(Por Eduardo Galeano, in Resistir, 16/11/2023)

Para se justificar, o terrorismo de Estado Israel fabrica terroristas: semeia ódio e colhe álibis. Tudo indica que essa carnificina de Gaza, que, segundo seus autores, pretende acabar com os terroristas, logrará multiplicá-los. Desde 1948, os palestinos vivem condenados à humilhação perpétua. Não podem nem respirar sem permissão. Perderam sua pátria, suas terras, sua água, sua liberdade, seu tudo. Nem sequer têm direito de eleger seus governantes. Quando votam em quem não se deve votar, são castigados. Gaza está sendo castigada. Converteu-se em uma ratoeira sem saída desde que o Hamas ganhou limpamente as eleições de 2006. Algo parecido ocorreu em 1932, quando o Partido Comunista triunfou nas eleições em El Salvador. Banhados em sangue, os salvadorenhos expiaram sua má conduta e, desde então, viveram submetidos a ditaduras militares. A democracia é um luxo que nem todos merecem.
São filhos da impotência os foguetes caseiros que os militantes do Hamas, encurralados em Gaza, disparam com nenhuma pontaria sobre as terras que haviam sido palestinas e que a ocupação israelense usurpou. E, ao desespero, ao ponto mesmo da loucura suicida, é a mãe de todas as bravatas a que nega o direito à existência de Israel, gritos sem nenhuma eficácia, enquanto as muito eficazes guerras de extermínio estão negando, há anos, o direito de existência da Palestina. Já resta pouca Palestina. Israel a está apagando do mapa.
Os colonos invadem e, atrás deles, os soldados vão corrigindo a fronteira. As balas sacralizam o despojo, em legítima defesa. Não há guerra agressiva que não diga ser uma guerra defensiva. Hitler invadiu a Polônia para evitar que a Polônia invadisse a Alemanha. Bush invadiu o Iraque para evitar que o Iraque invadisse o mundo. Em cada uma de suas guerras defensivas, Israel traga outro pedaço da Palestina e os almoços seguem. O devoramento justifica-se pelos títulos de propriedade que a Bíblia outorgou, pelos dois mil anos de perseguição que o povo judeu sofreu e pelo pânico que geram os palestinos que observam.
Israel é um país que jamais cumpre as recomendações e as resoluções das Nações Unidas, que nunca acata as sentenças dos tribunais internacionais, que zomba das leis internacionais. É também o único país que legalizou a tortura de prisioneiros. Quem lhes deu o direito de negar todos os direitos? De onde vem a impunidade com a qual Israel está executando a matança de Gaza? O governo espanhol não pode bombardear impunemente o País Basco para acabar com o ETA nem o governo britânico pode arrasar a Irlanda para liquidar com o IRA. Por acaso a tragédia do holocausto implica uma licença de eterna impunidade? Ou essa luz verde provém da potência imperialista que mais manda e que tem em Israel o mais incondicional de seus vassalos?
O exército israelense, o mais moderno e sofisticado do mundo, sabe quem mata. Não mata por erro. Mata para causar horror. Às vítimas civis, chamam de danos colaterais, segundo o dicionário de outras guerras imperiais. Em Gaza, de cada dez danos colaterais, três são crianças. E somam-se aos milhares os multilados, vítimas da tecnologia de despedaçamento humano que a indústria militar está ensaiando exitosamente nesta operação de limpeza étnica.
E, como sempre, sempre o mesmo em Gaza, cem a um. Para cada cem palestinos mortos, um israelense. Gente perigosa, adverte o outro bombardeio, a cargo dos meios de manipulação de massa, que nos convidam a crer que uma vida israelense vale tanto como cem vidas palestinas. E esses meios também nos convidam a crer que são humanitárias as duzentas bombas atômicas de Israel ou que uma potência nuclear chamada Irã foi a que aniquilou Hiroshima e Nagasaki.
A chamada comunidade internacional existe? É algo mais que um clube de mercadores, banqueiros e belicistas? É algo mais que o nome artístico que os Estados Unidos se atribuem quando fazem teatro? Ante a tragédia de Gaza, a hipocrisia mundial vem à luz uma vez mais. Como sempre, a indiferença, os discursos vazios, as declarações ocas, as declamações altissonantes, as posturas ambíguas, rendem tributo à sagrada impunidade.
Ante a tragédia de Gaza, os países árabes lavam as mãos. Como sempre. E, como sempre, os países europeus esfregam as mãos.
A velha Europa, tão capaz de beleza como de perversidade, derrama uma ou outra lágrima enquanto secretamente celebra esta jogada de mestre. Porque a caça aos judeus sempre foi um costume europeu, mas há meio século essa dívida histórica está sendo cobrada dos palestinos, que também são semitas e que nunca foram, nem são, antissemitas. Eles estão pagando, com sangue, uma conta alheia.
(Este artigo é dedicado a meus amigos judeus, assassinados pelas ditaduras militares latino-americanas que Israel assessorou).
[*] Escritor, 1940-2015, pt.wikipedia.org/wiki/Eduardo_Galeano. Algumas das suas obras podem ser descarregadas em https://resistir.info/livros/livros.html
A tradução encontra-se em www.novacultura.info/post/2023/11/03/galeano-quem-deu-a-israel-o-direito-de-negar-todos-os-direitos
«os países árabes lavam as mãos. Como sempre»
Quantas vezes tentaram destruir Israel?
Porque vêm mudando de política?
Porque não acolhem palestinianos?
Porque não entram na onda iraniana?
Haverá parceiro tecnológico mais adaptado e mais eficiente no Médio-Oriente?
Não é isso instrumento de desenvolvimento para essa região?
A Pátria Palestiniana era o Império Otomano?
Uma lição em 7 pontos:
1) Nunca tentaram destruir Israel. Tentaram defender a Palestina da invasão naZionista. A padeira de Aljubarrota “tentou destruir Espanha”, ou defendeu-se dos invasores Espanhóis?
2) A política de normalização, liderada por Sauditas, Emiratos, Jordânia, e Egito, dá-se por pressão/ameaça does EUA. Quem recusa, tem o mesmo destino do Iraque, Afeganistão, Síria, Líbia e própria Palestina. O número de bases militares de invasores assassinos USAmericanos na região falam por si. E o Egito foi vítima da outra forma de agressão ocidental: um golpe da CIA, i.e. uma “revolução” colorida. Em todos estes casos, as decisões geopolíticas estão a ser tomadas CONTRA a vontade da esmagadora maioria da população, ou seja, a forma preferida de “democracia” ocidental…
3) Não acolhem Palestinianos pois isso seria passar uma linha vermelha inaceitável que levaria a revoluções de facto nos países Árabes e a uma guerra regional contra a Israel NUCLEAR. Seria colaborar na LIMPEZA ÉTNICA da Palestina levada a cabo pelos naZionistas. Aquilo a que o império genocida ocidental e os naZionistas chamam de “corredores humanitários”, é na realidade um plano macabroz um novo Nakba, uma forma de “limpar” Gaza e de também a ocupar de.forma permanente. Foi isso qué aconteceu quando o Líbano abrii is braços aos Palestinian do Norte: os naZionistas ocuparam de forma permanent a Galileia (onde està a cidade de Nazaré), e esses Palestinianos vivem até hoje, décadas depois nos campos de refugiados e bairros da lata no Sul do Líbano.
4) A “onda Iraniana” é ser um país de tolerância e integração. Vivem lado a lado Turcos e Curdos, Arménios e Azeris, Islamitas e Crisãos Ortodoxos. A “onda Iraniana” é aproximar-se da China e da Rússia, e entrar nos BRICS. Ora, Sauditas, Emirados, e Egipto fizeram exatamente isso mesmo. Mas devido ao ponto 2, não podem para já ir mais longe.
Convém também perceber que não é só o Hezbollah que recebe ajuda do Irão, há também outros grupos noutros países em redor a receber ajuda de outros países de forma não declarada. É a forma como se pode combater um império genocida sem se ser invadido, e combater naZionistas sem levar com uma bomba nuclear na capital.
Ainda assim, Argélia já prometeu armas para os Palestinianos se defenderem, e o Iémen já está de facto em guerra contra Israel, com mísseis e drones, e pediu já a Sauditas e à Jordânia para dar passagem aos seus guerreiros.
5) A pátria Palestiniana era um local de tolerância com espaço para todos, mesmo durante o império Otomano. O problema começou como começam quase todos os problemas no mundo: o imperialismo genocida ocidental. Os Britânicos tomaram conta da Grande Jordânia, e dividiram-na em 2 pedaços. O pedaço “entre o rio e o mar” passou a ser a Palestina. Mas graças à oligarquia fascista racista e genocidas ocidental, uma famosa correspondência entre o Lord Rothschild e a coroa Britânica, decidiu que essa território devia ter ainda outra divisão artificial, contra a vontade de quem lá vivia: a criação de um estado religioso chamado Israel, para ser colonizado por Judeus (mesmo os não-semitas) vindos de todo o mundo e acima de tudo da Europa.
Mais tarde, em 1947, a URSS cometeu um erro: aceitou tal decisão ocidental numa votação nas Nações Unidas.
O resultado foi o Nakba, o Apartheid, a limpeza étnica, as guerras que se seguiram, e um estado de agressão permanente: um lado que rouba terras e expulsa famílias de casas onde viveram durante gerações, e outro lado que se defende como pode.
6) No Conselho de Segurança das Nações Unidas, perante um genocídio que já vai em quase 12 mil civis, dos quais quase 5 mil são crianças, os poderes do império genocidas ocidental, EUA, e seus vassalos, acima de tudo Reino Unido e França, têm recusado TODAS as propostas de cessar fogo. Querem mais guerra, mais destruição, mais morte. Isto sim é anti-Semitsmo, é um Holocausto de um povo inteiro, em nome de uma ideologia fanáticao naZionismo.
7) Por uma vez estou 100% de acordo com Erdogan e os Turcos: Israel é não só um invasor ilegal, como um estado terrorista. Deve ser julgado no Tribunal de Haia por crimes de guerra (vamos esperar sentados pelo mandato de captura que o TPI vai emitir para o Netanyahu…), com a óbvia acusação de genocídio ou pelo menos limpeza étnica feita à base de crimes de guerra contra civis. A Palestina tem o direito de existir e de se defender. E como tal o Hamas não é o agressor e muito menos terrorista. O Hamas é o legítimo representante democrático dos Palestinianos encurralados num campo de concentração chamado Faixa de Gaza. São um grupo de legítima defesa e libertação da Palestina ocupada. Suas ações não são contra civis, mas sim contra invasores ilegais. O Hamas, quando muito, pode ser considerado um batalhão Azov da Palestina, heróis da democracia e da liberdade, a lutar numa guerra de agressão não provocada e injustificada, a tentar derrotar uma invasão ilegal em larga escala feita contra o seu país.
E pronto, com esta provocação em forma de chapada de luva branca no focinho dos que dão em simultâneo apoiantes de UkraNazis e de naZionistas, termino a lição de hoje.
Vocês não são sequer humanos.
PS: se amanhã um par de bombas nucleares, lançadas “em nome do fim da guerra”, cair em Hiroshima e Nagasaki… quer dizer, em Tel Aviv e Haifa, eu vou só celebrar o fim da guerra, e fazer como os ocidentais melhor fazem: nunca na vida condenar tal acto nem criticar e muito menos castigar quem o cometeu. É lidar.
Tanto se me dá um sionista como um jihadista – tudo dejetos do passado!
1) Nunca tentaram destruir Israel. Tentaram defender a Palestina …– otomana era bem mais do que era o somatório de Israel e Palestina do plano em pós-1947. Uma boa parte do então Israel era terra comprada por judeus ou deserto.
Tentaram destruir Israel e tanto faz chamar-lhe guerra patriótica como religiosa, a iniciativa foi árabe, também eles invasores da região muitos anos antes.
2) Que tudo é imperialismo ocidental é o corretês dos amantes de novos impérios que não merece comentário.
3) Não acolhem Palestinianos … – sabem no que deu terem-no promovido no passado. Já nem querem e sabem não poder destruir Israel.
4) A “onda Iraniana” é ser um país de tolerância e integração. … – dispor de forcas nas praças públicas é um factor integrador de grande eficácia. Quem o recomenda saberá disso.
5) A pátria Palestiniana era um local de tolerância com espaço para todos, mesmo durante o império Otomano. – mais um Império do Bem limitado pelo Império do Mal ocidental. Para os seus amantes sempre se arranjarão substitutos e …a luta continua!
O resultado foi o Nakba… – a guerra a originou e começou por ser promovida pelos supostos vencedores, em final derrotados.
6) No Conselho de Segurança das Nações Unidas, perante um genocídio … – semitas são todos e se o teu inimigo visa destruir-te, importa que o faças primeiro, Estou certo que, Alá o Misericordioso, não diria diferentemente.
7) Por uma vez estou 100% de acordo com Erdogan e os Turcos… – eis um novo e muito desejado aliado dos novos Impérios do Bem!
Tudo o que escreveste nessa resposta é mentira, manipulação, ou narrativa de um ponto de vista de ódio/racismo.
Apoias ditadores fascistas, oligarcas, censura, segregação, Apartheid, racismo, imperialismo, genocídio, limpeza étnica, invasão, mentira, propaganda, e nazismo.
Já disse o que tinha a dizer.
Tudo começou com o imperialismo ocidental, com a primeira limpeza étnica (Nakba), com a invadão ilegal, o roubo de terras, e a violação de todos os Direitos Humanos que quem vivia na Palestina.
Enquanto isso não mudar, só há uma vítima (Palestinianos, povo semita) e só há um agressor (invasores Sionistas, ala naZionists) e quem disser o contrário está a mentir.
Se queres dar casas e terrenos de outras pessoas aos colonizadores Sionistas, dá os teus.
E vai tu “viver” para um campo de concentração chamado Faixa de Gaza. Fica lá à espera da “solução final” que te será enviada por um míssil made um USA/NATO.
Quanto ao Irão, vê-se mesmo que só conheces o que a propaganda mentirosa ocidental te mostra. Coitado. Qualquer acreditas até que o Guaidó é Presidente da Venezuela, acreditas que há um genocídio de Uigures na China, e que havia armas de destruição massiva no Iraque…
Não há medicamento nem hospital que trate doentes assim.
Ata um pano na cabeça, pega num tapete, e vai para Teerão em vez de andares por aqui a dizer asneiras.
Excelente
Caro Carlos, são claros os teus argumentos, mas nada dissuadirá o fiscal de meia tigela, alérgico a pensamento divergente, de continuar a inventar e bolçar aldrabices. Para ele, os árabes e os muçulmanos em geral são uma cambada de anti-semitas que querem matar os judeus todos e ponto final. Como explicará ele as mais de 20 sinagogas que existem só em Teerão, as 12 abertas ao culto em Isfahan e as restantes dezenas abertas em todo o Irão, bom, isso não lhe interessa nada, porque a realidade é coisa que não assiste à agenda do fiscal de meia tigela, pobre criado sem libré. E que os judeus iranianos que já estiveram nos EUA digam que, ao contrário da apertada segurança permanente que protege as sinagogas americanas, as que existem no Irão não precisam de segurança nenhuma, bueno, isso ainda lhe interessa menos. Que se lixe a realidade, diz o criadito sem libré, quem manda é a narrativa. E a narrativa tem dono, como sabemos.
Ó ignorante, tão semitas são os judeus quanto os árabes!
E são árabes os iranianos?
E quantas judias sem o hijab há no Irão, treteiro?
Quando os teus heróis nazionistas chamam anti-semitas aos árabes, sabendo tão bem como eu que semitas são eles também, também lhes vais chamar ignorantes, ó burro da quinta casa? Não é isso que lhes chamas nos círculos quadrados que frequentas? Ou evitas a douta “explicação”, para não te chamarem anti-semita também e, com sorte (nossa), seres também bombardeado? E quando refiro “os árabes E OS MUÇULMANOS EM GERAL” achas que estou a referir-me aos suecos ou aos finlandeses, ou será mesmo aos iranianos, e aos indonésios, e aos paquistaneses, e ao resto do pacote? E o que achas mais pernicioso, o hijab ou apanhares com uma bomba de 500 quilos na sanita quando estiveres a livrar-te do almoço? E também me vais explicar que círculo e quadrado são coisas diferentes? Em verdade te digo que para saber o que é um quadrado basta ler as parvoíces pretensiosas que aqui vomitas 25 em cada 24 horas. E não te esqueças de me explicar também que 25 horas não cabem em 24.
Semitas são etnicamente os povos da Palestina, independentemente da religião.
Um Israelita, colono vindo da Europa ou dos EUA, não é Semita, é um Sionista. E se mata um Palestiniano, esse israelita é um anti-Semita.
Um Palestiniano que mate um colono ilegal, não é anti-semita. É um lutador pela libertação do território Palestiniano ocupado.
Anti-Semitismo é uma coisa, anti-Sionismoné outra completamente diferente.
Mas a propaganda do Apartheid naZionista de Israel e do império genocidas ocidental faz enormes esforços para confundir ambas as coisas.
Netanyahu é o maior anti-Semita desde Hitler, mesmo sendo Judeu. Netanyahu é anti-Semota porque é um extremista Sionista que num só mês já matou mais de 12 mil civis semitas, i.e. Palestinianos. É importante que isto fique esclarecido.
PS: eu não quero ver o mundo a arder. Quero paz e diplomacia. Mas vendo as coisas como estão, e sabendo as infenções (limpeza étnica) dos Israelitas Sionistas e do império genocidas ocidental, eu tenho de dizer que um dia destes, se um grupo “terrorista” escalar o conflito pegando num daqueles mísseis melhorzinha do Irão, da Rússia, ou da China, e afundar um porta-aviões dos EUA, eu vou abrir uma garrafa de champanhe e celebrar.
Sinto cada vez mais raiva desses estúpidos todos.
Ao propagandista fascista racista JgMenos, só tenho a acrescentar isto: número de mortas na guerra:
Ucrânia: pouco Mai’s de 500 em quase 2 anos, umas infelizes vítimas colaterais de um conflito inevitável, outras em crimes de guerra cometidos pelos UkraNazis (ex: bombardeamentos de zonas civis de Donetsk com armas da NATO).
Palestina: a caminho das 5 mil num só mês, todas assassinadas propositadamente em crimes de guerra dos naZionistas, também com armas dos países da NATO.
I rest my case. Se para Israel existir e se “defender”, é preciso isto acontecer, então eu atualizo a minha posição e a partir desta data afirmo: Israel não tem o direito a existir.
Força Hamas e Hezbollah!
Força Iémen e Irão, Líbano e Síria!
E que as armas prometidas pela Argélia cheguem rápido e em quantidade.
E que mais Estados, povos, e organizações pró-Palestinianas, se juntem ao conflito.
Há que derrotar o diabo da terra: Israel, EUA/NATO, e Ucrânia.
Depois disso, o Mundo será um local muito melhor para todos.
Que seja um mundo multipolar, de paz, diplomacia e cooperação, sem imperialistas genocidas.
Os últimos números da ONU para mortos civis na Ucrânia desde 24 de Fevereiro de 2022 (divulgados há ± duas semanas) referem 9900. Ainda que subliminarmente a informação nos deixe a pensar que são todas elas mortes causadas por bombardeamentos russos, a verdade é que é mentira: 9900 é o somatório dos mortos na parte da Ucrânia sob controlo do governo de Zelensky e dos mortos nas zonas anteriormente ucranianas anexadas pela Rússia, ou seja, ucranianos mortos por bombardeamentos ucranianos. Podem chamar a esta arte da subliminaridade engenharia aritmética ou outra coisa qualquer, mas é apenas mais uma prova de que há muitas maneiras de esfolar um gato, o que é preciso é imaginação.
Em Gaza, os mortos civis já vão em mais de 12 mil em pouco mais de um mês. Se contarmos os soterrados debaixo dos escombros pela máquina de demolição da Wehrmacht nazionista, calculados em mais de dois mil, os mortos palestinianos já ultrapassam os 14 mil.
Ou seja, em 21 meses morreram na Ucrânia, dos dois lados do conflito, 9900 civis. Em Gaza, apenas do lado palestiniano, morreram em pouco mais de um mês mais de 14 mil. É confrangedora a ineficácia da máquina de matar putinista, comparada com o superior rendimento da sua homóloga israelita. Espero que a não menos superior capacidade de observação do magnífico analista Rogeiro não deixe de aproveitar tais factos para realçar de novo a estupidez e incompetência dos pretos das neves da Moscóvia, assim mais uma vez amplamente demonstrada. Quer dizer, espero, mas espero sentado.
Os mortos israelitas resultantes do ataque de 7 de Outubro do Hamas foram inicialmente calculados em 1400, incluindo civis e militares. O número foi recentemente actualizado para 1200. Temos, assim, mais de dez mortos palestinianos por cada morto israelita. Mas o que importa isso? Os tipos são castanhos, sujos, ranhosos e mal vestidos, incluindo as criancinhas, gritam muito e não há maneira de aprenderem a morrer em silêncio, numa chocante prova de falta de educação. E se alguma coisa os números provam é a superior eficácia do “parceiro tecnológico mais adaptado e mais eficiente no Médio-Oriente”, para citar o fiscal criptonazi das 2:34 am. E ainda citando o criptonazi (cada vez menos cripto), “não é isso instrumento de desenvolvimento para essa região”? Pois claro que sim! Depois da destruição vem a reconstrução, negócios em barda, muito dinheiro a ganhar, resorts e hotéis de luxo à beira-mar, mais os biliões no offshore do gás de Gaza para encher a mula até fartar! Quem diz que não há Deus está-nos a enganar! Quer dizer, há pelo menos o Deus notário que arquivou nas escrituras do seu celestial cartório os registos de propriedade daquela terrinha toda em nome dos eleitos. É lidar!
Os abutres sempre a facturar:
https://youtu.be/F7MHInf1syg?si=qVZTBUfgDtEsPBSt
Não é que não saibamos como as coisas funcionam, mas não há como vê-las bem explicadinhas. Um autêntico filme de terror.
https://youtu.be/R_ojjTGJz7w?si=yCFo6JIxxXHf7Ow1
🐫🤘🏼.
ótima resposta; infelizmente quando as pessoas não querem perceber, seja qual seja a razão, não percebem mesmo, mas vale para as restantes que não partem de dogmatismos tolos mas venenosos.
Três terroristas portugueses foram eliminados pela tropa naz… perdão, pelos gloriosos guerreiros de Deus do exército eleito. Um jogava na divisão feminina dos juvenis da liga terrorista e tinha 12 anos. Outro jogava na divisão masculina dos infantis da mesma liga terrorista e tinha 6 anos. Finalmente, o último tinha 37 anos e jogava na divisão feminina dos seniores da liga terrorista. Sabe-se que era terrorista porque foi ela que pariu os dois microterroristas atrás referidos. Eleitos (salvo seja!) por uma bomba ainda mais eleita para eliminação preventiva, em boa hora ficámos a saber, quanto aos dois primeiros, que não atingirão a fase de rendimento terrorista pleno que lhes seria proporcionada pela idade adulta. Quanto à progenitora, foi também em boa hora impedida de parir mais mini e microterroristas.
Quanto a isto, saiu da abençoada beiçola do ministro dos Negócios Estrangeiros português, João Gomes Cravinho, o seguinte rosário de pérolas (os mal-intencionados chamar-lhe-ão vómito incontido):
“O governo português LAMENTA PROFUNDAMENTE a morte de CINCO PESSOAS, esta tarde, em Gaza, três cidadãos nacionais e dois familiares, FRUTO DE UM BOMBARDEAMENTO. Tive oportunidade, esta tarde, de falar com o meu colega israelita, a quem transmiti O NOSSO DESGOSTO em relação a ESTAS MORTES.”
Fosse a Ucrânia o cenário e russo o bombardeamento, teríamos certamente “protesta veemente e indignadamente” e “condena vigorosamente”, no lugar do pífio “lamenta profundamente”. Em vez de “fruto de um bombardeamento” em abstracto (com a autoria istaelita convenientemente omitida), ouviríamos “fruto de um criminoso e injustificável bombardeamento russo contra alvos civis inocentes, no que constitui um óbvio crime de guerra”. Quanto à conversa com o colega istaelita, fosse ele russo e, em vez de “o nosso desgosto”, ter-lhe-ia transmitido “o nosso veemente protesto e indignação”, não por “estas mortes” mas sim por “estes criminosos, injustificáveis e indesculpáveis assassínios de civis inocentes, que constituem óbvios crimes de guerra”.
Não nos diz o ministro Cravinho o que respondeu o “colega istaelita”, mas não é difícil imaginar que lhe terá dito que se estava “a c**gar” para o seu “desgosto” e para o seu “lamento profundo” pelas mortes dos microterroristas eliminados.
Em verdade vos digo que, não estivesse eu já cansado de vergonha alheia, dificilmente encontraria um buraco suficientemente fundo para me esconder, depois de ouvir o vergonhoso vómito cobardola deste ministro sem espinha.
Para compensar a atitude choninhas do ministro Cravinho, ver esta entrevista do Varoufakis sem papas na língua, há dois dias, e de caminho compare-se o nível do entrevistador com o dos pseudo-jornalistas dos merdias ocidentais. Mas cuidado, homens decentes e honestos como o Varoufakis são hoje em dia no Ocidente perigosos extremistas!
Quando se trata de Israel toda a gente perde a espinha. O Imperio manda perder a espinha e o lacaio obedece. Nada de novo.
Efectivamente fosse o cenário a Ucrânia e não seria só o ministro a ladrar a bom ladrar contra a Rússia, toda a gente veria nas mortes injustificadas mais um bom motivo para apoiar os heróicos ucronazis.
Assim, o nosso ministro sente se visivelmente incomodado até porque certamente não imaginava que haveria uma mulher portuguesa com coragem suficiente para viver em Gaza. Porque os torpes e os cobardes medem todos os outros por eles. Isto foi mesmo uma grande chatice.
E sim, o torpe ministro deve ter ouvido uns quantos impropérios do patife do colega Israelita.
E o articulista, que escreveu em 2012 este texto infelizmente tão actual nos dias de hoje lembrou nos de uma coisa. Quando se trata da organização fascista, racista, mafiosa, torpe que se chama estado de Israel viver longe não chega para estarmos seguros.
Os israelitas acolitaram com instrutores militares e torturadores todas as ditaduras de direita, em todo o lado.
Porque não é so a vida dos palestinianos e outros muçulmanos que para eles não vale nada. É a vida de todos nós. Cristãos, ateus, todos os que não pertencem ao povo eliito. É pior, todos, os que mesmo sendo do povo eleito não querem ter mesmo nada a ver com a mafia chamada estado de Israel. Que preferem viver em paz nas terras onde os seus antepassados sempre viveram. Aqueles que tentaram fazer dessas sociedades algo de melhor certamente não contaram com nenhuma piedade por parte dos torturadores contratados.
O último país que se consta ter contratado torturadores israelitas foi o governo golpista da Bolívia. A ex presidente cumpre agora 15 anos de cadeia pela morte de dezenas de pessoas. Os torturadores devem ter voltado a Israel e estão agora a entreter se com palestinianos.
Por isso não é só vivermos do outro lado do mar que devemos agradecer. Devemos agradecer ter um governo decente. Porque se, algum dia tivermos ditadura podemos contar com gente que adora cortar dedos e genitais.
Por isso os pro israelitas so me merecem um sorriso amargo. Porque se trata de gente ingrata e sem cuidado com o que deseja. Quanto ao nosso fiscal pode ir ver se o mar dá choco.
A solução de dois estados está morta e enterrada, e quem a matou e enterrou foi o país bandido e estado ladrão nazionista. Já aqui o disse e repito: a única solução viável, ainda que a (muito) longo prazo, é a preconizada pelo Hezbollah.
Admirável, lúcido e pleno de atualidade, este texto de Eduardo Galeano toca-nos fundo. Que falta nos faz este grande escritor uruguaio!…