vinda ao nosso convívio. Senti a sua falta.