A síndroma Tolstoïevsky

(Slobodan Despot, in Despotica, 8/8/2014, trad. José Catarino Soares)

2017. Slobodan Despot, durante a apresentação do seu romance, “Le Rayon Bleu

Nota Introdutória do tradutor

O autor deste texto, Slobodan Despot, é um escritor e editor sérvio por nascimento, suíço por adopção e francês pelo idioma que escolheu para se exprimir. O texto “A síndroma de Tolstoïevsky” foi escrito em 2014, mas parece ter sido escrito hoje, em 2024, tão grande continua a ser a sua actualidade. O seu alvo é a russofobia, da qual tivemos e continuamos a ter mil e uma manifestações em todo o “Ocidente alargado” (Portugal incluído). Despot desenterra e expõe as raízes dessa fobia: a ignorância crassa e a sobranceria ensimesmada relativamente a um país imenso, que é também uma civilização de primeira grandeza. “Tolstoïevsky” não é uma palavra inventada por Despot. É o resultado risível da confusão frequente entre Tolstoi e Dostoïevsky, verbalmente fundidos numa só pessoa — uma confusão sintomática da ignorância crassa e sobranceria ensimesmada com que o “Ocidente”, tanto o estreito como o alargado, olha para a Rússia.

O problema da abordagem ocidental da Rússia não é tanto a falta de vontade de compreender, mas sim uma vontade excessiva de não saber nada.


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Esta é a nação que produziu Pushkin e Guerra e Paz, Nijinsky e O Lago dos Cisnes; que tem uma das mais ricas tradições pictóricas do mundo; que classificou os elementos da natureza; que foi a primeira a enviar um homem para o espaço (e a última a fazê-lo); que produziu pazadas de génios no cinema, na poesia, na arquitectura, na teologia, na ciência; que derrotou Napoleão e Hitler; que publica, de longe, os melhores manuais de física, matemática e química; que conseguiu encontrar um modus vivendi secular e pacífico, baseado no respeito e na compreensão mútuos, com os seus tártaros e os seus inúmeros muçulmanos, Casares, budistas, Chukchis, Buriates e Tungúsicos; que construiu o caminho-de-ferro mais longo do mundo e que ainda o utiliza (ao contrário dos EUA, onde os lendários carris acabam comidos pela ferrugem); que explorou e cartografou meticulosamente as terras, os costumes, as etnias e as línguas do espaço euro-asiático; que constrói temíveis aviões de combate e submarinos gigantescos; que reconstruiu uma classe média em menos de quinze anos após a terceira mundialização de Gorbachev e Ieltsin; esta imensa nação, que governa um sexto da superfície terrestre, é subitamente tratada, de um dia para o outro, como um bando de brutamontes que precisam de se livrar do seu caricato e sangrento ditador antes de serem educados para servir a “verdadeira” civilização!

O Ocidente recorre ao mesmo odioso teatro de fantoches em todas as crises, de Ivan, o Terrível, a Putin-“Putler”, passando pelo czar Paulo, pela Guerra da Crimeia, pelo pobre e trágico Nicolau II e até pela URSS, onde todos os êxitos eram ditos “soviéticos” e todos os malogros denegridos como “russos”.

As nações servis, que dão aos americanos um crédito ilimitado pela sua traição e banditismo “porque nos libertaram em 1945”, não têm uma palavra ou um pensamento de gratidão pela nação que mais contribuiu para derrotar a hidra nazi… e que pagou o preço mais alto por isso. Os seus representantes eleitos são tratados como intrusos, o seu presidente é caricaturado com um ódio obsessivo e a liberdade de circulação e de comércio dos seus cidadãos, cientistas, académicos e homens de negócios é suspensa por capricho de obscuras comissões europeias, de cujos membros os povos que eles dizem representar não conhecem sequer o nome, nem por que razão ele ou ela tem nelas assento, em vez de outro qualquer fantoche das multinacionais.

Mas tudo isto não é nada. Faz parte da ordem das coisas. O Ocidente e a Rússia estão simplesmente a prolongar ad infinitum o conflito Roma-Bizâncio, alargando-o aos continentes vizinhos e até ao espaço interplanetário. Esta é a verdadeira e única guerra de civilizações. Bárbara como o saque de Constantinopla, apocalíptica como a sua queda, antiga e insidiosa como os cismas teológicos que encobrem pérfidas tomadas de poder. Escondido nas dobras do tempo, mas pronto para atacar e morder como uma armadilha para lobos. É a única armadilha, aliás, que o império ocidental não montou sozinho e não consegue desarmar. (No pressuposto de que a ameaça islâmica é apenas o produto das manobras coloniais anglo-saxónicas, da ganância do petróleo e das acções de serviços estatais ocupados a cultivar espantalhos para assustar os seus próprios súbditos, abatendo-os depois para os convencer do seu próprio poder e necessidade).

A ameaça russa, por outro lado, é de natureza diferente. Trata-se de uma civilização praticamente gémea, enraizada nas suas terras, consciente de si própria e totalmente aberta aos três oceanos, ao Ártico e aos Himalaias, às florestas da Finlândia e às estepes da Mongólia. Aqui há soberanos que ‒ desde a batalha de Kazan, ganha pelo mesmo Ivan que nos serve de papão ‒ ostentam o título de Cãs tártaros, bem como imperadores cristãos sentados na derradeira Roma, a terceira, Moscovo, que floresceu numa época em que Bizâncio gemia sob os Otomanos e o Papa sob a verga dos seus favoritos. Eis uma terra de horizontes infinitos, mas cujos contornos estão gravados na história do mundo, invioláveis embora difusos. E, por último, mas não menos importante, aqui estão os povos mais diversos que se possa imaginar, misturando os cabelos louros dos vikings com os olhos oblíquos e as peles bronzeadas da Ásia. Os russos não esperaram que a miscigenação começasse, têm-na no sangue, tão bem assimilada que já nem sequer pensam nisso.

Os cabeças-rapadas obcecados pela raça que passam nos canais de televisão anglo-saxónicos têm a mesma função que os relógios de cuco suíços: artigos para turistas.

[A Rússia] É tão parecida com a Europa. E está tão longe dela! Tão longe que os infatigáveis navegadores dos mares ‒ genoveses, ingleses, holandeses, espanhóis ‒ que conhecem o cheiro da fava tonka e a variedade das madeiras de Sumatra, nada sabem sobre a composição de um borsch [sopa de beterraba de origem ucraniana, n.t.]. Nem sequer como se pronuncia o nome desta sopa. Não é que não o possam aprender. É só que não querem. Nem querem realmente conhecer o espírito, os costumes e a mentalidade dos imigrantes exóticos que agora acolhem aos milhões e que deixam amontoar-se em guetos, porque não sabem como falar com eles.

Como criança sérvia, tive de aprender duas línguas e dois alfabetos para começar a minha vida de imigrante. Aprendi outras para conhecer o mundo em que vivo. Surpreende-me sinceramente que a maioria dos meus compatriotas suíços não saiba os outros dois idiomas principais do seu país [o alemão e o italiano, n.t.]. Como é que se pode conhecer uma pessoa se não se sabe nada sobre a língua que ela fala? É o mínimo de cortesia. E essa cortesia está cada vez mais reduzida aos rudimentos do inglês de aeroporto.

O mesmo acontece com os russos, cuja educação incorpora a cultura da Europa Ocidental e a sua própria. Onde é que se vê o inverso a Oeste do Dniepre? Desde Pedro, o Grande, que os russos se consideram plenamente europeus. Os artistas da Renascença e os pensadores do Iluminismo eram deles. Leontiev, o padre Serge Bulgakov, Repin, Bunin, Prokofiev e Shestov ainda são nossos? Claro que não. Durante dois séculos, falar francês era a regra nas famílias cultas — e por vezes ainda é. Os russos acreditavam que eram intensamente europeus, mas a Europa fez tudo o que pôde para dissipar essa ilusão. Quando os jovens russos cantam Brassens de cor, responde-se evocando “Tolstoievski”. A Europa de Lisboa a Vladivostok só era real no Leste. No Ocidente, nunca foi mais do que a projeção livresca de alguns visionários.

A Europa de Lisboa a Vladivostok! Conseguem imaginar o poder, a continuidade, a influência e os recursos de uma tal entidade? Não. Preferimos, sem dúvida, ver-nos reflectidos no Atlântico. Um mundo envelhecido e os seus próprios bandidos, desesperadamente abraçados uns aos outros sobre o mar vazio, recusando-se a ver o mundo exterior como algo mais do que um espelho ou um saque. As suas últimas trocas calorosas com a Rússia datam de Gorbachev. Normal: o zeloso cornudo tinha começado a desmantelar o seu império sem nada em troca para além de um par de botas no rancho de Reagan. Vinte anos mais tarde, os soldados da OTAN [/NATO] ocupavam todo o território, de Viena a Levive, que tinham jurado nunca tocar! No auge da Gorbymania, Alexander Zinoviev lançou o seu axioma que todos os russos deveriam aprender desde o berço: “Eles só amarão o czar enquanto ele estiver a destruir a Rússia!”

“Ah, vocês, eslavos!”, já ouvi muitas vezes dizer: “Que dom para as línguas!” Durante muito tempo, regozijei-me, tomando o elogio pelo seu valor facial. Depois, tendo viajado, compreendi finalmente. Não somos “nós, eslavos” que temos um dom para as línguas: são vocês, “europeus”, que não o têm. Não precisam, porque durante séculos acreditaram que o vosso estojo linguístico (Inglês, Francês, Alemão, Espanhol) domina o mundo. Porquê esforçar-se por falar banto? A vossa língua, o estandarte da vossa civilização, é mais do que suficiente para vós, porque para lá da vossa civilização estão os limes (como no tempo de César), e para lá dos limes, meu Deus… estão as terras dos citas, dos sármatas, dos Caminhantes Brancos, em suma, da barbárie. Ou, para o dizer sem rodeios, o limite do mundo onde os navios mergulham no abismo infinito.

É por isso que, para vocês, o russo é chinês. E o chinês é árabe, e o árabe é o inimigo. No vosso olhar preso ao vosso umbigo, vocês já nem sequer têm os instrumentos cognitivos para compreender o que os outros ‒ que, de repente, começam a contar ‒ pensam e dizem realmente sobre vós. Teriam vergonha se conseguissem compreender o árabe dos pregadores dos subúrbios? Zombariam se conseguissem perceber algumas migalhas do que os empregados de mesa chineses do 13.º arrondissement [bairro em Paris, n.t.] dizem sobre vós? Rir-se-iam se conseguissem perceber a delicadeza do humor negro dos russos, em vez de se autoconvencerem, de cada vez que eles levantam uma sobrancelha, de que as lagartas dos carros de combate deles estão a milímetros do vosso relvado.

Mas vocês não se riem. Já não se riem. Até os vossos vaudevilles presidenciais são agora comentados com caras de pau. Vocês são tão sérios quanto os gatos que ronronam no silêncio do vosso recolher obrigatório, enquanto eles, os russos, ali, riem, choram e festejam nos seus apartamentos minúsculos, no seu metro sumptuoso, nos seus blocos de gelo, nas suas isbas e até sob uma chuva de granadas de obus.

“Tudo isto não é nada”, disse eu, referindo-me ao histórico mal-entendido entre nós. A parte séria está a chegar agora. Vocês não os culpam por três pedaços da Ucrânia que nem sequer sabiam que existiam. Culpam-nos por serem o que são, e por se manterem assim! Têm-lhes ressentimento por eles respeitarem a tradição, a família, os ícones, o heroísmo — em suma, todos os valores que vocês foram treinados para vomitar. Têm-lhes ressentimento por eles não organizarem o ódio a si próprios em nome do amor ao próximo. Invejam-nos por terem resolvido o dilema que vos enfraquece e vos transforma em hipócritas congénitos: até quando defenderemos cores que não são as nossas?

Culpam-nos por tudo o que vocês não conseguiram ser!

O que é mais impressionante é a quantidade de ignorância e estupidez que têm de demonstrar para manterem a vossa fantochada de um bando de brutamontes que precisam de se livrar do seu ditador caricatural e sangrento antes de serem educados para servir a “verdadeira” civilização. Porque tudo o desmente: as excelentes relações da Rússia com as nações que contam e se defendem (BRICs); o dinamismo real do seu povo; a competência dos seus estrategas; a cultura geral do primeiro russo que vos aparece à frente, por oposição à incultura especializada do “investigador” universitário parisiense que pretende explicar-nos o seu obscurantismo e o seu atraso. É porque esta miscelânea de brutamontes ainda acredita na educação e no conhecimento, quando a escola europeia produz a ignorância socializada; ainda acredita nas suas instituições, quando as da UE são risíveis; ainda acredita no seu destino, quando as velhas nações da Europa confiam o seu à bolsa e aos banqueiros de Wall Street.

A propaganda invadiu tudo, até o ar que respiramos. O governo de Obama impõe sanções ao regime de Putin: isto diz tudo! Por um lado, Guantánamo, assassinatos por drones nos quatro cantos do mundo, a suspensão dos direitos fundamentais e a licença para matar os próprios cidadãos sem julgamento — e, sobretudo, vinte e cinco anos de guerras coloniais calamitosas, sujas e falhadas que transformaram o Médio Oriente, da Bósnia a Candaar, num inferno na terra. Do outro, uma potência que está a tentar, passo a passo, limpar as suas próprias fronteiras, as mesmas fronteiras de que nos comprometemos a nunca nos aproximarmos. O vosso governo contra o regime deles…

Sabem do que se estão a privar ao separarem-se da Rússia duas vezes por século? O derradeiro refúgio para os vossos dissidentes, em primeiro lugar e acima de tudo a testemunha-chave, Edward Snowden. Das fontes de uma parte considerável da vossa ciência, da vossa arte, da vossa música, e até, actualmente, do último porta-aviões capaz de levar o vosso povo ao espaço. Mas isso não tem importância, porque submeteram a vossa ciência, a vossa arte, a vossa música e a vossa busca do espaço à lei suicida do rendimento e da especulação. E que serem seguidos e espiados a todo o momento, como vos mostrou Snowden, não vos incomoda por aí além.

Qual é o objectivo de implantar um microprocessador GPS em cães que já estão presos por uma trela? Quanto à dissidência… Só serve para minar a Rússia. Tudo é bom para minar a Rússia. Incluindo os nazis raivosos de Quieve, que vocês apoiam descaradamente e não hesitam em acicatar contra os seus próprios concidadãos. Seja qual for o resultado, haverá sempre alguns milhares de eslavos a menos…

O que é que a Rússia vos fez para estarem tão dispostos a desencadear contra ela as forças mais sanguinárias da maldade humana: os nazis e os jihadistas? Como é que podem pensar em eludir um povo espalhado por onze fusos horários? Exterminando-o ou escravizando-o?

(É verdade que “todas as opções estão em cima da mesa”, como se diz na OTAN[/NATO]). Depor do exterior um chefe de Estado que é mais popular do que todos vós juntos? Estão loucos? Ou o mundo é demasiado pequeno para que o “Ocidente” possa coexistir com um Estado russo?

Se calhar, afinal, é isso mesmo. Actualmente, a Rússia é a guarda avançada de um novo mundo, da primeira verdadeira descolonização. A descolonização das ideias, do comércio, das moedas e das mentalidades.

A menos que vocês, atlantistas e eurocratas, consigam arrastar convosco a toalha de mesa provocando uma guerra atómica, o banquete de amanhã será multipolar. Terão apenas o lugar que merecem. Será a primeira vez na vossa história, por isso é melhor estarem preparados.

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Algumas leituras relevantes:

Jürgen Elsässer : Comment le djihad est arrivé en Europe

A.S. Khomiakov : L’Église latine et le Protestantisme au point de vue de l’Église d’Orient

Naomi Klein : La stratégie du choc

Konstantin Leontiev : L’Européen moyen, idéal et outil de la destruction universelle

C.S. Lewis : L’Abolition de l’Homme

Carroll Quigley : Tragedy and Hope

Steven Runciman : La chute de Constantinople

Eric Werner : De l’extermination, L’avant-guerre civile

Alexandre Zinoviev : La Grande Rupture, L’Occidentisme

Fonte aqui.


22 pensamentos sobre “A síndroma Tolstoïevsky

  1. A negação de uma maioria de cidadãos sobre a situação do país, o facto de estarmos mal informados, implica uma parte de fantasias, a meu ver, enganadoras sobre o seguimento dos acontecimentos!

    A maior parte das vezes, aqueles que apresentam as coisas, ou não as apresentam, retiram-se para o campo ou, no caso dos “bobos”, para os bairros gentrificados, pensando que estão safos! Um grande erro, porque a fauna desumanizada vai com eles. É menos visível, mas cada um tenta passar despercebido à sua maneira, e a única vantagem, se estivermos lúcidos, é que podemos ver à distância, mas nem sempre!

    Os pequenos óculos redondos vão sofrer, porque aqueles que não têm mais nada, aqueles que confiaram neles, sabem que falharam. Os que estão no poder lançaram há muito tempo as bases para uma repressão em grande escala! Cada acontecimento é um teste: a Covid com o seu atestado, os registos de saúde, a identidade digital, os Jogos Olímpicos com o código QR, as leis Sapin e, em breve, o congelamento dos bens detidos num banco.
    Objetivamente, não podemos cuidar de nós próprios, alimentarmo-nos ou educarmo-nos a longo prazo numa sociedade que arde e sangra.

    A Suíça é para os ultra-ricos, porque se não tivermos um rendimento regular, estamos mortos. Os soberanistas e os economistas escolhem este destino, ou o Dubai ou Singapura,
    Sejamos francos! Estão tão divididos como os partidos que os representam, o que significa que não haverá qualquer recrudescimento político!
    Já não tenho a certeza de nada!

    Para atingir o nível atual de mentiras e dissimulações, o Estado ou os Estados não estão a trabalhar sozinhos. Estão claramente a trabalhar com os meios de comunicação social. Eles eram a última barreira ao que se podia fazer nas nossas costas. Agora estão a ajudar a virar tudo de pernas para o ar. A Covid e a guerra na Ucrânia são a mais recente prova disso.

    Infelizmente, as mentiras são cada vez menos necessárias Com a propaganda certa, é possível safar-se!!!!!
    Como prova: “Para financiar a transição ecológica e digital, as nossas capacidades de defesa e garantir a nossa segurança económica, temos de mobilizar e libertar as nossas poupanças na Europa”. Disse um grande líder europeu há 3 dias!!!!

    Quando os “media” públicos fazem as vontades dos poderes instalados e estão infiltrados por uma ideologia de “bobo de esquerda e bobo de direita”, e quando 98% da imprensa e dos “media” privados pertencem ao sistema, como é que pode haver informação honesta?

    Dizer que os políticos mentem é uma mentira…eles distorcem a realidade…é preciso saber mentir com o sotaque da sinceridade…esse é o lema deles!

    Sim, JFK, no seu discurso em Berlim em 1962, disse-nos
    Não esperem pelo que o Estado pode fazer por vós, façam o que vocês podem fazer pelo Estado.
    Foi uma declaração premonitória que agora podemos dizer:
    Cuidado com o Estado, que é perigoso, façam o que puderem para escapar às suas decisões enganadoras, o Estado não é um amigo protetor.
    A única pessoa que compreendeu isto antes de JFK foi De Gaulle, que tinha sido sujeito aos anúncios de Roosevelt com o seu plano Morgenthau para destruir o país.

    A América odeia a concorrência, as bombas e a carnificina são a sua única linguagem.

    O que é que podemos fazer ao nosso nível, nada mais do que aceitar, aceitar as suas mentiras, as suas despesas extravagantes, as suas leis.
    Não estamos na Coreia do Norte, ainda não, mas numa europa de loucos dirigido por loucos, temos a escolha entre a peste ou a cólera?

    Apesar das aparências, o principal perigo para o homem honesto não vem de pequenos bandidos, mas de um monstro que nunca desiste: o Estado!

    A hora do ajuste de contas está a aproximar-se. Há já algum tempo que tenho curiosidade em submeter estas ideias à inteligência artificial. Cuidado com a quebra, será um rude despertar.

    O meu vizinho tem duas observações a fazer-me:

    1. Será que é por causa de alguns lunáticos mal-intencionados que hipnotizaram as massas que as ovelhas continuam a ir para o matadouro quando têm tudo o que precisam para viver felizes, sem violência nem ódio e com respeito?

    2. Quando lhe pergunto o que significa “plotista”, responde-me: “És estúpido ou quê?

    O primeiro reflexo é confiar no nosso cérebro reptiliano: quando “salta” com o que ouve ou lê, é porque o cérebro precisa de ser totalmente activado, porque a explicação que se segue foi concebida para abafar o peixe.

    Mas como eles não estão a esconder nada, na verdade é quase fácil; basta abrir os olhos e os ouvidos. O subconsciente não se deixa enganar e é preciso ouvir as nossas intuições de “perigo”.

    Dizemos sempre “é demasiado bom para ser verdade” quando nos é apresentado um bom negócio que é uma fraude.
    São os mesmos fenómenos e é preciso manter-se crítico: “é demasiado bom para ser verdade”, “é demasiado grande”, “não é possível”, “de que raio está ele a falar”, “será assim tão mau?

    Se estas perguntas lhe vierem à cabeça, é porque estão à espera de uma resposta: estude a resposta, não dê ouvidos às respostas dos outros.

    “Se não pensarem, os outros pensarão por si”.

    Hoje em dia, as coisas estão tão distorcidas que é preciso pegar no que a propaganda do Estado diz e perceber o contrário.
    Se o seu banco lhe disser para fazer um seguro de vida e o desaconselhar a comprar ouro, faça o contrário.
    Se um governo o aconselha a fazer um determinado tratamento médico, evite-o. E assim por diante.
    E assim por diante.

    O Estado atingirá em breve os seus limites. A abordagem “custe o que custar”, que não passou de um acelerador que nos aproximou do fundo do poço, apenas adiou o problema. Actualmente, há uma queda significativa das receitas, uma queda que só irá aumentar, sem que as despesas sejam compensadas. Os nossos comunicadores profissionais serão inevitavelmente apanhados pela lei imutável da realidade.
    Estamos no síndroma do barril de Danaides.

    As artes e a cultura ajudam o cérebro a funcionar melhor. O cérebro descodifica a informação e, ao fazê-lo, permite-nos ver as coisas com mais clareza. Infelizmente, a maioria dos seres humanos raciocina de acordo com as suas emoções, os seus medos, os ambientes que frequentaram, a sua educação nacional e a dos seus pais, a sua falta de cultura e as suas ideologias, e por isso ficam presos. Desde a chegada das redes sociais, tem sido um desastre. Estamos na era da mentira desde o tempo das cavernas e das religiões. Somos filhos da lei do mais forte e do mais astuto, e dos falinhas mansas, por isso…

    O Ocidente está a desmoronar-se…. se continuar “nas mãos” dos satanistas… Devo antes dizer…: Sodoma e Gomorra, comparadas com o Ocidente de hoje, eram santas.
    O Ocidente está morto… estamos apenas à espera do funeral!

    Quando era miúdo, divertia-me imenso ao ar livre com os meus amigos e passava bons momentos em frente à televisão, a ver os desenhos animados fixes e os filmes muito bons da época e, para ser sincero, a escola ainda significava alguma coisa, fazia sentido. Hoje em dia, evito os principais meios de comunicação social, a televisão, a rádio, os jornais oficiais, etc. (há mais de 25 anos), que não passam de propaganda e de retransmissão de mentiras do Estado. Deixei de os ouvir há muito tempo. Durante a pandemia de COVID-19, li muito, com a cabeça limpa e a mente longe dos canais de notícias e de todo esse cinema mórbido. É bom que a Internet permita que alguns Blogues como o vosso continuem a existir, na esperança de que não sejam censurados daqui a alguns tempo.

    O que me espanta é que estamos a deixar o sistema educativo nacional sem uma verdadeira educação financeira… estamos a enviar pessoas para cursos de formação profissional sem perspectivas… sem uma verdadeira formação sobre as possibilidades futuras da nossa nação ou mesmo do nosso continente… em suma, não temos as chaves para tomar decisões claras!

    No ocidente a mediocridade está em todo o lado, desde as escolas aos gabinetes ministeriais, isso é wokismo, isso é o colapso de uma civilização!

    O problema não são tanto as mentiras ou a falta de informação que constituem um verdadeiro problema. É o facto de as pessoas terem sido levadas a acreditar que os “especialistas” são mais competentes do que elas, e que têm de confiar nesses especialistas…
    Temos de voltar ao “protesto dos príncipes” do século XVI, que diz mais ou menos o seguinte: não podemos confessar o que é contrário ao que nos dita a nossa consciência.
    É urgente restabelecer a independência do pensamento e o espírito de análise. O resto virá depois.

    Coreia Ocidental, brilhante e tão verdadeiro! O problema é que a dívida da P.I. foi fabricada com um falso “pends des mies” e depois com donativos colossais a um país que está totalmente “de rastos” e actualmente em conflito. Agora, o plano é descarregar sobre os aforradores e os reformados!

    A partir de agora é que vai ser bonito,ou feio….

    Ps:Comentarei menos a partir de agora devido à falta de tempo por causa do meu trabalho,mas sempre que ter oportunidade comentarei,principalmente ao fim de semana…

  2. Entretanto o Estado nazionista já deve ter conseguido consertar os danos nos aeródromos provocados pelos inofensivos drones iranianos e hoje foi um fartar vilanagem de bombardear tudo o que (ainda) mexe em Gaza.
    Na Alemanha qualquer desgracado que critique Israel, seja cristão, muçulmano, budista, ateu ou até judeu e reduzido a “cena islamita” a que as autoridades dizem estar muito atentas.
    Qualquer ação a favor da Palestina, conferência, congresso, o que for, recebe a visita da polícia que espanca sem do nem piedade. A prisão ou a multa esperam todos os que segundo aqueles trastes pregam o ódio a Israel.
    E cabe perguntar, que outra coisa podemos ter em relação a um pais que faz aquilo, cujos dirigentes dizem coisas horrendas, cujos soldados se filmam a fazer coisas horrendas se não ódio?
    Não nos mandam odiar os russos por infinitamente muito menos? Porque é que não podemos odiar um estado racista, brutal, genocida? Pelo que o Hitler fez há 80 anos? Acham mesmo que isso faz sentido?
    Sendo que acredito que muitos dos que simplesmente pedem o fim do massacre na Palestina não odeiam Israel porra nenhuma mas apenas as suas acções que são odiosas.
    Quanto a russofobia já ouvi de tudo e se não somos presos nem multados por não apoiar os nazis ucranianos gente a querer que vamos fazer companhia a Edward Snowden e o que não falta.
    Mas o que me arrepia é pensar que em quase toda a Europa todos os que aqui escrevinhamos já não tinhamos onde escrever e talvez tivéssemos sido rastreados e estivéssemos agora a aguardar julgamento ou já na prisão a conta do famigerado antissemitismo.
    Pensar que apesar de tudo somos um oásis de liberdade de expressão se comparados a essa Europa que apesar de tudo viamos como um espaço de liberdade e assustador e arrepiante.
    O que me arrepia é tambem como é que as populacoes foram manipuladas para aceitar isto. Como é possível que ninguém se revolte, que toda a gente ache isto normal.
    Tenha uma boa noite, se conseguir.

  3. Curioso o sentido de humor do autor de texto, que se se poderia traduzir em português para Déspota Eleutério (ou Libertário).

  4. Diz o marido de Madame Despot:
    “… os infatigáveis navegadores dos mares ‒ genoveses, ingleses, holandeses, espanhóis ‒ que conhecem o cheiro da fava tonka e a variedade das madeiras de Sumatra, nada sabem sobre a composição de um borsch [sopa de beterraba de origem ucraniana, n.t.]. Nem sequer como se pronuncia o nome desta sopa … “

    Pois a mim borsch [борщ, /borʃ/] soa-me a bóche! Quanto a ser de origem ucraniana, é como afirmar que o bacalhau ou o balacao, é de origem portuguesa.

    Mas o marido de Madame Despot esquece os portugueses, o que é normal num trânsfuga, só vê o que lhe dá jeito. Era verdade no tempo de Filipe II de Espanha, éramos ‘todos’ espanhóis, com a elite da época à cabeça da integração, tal como agora a elite quer que sejamos europeus. Traidor um dia, traidor sempre.

    Quando o marido de Madame Despot diz:
    “… Não precisam, porque durante séculos acreditaram que o vosso estojo linguístico (Inglês, Francês, Alemão, Espanhol) domina o mundo. “

    É de recordar que o português, mesmo abastardado com a ditadura linguística, que o centrão político impões e ao qual até os revolucionários de pacotilha aderiram, via corrector ortográfico, talvez por desconhecimento sobre como se altera a coisa no computador, é a 5ª (quinta) língua falada no Mundo, muito à frente do russo e do ‘seu’ sérvio, nem se fala. E se considerarmos que, mesmo sem terem estudado o castelhano, quase todos os falantes de português o entendem, então estamos em 2º (segundo) lugar, atrás do chinês e muito à frente do inglês. Vão ver os dados e façam as contas.

    Diz o marido de Madame Despot:
    “… Os russos não esperaram que a miscigenação começasse, têm-na no sangue, tão bem assimilada que já nem sequer pensam nisso…”

    Uma das ferramentas usadas pelas classes palradoras, é o uso do postulado. Mas será como o esclarecido suíço diz? Socorro-me desta página da RT: https://swentr.site/russia/596001-crimea-tightens-migrants-regulation/

    (tradução automática)
    “… A região russa da Crimeia proibiu estrangeiros de trabalhar em certas indústrias devido ao afluxo de imigrantes ilegais, anunciou o serviço de imprensa do governador local, Sergey Aksyonov.
    De acordo com um decreto assinado segunda-feira pelo chefe regional, a lista inclui 35 áreas onde os cidadãos estrangeiros não poderão trabalhar. Entre eles estão transporte, agricultura, pecuária, caça, mineração, produção de alimentos e bebidas, TI, media, comércio, imobiliário e educação.
    “Efectivamente, os trabalhadores migrantes poderão trabalhar apenas na construção e no turismo”, esclareceu Aksyonov num comunicado, acrescentando que a autorização de trabalho de cada migrante deve agora indicar a sua profissão.
    O governador observou que o decreto será adoptado gradualmente ao longo dos próximos seis meses, para que os trabalhadores migrantes e os seus empregadores tenham tempo para se prepararem para as mudanças. O novo regulamento é até agora temporário e deverá entrar em vigor até ao final de 2024.”

    E para terminar só mais esta do marido de Madame Despot:
    “… E que serem seguidos e espiados a todo o momento, como vos mostrou Snowden, não vos incomoda por aí além …“

    Ai incomoda, incomoda. O que parece não incomodar o suíço é isto:
    https://paginaum.pt/2024/04/17/a-matrix-aqui-a-nossa-frente/

    e isto também não o incomoda?
    https://paginaum.pt/2024/04/22/tratado-pandemico-propostas-mais-polemicas-caem-mas-risco-de-cheque-em-branco-mantem-se/

    e já gora isto? (tenham calma! não se enervem, é só um despacho da Lusa):
    https://folhanacional.pt/2024/04/23/peritos-pretendem-propor-ao-governo-criacao-do-programa-de-vacinacao-para-adultos/

  5. Aqui toda a gente sabe que os trabalhadores migrantes so podem trabalhar no turismo, na construção civil e nas limpezas, sem ser preciso lei nenhuma.e se podem trabalhar na agricultura e porque esse trabalho e particularmente penoso tendo em conta o nosso clima, e tão mal pago que só os desesperados migrantes lhe pegam. E aqui temos os cheganos a queixar se de imigração ilegal mas a Rússia tem de se haver com isso em triplo ou mais pois que boa parte dos países que quiseram abandonar a União Soviética caíram numa miséria tão negra que a muita gente só resta mesmo tentar a sorte na Rússia porque a porta da Europa Ocidental esta fechada e bem fechada.
    Sem contar que por cá ainda os migrantes ilegais não foram cooptados por terroristas como os que protagonizaram o recente ataque em Moscovo. Por isso que haja uma região da Rússia a querer regular a coisa, em especial uma, que tem todas as razões para desconfiar de quem lá entra, só é um motivo para falar mal a quem já está de má fé.
    E é justamente porque os russos são uma entidade não homogénea que no Ocidente há um plano para a dividir entre cinco a 20 bocados.
    O resto é conversa de gente que é efectivamente racista e sempre desprezou os russos desde o tempo em que iam lá caçar malta como a mãe do pintor da Mona Lisa.

  6. E porque ontem, 23, foi preso um vice-ministro da defesa, nada como ilustrar esses russos e os seus apartamentos minúsculos nos quais festejam:

    https://politikus.info/v-rossii/160695-zaderzhan-zamministra-oborony-rossii-timur-ivanov-po-podozreniyu-v-poluchenii-vzyatki.html

    Um tradutor qualquer como ‘add-on’ do navegador dirá o que ali está escrito.

    E concordo com o que o suíço diz:
    “Culpam-nos por tudo o que vocês não conseguiram ser!”

    Não há europeu, seja lá isso o que for, que não aspire ao luxo, aos doirados, ao trono e já agora uma tiara de diamantes nem que sejam da Swarovski.

    Já Costa livrou-se de ser metido dentro da jaula no Tribunal:
    https://politikus.info/v-rossii/160707-zamestitel-ministra-oborony-rf-timur-ivanov-otpravlen-v-sizo.html

  7. A boçalidade nunca obterá carta de alforria, porque é escrava apenas do seu próprio pressuposto existencial: confundir liberdade com licença para achincalhar (p.ex. tratar Slobodan Despot como “o marido de Madame Despot”), vilipendiar (p.ex. “Mas o marido de Madame Despot esquece os portugueses, o que é normal num trânsfuga, só vê o que lhe dá jeito./…/ Traidor um dia, traidor sempre”) e amesquinhar (p.ex. “É de recordar que o português /…/ é a 5.ª (quinta) língua falada no Mundo, muito à frente do russo e do ‘seu’ sérvio, nem se fala”), quem não aprecia as suas patacoadas, nem compactua com as pulhices com que se deleita. Vamos vê-la bolçar mais peçonha quando ler este comentário, ou qualquer artigo ou comentário que a enfureça, porque essa é a sua natureza. Quando isso acontecer, espero que a Estátua a mande ir pentear macacos para outras paragens.

  8. Quando na realidade nao há argumentos resta achincalhar. Aqui ja foram uns quantos pentear macacos nomeadamente um que já chamava de tudo aos outros escreventes por estes não glorificar em o povo eleito e o genocídio em curso em Gaza.
    Já nos chamava de tudo a propósito da Ucrânia mas com a questão de Gaza passou das marcas. Acabou mesmo por perder a pena por estas paragens.
    Quando este que se diz alforriado apareceu pensei, justamente pelo grau de bocalidade que fosse o jgmenos de volta com outra roupa.
    Mas este, embora partilhando a russofobia e o achincalhamento de quem não apoia os Azovs deste mundo e um pouco mais comedido e não apoia o nazionismo.
    Claro que em termos de política interna somos capazes de ter por aqui um chegano. Mas já que temos de levar com eles nas ruas que remédio se não aturar um por estas bandas.

  9. Bem dito. Por mim deixei de perder tempo com venturosos alforriados mas ainda bem que há quem perca. Só para não nos comerem por tolos.

  10. E eis que afoito veio o senhor capelão, com o índex na mão declarou proclamação: “é pecado, infiéis, por omissão! Em toda a (euro-)anedota há um luso-espertalhão… não falarem dele é alta-traição”.
    É mesmo fazer de conta que ninguém se lembra dele…

  11. Acabei por perder algum.tempo com o Senhor capelao porque é estupidez a mais e comer nos por parvos identificar esquerdistas com vacineiros. Ate porque todos sabemos que Van der Pfizer e uma perigosa esquerdista.Mas espero ter sido a última tentação. Não prometo é deixar de mandar o capelao ir ver se o mar dá choco.

    • Agora até já pode votar na Joana Amaral Dias… e continuar a pregar e a dizer com ironia “são todos fachos”! Tem muito com que se entreter, o senhor capelão de índex na mão.

  12. Os camaradas acharam achincalhante tratar o escritor, por marido de Madame Despot?
    Ele não usa o apelido da mulher? Não estou a entender.

    Não foram vocês pela certa, que escreveram isto no resistir.info, coluna da esquerda.

    “… Mas se se acomodarem numa institucionalidade apodrecida, se fingirem que a Revolução ainda está em vigor, se se limitarem a discursos auto-congratulatórios, tais forças condenar-se-ão à irrelevância – definharão. O povo português está ansioso por rupturas, deseja-as. Cabe às forças progressistas liderá-las e encaminhá-las no bom sentido. A bandeira das rupturas não deveria ser um exclusivo da extrema-direita.

    18/Abr/24 “

    Foi camarada que vê, o que vocês não vêem. É que, encher página de postas-de pescada, bitaites, e umas frases que destilam azia, não resolvem nada, nem respondem à pergunta e à necessidade apontada no extracto supra.
    Como pode a esquerda, aqui sem as aspas, não perder o comboio?

  13. O comboio que a esquerda está a perder, é o da representação parlamentar. Por via disso, perde o subsídio que os votos acima de 50.000 lhe dão. Pelo que li, já anda como as famílias brasonadas, a vender propriedades que lhes chegaram muitas vezes via doação. Ao perder lugares na AR, perde outras coisas, nem todos por lá estarem, podem fazer as mesmas coisas.
    Aquilo que o camarada escreveu no https://resistir.info/ está claro, como é que é operacionalizado, isso é discussão interna da esquerda, agora não me parece que seja com bocas umas mais engenhosas, umas que fazem rir e outras não, que a esquerda saia do buraco onde está a cair.
    Alexandre Dumas pai escreveu sobre Napoleão algo assim: “podemos sempre parar ao subir, nunca ao cair”.
    Todo o Poder precisa de oposição, mas se essa oposição tiver a expressão numérica que a UDP teve em tempos que já lá vão, está-se a ver onde é que os pinas mouras e josé magalhães actuais vão parar.
    Há alguns que vêem, também era o que faltava que não vissem, agora aqueles que se limitam a responder às palavras de ordem emitidas pelo megafone, do género:
    – morte ao imperialismo!
    – e a quem o apoiar camarada e a quem o apoiar!!
    esses não vêem e nada acrescentam ao assunto.
    https://www.cmjornal.pt/mais-cm/especiais/legislativas-2024/detalhe/historicos-do-pcp-alertam-para-prejuizo-que-causa-ausencia-de-deputados-no-alentejo

  14. Fiquei na dúvida se era o Comboio do Dinheiro (Trem da Grana em português do Brasil), ou então o do Coelhinho que vai com o Palhaço no comboio ao circo…

  15. Slobodan Despot (cf. “A síndroma Tolstoïevski” https://estatuadesal.com/2024/04/22/a-sindroma-tolstoievsky/comment-page-1/#comment-31900) casou-se com Fabienne Crettenand, que passou a ser, assim, Fabienne Despot, pela lei suíça (idêntica, neste ponto, à lei portuguesa). Quando se divorciaram, a senhora Fabienne Crettenand continuou a usar o nome do ex-marido para se identificar, Fabienne Despot.

    Podemos, então, chamar ao romancista, jornalista, fotógrafo e editor Slobodan Despot, “o marido de Madame Despot” sempre que nos referimos a ele? Podemos, se formos boçais e o quisermos achincalhar, como fez um que vem aqui bolçar a sua peçonha. É o mesmo que chamou “trânsfuga” e “traidor” a uma criança de seis anos (Slobodan Despot) por ela ter acompanhado os seus pais (sérvios) quando estes emigraram para a Suíça, em 1973. Fica claro, portanto, como seria higiénico que o autor destas boçalidades fosse empestar o ar para outras paragens.

    • Mais uma pestilenta, camarada!!!

      Por estas e por outras, houve por aqui tanto choro, baba e ranho pelo fascista do P”s” derrubado, ou que se derrubou, a olhar em conezia maior:
      https://zvezdaweekly.ru/news/20244191727-TCM4u.html

      É esta a “democracia” que temos que defender? A da verdade-única? Boa!!!!!!

      O artigo termina assim:
      “…
      O movimento poderoso, heterogéneo e agressivo dos populistas europeus não é acidental. Resta saber, diz UnHerd, por que razão, em toda a Europa, milhões de pessoas da classe trabalhadora e da classe média baixa, historicamente de tendência esquerdista, estão agora a votar na “nova direita ” . Este grupo crescente de eleitores já não pode ser considerado “escória da sociedade” ou “xenófobos tacanhos”. É destas camadas que surge o ímpeto para transformar a sociedade e combater “o desprezo pelas classes graduadas”, como disse o filósofo americano Michael Sandel. As elites transformaram o próprio conceito de meritocracia num sistema onde “os méritos são creditados apenas aos formalmente bem-sucedidos, às pessoas com mérito no papel”. O pesadelo mais sombrio da UE está a dar frutos: uma insurgência populista, prevê UnHerd.”

      Não respondam à pergunta. Vão é desconversando.

      Quanto às boçalidades, é o princípio da projecção. Nada de novo em vós.

  16. Foi essa bocalidade que ate me fez desconfiar que seria outro nome para o Jgmenos, um salazarento que por aqui andou.
    Mas o Menos, que tambem empesta outro blog, acabou por ser corrido por, além de insultar de tudo os outros comentadeiros, tambem os ter começado a insultar por não partilharem o seu apoio fervoroso ao Estado nazionista e ao genocídio em curso na Faixa de Gaza.
    Este pelo menos não se mostra apoiante do genocídio em Gaza mas, em termos de política interna e apoios aos ucronazis deve ser chegano ou lá perto. Enfim, a liberdade de expressão exige que vamos levando com gente dessa.

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