Em 9 de Abril de 2022, Zelensky preferiu a guerra à paz pelos motivos mais mesquinhos – Parte II

(José Catarino Soares, 12/02/2024)

Valodymyr Zelensky, fotografado em 9 de Abril de 2022, o dia em que tomou a decisão mais vil da sua carreira política e a mais desastrosa para os destinos da Ucrânia.

  1. Introdução 

Em 12 de Dezembro de 2023, publiquei um extenso artigo, intitulado: “Em 9 de Abril de 2022, Zelensky preferiu a guerra à paz pelos motivos mais mesquinhos” (ver aqui). Nesse artigo, divulguei e interpretei dois testemunhos de peso de um facto da máxima relevância ‒ aquele que é enunciado no título do artigo ‒ que o sistema mediático dominante da comunicação social em Portugal não achou por bem dar a conhecer ao público português.

Neste artigo, que é a continuação do artigo de 12-12-2023, divulgo e interpreto mais dois testemunhos de peso, mais recentes, relativos a esse mesmo facto, os quais, uma vez mais (salvo melhor inventariação), o sistema mediático dominante da comunicação social em Portugal não se dignou dar a conhecer ao público português.

Isto, não obstante a sua enorme importância para a boa compreensão das duas guerras na Ucrânia — a que começou em 13 de Abril de 2014 (entre a Ucrânia e as então recém-proclamadas Repúblicas Populares de Donetsk e Lugansk na região da Donbass) e a que começou em 24 de Fevereiro de 2022, entre a Rússia e a Ucrânia, com a “Operação Militar Especial” (OME) da Rússia, antes de se fundirem, militarmente, uma com a outra em Fevereiro de 2023.

Como o artigo é muito extenso, vou dividi-lo em 4 partes (2.ª, 3.ª, 4.ª, 5.ª) para facilitar a sua leitura. Esta é a 2.ª parte, já que o artigo de 12-12-2023 passou a ser a 1.ª parte por retroacção.

2. Lembrete

Os testemunhos a que me referi no artigo de 12 de Dezembro de 2023 são declarações públicas de duas pessoas: (i) Davyd Arakhamia, chefe do grupo parlamentar do partido Servente do Povo (o partido  fundado pelo presidente Volodymyr Zelensky) e chefe da delegação da Ucrânia nas negociações com a Rússia que tiveram lugar na segunda quinzena de Março de 2022, na Turquia, com vista a alcançar um acordo de paz entre os dois países; (ii) Gerhard Schröeder, ex-chanceler da Alemanha (1998-2005), que participou nessas negociações como mediador, a pedido da Ucrânia.

Estes dois homens declararam ambos, publicamente ‒ em 24 de Novembro de 2023 e 21 de Outubro de 2023, respectivamente (cf. fontes indicadas no artigo referido na Introdução) ‒ que a Ucrânia e Rússia tinham chegado a um acordo para pôr termo ao conflito armado entre ambas em Março-Abril de 2022 e que esse acordo de paz era, atendendo às circunstâncias, altamente favorável à Ucrânia.

3. As bases do acordo de Março-Abril de 2022

Porquê? Porque as principais exigências de que a Rússia não abria mão eram (a) a adopção pela Ucrânia de um estatuto de neutralidade político-militar (semelhante, por exemplo, ao da Áustria); e (b) a sua desvinculação total da OTAN (NATO em Inglês). Por outras palavras, a Ucrânia renunciaria a todos os acordos actuais com a OTAN e a qualquer plano futuro de adesão à OTAN, e comprometer-se-ia a não instalar armas nucleares (de fabrico próprio ou alheio) no seu território, nem acolher instalação de bases militares estrangeiras ou contingentes de tropas estrangeiras no seu território.  Repare-se que, para cumprir esta parte do acordo, a Ucrânia teria, entre outras coisas, de revogar três artigos da sua Constituição (os artigos 85, 102 e 116) que prescrevem aos seus órgãos de governação a obrigação de tudo fazerem para a Ucrânia ser aceite como Estado-membro de pleno direito da OTAN.

Em troca, (i) ser-lhe-iam dadas garantias de segurança por vários Estados (como, por exemplo, os EUA, o Reino Unido e a França [membros permanentes do Conselho de Segurança da ONU] a Turquia, a Alemanha, o Canadá, a Itália e Israel — segundo declarações feitas na altura por Davyd Arakhamia à imprensa, por Mykhailo Podolyak no Tweeter e segundo o testemunho de Schröeder em 21 de Outubro de 2023) ; (ii) haveria um cessar-fogo imediato; (iii) a Rússia abdicaria do objectivo da “desmilitarização” da Ucrânia [entender: a redução das suas Forças Armadas à  porção côngrua] e (iv) retiraria as suas tropas para fora das fronteiras da Ucrânia em 23 de Fevereiro de 2022 (que, convém lembrar, não abrangiam uma parte da Donbass [a parte pertencente às Repúblicas Populares de Donetsk e Lugansk] e a Crimeia) [1].

O acordo previa ainda (??) [2], por proposta da Ucrânia, mais de uma década de negociações posteriores para discutir questões litigiosas (Crimeia [incluindo Sebastopol] e Donbass) sobre as quais as duas partes tinham e têm entendimentos antagónicos. Segundo o testemunho de Schröeder, a Crimeia estava fora de questão por ser há séculos parte do território e da história da Rússia: a Rússia nunca abdicaria dela [3]. Mas estaria disposta negociar um estatuto autonómico para a população russa, russófona e russófila da Donbass no âmbito da Ucrânia. Mais concretamente (segundo o testemunho de Schröeder), as Repúblicas Populares de Donetsk e Lugansk, onde vive uma grande parte dessa população, obteriam um estatuto de autonomia no seio da Ucrânia semelhante à do Tirol do Sul em relação à Itália, que garantiria os seus direitos linguísticos, culturais, legislativos e administrativos.

Para se entender esta proposta, convém saber que o Alemão é, a grande distância, o idioma maioritário do Tirol do Sul (também conhecido como Província Autónoma de Bolzano ou Alto-Ádige), seguido do Italiano, o idioma maioritário na Itália. As línguas alemãs e italiana são ambas línguas oficiais em todo o Tirol do Sul — tal como eram o Russo e o Ucraniano na Donbass e nos demais oblasti russófonos e russófilos do Leste e Sul da Ucrânia, antes do golpe de Estado de Maidan (Fevereiro de 2014). No Tirol do Sul, o ladino (um idioma românico muito minoritário) é também oficial em algumas comunas. Todos os cidadãos do Tirol do Sul têm o direito de se exprimir na sua língua materna nas suas relações com a administração pública e com os órgãos autonómicos de poder, inclusive nos tribunais e perante um juiz. Existem escolas separadas para cada grupo linguístico e a sinalética do espaço público (edifícios públicos, repartições administrativas, sinais de trânsito, etc.) e semipúblico (lojas, restaurantes, cinemas, etc.) é quase inteiramente bilingue ou, por vezes, trilingue.

Repare-se que para acolher uma autonomia da Donbass (Repúblicas de Donetsk e Lugansk) semelhante à do Tirol do Sul, a Constituição da Ucrânia teria de ser profundamente revista, como, aliás, estava já previsto no artigo 11 do Acordo de Minsk-2 (2015), mas que a Ucrânia nunca cumpriu [4]

3. Mais duas testemunhas de peso

Relativamente às negociações de paz entre a Ucrânia e a Rússia que tiveram lugar na Turquia em Março-Abril de 2023, entraram em cena recentemente mais duas testemunhas de peso: Oleksandr Chaliy e Oleksiy Arestovych.

Istambul, 29 de Março de 2022. Na foto vêm-se vários membros da delegação ucraniana nas negociações russo-ucranianas. O primeiro homem a contar da esquerda, é o embaixador Oleksandr Chaliy; o segundo homem é Davyd Arakhamia, chefe dessa delegação e chefe do grupo parlamentar do partido Servente do Povo (o partido fundado pelo presidente Volodymyr Zelensky); o quarto homem é Mykhailo Podolyak, assessor do chefe do Gabinete do Presidente da Ucrânia; o quinto homem é Rustem Umierov, actual ministro da Defesa da Ucrânia. Não consegui identificar o terceiro homem. Foto: Lokman Akkaya/Anadolu Agency via Getty Images.

3.1. Oleksandr Chaliy

Oleksandr Chaliy é um embaixador veterano que foi primeiro vice-Ministro dos Negócios Estrangeiros da Ucrânia, Secretário de Estado para a Integração Europeia e Conselheiro para a Política Externa do Presidente da Ucrânia. Actualmente, Chaliy é Presidente da Grant Thornton (uma empresa multinacional de auditoria, fiscalidade e consultoria) na Ucrânia e membro do Painel de Personalidades Eminentes da Organização de Segurança e Cooperação Europeia (OSCE), para onde foi nomeado em 2014. Foi um dos membros da delegação da Ucrânia nas negociações com a Rússia que tiveram lugar na Turquia, em Março-Abril de 2022.

3.2. Oleksiy Arestovych

Oleksiy Arestovych é um major (?) ou tenente-coronel (?) na reserva [5] que trabalhou, entre 1994 e 2005, na Direcção Central de Informações do Ministério da Defesa da Ucrânia (um serviço secreto de informações do governo, não do Estado-Maior General das Forças Armadas da Ucrânia). Quando a população russa, russófona e russófila dos oblasti do Leste e do Sul da Ucrânia (i) se revoltou contra o golpe de Estado de Maidan (Fevereiro de 2014) que derrubou o presidente eleito Viktor Yanukovytch e contra a abolição pelos golpistas do Russo como idioma co-oficial (juntamente como o Ucraniano) nesses oblasti e (ii) proclamou, na região da Donbass, as Repúblicas Populares de Donetsk e Lugansk, Arestovych ‒ segundo o seu próprio relato ‒ juntou-se à guerra da Ucrânia contra os revoltosos, participando em 33 missões de combate  [6].

Em 28 de Outubro de 2020, Arestovych foi nomeado conselheiro para a política de informação e porta-voz oficial da delegação ucraniana no Grupo de Contacto Trilateral sobre a Ucrânia nas conversações de Minsk sobre a resolução da guerra na Donbass. Em 1 de Dezembro de 2020, o Chefe do Gabinete do Presidente Zelensky, Andriy Yermak, nomeou Oleksiy Arestovych como seu conselheiro para as comunicações estratégicas no domínio da segurança e defesa nacional. Arestovych exerceu este cargo até Janeiro de 2023, altura em que se demitiu. Após o início da invasão da Ucrânia em 2022 pela Rússia, Arestovych tornou-se internacionalmente conhecido por uma recomendação e uma profecia que fez, com o maior cinismo, durante uma entrevista ao canal de televisão ucraniano “Apostrophe.ua,” em 18 de Fevereiro de 2019.

[continua]


Notas e Referências

[1] Este relato foi também corroborado, um tanto surpreendentemente, por um artigo de Fiona Hill (ex-directora sénior para a Europa e a Rússia do Conselho Nacional de Segurança dos EUA) e Angela Stent (directora do Centro de Estudos Eurasianos, Russos e do Leste Europeu da Universidade Georgetown, em Washington D.C). No meio das suas muitas lucubrações fantasistas sobre Putin e a Rússia, alimentadas pela sua proverbial russofobia, a senhora Hill e sua colega Stent confidenciam-nos que obtiveram informações fidedignas junto de «múltiplos ex-dignitários americanos» [entenda-se: membros do Conselho Nacional de Segurança, CIA e Pentágono que continuam no activo, mas que fazem questão em falar como se estivessem reformados] com quem falámos em Abril de 2022» sobre o que estava a passar nas negociações entre a Ucrânia e Rússia. E ficaram a saber o seguinte: «Os negociadores russos e ucranianos parecem ter chegado a um acordo provisório sobre as linhas gerais de um acordo provisório negociado: a Rússia regressaria à sua posição de 23 de Fevereiro, quando controlava parte da região da Donbass e toda a Crimeia, e, em troca, a Ucrânia prometeria não procurar adesão à NATO e, em vez disso, receberia garantias de segurança de uma série de países» (Fiona Hill & Angela Stent, “The World Putin Wants: How Distortions About the Past Feed Delusions About the Future”. Foreign Affairs, September/October 2022). Apesar de reconhecerem os factos essenciais do acordo de Março-Abril de 2022 entre a Rússia e a Ucrânia, convém não deixar passar em silêncio as imprecisões destas duas autoras. Não era a Rússia que “controlava parte da região da Donbass” em 23 de Fevereiro de 2022, mas a República Popular de Donetsk (RPD) e a República Popular de Lugansk (RPL). Estas duas repúblicas separaram-se da Ucrânia em 2014 e os seus cidadãos expressaram livremente, por grande maioria, a sua vontade de fazer parte da Federação Russa em dois referendos: um realizado em 11 de Maio de 2014, na RPD e na RPL, e o outro realizado em 23-27 de Setembro de 2022 nas mesmas repúblicas. A adesão à Federação Russa só ocorreu, porém, na sequência do último referendo, oito anos depois do primeiro. Também não é exacto dizer que a Rússia “controlava toda a Crimeia” em 23 de Fevereiro de 2022 (seria semelhante a dizer que “Portugal controla o arquipélago da Madeira” ou que “Portugal controla o Arquipélago dos Açores”, em vez de dizer que “a Madeira e os Açores são regiões autónomas de Portugal”). O que é exacto é dizer que a Crimeia é, desde 2014, uma república autónoma da Federação Russa, por vontade maioritária dos Crimeus, expressa num referendo realizado em 16 de Março de 2014.

[2] Pus dois pontos de interrogação a seguir a “o acordo previa ainda” porque desconhecemos o teor exacto, literal e completo desse acordo, conhecido como “Comunicado de Istambul”. Michael Von Der Schulenburg, ex-Secretário Geral Adjunto da ONU, referiu, em 6 de Março de 2022, que esse acordo tinha 15 artigos (“Ukraine: we need peace now”, https://michael-von-der-schulenburg.com/ukraine-we-need-peace-now/). Por sua vez, a jornalista independente russa Farida Rustamova, que não nutre qualquer simpatia por Putin e pelo seu regime, publicou o que diz ser o texto completo desse acordo, na versão entregue pela delegação ucraniana à delegação russa em 29 de Setembro de 2022, em Istambul (“Ukraine’s 10-point plan”, Faridaily, Mars 29, 2022 [substack.com/@faridaily]. Mas Vladimir Putin afirmou no seu encontro com a delegação africana de 17 de Junho de 2023, que o acordo final de Istambul, assinado pelos chefes de ambas as delegações, tinha 18 artigos. Não pode, por conseguinte, tratar-se (pelo menos parcialmente) do mesmo documento de 15 artigos referido por Schulenburg, nem do documento de 10 artigos publicado por Rustamova. Teremos de aguardar a publicação do documento exibido por Putin para termos uma avaliação mais completa e exacta desse acordo.

[3] Elucidei as razões dessa posição da Rússia no capítulo 3 [A colossal patranha da anexação da Ucrânia pela Rússia] do meu livro Dissipando a Névoa Artificial da Guerra: Um roteiro para o fim da guerra na Ucrânia, a paz na Europa e o desarmamento nuclear universal (Editora Primeiro Capítulo, Agosto de 2023).

[4] Sobre este assunto, ver José Catarino Soares, op.cit., pp.11-12.

[5] A entrada “Oleksiy Arestovych” da Wikipedia (edição em Inglês) afirma que Arestovych é tenente-coronel. Porém, uma outra fonte, o jornalista ucraniano Dmytro Oliinyk, afirma que ele é major (“Zelenskyi’s spokesperson: soldier, actor, psychologist, propagandist.” OpenDemocracy, 26 April 2022). Daí os pontos de interrogação entre colchetes.

[6] «Tal como Zelenskyi, Arestovych também tem um passado de actor, tendo trabalhado no teatro, em anúncios publicitários e em filmes durante as décadas de 1990 e 2000. A partir de 2000, realizou seminários e acções de formação em psicologia, inscreveu-se na escola do psicólogo e astrólogo russo Absalom Podvodny e estudou teologia no Instituto de Ciências Religiosas São Tomás de Aquino, em Quieve. A combinação de competências militares, de representação e psicológicas de Arestovych ajudou-o a tornar-se um bloguista de sucesso na década de 2010. Após a revolução ucraniana de 2014, apresentou-se como especialista militar, aparecendo na televisão e noutros meios» (Dmytro Oliinyk, op.cit.).


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6 pensamentos sobre “Em 9 de Abril de 2022, Zelensky preferiu a guerra à paz pelos motivos mais mesquinhos – Parte II

  1. Entretanto continuamos a cortar onde faz falta para apoiar aquela cambada de nazis. Vai para lá mais dinheiro nosso e dos contribuintes americanos também.
    Tudo porque não paramos de sonhar com a pilhagem. Entretanto uma organização dessas assegura que os ataques russos mataram 11 jornalistas e, neste caso, todas essas mortes foram deliberadas.
    Evidente.11 mortos em dois anos, não é preciso ir a China para saber que, se a Rússia quisesse delibetadanente abater os presstitutos ocidentais que lá estão teriam sido muitos mais.
    A Ucrânia opta por matar a bomba ou na prisão quem não segue a sua, narrativa, mas aí a tal organização não governamental não tem nada a dizer.
    Como não tem nada a dizer em relação a pelo menos dois jornalistas alemães que tiveram de pedir penico na Rússia porque da terra deles lhes foi dito que no regresso os esperava a prisão.
    Já Israel foi mesmo por grande azar que em quatro meses mataram mais de uma centena de jornalistas.
    Num ano de guerra e ocupação do Iraque as forças Norte americanas abateram mais de 50 jornalistas, ms, claro, esses estavam todos mesmo no local errado e na hora errada. Até houve um cronista a explicar todas essas mortes pelo facto de haver mais jornalistas e mais loucos.
    Todos os que nos matamos e mesmo só por acidente. Já o lado contrário até pode matar menos mas é só mesmo por falta de pontaria.
    Se ao menos esta gente desse o nosso dinheiro aos nazis mas não dissesse tanta baboseira tornava tudo isto um pouco menos difícil de aguentar. E não, eu não bebo mais um copo para esquecer.

  2. E Vossa Excelência garantidamente que bebeu da águas do Rio Estige, as tais que provocavam esquecimento para não se lembrar do que foi o colonialismo e a pilhagem. E ainda deve acreditar no Pai Natal. E va chamar bebado a quem o desovou.
    Se não tem argumentos calesse. Já aqui houve um que gostava de insultar os outros a falta de argumentos e acabou por levar uma corrida em osso.
    Se acha que eu disse alguma mentira vista um colete de imprensa e vá para a Faixa de Gaza. Se durar um mês lá vivo logo falamos.

  3. Não me parece objectiva a afirmação de que o palhaço Zelly escolheu isto ou aquilo. Ele não passa de um títere, um peão e só faz o que o império lhe manda fazer, apesar de os media corporativos insistirem em o apelidar de herói sem que tenha alguma vez realizado qq acto heróico. Assim, os seus patrões ocidentais ordenaram-lhe que rasgasse os acordos de Minsk e tb o da Turquia. O Império quer é a guerra sem se importar de sacrificar povos inteiros, sejam ucranianos, palestinos, yemnitas ou outros, pois quem manda em Washington são os grandes industriais do armamento e os generais a soldo.

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