Se for sem a NATO, então não há problema: como preparamos os europeus para a guerra contra a Rússia

(Por Piotr Akopov in Reseau International, 07/05/2024, Trad. Estátua de Sal)

Um excelente artigo sobre a natureza da escalada a que as populações europeias estão habituadas. Basta ouvir a televisão e medir o consenso que estamos a tentar alcançar em torno de uma “resposta europeia” e da qual Macron se tornou porta-voz para medir até que ponto este comentador russo, próximo de Putin, descreve uma situação muito real, em que cada proposição contradiz a anterior, para obter a aceitação da substância, nomeadamente a guerra que certamente perderemos. Mas não importa:  quando necessário, assustamos a Rússia e, quando nos convém, chamamos-lhe bluff.

Danielle Bleitrach


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A mensagem principal que domina a propaganda americana dirigida à Europa é que a luta contra a Rússia pela Ucrânia é de vital importância para todo o Ocidente – e que os Estados Unidos, juntamente com a Europa no formato NATO, devem fazer tudo para derrotar Kiev, para deter Putin, caso contrário ele atacará a Europa depois da Ucrânia.

Esta ideia é repetida em Washington por políticos e oficiais militares, e quando a Europa se preocupa com uma possível mudança na estratégia americana se Donald Trump regressar à Casa Branca, está assegurado que, mesmo assim, nenhuma catástrofe ocorrerá: a inércia da política externa americana é demasiado grande e ninguém permitirá que o novo presidente mude subitamente de rumo.

A Europa não acredita realmente nisso, mas permanece fiel à linha de solidariedade atlântica – e o que alguns analistas americanos já começam a sugerir é ainda mais interessante:

“Demasiados políticos e colunistas nos Estados Unidos e na Europa estão a repetir os argumentos de Putin, alertando que qualquer intervenção externa na Ucrânia levaria à Terceira Guerra Mundial. Na realidade, o envio de tropas europeias seria uma resposta normal a um conflito desta natureza”.

“O conflito russo perturbou o equilíbrio de poder regional e a Europa tem um interesse vital em ver este desequilíbrio corrigido. A maneira óbvia de fazer isso é fornecer uma tábua de salvação ao exército ucraniano, que poderia mais uma vez ser abandonado à sua sorte pelos Estados Unidos, e a melhor tábua de salvação seriam os soldados europeus”.

“Os líderes europeus não precisam de seguir os ditames cada vez mais pouco fiáveis ​​dos EUA sobre como lutar na Ucrânia; eles podem e devem decidir por si próprios a melhor forma de garantir a liberdade e a segurança do continente”.

Esta citação faz parte do enorme artigo “A Europa, mas não a NATO, deveria enviar tropas para a Ucrânia”, publicado esta semana no The Foreign Affairs. Três dos seus autores não são altos funcionários dos EUA, mas têm peso na comunidade de especialistas, tendo trabalhado em vários think tanks que tratam de questões estratégicas: o coronel aposentado Alex Crowther, o atual tenente-coronel da Força Aérea dos EUA Jahara Matisek e Phillips O’Brien de a Universidade de St Andrews. O que propõem nada mais é do que uma provocação direta: tentam convencer a Europa de que deve participar nos combates na Ucrânia sem se preocupar com os Estados Unidos.

Sim, esqueçam a NATO e os Estados Unidos (“Os líderes europeus não podem deixar que a disfunção política americana dite a segurança europeia”), ajam por si próprios, enviem tropas para a Ucrânia o mais rapidamente possível e não temam nada – Putin está a fazer bluff!

As tropas europeias poderiam participar em missões de combate e não-combate para aliviar a pressão sobre a Ucrânia. Uma missão sem combate seria a opção mais fácil de vender na maioria das capitais europeias. As tropas europeias poderiam socorrer os ucranianos desempenhando funções logísticas, como manutenção e reparação de veículos de combate”.

Mas a “missão não-combatente” é apenas o começo, algo que é de facto “mais fácil de vender” aos europeus (embora isto seja mentira: ainda hoje, as sondagens mostram atitudes negativas em relação a isto na maioria dos países da UE) – pois será seguida pelo envolvimento total na guerra:

“Uma destas missões poderia ser o reforço das capacidades de defesa aérea da Ucrânia na região, através da mobilização de pessoal, do fornecimento de equipamento ou mesmo da tomada de comando e controlo do sistema de defesa aérea da Ucrânia.

O envio de tropas europeias seria uma resposta normal a um conflito desta natureza. Outra função de combate, que tal como a missão de defesa aérea não deverá envolver contacto com forças russas, é patrulhar partes da fronteira ucraniana onde as tropas russas não estão estacionadas, como a costa do Mar Negro, e as fronteiras com a Bielorrússia e a Transnístria.

Um dos alvos potenciais da Rússia é Odessa, o principal porto da Ucrânia por onde passa a maior parte das exportações do país. Se as tropas russas se aproximassem da cidade, as forças europeias próximas teriam o direito de se defenderem disparando contra os soldados que avançavam”.

É claro que, para justificar tal coisa, é preciso assustar os europeus tanto quanto possível – e muitas afirmações sobre a ameaça russa à Europa estão espalhadas por todo o artigo:

Não há razão para esperar que Putin pare na Ucrânia; ele já declarou que todas as ex-repúblicas soviéticas deveriam ser devolvidas à Rússia. Os estados bálticos poderiam ser os próximos, seguidos pela Finlândia e pela Polónia, que eram principados dentro do império russo pré-soviético”.

Escusado será dizer que tudo isto é uma mentira descarada, mas The Foreign Affairs não é um tablóide, mas uma das publicações americanas mais influentes; os seus autores ensinam em universidades militares americanas e aconselham as autoridades em Washington. É certo que, no presente caso, o seu objetivo é convencer os líderes europeus da necessidade de uma participação europeia direta na guerra contra a Rússia, mas não há dúvida de que eles próprios acreditam no que dizem, isto é, estamos a lidar com uma perceção completamente inadequada da realidade. A parte globalista e atlantista da elite americana acredita que a Rússia e Putin conquistarão parte da Europa, para a tirar da América, e à medida que os próprios Estados Unidos entram num período de turbulência política interna, apelam à Europa para que assuma a responsabilidade e lute contra Putin no território da Ucrânia. Porque “a Ucrânia é a Europa”.

A Rússia baseia todas as suas esperanças de vitória no facto de a Europa considerar a Ucrânia separada do resto do continente. Até agora, suas esperanças estão a tornar-se realidade. Os líderes europeus toleram um conflito na Ucrânia, que suscitaria uma resposta europeia unificada se ocorresse em qualquer país da NATO ou da UE. Esta atitude permitiu à Rússia lançar um conflito militar na Ucrânia porque está convencida de que o resto da Europa se manterá à distância.

A chegada de tropas europeias à Ucrânia mudará este cálculo. Moscovo terá de aceitar que a escalada europeia poderá tornar-se num confronto militar invencível para a Rússia”.

Então a Europa deveria entrar num conflito militar direto com a Rússia para controlar a Ucrânia, ignorando ao mesmo tempo a ameaça de a guerra se transformar numa guerra nuclear? Claro! E o que dizer do facto desta tese contradizer a anterior, nomeadamente os planos da Rússia de tomar parte da Europa? Sem problemas. Quando é necessário, assustamos a Rússia e, quando nos convém, dizemos que ela está a fazer bluff:

A verdadeira questão é se a Rússia irá realmente utilizar armas nucleares se as tropas europeias entrarem na Ucrânia. Talvez este já seja um ponto discutível, dado que as forças de operações especiais ocidentais estão atualmente a operar na Ucrânia”.

Moscovo envolve-se regularmente numa retórica agressiva contra os membros da NATO, mas até agora apenas latiu e não mordeu, evitando contacto com as forças da NATO e concentrando-se nos países vizinhos fora da Aliança, como a Geórgia e a Ucrânia, que pode atacar com segurança”.

Putin ameaçou atacar a Polónia, a Roménia e os Estados Bálticos já em 2014 e, nos anos seguintes, ameaçou invadir a Finlândia e a Suécia por aderirem à NATO, a Noruega por acolher tropas adicionais dos EUA, a Polónia e a Roménia por acolherem instalações de defesa antimísseis, e “qualquer país europeu” que autorize a implantação de mísseis dos EUA no seu território”.

Nos últimos quinze anos, o Kremlin ameaçou ou conduziu jogos de guerra simulando o uso de armas nucleares contra a Dinamarca, a Polónia, a Suécia, a Ucrânia, o Reino Unido, os Estados Bálticos, a União Europeia como um todo e, claro, a NATO. e os Estados Unidos”.

Assim, a cada momento os líderes europeus devem ignorar as batidas de queixo de Putin, que nada mais são do que propaganda baseada na ideia infundada de que a NATO quer atacar ou invadir a Rússia”.

O conselho é, portanto, simples: a Europa deve ignorar os avisos de Putin, que há muito que ameaça atacar os países da NATO (independentemente das invenções), mas nunca ousou fazê-lo. Então vão em frente, enviem tropas para a Ucrânia (que não é da Rússia, mas da Europa, lembre-se) – e não haverá guerra nuclear!

Toda esta loucura analítica também é embelezada por uma tese tão deliciosa:

Além disso, uma resposta liderada pela Europa minaria a propaganda russa de que a intervenção dos países da NATO na Ucrânia é apenas uma manobra dos EUA para enfraquecer a Rússia”.

“A alegação de que a NATO é o agressor é popular em muitas partes do mundo. E porque as forças europeias operariam fora da NATO e do território da NATO, quaisquer perdas não desencadeariam uma resposta ao abrigo do Artigo 5º e não envolveriam os Estados Unidos. “O adversário da Rússia não será a NATO, mas uma coligação de países europeus que procuram contrabalançar o imperialismo russo”.

É claro que, se a guerra envolve oficialmente não a NATO, mas sim países da Aliança do Atlântico Norte, esta não é uma guerra da Rússia contra a NATO, mas uma guerra contra países individuais da União Europeia! Não há necessidade de comentar isto, exceto para recordar que, noutra realidade ficcional, os europeus temem que a NATO entre em colapso se não responder ao desafio de Moscovo na Ucrânia (afinal, não esqueçamos que Moscovo atacará os Bálticos a seguir!).

Todas estas subtilezas de uma mente excitada seriam ridículas se não brincassem com o fogo real e a guerra real que está acontecendo no território do mundo russo e com a vida dos habitantes da Ucrânia. No entanto, os líderes europeus, depois de lerem o parecer do The Foreign Affairs, não verão nele um guia de ação, mas uma confirmação dos seus piores receios: os atlantistas ultramarinos encontraram-se num impasse e querem sair dele usando as cabeças dos seus parceiros europeus de segundo nível como aríete.

Fonte aqui.


20 pensamentos sobre “Se for sem a NATO, então não há problema: como preparamos os europeus para a guerra contra a Rússia

  1. Andrei Martyianov, ex-oficial da Marinha soviética e a residir nos EUA, passa o tempo a malhar no coco (não confundir com o alimento por aqui muito procurado – o choco) dos militares palradores americanos e ingleses.
    https://smoothiex12.blogspot.com/

    Larry Jonhson. ex-analista da CIA, também apresenta análises interessantes sobre o assunto e numa linguagem mais acessível que o Andrei Martianov, o de ontem dia 6, pode servir de exemplo para quem não o conheça ainda.
    https://sonar21.com/

    Na Europa há muitas vozes militares a falarem, uma delas que não deve ser perdida é a do suíço Jacques Baud, com muita coisa escrita e agora com presença em muitos vídeos. Quem não o conheça vai certamente aprender muito com ele.
    https://fr.wikipedia.org/wiki/Jacques_Baud

    “A chegada de tropas europeias à Ucrânia mudará este cálculo. Moscovo terá de aceitar que a escalada europeia poderá tornar-se num confronto militar invencível para a Rússia.”

    BS para ‘bullshit’ e PR para ‘public relations’, duas áreas em que os oficiais anglo-americanos são especialistas.

    Patrick Armstrong, um ex-analista canadiano com passagem por Moscovo, ler o que ele diz sobre si no site. Era uma boa fonte de interpretação das acções dos russos, mas a PIDE da Ameixoeira lá do sítio, fez-lhe uma visita e ele teve que se calar. Hoje num mundo digitalizado, bloquear a conta bancária é coisa que não está ao alcance, nem passa pela cabeça do democrata Trudeau. Os camionistas que o digam. Deixou de alimentar o site, mas continua a ser uma excelente fonte de informação que merece ser lida.
    Como os russos lutam, os links contêm muita informação:
    https://patrickarmstrong.ca/2021/11/13/the-russian-way-in-warfare-the-brusilov-offensive/

    PS: pastilhas de iodo e adiem o pagamento das dívidas. 🍷

  2. Já paguei os impostos todos deste ano e não penso comprar pastilhas de iodo.
    As nossas elites sabem que não se podem pirar para Marte e os russos querem viver. Isso é só isso vai salvar nos da guerra nuclear total.
    Hoje o novo Napoleao Macron já veio dizer que não está em guerra com a Russia e, certamente cruzando os dedos, que não quer uma mudança de regime.
    Ora foi sempre uma mudança de regime que se tentou e foi isso que se vendeu aos povos europeus.
    Que com as sanções do Inferno Putin seria rapidamente assassinado e um novo títere estilo Yeltsin sentar se ia no Kremlin. Era o que histericamente se proclamava nos cafés.
    Dois anos volvidos o pessoal começa a ver que a coisa não será assim tão fácil e que a Ucrânia está de rastos. Porque outra coisa que se subestimou foi a real capacidade militar da Rússia. As heróicas forças ucranianas com as nossas armas maravilha talvez até entrassem triunfantes em Moscovo realizando se assim os sonhos de Hitler e Napoleao.
    Agora ninguém sabe como recuar pois se tal for feito mais nenhum pais nos temera. Sera cada vez difícil sacar a outros os recursos que não temos.
    Por isso resta lhes estender esta guerra o mais possível. De preferência mandando para lá homens porque a Ucrânia não pode aguentar isto muito mais tempo. Resta saber quantos caixoes estamos dispostos a receber porque a Rússia já provou que é um moedor de carne eficiente. E que também pode contar com um bom número de combatentes estrangeiros. De gente que já tem as nossas aventuras coloniais pelos cabelos.
    Ou acham que depois de termos permitido o massacre de Gaza alguém vai juntar se a nós contra a Rússia? Ou vai juntar-se a Rússia nem que seja para nos castigar por mais este crime?
    Mas as burras populações acreditam no que quiserem. Podiam era parar para pensar para que raio é que a Rússia, um país que tem tudo, quereria paises que não teem nada e sempre viveram de sacar os recursos dos outros. Mas pensar faz calos no cérebro. Slava burrriquini.

  3. E, claro, os americanos nem pensam nisso de pôr botas no terreno. Mas já sacrificaram os ucranianos nessa guerra e como a mão de obra ucraniana comeca a escassear querem mandar para lá mão de obra europeia. Garantindo que como os russo são menos que nos acabaremos por ganhar a guerra não importa quantos dos nossos heróis caiam.
    Para os Estados Unidos isto sempre foi sobre proteger os interesses da família Biden na Ucrânia e da Blackrock na Ucrânia e deitar a mao aos imensos recursos da Rússia. É sobre vender armas, a, sua maior indústria.
    Disse o senador republicano Lindsay Graham, “estao a morrer russos e por isso este é o melhor investimento que já fizemos” .
    Claro como a água.
    Foi também sobre como enfraquecer a economia europeia, garantir que a Europa nunca lhes faca sombra e atrair as nossas empresas para lá.
    Até porque ao contrário do que se diz por aí a mão de obra em muitos sectores de actividade e também muito mais barata que por cá. Até porque os empregadores têm muito menos obrigações ao nível da proteção social dos trabalhadores. E o capital não tem pátria.
    E, claro, isto é sobre como dominar todo o mundo dado serem a tal nação excepcional. Já Hillary Clinton o disse “os americanos vivem melhor, trabalham melhor, sonham melhor, por isso devem liderar”.
    Dai a necessidade tambem de vergar a China.
    Não podemos dizer que estamos a ser enganados, os norte americanos dizem claramente ao que vão.
    Querer sacrificar os nossos jovens aos seus planos de conquista enquanto eles ficam placidamente sentados do outro lado do mar e, claro, mais uma infâmia.
    Mas com os sociopatas que temos a liderar nos haverá muitas botas europeias no terrenos antes do Verão acabar. E muitos soldadinhos a voltar numa caixa de pinho antes do ano acabar.
    A Rússia já provou que não é o Iraque nem a Libia e também tem capacidade para recrutar mão de obra estrangeira.
    Por isso isto tem tudo para correr mal para as nossas heróicas forças expedicionarias.Mas como esta malta não acorda e continua a pedir a destruição da Rússia nos cafés, acreditando que se assim não for eles chegarão a Lisboa, resta nos beber a taça até ao fim. Enquanto os americanos se riem da nossa cara.

    • OK, muito bem. Só um pequeno repara não sem importância, quando diz “…atrair as nossas empresas para lá.”, as minhas não

  4. Não preparamos, já está preparada!

    O Império Americano cometeu o erro crucial de não compreender que o principal objetivo de Putin é vingar-se da URSS: sob a liderança de um Estado forte e dinâmico, estabelecer uma indústria e uma economia forte… que devem servir os interesses da Nação.

    Em 24 anos de trabalho, isso foi conseguido, e é preciso fazer mais…

    O Império Americano, já sem capacidade para se opor eficazmente, virou-se imediatamente contra a UE. A UE nem sequer se apercebe dos danos que o Império dos EUA lhe está a causar. Em suma, é tragicómico.

    Vale a pena notar que a dívida dos EUA é actualmente de cerca de 35.000 mil milhões de dólares.
    No segundo semestre 2024, os Estados Unidos vão pedir emprestado mais 6.000 mil milhões de dólares: 1.000 mil milhões de dólares por trimestre para despesas “correntes” do Governo Federal, 1.000 mil milhões de dólares para pagar os juros da dívida e outros 1.000 mil milhões de dólares como parte do plano de modernização das forças armadas dos EUA, numa tentativa de reduzir o fosso tecnológico com a Federação Russa e a China.
    Ao mesmo tempo, a Reserva Federal, sob a direção da Sra. Yellen, nunca imprimiu tanto dinheiro, para limitar o recurso ao crédito, com a grande desvantagem de desencadear uma forte subida da inflação, que será duradoura.
    Por conseguinte, a FED não estará em condições de baixar as suas taxas em 2024, sobretudo depois do recente roubo de activos russos (300 mil milhões de dólares), e tem grande dificuldade em encontrar “investidores” dispostos a comprar obrigações do Tesouro.
    A dívida europeia está não aumentar de forma vertiginosa.

    Sim, os americanos estão a “pulverizar” generosamente o teatro de operações, distribuindo alguns “envelopes” aos seus peões, como é seu hábito. Mas isso não é sinónimo de vitória para a Ucrânia…

    Tudo com o objetivo global de prolongar indefinidamente o conflito … até ao último ucraniano.
    Em primeiro lugar, manter as sanções anti-russas… e, sobretudo, as sanções anti-europeias.
    Bloquear indefinidamente o projeto Nord Stream e qualquer futura sinergia económica Berlim-Moscovo.
    Tentativa de enfraquecer pacientemente dois grandes concorrentes: a Rússia e a UE.
    (Mas é sobretudo a UE, isolada dos recursos asiáticos, que se afunda na crise… enquanto Moscovo reorganiza uma nova geopolítica a seu favor com os Brics).

    Adiar para o mais tardar o projeto chinês de rota central BRI (China-Cazaquistão-Donbass-Ucrânia-UE), um projeto que estava a tomar forma em 2021 quando Xi Jinping prometeu (em 13/06/2021) a Zelensky uma colaboração alargada.
    Este projeto euro-asiático, concorrente frontal do pólo atlântico, será relançado com o tempo, logo que a paz regresse ao Donbass.
    Este impasse euro-asiático é crucial para a estratégia geopolítica de Washington, que vê em Pequim o seu inimigo prioritário.

    É nesta direção que qualquer interferência de Washington na Ucrânia tem vindo a ser conduzida (desde 2022, ou mesmo 2014).
    Aqui, com esta nova ajuda, habilmente medida, nada mudou.
    E o ator Zelensky desempenha à letra o papel de bode expiatório que Washington lhe atribuiu.

    O Donbass é muito complexo. Os oligarcas de Kiev, os ultranacionalistas e outros pequenos burgueses como Zelensky não encontram satisfação para o seu orgulho excessivo numa economia de produção agrícola. O Donbass oferecer-lhes-ia a oportunidade de uma ambição industrial, mas o roubo das suas riquezas minerais e industriais em benefício de um poder centralizado não agrada obviamente aos habitantes locais, tal como o roubo das riquezas catalãs pelo poder de Madrid. Tal como em Espanha, existem também diferenças linguísticas e culturais. A população do Donbass é socialista, russófona e russófila. A burguesia de Kiev, por outro lado, é anti-russa, tanto a nível linguístico como político. O governo de Kiev é também pró-ocidental e fortemente influenciado pela ideologia ultraliberal dos EUA: desqualificação dos sindicatos, desmantelamento das leis sociais, etc. Os oligarcas dançam à volta do Zelensky.
    Zelensky, que tem violado continuamente o seu programa desde a sua eleição, tinha um nível de popularidade de cerca de 20% no início de 2022.

    Além disso, as autoridades de Kiev não têm qualquer respeito pelo povo do Donbass; só lhes interessa a riqueza local. Kiev está a praticar um fascismo racista a um mundo de distância da abertura cultural da UE.
    Em 28 de fevereiro de 2018, o Tribunal Constitucional da Ucrânia decidiu finalmente que a lei Kivalov-Kolesnichenko era inconstitucional, pondo fim ao estatuto do russo como língua regional, que o tinha colocado em pé de igualdade com o ucraniano nas regiões em causa.
    Foi aprovada e adoptada uma nova lei sob a presidência de Volodymyr Zelensky, que foi eleito em abril de 2019. A lei entrou em vigor em 17 de julho de 2019, tornando o ucraniano a única língua oficial. Desde então, apenas o ucraniano foi autorizado a ser utilizado pelas autoridades e instituições nacionais, regionais e locais, bem como pelas empresas. A única exceção é a Crimeia, onde a língua tártara é autorizada como “língua do povo indígena ucraniano”.

    Para além disso, existe um conflito geracional na Ucrânia entre os mais velhos rurais, nostálgicos dos ideais socialistas, e uma juventude mais urbana, doutrinada pelas miragens das redes sociais, mais inspirada pela cultura ocidental e pelas ilusões consumistas do liberalismo.

    A isto acresce a lavagem cerebral dos jovens pela cultura musical “metal”, que veicula ideologias racistas, pró-nazis e ultra-nacionalistas anti-russas.
    Mesmo o movimento ambientalista ucraniano é atipicamente anti-internacional e inspirado em antigas religiões locais, com um culto animista da natureza e uma exacerbação de ideais clânicos e racistas.
    Antes de 2022, Kiev tornou-se também o centro ocidental do “supremacismo branco”, atraindo neonazis internacionais que vieram ajudar os homens iluminados locais do regimento Azov na sua luta anti-russa e no conflito fratricida no Donbass (desde 2014).

    E o papel da Europa?
    Desde 2000, a UE teve a oportunidade de colocar esta rivalidade estéril num quadro mais construtivo, mas não o fez.
    Já em 2006, com o projeto abortado da Euro-região do Donbass (Luhansk, Donetsk e Rostov).
    Depois, a sabotagem do processo de Minsk pela França e pela Alemanha fez soar a sentença de morte de qualquer esperança construtiva euro-asiática em torno do Mar Negro.
    Agora, do lado ocidental, é Washington que dá as ordens no Donbass, num conflito por procuração que defende os seus interesses pró-NATO e anti-eurasiáticos.

    Por enquanto, o conflito do Donbass convém, portanto, aos seus dois grandes protagonistas, Washington e Moscovo.
    A esperança de uma solução pacífica poderia vir da China, no quadro global do BIS, mas Pequim tem um projeto mais vasto e não quer correr o risco de tomar decisões precipitadas.
    Sobretudo sem a cooperação da UE, que se colocou insensatamente ao lado dos Estados Unidos, tendo já declarado guerra económica à China com o plano Global Gateway (300 mil milhões previstos), em concorrência direta com o BIS.

    A terceira guerra mundial não é um sonho,é uma realidade!Todos se preparam para a guerra com os seus orçamentos aumentados para a guerra,pois a certa altura, num mundo em que os vizinhos tentam fazer recuar as fronteiras (sejam elas económicas, políticas, sociais ou outras), o pacifismo passivo não funciona.
    Temos de ser capazes de mostrar que podemos esmagar o nosso vizinho beligerante se ele espirrar demasiado alto, por uma questão de princípio.

  5. O Imperador Xi, viajou para a Europa.

    Segundo os jornaleiros de fofocas Florian Philippot (Les Patriotes) disse:
    “”Visita de Estado de Xi Jinping à França: Macron humilhado e ridicularizado! Ele mostra sua submissão convidando Ursula Von der Leyen: o presidente chinês identifica o verdadeiro chefe, fala mais com ela e acaba negligenciando Macron”, afirmou Philippot.”

    É o internacionalismo e a fraternidade, que leva o representante máximo de França a ter presente um poder hierarquicamente superior ao seu numa reunião com outro Chefe de Estado, este sim soberano.

    Por cá também já aconteceu num Conselho de Estado. Alguém se indignou?

    Com a “esquerda” não contamos e com a direita estamos a anos-luz do que deveria ser feito em nome da Soberania e da Independência Nacional.

    A “esquerda” vive do anti-”fascismo”, da “resistência” e da lembrança de uma “oposição”, que, se não fossem os oficiais do quadro permanente do Exército (os puros), terem-se sentido com o tratamento dados aos oficiais milicianos (os espúrios), ainda hoje estávamos à espera do Levantamento Nacional que os comunistas aguardavam que o Povo fizesse, para depois cavalgarem.

    A direita que temos continua a tocar o disco riscado do anti-comunismo. Continuam a achar que Putin é comunista, porque é russo. É pena não terem visto a tomada de posse dele ontem e a bênção que o Patriarca de Moscovo e de todas as Russias Kiril, lhe deu. Para um comunista algo não bate certo aqui.

    Com estes marmajos não nos safamos.

    Agora o que fez Xi depois de estar com o micron francês?

    Desembarcou em Belgrado no dia 07 de Maio de 2024, 25 anos depois de a sua embaixada ter sido bombardeada pelos americanos numa operação conduzida pela CIA, durante o desmantelamento da República Federal da Jugoslávia (07 de Maio de 1999).

    Uns sabem quem são, de onde vêm e para onde querem ir. Outros como é o nosso caso e o dos franceses aqui, obedecem a donos no exterior e estão determinados a destruir os seus estados.

    Os chineses não esquecem a História. Não esquecem o que eles chamam O Século da Humilhação.
    Se paramos para pensar, vemos que, só pediram a entrega de Macau, depois de terem resolvido a ocupação de Hong-Kong e antes da futura integração de Taiwan. Três situações diferentes, três tratamentos diferentes e pela ordem de gravidade decrescente.

    • “Por cá também já aconteceu num Conselho de Estado. Alguém se indignou?”
      Aconteceu o quê a quem? Estás a falar do hobbit escudeiro da múmia que veio expor tudo o que lá dentro se tratara?
      Então aí já não há “traidores da pátria”, ou será que a amnésia fá-los esquecer o conceito de “segredo de estado” e o dever de sigilo dos membros do Conselho de Estado?
      Estes direitolas são loucos, e não são pouco(s)…

  6. Será que o imperador Biden ainda está capaz de ir visitar seja quem for? O Macron levou um belo puxão de orelhas do chinês que também mandou a Van der Leyen ter juízo e deixar de vender as nossas terras ao imperador do outro lado do mar, o que só nos tem dado prejuízos.
    O próximo prejuízo será a leva de refugiados que os sionistas vão expulsar não so de Gaza mas de toda a Palestina.
    Ou será que esperam mesmo que os desgraçados se deixem morrer, a fome é a sede nas cidades de tendas que estão a ser levantadas no deserto do Egipto?
    De resto toda a gente sabe que o Putin não é comunista mas isso não interessa nada ao imperador do outro lado do mar e com quem sonha vingar avos nazis mortos, a quem só interessa um bêbado degenerado e corrupto como o finado Yeltsin.
    Que ate teve direito a uma equipe médica internacional que lhe compos o coração apodrecido por décadas de vodka.
    O problema é que é impossível uma versão sóbria de um bicho capaz de vender a sua terra como chegaram a pensar que Putin era.
    Talvez porque num certo deslumbramento com o Ocidente o homem ate tivesses chegado a propor a adesão do seu pais à Nato.
    Para cedo ver que nunca seriam tratados como iguais por muita conversão ao capitalismo porque o que se pretendia era tratar a Rússia como se trataram as colónias na America, Oceania, India e por aí fora. Como mais recentemente foram tratados Iraque e Líbia.
    Foi a destruição do Iraque que fez o homem acordar, sendo que, quando o Blair foi a Rússia a, seguir a invasao o russo chamou lhe de tudo e gozou forte e feio com a sua cara de assassino podre.
    E que mais pode fazer alguém que, sabe que ele e o seu povo serão sempre vistos como subhumanos não importa o que façam e quanto hambúrgueres McDonald’s comam?
    Deixar se de ilusões e abraçar a religião e as tradições da sua terra. Aliás, o patriarca de Moscovo é outro a quem os furiosos apoiantes dos ucronazis já chamaram de tudo e de quem só não disseram o que Maomé não disse do toucinho. Aliás, o homem está pessoalmente proibido de entrar no Imperio Europeu assim como muitos dos seus compatriotas. Tão tristes que devem estar por não poder ir ao Algarve a banhos.
    Do que conheci de velhos resistentes ninguém sonhava com um grande levantamento popular por saber bem o povo estúpido que tinham, em especial a Norte do Tejo. Onde após o 25 de Abril votavam “na setinha que aponta para o céu” porque assim mandava o Senhor Padre. E não venham dizer que é mentira porque velhos nortenhos confirmavam isso mesmo como se fosse a coisa mais normal deste mundo isto se votar onde o padre manda. Mas ficar de braços cruzados não era opção.
    E por muito poucos que sejam haverá sempre verdadeiros alforriados para quem cruzar os braços não é opção.
    Por mim, sigo o lema de Victor Hugo “se apenas um se levantar, esse serei eu”.

  7. ABC (Cunhal) disse aos seus que tapassem a cara do Mário Pavão na hora de votar (1986 2ª volta nas presidenciais), mas que pusessem a cruz no quadradinho. Cada religião tem os seus ministros e o comunismo não é diferente das outras religiões. O levantamento nacional era do PCP, nem todos os que vão à Igreja, sabem de doutrina e de Evangelhos. I

    • Ena que coisa tão estranha, o capelão a dizer que é igual ser ele a indicar onde se vota, justificando-se que é assim que faz o Cunhal, como se fosse este a excepção a todo o líder político, que ou “peca por omissão”, ou então diz para votar em qualquer um dos outros que não o partido ou coligação que dirige.
      Como diria o Fernando Pessa: “e esta, hein?”

  8. http://en.kremlin.ru/events/president/news/73981
    (tradução automática)
    Discurso na cerimonia de posse como Presidente da Rússia
    Presidente da Rússia Vladimir Putin : Cidadãos da Rússia, senhoras e senhores, amigos,
    Nestes momentos solenes e cruciais de tomada de posse do cargo de Presidente, gostaria de estender a minha sincera gratidão aos cidadãos da Rússia em todas as regiões do nosso país, bem como àqueles que vivem nos territórios históricos da Rússia e que conquistaram o seu direito permanecer unidos à nossa Pátria.
    Honro humildemente os nossos heróis, os participantes da operação militar especial e todos aqueles que lutam pela nossa Pátria.
    Gostaria de agradecer novamente pela confiança que depositaram em mim e pelo seu apoio inabalável. Estas palavras são dirigidas a todos os cidadãos da Rússia.
    Acabo de prestar juramento de posse como presidente. As palavras que pronunciei transmitem a essência da missão suprema do chefe de Estado: proteger a Rússia e servir a nação.
    Entendo que esta é uma tremenda honra, uma grande responsabilidade e um dever sagrado. Esses sempre foram os princípios norteadores do meu trabalho no passado. Garanto-vos que os interesses e a segurança do povo da Rússia continuarão a ser a minha principal preocupação.
    A vontade consolidada de milhões de pessoas é uma força tremenda, bem como uma prova da nossa firme convicção partilhada de que determinaremos nós próprios o destino da Rússia, e apenas nós próprios, para o bem das gerações presentes e futuras.
    Vocês, cidadãos da Rússia, confirmaram que o país está no caminho certo. Isto é de grande importância neste momento, pois enfrentamos sérios desafios. Vejo isto como a sua profunda consciência dos nossos objectivos históricos comuns e a sua determinação inabalável em defender as nossas escolhas, os nossos valores, a nossa liberdade e os interesses nacionais da Rússia.
    Estou confiante de que passaremos por este difícil período crucial com dignidade e emergiremos ainda mais fortes. Iremos, sem dúvida, realizar tudo o que planeámos a longo prazo, todos os projectos de grande alcance que visam alcançar os nossos objectivos de desenvolvimento.
    Nossa principal prioridade é a preservação do povo. Estou confiante de que o apoio aos valores e tradições familiares seculares continuará a unir as associações públicas e religiosas, os partidos políticos e todos os níveis de governo.
    As nossas decisões relativas ao desenvolvimento do país e das suas regiões devem ser eficazes e justas e devem promover a prosperidade das famílias russas e melhorar a sua qualidade de vida.
    Estivemos e continuaremos abertos ao fortalecimento de boas relações com todos os países que consideram a Rússia um parceiro confiável e honesto. Na verdade, estes constituem a maioria global.
    Não rejeitamos o diálogo com os Estados ocidentais. A escolha é deles: se pretendem continuar a tentar conter o desenvolvimento da Rússia, continuar a política de agressão, a pressão implacável que exercem sobre o nosso país há anos, ou procurar um caminho para a cooperação e a paz.
    Reiterando, estamos abertos a conversações, inclusive sobre segurança e estabilidade estratégica, mas não a negociações a partir de uma posição de força. Estamos abertos a uma conversa sem arrogância, vaidade ou excepcionalismo – um diálogo em pé de igualdade e com respeito pelos interesses de cada um.
    Juntamente com os nossos parceiros na integração da Eurásia e outros centros de desenvolvimento soberanos, continuaremos a construir um mundo multipolar e um sistema de segurança igual e indivisível.
    Neste mundo complexo e em rápida mudança, devemos esforçar-nos por ser auto-suficientes e competitivos, abrindo novos horizontes para a Rússia, como fizemos muitas vezes ao longo da nossa história.
    Mas devemos também recordar as suas lições e nunca esquecer o enorme preço que pagamos pela agitação e problemas internos. Portanto, o nosso estado e sistema sócio-político devem ser fortes e resistentes a quaisquer ameaças e desafios, garantindo o desenvolvimento progressivo e estável, bem como a unidade e independência do nosso país.
    No entanto, estabilidade não é igual a inflexibilidade. Os nossos sistemas estatais e sociais devem ser flexíveis, criando condições para a renovação e o progresso.
    Podemos ver que a atmosfera na sociedade mudou e o quanto valorizamos agora a fiabilidade, a responsabilidade, a sinceridade, a integridade, a generosidade e a coragem. Farei tudo o que estiver ao meu alcance para garantir que aqueles que demonstraram estas admiráveis características humanas e profissionais, e que provaram a sua lealdade à Pátria através dos seus feitos, alcancem posições de liderança na governação do Estado, na economia e em todas as outras esferas.
    Devemos garantir uma continuidade confiável no desenvolvimento do nosso país nas próximas décadas e criar novas gerações que fortalecerão o poder da Rússia e desenvolverão o nosso estado com base no acordo interétnico, na preservação das tradições de todos os grupos étnicos que vivem na Rússia, uma nação civilizacional unidos pela língua russa e pela nossa cultura multiétnica.
    Amigos,
    Farei tudo o que for preciso, tudo o que puder, para justificar a sua confiança em mim, usando os poderes que a Constituição me confere como chefe de Estado. Ao mesmo tempo, gostaria de sublinhar que o sucesso deste esforço depende acima de tudo da nossa unidade, integridade e do nosso desejo de servir a nossa Pátria, protegê-la e trabalhar com o melhor das nossas capacidades.
    Hoje, devemos responder à nossa história de mil anos e aos nossos antecessores. Alcançaram alturas aparentemente intransponíveis porque sempre colocaram o país em primeiro lugar. Sabiam que objectivos verdadeiramente desafiantes só podem ser alcançados em conjunto com o país e o seu povo, e criaram uma grande potência, a nossa Pátria, deixando um legado de conquistas gloriosas nas quais continuamos a inspirar-nos hoje.
    Olhamos para frente com confiança e planeamos o nosso futuro, delineando e já executando novos projectos e programas, que visam injectar ainda mais impulso no nosso esforço de desenvolvimento e torná-lo ainda mais forte.
    Somos uma nação unida e grande. Juntos superaremos todos os obstáculos e garantiremos que tudo o que concebemos se torne realidade. Juntos vencemos!

  9. Activar as legendas, para terem uma ideia do que se está a dizer.
    Recomendo a partir da 01:40:00
    https://www.youtube.com/watch?v=CWs_QERBGsg

    Para os defensores, como é que se escreve isto em género neutro?, dos acordados, relembro que, quando as barbas, neste caso o bigode de Josef Vissariónovitch, o Koba da clandestinidade, que passou à História como Stalin, estava a arder, ele que foi um seminarista com boas notas, chamou o Patriarca Sérgio e aliviou o que vinha de trás. Se a Igreja não conseguisse ajudar, pelo menos que não atrapalhasse os trabalhos da guerra. O Povo, esse colectivo que teima em não seguir a vanguarda esclarecida, continuou a acreditar apesar do comunismo, mas Stalin também sabia que, esse mesmo Povo queria um Czar a mandar.

    Ser alguém se der ao trabalho de ver o vídeo e perguntar quem é aquele primeiro senhor a quem Putin aperta mão ao entrar, é este aqui:
    https://en.wikipedia.org/wiki/Leonid_Roshal

    Digam lá que esta entrada da wiki não foi escrito por acordados.

  10. Para quem acha normal votar onde o senhor padre manda, paciência.
    Votar no Mário Soares foi um sapo que muita gente engoliu e que felizmente não tive de engolir por so tempo não ter nem uma década de vida.
    Mas o Senhor devia saber a história toda. Em 1986 a democracia em Portugal tinha uns escassos 12 anos e o candidato rival agregava em seu redor o pior da direita caceteira.
    Pelo que a sua possível eleição era vista como um perigo e não só pelos comunistas e por isso toda a gente a esquerda e menos esquerda se uniu em torno do mal menor. Dai a derrota de Freitas do Amaral que mais tarde até se revelou um sujeito decente, nomeadamente quanto teve tomates para chamar os bois pelos nomes no caso dos crimes israelitas. Tivesse sabido ter mais mão nos radicais de direita que protagonizavam agressões e ameaças de toda a ordem e talvez ninguém tivesse apelado ao voto em alguém que toda a gente sabia um bom amigo de quem mais tarde foi director da CIA.
    Já a padralhada andar a apelar ao voto no PSD e no CDS visava justamente voltar a levar ao poder a direita caceteira capaz de pôr em sentido aqueles comedores de criancinhas. Hoje sabemos bem que é que de Portugal aos Estados Unidos andou a comer criancinhas.
    “A gente vai na camioneta e o senhor padre diz para a gente votar na setinha que aponta para o céu. E a gente vota onde o senhor padre manda”.
    Até havia quem garantisse que, quem não votasse na tal setinha iria parar ao Inferno.
    Mas isso era tudo normal. Estamos conversados.

  11. Por isso é que teremos a 3° guerra mundial,é inevitável!

    NATOIZAÇÃO = AMERICANIZAÇÃO:
    Os financeiros americanos adquiriram mais de metade das terras de trigo da Ucrânia, por que razão não intervêm os Boys na Ucrânia para defender os interesses americanos? Tanto mais que a anunciada retirada do Tio SAM é acompanhada pelo facto de os europeus tomarem conta da situação !!!!

    Macron é um produto desta americanização progressiva dos hábitos e das mentes, mesmo nas altas esferas.
    Não sou militar, mas os comentários feitos por alguns generais nas televisões e afins fazem-me vomitar de tanta submissão intelectual.
    Os americanos, e também os britânicos, NÃO SÃO NOSSOS AMIGOS! Olhemos para eles como pessoas que têm os SEUS INTERESSES como prioridade, e se nos metermos no seu caminho em qualquer altura, não hesitarão em torpedear-nos!
    O General DE GAULLE compreendeu-o muito bem, mas os desembarques na Normandia e a ajuda dos Aliados para os libertarem cegaram-nos para uma realidade terrível que se tem vindo a revelar desde então!

    Até a construção da Europa foi torpedeada a partir do interior pelos nossos grandes aliados.
    De Lisboa aos Urais, era essa a visão do General, e a ação dos EUA é impedir que esse projeto se concretize. A situação na Europa de Leste põe em evidência a determinação dos americanos em destruir esse projeto a todo o custo!
    A Rússia de hoje já não é a Rússia que se seguiu à queda do Muro de Berlim, e o Ocidente beneficiou com isso. Putin tem uma visão diferente das coisas, que não agrada nada aos americanos, e podemos esperar deles alguns truques podres, dos quais os europeus serão as grandes vítimas.

    E se, infelizmente, na trágica história da humanidade, o partido da guerra sempre venceu o partido da paz, podemos consolar-nos com a ideia de que o Ocidente vai perder esta guerra e que, quando um regime perde a guerra, perde também o poder.

    A Rússia acaba de avisar oficialmente os ingleses e os franceses. O rei dos franceses declarou guerra. Putin é um líder sério e responderá com a mesma seriedade. Continuem a sonhar, o rei françês é um louco.

    Ao passo que os nossos líderes ocidentais não conseguem ver para além do seu próprio mandato eleitoral e estão a destruir qualquer credibilidade que ainda lhes reste. Os líderes europeus têm uma enorme responsabilidade pela guerra na Ucrânia e terão de responder por terem seguido sem oposição os neoconservadores de língua inglesa. A Rússia sempre quis cooperar com a Europa, mas foi impedida de o fazer a pretexto da ideologia e de um desejo deliberado por parte dos EUA de impedir a Europa de se tornar a principal potência mundial.

    O conflito na Ucrânia tornou-se, infelizmente, um instrumento necessário no caos organizado. Sair deste impasse é uma obrigação ocidental, uma obrigação europeia, devo dizer, mas os meios diplomáticos são hesitantes. Esperemos até junho na Suíça, com poucas esperanças.

    “Temos de começar por nos interrogar sobre o motivo”.

    Qual foi o verdadeiro motivo que levou Putin a invadir a Ucrânia através da fronteira perto de Chernobyl e depois mais a sul, em direção a Kiev? E a permanecer lá durante meses, protegido por um desfile de tanques que foram sendo destruídos um a um, o que é que esse local tinha de tão importante?

    Não acham curioso este silêncio?

    Onde estavam os silos de lançamento instalados pela URSS na UCRÂNIA?

    Escreve-se frequentemente que este personagem é um jogador de xadrez.
    Um jogo que ele combina regularmente com bilhar de três almofadas.
    O seu jogo é, portanto, muito “aberto” e tudo é possível …….

    E sim, os EUA têm uma tendência desagradável para atacar a jugular e concentrar-se na acusação do seu adversário ….. Rússia…

    O que está longe de ser novo é a persuasão dos EUA de que eles são os melhores…. os “kings do mundo” e que os outros sugam…. a ponto de a quererem aniquilar? arriscando-se a incendiar o planeta… o que também não lhes parece incomodar…

    Quando se pensa que se é o mais forte…. pode-se correr demasiados riscos …

    Os americanos agem, depois pensam – quando pensam.

    Em 1939, um dos Rockefeller já escrevia que a Rússia tinha de ser destruída para se apoderar do seu subsolo. Depois veio 1940 e, como Hitler era ainda mais burro do que os americanos, o seu antissemitismo e a brutalidade do seu regime uniram os anglo-saxões e os russos contra ele.
    45-50, Paz? Não, os americanos descobrem a sua potencial omnipotência. Começou de novo o assalto à Rússia, ajudado pela ideia generosa de libertar os povos oprimidos.

    Foi um sucesso: em 90, o desmantelamento neoliberal e até a aquisição do gigante Gazprom!
    Bem, quase.
    O urso russo acordou e aproximou-se da Europa. Uma Europa gaullista, do Atlântico aos Urais? Impensável. Então, Maidan, Crimeia, Ucrânia e… os oleodutos.

    Mas os americanos estão a pensar de novo… Em vez de poderem contar com um aliado pan-europeu no confronto muito mais grave que se prepara com a China, fizeram tudo o que estava ao seu alcance para que a Rússia se juntasse à China, o seu inimigo irredutível. Que resultado! E 61 mil milhões de dólares “dados” EM PARTE à Ucrânia não vão ajudar (a nossa imprensa “esquece-se” de dizer que a maior parte vai para Taiwan).

    De facto, só há duas saídas:
    – Esmagamento da Rússia
    – Um tratado de paz com a anexação oficial da Ucrânia Oriental e talvez de Odessa.

    Os americanos agem, depois pensam – quando pensam…

    A propaganda não é nova.
    Mas agora está a tornar-se global, abrangente.

    A informação real está a tornar-se um bem raro no mercado negro. É sussurrada, em vez de ser dita, entre pessoas bem informadas.

    O problema é que falar sobre a verdade na vida quotidiana está a tornar-se problemático e tem de ser tratado sob o manto do secretismo.
    Os olhares começam a surgir automaticamente quando as pessoas à nossa volta ouvem o que está a ser dito, olhares que estão mais cheios de ódio do que de medo.

    Faz-me lembrar aqueles olhares de medo dos vacinados que gritavam e depois denunciavam os não vacinados, gritando sobre o seu medo de morrer de covid porque iam apanhá-la dos “irresponsáveis”.

    As pessoas estão completamente doutrinadas e acreditam em tudo o que a sic,cnn cmtv lhes diz.

    Acho que vamos começar a ver notícias sobre pessoas que perdem o emprego por dizerem tal coisa, e até sobre ataques.
    E já sabemos de que lado estarão os jornalistas.

    É assustador.

    No meu caso vou ver se arranjo um esconderijo no meio do mar alto!Vou ver.

    • Devias ter mais cuidado com as traduções, incansável plagiador. Poderás até acreditar que ainda sobra entre nós algum estúpido a acreditar que és o autor dos bocados de texto que apresentam alguma lógica, mas olha que não, pazinho, olha que não. É que deitas tudo a perder quando entregas a tradutores automáticos os textos que tentas passar como teus. Para tua informação, ainda que “cushion”, em inglês, possa ser traduzido por “almofada”, o “three-cushion billiards” do texto em inglês que plagiaste traduz-se, em português, por “bilhar às três tabelas” e não “bilhar de três almofadas”.

      https://www.britannica.com/sports/three-cushion-billiards

      Pois é, rapaz, mais depressa se apanha um plagiador do que um coxo, porque, na realidade, um plagiador não passa de um mentiroso.

      • Logo agora que o Nostradamus minhoto até publicou um texto congruente… sim, o bilhar de três almofadas deu bandeira, e vermelha.

      • Nunca consultei sites ingleses, já o disse de onde me informo e não vou falar outra vez…De resto há erros,como também tenho amigos que me ajudam…Nas universidades acontece o mesmo com alunos que os professores não gostam,por isso não me admira nada..Continue ..

        • Boa malha! Como toda a gente sabe, só os “sites ingleses” escrevem em inglês. Os americanos, por exemplo, escrevem em mandarim. Que burro que eu sou!

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