Liberdade de escolha, razão e demagogia

(Carlos Matos Gomes, in Medium.com, 25/02/2024)


A liberdade de escolha constituiu o elemento a partir do qual os debates tradicionais sobre a liberdade e a necessidade começaram na Grécia há mais de dois mil e quinhentos anos. O problema da liberdade de escolha reside na contradição resultante do facto de podermos decidir contra o bem essencial, transformando a liberdade em servidão. Isso acontece porque a liberdade pode resumir-se à escolha do conteúdo, das normas e dos valores a partir dos quais a nossa natureza essencial, incluindo a nossa liberdade, se expressa. A liberdade pode agir contra a liberdade, entregando-nos à servidão. E esse é o projeto das “democracias iliberais”, ou formais que nos está a ser proposto como paradigma da democracia. Votais! — o resto está por conta de outrem, de nós, os vossos representantes. Este tipo de “democracia” é o meio ideal de criação e desenvolvimento dos demagogos e da demagogia. Dos abutres da liberdade, dos que comem o interior dos corpos, os órgãos vitais que garantem a liberdade e deixam o esqueleto, que continuam a designar por democracia. Não é, como o cavername de um barco não é um barco e não navega.

O que está a ser imposto como “democracia” é a apropriação do direito de voto por uma elite. Essa velha perversão aproveita o que, à falta de melhor, pode ser traduzida pela palavra alemã de Angst — medo, horror, angústia de confrontar possibilidades e desejos com a realidade, de medo de usar a liberdade, por isso os temerosos transferem a responsabilidade para outros que lhe surgem como mágicos realizadores de felicidade. Esta transferência de responsabilidade pelo uso da liberdade contradiz a natureza essencial do ser humano, de ser livre, condu-lo à servidão, mas vendida a liberdade, já não há regresso, o demagogo está aos comandos da nossa vida e não mais nos ouvirá.

A liberdade humana é o risco humano. A possibilidade de ultrapassar uma qualquer situação implica a possibilidade de não o conseguir. Mas a delegação da liberdade pode tornar-se servidão se for atribuída a quem corrompa os princípios e os meios “democráticos” para se apropriar dela. As campanhas eleitorais servem também e cada vez mais como legitimações desse tipo de corruptos que surgem a par dos que cumprem regras básicas de conquistar o voto. Isso acontece porque o modelo “democrático” imposto pelo poder dominante para ultrapassar a universalização do voto é o de escolher “quem” e não escolher “o quê”. A personalização (fulanização) das campanhas e das candidaturas, o empolamento a “casos” e revelações de intimidades servem o propósito de atrair as atenções para o quem e não para o quê.

Os debates-espetáculo que nos são servidos como ração democrática e integral querem que vejamos lutadores em competição e não os empresários e os que manipulam os resultados. Os espetáculos-debate são um falso combate encenado para dar a vitória antecipada aos demagogos, aqueles que melhor dominam a arte de conduzir habilmente as pessoas ao objetivo desejado, utilizando os seus conceitos de bem, mesmo quando lhes são contrários. Aos que corrompem a essência da democracia, de o poder ser constitucionalmente detido pelo povo, para se apropriarem dele apelando ao menor denominador comum, propondo ações prontas a servir para enfrentar situações e crises complexas, enquanto acusam oponentes de moderados, de fracos e de corruptos, segundo as conveniências do momento.

O êxito dos demagogos assenta na cobardia. Os demagogos orgulham-se da sua arte de arrastar cobardes. Os grandes meios de manipulação elegem e legitimam a cobardia como um valor cívico. A discussão da pré-campanha tem sido centrada no lugar a dar num futuro governo aos demagogos que têm a arte de arrastar cobardes.

A adesão de grandes massas aos demagogos é antiga, é uma servidão trágica que ao longo da história tem levado a situações de brutais e irracionais ruturas, em que a humanidade se pode reduzir à situação do indivíduo isolado à beira do abismo, insignificante e incapaz de se aperceber da ameaça para ele próprio e da aniquilação ao seu redor. Julgo ter sido essa a situação de muitos alemães durante o nazismo e de ser essa a situação de muitos israelitas perante o genocídio de palestinianos. Duas situações em que foram os cidadãos que elegeram, que votaram os que os governaram e governam, que participaram em comícios, em ações de esclarecimento, que ouviram ou viram debates.

O que podem fazer os que sentem a angústia da servidão para evitar a tragédia que anteveem como inevitável resultado da demagogia nas horríveis das experiências do passado? Existe um valor que tem sido esquecido ou muito aviltado: a coragem e não existe nenhum ser mais corajoso do que o ser humano, porque mesmo quando em condição de servidão não perde a liberdade se mantiver a sua dignidade.

A demagogia é um atentado à dignidade humana e o mais reles e eficaz argumento dos demagogos é o aproveitamento do sentimento de insegurança, que eles próprios criam e que prometem resolver a troco da integração no seu bando. Exploram a solidão e a fragilidade do “homem só”, do ser só, perante os predadores e rodeado de necrófagos. Uma grande parte das criações da civilização humana pode ser compreendida em termos de “busca de segurança”. A utilização da insegurança como argumento encontra-se hoje no primeiro plano da panóplia de armas dos demagogos, insegurança física, política, económica e até por falta de sentido na vida.

Outro dos sentimentos explorados pelos demagogos é o do desespero, entendido como o conflito entre a vontade de se manter a si mesmo e o de se perder a si mesmo, o desejo, ou a vontade de obter o mundo completo (a realização), e o desejo ou a vontade de se acolher à servidão, abdicando da da liberdade.

As ações a que assistimos durante uma campanha eleitoral são a repetição do negócio da compra e venda da alma a troco de promessas, as encenações tecnológicas nas televisões não alteram o essencial do logro do mito de Fausto, apenas o embrulham e o disfarçam com luzes faiscantes. O demagogo é, no fundo, uma velha máquina de picar carne que transforma em pasta o cérebro de quem acredita que ele lhe vai fornecer uma salsicha.


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8 pensamentos sobre “Liberdade de escolha, razão e demagogia

  1. Os debates, tal como as campanhas eleitorais, não servem rigorosamente para nada. Mais do mesmo, há 50 anos o mesmo discurso gasto e bolorento, nada de medidas concretas e necessárias.
    Debates + campanhas + propaganda = muito dinheiro mal gasto.

  2. A liberdade de expressão parece-me não ser um tema no futuro.

    Todas as sociedades são governadas por aqueles que demonstram as maiores capacidades predatórias. É o fruto da herança de milénios de selecção natural que os colocou no topo da pirâmide hierárquica pelo facto de os homens viverem em matilhas como lobos, leões ou hienas. A evolução tecnológica e científica põe continuamente em causa os paradigmas que são válidos e são frustrados pelo establishment assim que é provável que ponham em causa o seu domínio sobre o resto da população.

    Na altura dos massacres de 7 de outubro e de Gaza, é imperativo para a sobrevivência da nossa espécie que o obscurantismo não impeça a sua evolução para a liberdade, a justiça e a igualdade, e só a liberdade de expressão pode garantir nas nossas sociedades primitivas que qualquer” verdade”, por mais perturbadora que seja, possa ser expressa.

    A liberdade de expressão é um duplo critério. Quando fazemos comentários contra católicos ou imigrantes, é liberdade de expressão, mas quando fazemos comentários da guerra da Ucrânia, então não há mais liberdade de expressão e caímos no crime de sermos “putinistas”.

    A liberdade de expressão é uma grande mentira. Simplesmente não existe. Existe certamente nas sociedades primitivas, na medida em que as opiniões e as crenças foram disseminadas localmente com barreiras geográficas e com o uso de línguas locais. Nas sociedades estruturadas, hierárquicas e com uma linguagem comum dominante. As opiniões e crenças que prevalecem são as da classe que detém o poder económico e na qual todos se vêem obrigados por um simples instinto de sobrevivência. As minorias que a sociedade pode gerar são aquelas que ela rebaixou ou que veste nua. As opiniões e opiniões da minoria rebaixada não podem interessar a ninguém porque são inaudíveis . Por outro lado, a minoria que é exposta, todas as suas fabulações são tomadas para a verdade pelo próprio facto de estar no topo da pirâmide social .

    Para a nossa sociedade, o despertar será cruel. Quando todas as” redes “forem esticadas e as” gaiolas “prontas para receber o” gado humano ” com poderosas organizações internacionais como seu único mestre, então, talvez, talvez… será que teremos lucidez suficiente para reconhecer a nossa covardia?

  3. Jornalistas: bodes expiatórios?!?
    Não obrigado!!!
    SIM SIM: o português mainstream está ao nível do ocidental mainstream, e vice-versa:
    – anda à procura de um quinhão em pilhagem!
    .
    .
    .
    500 anos de neo-cidadanismo de Roma originaram uma parasitagem que não gosta de trabalhar para a sustentabilidade: a Parasitagem Maquiavélica ocidental.
    O discurso da Parasitagem Maquiavélica Ocidental (vulgo ocidentais mainstream) está perfeitamente identificado há 500 anos:
    – não só proclamam: “a nossa economia precisa da existência de outros como fornecedores de abundância de mão-de-obra servil”;
    – como também: andam à procura de um quinhão em pilhagem: “a nossa economia precisa dos investimentos dos «construtores de caravelas»”. Consequência:
    – são boys-toys dos «construtores de caravelas»
    …isto é…
    deram o seu conluio a negócios de roubo/pilhagem
    …isto é…
    em conluio com os «construtores de caravelas» roubaram o futuro a muitos povos do planeta: Américas, Austrália, etc…
    .
    Mais: em pleno século XXI (habituados a 500 anos de impunidade) existe a continuação de mais do mesmo: QUEM NÃO VENDE AS SUAS RIQUEZAS AOS «CONSTRUTORES DE CARAVELAS» É ALVO DE DESTRUIÇÃO E CAOS: Iraque, Síria, Líbia, etc.
    [sim: o ocidente mainstream está perfeitamente identificado no planeta: pilhagem de riquezas, roubo de territórios, extermínios, substituições populacionais]

  4. A (des)propósito: ontem, julgo que em Paris, António Costa comparou a invasão da Ucrânia pela Rússia com a invasão de Timor pela Indonésia. Mais um que não vê qualquer diferença entre a Feira de Borba e o olho do cu! E a propósito de cus, este heróico exercício de lamber os ditos de quem manda ser-lhe-á porventura proveitoso. Estará o homem a fazer-se ao lugar do Stoltenberg? Ou ao da Ursula? Vite vite! O tempo escasseia para apresentação de currículos!

  5. E como a mão de obra ucraniana já não parece suficiente para garantir a destruição da Rússia já estamos a ponderar mandar para lá carne de canhão.
    Soldados a sério, reconhecidos pelo próprio país, e não apenas os milhares de mercenários que já mandamos.
    Isto porque a Rússia se prepara para nos atacar. Interessa lá agora que não tenhamos recursos nenhuns e que a Rússia não precise de nós para nada.
    Como voltar aos anos negros da miséria negra dos anos Yeltsin não é opção e a Rússia nunca se vergou as nossas invasões, desde os polacos, ao Napoleão e ao Hitler isto é capaz de ter tudo para correr mal.
    Entretanto voltamos a estar preocupados com o uranio empobrecido do Irão.
    Ora vamos cá dizer uma blasfémia antes da madrugada.
    Com um vizinho sem entranhas, que se julga o povo escolhido por Deus, com direito a massacrar qualquer um que lhe faça frente ou ocupe uma terra que eles queiram, montado em cima de pelo menos 200 armas nucleares ilegais, o Irão, o Líbano, a Síria, tinham direito a também ter umas armas nucleares. Porque é a única maneira de impor respeito a uma gente que se acha escolhida por Deus e não hesita em matar. Nem sequer é escravizar, é matar.
    Vao ver se o mar dá choco.

  6. Bem, isso sim é uma blasfémia. Comparar a invasão de um território acabado de sair de um domínio de 500 anos de um colonizador atrás do sol posto, do tamanho do Alentejo, com uns 600 mil habitantes, empobrecido e quase sem armas por um vizinho de mais de 100 milhões de habitantes, com um dos exércitos mais poderosos do Ocidente e mesmo comparar o olho do cu com a torre de Beja.
    E é um desrespeito imenso pelo povo timorense que sofreu durante mais de 20 anos uma ocupação sangrenta que lhes custou cerca de um terço da população.
    Uma ocupação por parte de um vizinho que tinha uma ditadura sangrenta que encheu de cadáveres as ruas da própria capital.
    O homem não viu as imagens do massacre do cemitério de Santa Cruz? Aquilo era o pai nosso de cada dia em Timor.
    E os timorenses não andavam a chamar subhumanos a uma parte da sua população nem a prometer massacres, só queriam uma vida decente. Não estavam armados até aos dentes a, querer invadir a metade Ocidental da ilha. Não estavam há anos a bombardear a metade Ocidental da ilha nem a preparar o assalto final. Mas como não prestavam vassalagem ao fascismo do vizinho e já agora de quem o apoiava, toma lá guerra, toma lá ocupação.
    Já agora, ao contrário dos ucranianos, os timorenses que conseguiam fugir da ilha não eram recebidos com tudo como os ucranianos. Na Austrália tratavam de os meter num avião para lá do sol posto, leia se Portugal.
    O homem ate pode estar a fazer se a um tacho europeu mas devia haver limites, decoro e respeito.
    Respeito pelos 200 mil mortos civis que Timor Leste sofreu. Ca vai mais uma blasfémia. Isto só com m*rda no focinho.

  7. Começo a pensar que a partir de agora é:”Todos pela Ucrânia e nada para Portugal e resto europa”.

    Muitos líderes ocidentais já dizem que a “Ucrânia é a nossa guerra”

    Visto do lado do capital a Ucrânia transformou-se numa terra de finanças com a interferência dos maiores grupos. O que é preocupante é que a generosidade dos governos é tão avassaladora que estão a afundar os seus próprios governos. Veja-se, por exemplo, o discurso do Ministro da Agricultura belga. Ao seu modesto nível, tenho dificuldade em compreender a sua determinação em pôr de lado os interesses dos seus cidadãos. Porque é que o fariam?

    Eles são os únicos que querem absolutamente uma vitória para a Ucrânia,porque a partir de agora para os líderes europeus trata-se de uma questão de vida ou morte,isso é certo. A maioria das pessoas só quer paz!

    A partir de agora entramos no caos global lentamente,mas firmemente.

    O objetivo da guerra na Ucrânia não era apenas enfraquecer a Rússia, o objetivo dos Estados Unidos sempre foi enfraquecer também a Europa. E ninguém quer ver isso………. Até 2014, a Europa e a Rússia tinham as melhores relações comerciais de sempre, e os Estados Unidos não queriam isso. Os EUA sempre quiseram evitar que a Europa ligada à Rússia se tornasse uma superpotência rival. (Ver a análise do influente conselheiro de segurança nacional dos EUA, Brzezinski, no seu livro “The Great Grand Chessboard”).

    Nos dois conflitos mais importantes para o mundo, é difícil ver como se pode alcançar a paz com líderes como Zelenski e Netanyahu.
    Em oposição a Biden, Macron, Sunak… etc., não é muito melhor!
    Totalmente aterrador….

    O que mais me indigna é o facto de ninguém falar de paz. Guerra, guerra, guerra, é tudo o que sabem dizer quando falam de democracia, enquanto nos fazem viver num regime cada vez mais ditatorial. Se não estou em erro, a Rússia nunca declarou guerra a Portuagal e frança,etc,etc, enquanto os governos não fazem outra coisa senão proferir comentários insultuosos e belicosos sobre a Rússia.

    Certamente estão a preparar as nossas mentes para a guerra, basicamente dizendo que precisamos de preparar-mos a nós e os nossos filhos para o próximo massacre.

    É normal, estas pessoas têm uma ideologia diferente. Além disso, querem esconder os seus actos criminosos porque sabem que a reação será terrível para eles!

    Nos EUA, nenhum presidente é eleito sem o apoio financeiro da indústria da morte. Nenhum presidente.
    Por isso, todos os presidentes são obrigados a agradecer à indústria da morte quando são eleitos, arranjando-lhes clientes.

    Sim, a Ucrânia tem o direito de se defender, mas também é importante recordar Minsk 1 e Minsk 2, acordos que, se tivessem sido respeitados pela Ucrânia, teriam sido assinados, e dos quais a França e a Alemanha foram garantes, mentindo descaradamente, já que ambos, e o Presidente Hollande em particular, se gabaram de os ter ratificado com a única intenção de dar tempo à Ucrânia para se rearmar em antecipação da guerra com a Rússia… e como se isso não bastasse, a Ucrânia estava prestes a assinar um tratado de paz no início de março de 2022, basicamente um 3º Minsk, mas preferiu a opção da guerra sob pressão anglo-saxónica do Reino Unido-Boris Johnson/EUA! Ao não respeitar estes acordos sucessivos, a Ucrânia, através do seu Presidente Zelensky, provocou e aprovou conscientemente esta guerra,que será o ensaio para a 3° guerra mundial,com muitos objectivos,mas os 2 principais é reduzir a população mundial,e anular as dívidas publicas do ocidente.

    Vamos ver quem eles escolheram para ser o carrasco,na 2° guerra mundial escolheram o Hitler.

    Penso que esta gente são pessoas doentes… O Ocidente iniciou este conflito ao empurrar a Rússia para uma intervenção militar… O envio de armas, quando a Ucrânia já perdeu, é apenas um sacrifício desprezível de vidas humanas para manter o conflito… E agora que o Ocidente compreende que perdeu, está a agravar a situação, empurrando-nos cada vez mais para uma guerra mundial.

    Se eles querem tanto a guerra, deixem-nos ir eles próprios, mas sem arrastar o povo para esta loucura assassina.

    Na agricultura, o problema não é apenas Português, é semelhante na maior parte da UE e até na Polónia. O globalismo quer acabar com o nosso sistema de agricultura e substituí-lo pelo agronegócio, tal como fez na Ucrânia, com explorações agrícolas que cobrem centenas de milhares de hectares e sementes OGM da Monsanto/Bayer.
    Os polacos estão a bloquear os camiões da Ucrânia na sua fronteira devido à concorrência desleal. A UE está determinada a matar os nossos agricultores. A taxa de suicídio entre eles é mais elevada do que na polícia europeia ou no sistema educativo europeu. A situação da maioria dos agricultores em França é muito difícil, e transformá-los em desempregados já não é uma opção, porque destruíram a indústria e nem todos podem ser funcionários públicos.

    Não nos podemos esquecer que em todas as famílias há antepassados agricultores como a minha do lado da minha esposa, mesmo entre a nobreza. Quantos deles enriqueceram tornando-se proprietários de terras; terras cultivadas pelos habitantes locais, que eram trabalhadores escravos, os verdadeiros agricultores. Prestemos-lhes o tributo que merecem. Em termos práticos, os factos são claros: são as mãos pequenas que fazem as fortunas, tanto na agricultura como na indústria. O que aconteceria a estes 440 magnatas tomassem conta da agricultura???

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