A silenciar os cordeiros: Como funciona a propaganda

(John Pilger, in Resistir, 26/08/2023)

Os Estados Unidos dominam o ocidente e os media mundiais. Todas, exceto uma, as dez maiores empresas de media, estão sediadas nos EUA. A Internet e os media sociais – Google, Twitter, Facebook – são fundamentalmente de propriedade e controlo americano.


Ler artigo completo aqui.


Gosta da Estátua de Sal? Click aqui.

25 pensamentos sobre “A silenciar os cordeiros: Como funciona a propaganda

  1. «Lutaram para reprimir os movimentos de libertação em 20 países.»
    Foram os americanos que promoveram que saíssem de Portugal – da Casa do Império – os estudantes que viriam a integrar os movimentos de libertação em África.
    Foram os americanos que financiaram um bom número desses movimentos.

    Nada como a informação ‘independente’ para se conhecer a ‘verdade’!

  2. A sério menos? Vê lá o que tu descobriste. Se os americanos financiaram algum movimento de libertação foi sempre a pensar ganhar alguma coisa com isso, como aliás os soviéticos também.
    Agora só mesmo a propaganda faz alguém acreditar num conto da carochinha como esse porque o que os americanos financiaram, por exemplo em Angola, foi o bando de assassinos terroristas do Jonas Savimbi, que exerceu terror sobre as populações rurais, deixando milhares de estropeados por minas e chegou a queimar gente por bruxaria. Se isso é um movimento de libertação vou ali ja volto. E entretanto os terroristas que nos fomos continuaram, no auge dos massacres da nossa tropa, a ser membros de pleno direito na nato. De vez em quando lá um funcionário menor mandava umas bocas para ficarem bem. Mas, por exemplo, em sanções contra Portugal ninguém falou e nunca a nossa soldadesca teve dificuldade em importar armas. Éramos era uns tesos e armas de graça teriamos de ser um pouco mais nazis ou o território que dominavamos ter mais recursos interessantes. Mas, o Marcello Caetano foi recebido com todas as honras em Inglaterra, mau grado as manifestações de gente com vergonha na cara, porque os faróis da liberdade estavam se nas tintas para o que nos fazíamos os africanos passar e para o nosso próprio sofrimento. Onde um brinde a liberdade podia valer anos de cadeia.
    Quanto a Nicarágua, os Estados Unidos sempre defenderam a liberdade por lá. Primeiro décadas de domínio do libertador Somoza. Depois a libertação pelas mãos do terrorista Eden Pastora, financiado pela venda de armas a ditadura islâmica do Irão. Tudo muito libertador. Estavam a espera de quê desta repolhada toda saísse, alguma coisa de bom?
    Sobre os movimentos libertadores financiados pelos Estados Unidos na América Latina, dava para escrever um livro mas está muito calor para isso.
    Em resumo, vai ver se o mar dá choco.

  3. Isto não tem que enganar.
    Se alguma coisa está mal ou dá pró torto, a culpa é dos EUA e do Ocidente.
    Assim fica tudo mais claro e não há essa chatice de andar com averiguações e dúvidas e complicações.

    • Ou sr. Menos, de facto quais as evidência factuais necessárias, além daquelas que a História já testemunha para perceber a dimensão assassina da política externa dos USA.
      É aberrante o modo como o Menos e os (outros menos) se deixam infantilizar a partir de narrativas tornadas “imperativas” pelos média e que, para quem, enche a boca de democracia não se interrogue pela falta de informação contradictória
      acerca do conflito, liberta para o público, via outros meios de comunicação???
      Comunicar o conflito a partir de 22 Fev. de 2022 é branquear todo o processo anterior, e dando de barato a promessa de James Baker a Gorvachov em 1990, que a Nato não se expandiria para além da Alemanha – desde a cimeira de Budapeste de 2008, ao EuroMaidan – uma revolta que depôs, um presidente eleito por sufrágio universal, fomentada pelo Ocidente/USA e que a Europa, contra todas as regras da carta da nações, aceitou e reconheceu como um direito da oposição da extrema direita ucraniana. Espantoso para uma civilização que paradoxalmente usa agora na sua propaganda contra a Rússia, a defesa do Estado Democrático e dos “supostos” valores ocidentais” , que nesta opção de politica chega a ser patético. Já que é o violador das regras que, “em pânico” invoca o perigo em que a Democracia se encontra se a Rússia agregar o Donbass.
      para não ser exaustivo passo apenas a enumerar os factos mais relevantes:
      – depois do Euromaidan Petro Poroshenko Deputado do povo da Ucrânia depois Presidente declara que os etno russos do Donbass não vão receber pensões e os seus filhos não receberão instrução, está em vídeo no Youtube – em consequência estes sublevam-se e exigem a autonomia e organizam-me militarmente e resistem à politica de agressão do fação Ucranazi mais representativa do poder politica pós Maidam.

      -2015/2016 acordos de Minsk I e II – com violação provada do cessar fogo pelos ucranazis:
      -2018, Putin apresenta um plano para a organização militar da Europa e consequente fim do conflito rejeitado frontalmente pelo Ocidente (alargado).
      -2019, eleição de Zelensky e declaração de vontade de adesão à Nato. Provocação frontal aos interesses geopolíticos da Rússia na região.- se entender que esta declaração de adesão é legitima independentemente dos interesses e segurança da Rússia, basta lembra o conflito dos mísseis de Cuba em 1952. Ou imaginar a reação dos USA se, na fronteira, com o México solicitasse para sua segurança a instalação de mísseis pela Rússia.
      – 2022 – forças armadas ucranianas treinadas e armadas pelo Ocidente incrementam os ataques ao Donbass. Segundo a ONU o nº de mortos deste conflito ascende a 14000.
      Neste contexto de massacre das populações etno russas e a pedido e em defesa destas a Rússia inicia a operação especial no Donbass.
      Os relatos deste conflito e a propaganda do Ocidente que bramquei todo o processo anterior a FEV. 2022, você conhece bem.

      Para terminar seria exaustivo enumerar os conflitos fomentados e invasões concretizadas em violação clara do Direito Int. e da soberania nacional de muitos países pelos USA desde da final da 2ª guerra. Agora um argumento de peso, contra os russos, para os críticos da “invasão” do Donbass, pelos USA.

      Vale a pena pensar um pouco, ler os diferentes relatos, e depois, mesmo com a carga dos preconceitos ideológicos e a “sublime” defesa da civilização capitalista liberal perceber quem fomentou e a quem interessa manter a ordem int. assente em regras que beneficiam a insistente mentalidade colonialista do Ocidente.

      PS: mesmo estando o menos em “minoria infiltrada” neste para sua frustração não pode acusar o blogue, nem os participantes de falta de atitude democrática.
      Continue por aqui é …

      • Não percebi. Situemo-nos em 2013, início do movimento na Europraça de Kiev.
        A Ucrânia estava condenada a ser zona de influência da Federação Russa?
        O Donbass é território russo?
        Os habitantes de Donbass são cidadãos russos?
        As escolhas políticas da Ucrânia não se decidem pela maioria dos seus cidadãos?
        As armas chegam aos autonomistas do Donbass vindas de onde? são enquadrados por quem?
        Interferência estrangeira no Donbass é algo que faça sentido?
        Organizar a autonomia de um território, quando sob controlo de um Estado Estrangeiro que o quer manter na sua esfera de influência e controlo, faz algum sentido (imagine-se os Açores depois de os americanos correrem com as nossas FAs)?

        Minsk previa alguma supervisão internacional? Tudo se passaria sob ocupação da Rússia e dos seus agentes?;Tal como na Crimeia?

        Alguém tem dúvidas que o projecto da Rússia de Putin sempre seria e será toda a Ucrânia e que a Transnistria, senão a Moldávia, iria junta?
        Alguém tem dúvidas que o Império Russo sempre deslocou populações autóctones de regiões próximas para as lonjuras da Sibéria, e as colonizava com russos?

        Alguém percebe porque gente que sempre se declara anticolonialista nunca lhes ocorra ligar muitos destes problemas étnicos com o colonialismo associado ao império russo?

        • OH Menos !!! você é um manipulador compulsivo. Faz afirmações que são pura mentira. Ou seja: escreve mentiras. E depois dá exemplos estafúrdios.
          Vamos por partes para se dar conta das contradições em que “navega” , por efeitos da maionese.
          – escreve o Menos: “As escolhas políticas da Ucrânia não se decidem pela maioria dos seus cidadãos?” Evidentemente que sim. Considerando que a Ucrânia era uma Democracia quando Victor Ianukovich, eleito por sufrágio foi deposto pelo EuroMaidan. Então o sufrágio vale para os Zelensky e Porochenko e para o outro não. Normalmente o Ocidente não reconhece golpes de estado em Democracia. Porquê agoa este reconhecimento e legitimidade. Não lhe ocorre pensar porquê???

          – E continua o Menos na sua cruzada de propaganda: “Minsk previa alguma supervisão internacional? Tudo se passaria sob ocupação da Rússia e dos seus agentes?;Tal como na Crimeia? ” As suas opiniões não têm crédito, aqui no blog, porque se fundamentam em mentiras.
          Então Minsk I e II não foram ractificados pela Alemanha e pela França que sufragaram as condições nele inscritas ???
          Acontece que o propósito do Ocidente, denunciado pela Merkel, não era a paz negociada. Era a guerra e o explicito enfraquecimento da Rússia.

          – Sr Menos, mais leituras e menos propaganda.
          “A Ucrânia estava condenada a ser zona de influência da Federação Russa?” Se em sufrágio a maioria elegeu um presidente pró russo. Qual é a ilegitimidade.??? Eu não votei no PS e respeito o sufrágio. Em Democracia, nas capitalistas liberais, que tanto defende, é assim !!!
          Pergunta o Sr. Menos; “Os habitantes de Donbass são cidadãos russos?
          De facto (AGORA) já, administrativamente, não o são. Mas a sua identidade cultural e étnica, nestas gerações continua muito presente. Tenha em conta quando pretende fazer ironia com a questão tem que ter fundamentos históricos.
          A Ucrânia etno culturalmente é um puzzle do qual fazem parte – russos, romenos, polacos húngaros, e obviamente ucranianos, que resulta da sua então pertença à URSS. Suprimir o direito ao culto dos símbolos identitários como a língua ou a história a estas etnias traduz uma politica supremacista e colonizadora caracterizadora dos fascismos e do nazismo. Que a História testemunha na Espanha franquista e na Alemanha nazi. E hoje ana Espanha democrática é reconhecido o direito autonómico e ao culto dos símbolos identitários da Catalunha; País Basco, Canárias ….

          Tome consciência da aberrante politica do Ocidente: Entenderam que Kosovo era uma nacionalidade que deveria existir liberta da Sérvia, sem ter em conta a História. Apenas porque há Alemanha e ao Ocidente em geral interessava enfraquecer a Sérvia pela sua resistência ideológica e proximidade a Moscovo. E neste conflito defendem uma Ucrânia que, com a actual geografia, tem apenas 32 anos e que se converteu numa República nazi supremacista, e que é o resultado de uma agregação de territórios de outras nações que eram parte da URSS. Se a ética presidisse à política do Ocidente, e não só, estamos perante o paradoxo político mais hediondo.
          Continuando em registo de propaganda delirante; afirma que esta guerra esconde as intenções expansionistas de Putin subestimando o direito geoestratégico da Rússia á sua segurança. A estes bitaites já não dou importância. Chega-me a ruído das premonições que os oráculos que nos mérdia alinhados debitam diariamente estados de espirito com a solenidade de quem revela certezas.

          PS se me responder, faça um esforço … escreva com mais fundamento e menos clichès.

          • O Victor Ianukovich recuou em compromisso que assumira, e provocou Maiden; disse que se demitiria perante o Parlamento; na véspera pirou-se para a Rússia e foi com as malas atestadas. Um desertor define-se por si.
            Antes de Minsk havia ou não a garantia das fronteiras ucranianas pela Rússia, UK e EUA? Minsk deu-se com território ilegitimamente ocupado. Se alguma sacanagem houve por parte da Ucrânia, não foi mais que providência cautelar para uma conquista que se projectava.
            Para os serventuários da Rússia, a sua força mede-se por quem domina para além do seu território.
            E sim, só um burro acreditaria na valia de referendos sob a pata do Putin.
            «Se em sufrágio a maioria elegeu um presidente pró russo.» O tipo foi eleito imperador? Não havia um parlamento? Não se comprometeu a aproximar-se do Ocidente? Alguém lhe impôs cortar relações com a Rússia? Vendeu-se aos russos e lá está a usufruir a renda.
            Os problemas étnicos são o que resulta de impérios para as ex-colónias. É claro que pode ser atenuado com um depósito geral chamado Sibéria; sabem-no os tártaros da Crimeia e muitas outras etnias.
            A URSS nunca foi uma nação, sempre foi o Império Russo e sempre tiveram que arvorar czares a partir de esterco humano que garantisse o Império – até que tiveram um percalço…

          • Victor Ianukovich desertou… talvez se tenha posto a salvo, pois aquela prática de caçar manifestantes a tiro talvez lhe viesse a trazer problemas.
            Pormenores, obviamente!

  4. Bem, o Trump chegou a propor a anexação da Ilha Terceira usando o mecanismo português do usucapiao. E a verdade é que na prática a Ilha Terceira foi mesmo uma colonia americana, em que quase toda a população da ilha trabalhava na base e ai de quem piasse que era melhor mudar de ilha. A situação é hoje um pouco diferente pela perda de interesse do grande irmão na Base das Lajes, que ainda acolheu os ladrões que prepararam a invasão do Iraque.
    Em todos os locais onde teem bases os americanos agem como se fossem reis e senhores do pedaço, as pessoas teem medo deles e que o diga quem vive nas proximidades da base de Ramstein, aqui na Alemanha mesmo. Em plena Europa livre.
    E já agora queria ver se os Estados Unidos, que já roubaram metade do território mexicano permitiriam ao dito país transformar o que resta do seu território numa base russa ou chinesa. Ia tudo raso.Mesmo que o presidente em exercício tivesse sido eleito com 100% dos votos sem que nem o melhor criador de realidades conseguisse provar fraude eleitoral.
    Claro que o Governo eleito da Ucrânia tinha de ser derrubado porque a Ucrânia não podia estar subjugada a Rússia. Mas tinha todos o direito de se vender aos Estados Unidos, com algumas migalhas para a União Europeia “que se f*da”. Uma gente que nos últimos anos destruiu pelo menos dois países com base em argumentos falsos transformando os em cenários do Mad Max que lá vão tendo gasolina. A esses povos ninguém perguntou contas, foi bomba para cima deles.
    Ja a Ucrânia tem o direito de se tornar uma base da Nato pronta a participar no grande objectivo de levar para a Rússia a gloriosa liberdade que já levamos aos países que destruímos.
    Tem direito a fazer listas negras de alvos a abater, incluindo cidadãos estrangeiros, direito a matar a bomba escritores e jornalistas, direito a proibir partidos, prender e torturar e matar opositores, queimar pessoas vivas e ate entregar cidadãos seus a um país com quem está em guerra. E há agora dizer a outros países como devem filtrar quem trabalha no sector público. O cérebro da barbaridade cometida em Odessa pelo menos teve um encontro com a morte em Bakhmut mas a Ucrânia continua cheia de gente dessa.
    Gente que é fruto do primeiro colonialismo cometido em território europeu, o colonialismo escandinavo. Uns barbudos que entravam pela terra dentro em Barco com cabeça de dragão, pilhavam o que podiam, matavam quem se lhe atravessava no caminho, violavam todas as mulheres que podiam e se a terra era boa ficavam por lá. Os ucranianos ocidentais de hoje ufananam se de serem descendentes de gente dessa e sonham com a destruição dos “pretos da neve”.
    E sim, a Rússia mandava gente para a Sibéria desde o tempo dos czares em vez de usar o método espedito dos ingleses até terem as colónias da America e da Austrália, pendurar qualquer desgracado acusado de crime na ponta de uma corda. A pessoa mais nova executada de que há registo era uma criança inglesa, menina de apenas sete anos. Muito humano.
    Nós desde sempre começamos a mandar gente para África, India e ate Timor, prática que continuou até ao Estado Novo de que tanta gente tem saudades. Desde sempre não, desde que tivemos esses territórios. Uma das razões que levaram a que Nehru perdesse a paciência foi justamente o nosso Governo mandar goeses que eram contra o regime para Moçambique, Timor ou mais longe ainda, como disse curto e grosso o dirigente indiano. Quando alguns países ocidentais desataram a chamar lhe invasor e outros mímos. Escusado será dizer o destino que aqui esperava quem falasse no homem sem preceder o nome do título filho da puta era negro. Hoje so nos dizem que devíamos ser deportados para a Rússia se falarmos no Putin sem preceder mos pelo título malandro, ditador ou, claro, o mais comum insulto dirigido não ao árbitro mas a sua mãe. Estamos a evoluir mas se calhar só porque nominalmente eatamos em democracia. Embora saibamos bem quem na realidade manda nesta “Quinta do Joe”.
    Enfim, parece que só a Russia é que tinha de ser Santa e, já agora, mártir. Esperando pelo dia em que a livre Ucrânia fizesse cair uma bomba nuclear na sopa dos moscovitas. Qualquer país era isso mesmo que faria.
    O dia hoje está fresquinho. Mesmo bom para certa boa gente ir ver se o mar dá choco. Do grande, daquele que é bom para grelhar.

  5. «Quatro pessoas morreram no sábado num tiroteio, uma das quais o atirador, numa loja em Jacksonville, no estado norte-americano na Florida, que as autoridades acreditam ter tido “motivação racial”.

    De acordo com o xerife local, o homem caucasiano que matou as três pessoas, e depois de suicidou, num bairro habitado maioritariamente por negros, “odiava pessoas negras”.
    «JARDIM» OCIDENTAL, POIS ENTÃO!

  6. Desta vez gostava falar dos BRICS,tal é a importância para Portugal,e pouco se fala…

    BRICS

    Argélia, Egipto, Síria, Emirados Árabes Unidos, Arábia Saudita, Irão, Iraque, República Democrática do Congo, Níger, Mali, Líbia, Argentina, Venezuela, México, Cuba, Nicarágua, Tailândia, Camboja, Bangladesh, Indonésia, Singapura, Afeganistão, Paquistão, Coreia do Norte, Cazaquistão, Quirguistão, Tajiquistão, Uzbequistão e Bielorrússia seriam os primeiros a juntar-se ao grupo BRICS, uma vez que todos eles têm ideias que convergem com as dos membros do BRICS.
    Há uma grande diferença entre o que dizem aos media, e o que dizem uns aos outros e o que pensam sozinhos.
    A verdade é que a guerra na Ucrânia mostrou a fraqueza dos Estados Unidos e da Europa: A Europa não pode fazer nada sem a autorização dos Estados Unidos e os Estados Unidos sozinhos não podem lutar contra a Rússia.
    A partir de agora o que preocupa os EUA e a EUROPA é a alternativa… Um Banco dos BRICS e não só, pois será competitivo (sem ditar as políticas a seguir, taxas de juro, etc.etc…
    O dólar baseia-se na força militar, mas isso já acabou, por isso não se baseia em nada?
    O alargamento será feito com 4 ou 5 países economicamente fortes. Ex: Arábia Saudita……. A Europa envelhecida continuará sujeita aos EUA…A África, que ainda era colónia, deixará de o ser dentro de alguns anos…Game over…. Os EUA, com o seu pragmatismo, estão a olhar para o Pacífico (Ásia+Central) e, para não perderem a face, continuarão a ser parceiros dos BRICS, mas numa base win-win…
    A futura moeda dos BRICS assistirá ao fim dos acordos de Bretton Woods de 1944.
    O bloco antiglobalização, de que os Brics fazem parte, não pretende criar um pseudo-dólar, mas simplesmente apoiar a sua moeda nacional em ouro. É a sua moeda que se adaptará, tal como existia um cabaz de moedas em que cada uma tinha a sua paridade, que será a considerada real pelo mercado em relação à riqueza real do país e não por um dedo molhado com um grande pau atrás das costas.
    Os empréstimos em $ requerem o reembolso em $. Para ter esta moeda, é preciso exportar e ser pago em $. Os países em vias de desenvolvimento encontram-se em concorrência global com o resto do mundo para exportar os mesmos produtos. Os preços descem (em benefício dos EUA, que compram mais barato). Os países em vias de desenvolvimento continuam a ser pobres porque negoceiam em dólares.
    Se quiserem comprar $ (para pagar os seus empréstimos em $) vendendo a sua moeda, desvalorizam a sua moeda e, por conseguinte, o preço do seu trabalho (têm de trabalhar mais para obter os mesmos produtos importados)… e assim continuam pobres. O dólar é uma armadilha. A moeda dos Brics parece-lhes ser a única solução neste momento…
    O dólar americano é uma fraude bem organizada. Esta moeda não se baseia em NADA, a sua única vantagem (da qual os EUA tiram uma vantagem escandalosa, e nós somos as vítimas) é que a sua estrutura se baseia num consenso técnico mundial (bancos, Swift, BM, BIS, FMI, etc.). E, claro, as autoridades americanas guardam ciosamente o jogo (raramente denunciado e muitas vezes mal compreendido) de trocar dinheiro de macaco (imprimir dinheiro) por concessões ou trabalho durante anos (a dívida de outros, incluindo o povo americano).
    Por outras palavras: eu crio EX NIHILO o dinheiro que vos empresto e, em troca, vocês trabalham para mim durante 20 ou 30 anos, obedecendo-me, deixando-me explorar os vossos recursos a baixo custo e utilizando obrigatoriamente os meus “serviços”; durante esse tempo, evidentemente, pagam-me juros e reembolsam-me.
    Caso contrário, não se preocupem, enviar-vos-emos o FMI, que agirá como um oficial de justiça inflexível e vos colocará sob tutela (este é um aspeto da famosa “ordem internacional baseada em regras”).
    Vivemos tempos maravilhosos!
    O decrescimento nunca é brutal, mas o outono traz o inverno e a morte do fruto.
    Assim, o dólar vai desmoronar-se lenta mas seguramente durante os próximos anos. E o rublo fortalecer-se-á, enquanto as moedas europeias desaparecerão, tal como o poder da Grécia e depois da Itália, porque apósa perda de energia, a corrupção é tal que o fruto apodrece e morre.
    O que é uma moeda?
    Em primeiro lugar, e até ao fim, a imagem – resto + verso – da força da economia comercial.
    Em segundo lugar – e isto é evidente – o potencial de cada país em termos de recursos energéticos e, por conseguinte, de matérias-primas.
    Finalmente, a capacidade de criar valor acrescentado em domínios onde a inteligência, a educação e a mobilização dos recursos próprios de cada povo são fundamentais.
    Os EUA subiram ao Olimpo do atual modelo civilizacional, graças ao caldeirão humano “importado” da velha Europa e do resto do mundo, ao enorme atrativo das liberdades e da esperança de cada indivíduo e, finalmente, a um poder que decuplicou no final da Segunda Guerra Mundial (39/45), apoiado numa moeda que se tornou o valor padrão e, se necessário, no uso de armas.
    Todas as suas guerras foram fracassos militares, mas oportunidades deslumbrantes para a escravização económica dos povos…., exceto, talvez, os russos e os chineses…
    Sejamos claros: nenhuma das civilizações “antigas” escapou ao declínio.
    Tudo isto não passa de uma tragi-comédia em que os únicos perdedores somos nós, os humildes e os não classificados, e os vencedores… o topo da pirâmide, comprometido pelos 309, com a finança internacional apátrida como seus líderes reconhecidos.
    Serviu apenas os seus próprios interesses, estando nos bastidores de um teatro de luz e sombra, puxando, como marionetistas, as cordas visíveis que os ligam às suas muitas marionetas em busca de glória, poder e riqueza… (famílias dirigentes, políticos, industriais, fundos de investimento, banqueiros etc.) todos signatários do pacto faustiano…. É muito triste para nós e para os nossos filhos, nós que sabemos o que está a acontecer e o que está na calha.
    Os BRICS vão expandir-se. A curto prazo, vejo o Irão a cumprir todas as condições, tanto a nível económico como militar. Até a Turquia vai deixar a NATO, romper com a Europa e juntar-se aos Brics. Em África, vejo a Nigéria, que é a maior potência demográfica e económica de África. Os Brics não têm apenas a ver com economia, mas também com países que querem preservar os seus valores culturais. Trata-se de fazer frente ao progressismo ocidental.
    Os grandes meios de comunicação social falam muito pouco sobre isto, mas o mundo está a ser reorganizado em torno de uma ideia simples: a multipolaridade. O hegemonia americano já não é suportado nem suportável pela maioria dos países fora do Ocidente. O abandono progressivo do dólar é emblemático desta nova situação.

    • O que é uma moeda?
      força da economia comercial.
      o potencial em recursos energéticos e matérias-primas.
      capacidade de criar valor acrescentado em domínios onde a inteligência, a educação e a mobilização dos recursos próprios de cada povo são fundamentais

      O dólar:
      a sua estrutura se baseia num consenso técnico mundial
      O dólar baseia-se na força militar…
      O dólar americano é uma fraude bem organizada.

      Percebi tudo muito bem?

      • “Para já, a desdolarização não é um movimento brutal, mas um processo lento e gradual”.

        Os chineses sabem como fazer o tempo passar… e vão ganhar, já ganharam.
        O dólar é como o Joe adormecido…

        É precisamente porque os EUA bloqueiam, roubam e sancionam os dólares que outros países lutaram para ganhar… que esta moeda perde o seu estatuto de porto seguro e se torna uma armadilha.
        Quem é que quer/pode continuar a trabalhar e só receber papel?

        O FED está a fazer um bom trabalho para destruir o próprio dólar, 31 triliões de dívida, nada a acrescentar…

        As sanções americanas e europeias no âmbito da crise ucraniana infligiram-lhe, no entanto, um rude golpe que poderá conduzir à sua morte prematura. Já não estamos em 1975.

        O planeta $ é composto por muitos espaços. Vários deles desapareceram recentemente. O Vietname, a Indonésia, a Birmânia, etc. deixaram o espaço do cartão de crédito americano. O comércio de petróleo entre a Índia e a Rússia, a China e a Rússia, etc… começou a libertar-se do $. ETC…

        A crise bancária é uma crise de obrigações, e não é ela própria uma crise no financiamento dos défices públicos na área EUA-UE???? Isso é um fator de mudança, uma mina interna no sistema.

        E para além do aspeto monetário-financeiro-bancário do dólar, há o aspecto militar. O poder está no fim do barril. E o exército americano já não inspira muito medo em países de média dimensão como o Irão. A guerra em curso na Ucrânia deixa espaço para atacar a rede de bases dos EUA em locais estratégicos chave no Médio Oriente, com uma pressão muito forte na Europa, África e Ásia.

        Um colapso súbito não acontecerá porque precipitaria uma fome e um colapso sanitário e social tão incrível nos EUA que seria visto como uma ameaça existencial imediata. Isso desencadearia uma resposta militar nuclear.

        Os chineses têm 3 biliões de dólares, se eu fosse a eles faria com que o preço do ouro triplicasse (o que em todo o caso deveria ser o seu verdadeiro preço) mesmo que isso significasse perder esses 3 biliões a diferença seria amortizada pela mais-valia do preço do ouro e então o dólar deixaria de valer muito e como os EUA não têm mais ouro dizem que têm algum mas não têm!!! USA na Falência é uma verdadeira jogada de poker!

        Uma catástrofe é sempre imprevisível.
        Vem sempre de onde menos se espera.
        Os visionários americanos “especializados” que fazem os seus comentários fazem parte do jogo… deles.
        As tensões tornaram-se tão grandes que tudo pode ser previsto, e o contrário acontecerá de facto.
        Os “pica-paus” também estão a fazer as suas previsões…

        Nos últimos anos, o obscurantismo do mundo ocidental tem sido total.
        Quando eu disse, em fevereiro de 2022, que a guerra na Ucrânia seria uma catástrofe colossal para o Ocidente, para os vizinhos financeiros que devia conhecer… Eles riram-se… Já não se riem… Estão apenas assustados!
        Portanto, dizer que o petrodólar não está morto… Humm.
        Que o Ocidente o quer hoje… Os outros países do mundo querem os BRICS!

        O Yuan está a impor-se no comércio internacional, e isso vai pôr o dólar na sombra. Essa é a razão, e a única razão, pela qual a guerra na Ucrânia continua, porque é existencial para os EUA.

        A moeda se baseia na confiança e é preciso diversificar para se proteger, então os EUA não podem perder a face na Ucrânia. É um pouco como o traficante de droga que já não impõe respeito, os seus dias estão contados porque está rodeado de lobos da mesma espécie.

  7. O papa Francisco mostrou-se preocupado, neste sábado (26), com a possibilidade de a “desinformação” e as notícias falsas, que considera o “primeiro pecado do jornalismo”, influenciarem a opinião pública.

    “A desinformação é o primeiro pecado, o primeiro erro – digamos assim – do jornalismo”, disse o pontífice, durante um ato realizado no Vaticano para a entrega de um prêmio de jornalismo a repórteres italianos.

    “A desinformação é um dos pecados do jornalismo, que são quatro: a desinformação, quando um jornalista não informa ou desinforma; a calúnia (que às vezes é usada); a difamação, que é diferente da calúnia, mas destrói; e o quarto é (.. .) o amor ao escândalo”, disse o papa, citado em um comunicado do Vaticano.

    O pontífice argentino insistiu que “as manipulações” que mais o preocupam são aquelas que procuram “orientar a opinião pública”.

    Francisco, de 86 anos, apelou à “responsabilidade” em um momento em que “a Europa enfrenta uma situação dramática, com a guerra na Ucrânia que continua”.

    “A minha esperança é que seja dado espaço às vozes da paz, àqueles que estão empenhados em acabar com este conflito como tantos outros”

    • Desinformação: são só manobras militares na Bielorússia
      Manipulações: o nazismo em Kiev
      Orientar a opinião pública: genocídio no Donbass
      Responsabilidade: Go Home
      Percebi bem?

  8. Desinformação: não há ataques a civis perpetrados pelos do lado de cá, registar-se-ão, apenas, simples e inocentes «danos colaterais»;
    Manipulação: a NATO não está em guerra com a Rússia, está só a ajudar os ucranianos a defenderem-se;
    Orientar a opinião pública: dizer que o atual regime de Kiev é democrático, proibindo toda uma série de partidos, etc.
    Responsabilidade: continuar a guerra, nem que seja até à morte do último ucraniano.

  9. Só agora consegui ler o artigo acima linkado do jornalista australiano John Pilger, um dos poucos que restam dignos desse nome, um dos raríssimos que ainda honram a profissão. Aconselho vivamente a sua leitura integral. Quanto ao fiscal de serviço ao blogue, não sendo possível impedi-lo de fiscalizar, sugiro, como mal menor, que o deixem a falar sozinho. Nada há a conversar com um feirante aldrabão cujo lema é: “Minhas senhoras e meus senhores! Eu não estou aqui para enganar um, dois ou três! Estou aqui para enganar todos ao mesmo tempo, que é para isso que a fábrica me paga!”

    Como jornalista que é, John Pilger lida com realidades, nomeadamente realidades históricas, e é sobre isso que escreve. E a realidade não tem discussão. Pode-se explicá-la, analisá-la, mas não é possível negá-la. Quando muito, como faz por aqui o patético e frenético fiscal da pensância alheia, pode tentar-se aldrabá-la, falsificá-la. Aqui ficam alguns excertos do artigo de John Pilger:

    “Durante a minha vida, os Estados Unidos derrubaram ou tentaram derrubar mais mais de 50 governos, a maioria democracias. Interferiram em eleições democráticas em 30 países. Lançaram bombas sobre pessoas em 30 países, a maioria deles pobres e indefesos. Tentaram o homicídio de líderes de 50 países. Lutaram para reprimir os movimentos de libertação em 20 países.

    A extensão e a escala desta carnificina são em grande parte não relatadas e não reconhecidas; os responsáveis continuam a dominar a vida política anglo-americana.

    Nos anos que antecederam a sua morte, em 2008, o dramaturgo Harold Pinter fez dois discursos extraordinários, que quebraram o silêncio.

    “A política externa dos EUA”, disse ele, é “melhor definida da seguinte forma: beije o meu traseiro ou eu dou-lhe um pontapé na cabeça. É tão simples e tão tosco como isto. O que há de interessante é que é incrivelmente bem-sucedido. Os EUA possuem as estruturas de desinformação, uso da retórica, distorção da linguagem, que é muito persuasiva, mas na verdade são pacotes de mentiras. É uma muito bem sucedida propaganda. Eles têm o dinheiro, têm a tecnologia, têm todos os meios para saírem impunes, e conseguem-no”.

    Ao aceitar o prémio Nobel, Pinter disse o seguinte: “Os crimes dos Estados Unidos têm sido sistemáticos, constantes, viciosos, sem remorso, mas muito poucas pessoas realmente falaram sobre eles. Tem que se dar o mérito à América. Exerceu uma manipulação bastante cirúrgica do poder em todo o mundo, disfarçada como uma força para o bem universal. É um brilhante, mesmo cómico, altamente bem-sucedido acto de hipnose”.

    Pinter era meu amigo e possivelmente o último grande sábio político – antes da dissidência política ter sido assimilada e aburguesada. Perguntei-lhe se a “hipnose” a que se referia era o “vazio submisso” descrito por Leni Riefenstahl. “É a mesma coisa”, respondeu. “Significa que a lavagem cerebral é tão completa que somos programados para engolir pacotes de mentiras. Se nós não reconhecemos a propaganda, podemos aceitá-la como normal e acreditar. Isto é o vazio submisso”. (…)

    Nos últimos anos, mísseis americanos “defensivos” foram instalados no leste da Europa, Polónia, Eslovénia e República Checa, quase certamente dirigidos à Rússia, acompanhados por falsas garantias, desde a “promessa” de James Baker a Gorbachev, em Fevereiro de 1990, de que a NATO nunca se expandiria para além da Alemanha.

    A Ucrânia é a linha de frente. A NATO efetivamente atingiu a própria fronteira russa através da qual o exército de Hitler invadiu a União Soviética em 1941, deixando mais de 23 milhões de mortos no país.

    Em dezembro de 2021, a Rússia propôs um plano de segurança de longo alcance para a Europa. Isso foi descartado, ridicularizado ou suprimido nos media ocidentais. Quem leu suas propostas passo a passo? Em 24 de Fevereiro, o presidente ucraniano, Volodymyr Zelenskyy ameaçou desenvolver armas nucleares a menos que os Estados Unidos armassem e protegessem a Ucrânia. Isto foi a gota de água. No mesmo dia, a Rússia invadiu – de acordo com os media ocidentais, um acto infame não provocado. A história, as mentiras, as propostas de paz, o acordos solenes sobre o Donbass em Minsk não contaram para nada. (…)

    As notícias sobre a China no ocidente são quase inteiramente sobre as ameaças de Pequim. Apagadas deveriam ser as 400 bases militares americanas que cercam a maior parte da China, um colar que vai da Austrália ao Pacífico e Sudeste Asiático, Japão e Coreia. A ilha japonesa de Okinawa e a ilha coreana de Jeju são como armas carregadas apontadas à queima-roupa ao coração industrial da China. Um funcionário do Pentágono descreveu isso como um “laço”.

    A Palestina tem sido objeto de desinformação desde que me lembro. Para a BBC, há o “conflito” de “duas narrativas”. A ocupação militar mais longa, mais brutal e sem lei dos tempos modernos não é mencionada. O desafortunado povo do Iémen mal existe. Para os media são um não-povo. Enquanto os sauditas despejam bombas de fragmentação dos EUA e conselheiros britânicos trabalham ao lado de oficiais sauditas, mais de meio milhão de crianças enfrentam a fome. (…)”

  10. Infelizmente artigos como este não chegam ao público. Ficam aplicados em publicações que não chegam à grande maioria da população.

  11. O facto de os defensores do vigarista maior na cena internacional invocarem «a “promessa” de James Baker a Gorbachev, em Fevereiro de 1990, de que a NATO nunca se expandiria para além da Alemanha» incorpora factos verdadeiramente comoventes:
    – Aparenta dizer que a URSS só implodiu por tal garantia
    – Tem por normal que um qualquer representante americano decida sobre a política da Nato
    – Recusa aos Estados libertos da pata soviética o direito de escolherem os seus aliados

    O trauma da orfandade gera os comportamentos mais estranhos!

Deixar uma resposta

Este site utiliza o Akismet para reduzir spam. Fica a saber como são processados os dados dos comentários.