A UE está superinvestida no projeto de guerra ucraniano 

(Por Alastair Crooke, SakerLatam.org, 22 de maio de 2023)

A Ucrânia não é uma questão autónoma de política externa, mas sim o pivô em torno do qual as perspectivas económicas da Europa irão girar.


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15 pensamentos sobre “A UE está superinvestida no projeto de guerra ucraniano 

  1. Desde 2014, a Rússia tem evitado entrar imediatamente em guerra e tem-se preparado económica e militarmente. Este é o primeiro ponto!
    A Ucrânia de Kierv, particularmente má no Donbass, onde o Ocidente a salvou duas vezes com os

    acordos de Minsk, também se preparou, com a ajuda, digamos, máxima participação da NATO.
    Esta guerra está a ser travada com equipamento de cerca de trinta países da NATO, cujos orçamentos militares são incomparáveis com os da Rússia. A Rússia enfrenta Himars, canhões Caesar, storm shadows, mísseis Patriot, em breve F16, tanques Leopard, etc., etc., e, evidentemente, sobretudo a vigilância por radar e satélite da NATO, que torna impossível as batalhas de tanques.

    Os mísseis anti-tanque e a vigilância por radar significam que este conflito não permite batalhas em grande escala nas planícies com avanços rápidos. E no próprio Donbass, os russos enfrentam primeiro terrenos fortificados, depois terrenos armadilhados. Há também um rio muito especial que divide a Ucrânia em duas, o Dnieper, que tem por vezes vários quilómetros de largura, e a vigilância por radar torna obviamente a travessia dos rios particularmente complicada.

    Em vez de se precipitarem numa guerra de atrito com enormes perdas próprias, os russos preferiram retirar-se de forma menos gloriosa de um terreno mal controlado, mas fizeram-no com poucas perdas (Kherson, Kiev, Kharkov). Deixaram Kupiansk Lyman e podemos dizer que as coisas correram mal lá, mas estão a enfrentar equipamento da NATO e um povo eslavo muito combativo, porque antes de nos rirmos estupidamente devíamos perguntar-nos quanto tempo durariam os polacos, britânicos e alemães no terreno com o seu próprio equipamento, e os americanos….

    O kinjal voa a 10.000 km/h a baixa altitude, um quilómetro acima do solo, e o equipamento americano não o consegue parar. Depois, penso que os russos estão a jogar para que as pessoas pensem que ainda não têm um fogo muito preciso, mas com os armazéns destruídos em Maio em torno de Kherson ou Khlemninitsky, mais os lançadores Patriot em Kiev, perdoar-me-ão por pensar que, no que diz respeito ao complexo militar-industrial, os russos estão a fazer um trabalho melhor do que os americanos. Os Himars estão a adaptar-se aos russos, as Storm Shadows também, e as pessoas estão a tornar-se mais duras para o futuro, não os americanos, nem os europeus.

    A Rússia enfrenta 31 países da NATO e que, com 120.000 homens (a 1 para 5), tomou 1/5 do território ucraniano, de longe o mais rico em ….3 dias… Além disso, está a reconstruir todas as infra-estruturas, edifícios, habitações….. nas áreas conquistadas com estrondo. Estão a travar uma guerra de desgaste, têm o tempo e… o dinheiro. Por outro lado, podemos surpreender-nos com os fracos resultados e a qualidade dos armamentos da NATO em comparação com o seu preço exorbitante….. Os Himars, os Patriots, os tanques Tiger alemães, os drones, os mísseis anti-tanque de última geração….. Tudo isto custa uma quantidade incrível de dinheiro e não funciona muito bem…. Uma salva de 32 Patriots custa 96 milhões de dólares….. Sem falar no número terrível de ucranianos mortos ou mutilados para sempre na frente de batalha…

    Com a guerra na Ucrânia, o eixo diplomático Paris-Berlim-Moscovo deixou de existir, tendo sido substituído na Europa pelo eixo Washington-Londres-Varsóvia-Kiev. Esta é a mudança duradoura, porque mesmo que a guerra pare, as sanções económicas continuarão porque não estão prestes a ser levantadas. Quanto aos aumentos orçamentais para os nossos exércitos, os Ministros da Defesa europeus declararam que será a partir de 2027, pois a economia europeia está morta com a crise energética. Quanto à NATO, demonstrou a sua ineficácia, incapaz de fabricar munições ou de fornecer equipamentos competitivos no terreno na Ucrânia, tudo não passa de uma agitação militar molecular secundária. É apenas a representação política da vontade do Tio Sam na Europa. Além disso, as eleições americanas estão mesmo ao virar da esquina e, a partir de 1 de Setembro, tudo começará a mudar, porque as futuras subvenções serão totalmente decididas pelo Congresso, uma vez que a Casa Branca começa a retirar-se. Não se iludam, não vão ver nenhum tanque M-1 ABRAMS ou F-16 americano na Ucrânia.

    De facto, há alguns pormenores que, neste momento, voltam como um boomerang porque foram ignorados: o apego à ideia de cultura, de povo e de nação… Por outras palavras, 3 coisas que a Europa não pode ter.
    Poderia, no entanto, contar com projectos de convergência, mas a ingerência americana para inundar a Europa impede qualquer tentativa.

    A NATO não está a promover uma Europa da defesa, mas sim uma drenagem dos orçamentos de defesa europeus pelas empresas de armamento americanas.

    Os EUA pressionam os países europeus a se tornarem ativos na guerra civil ucraniana (2014). O problema é que os países da UE + GB já não têm os meios necessários e suficientes para apoiar uma guerra convencional do tipo 39-45 desde a queda da URSS, e o sistema da “globalização” de que deriva a crise de 2008 (que não é a única). Por outro lado, como é que a UE vai poder apoiar uma guerra convencional quando o preço do barril de petróleo sobe e já não compra o carburante de que necessita à Rússia? Os países que actualmente revendem o petróleo russo não o venderão aos inimigos de quem o fornece. Além disso, os EUA nunca darão as suas reservas estratégicas à UE, ou em quantidades muito pequenas. O que continuará a ser insuficiente. A partir desta constatação, “os tanques soviéticos” passarão muito provavelmente um verão na europa.

    Se acreditarmos nas afirmações de Merkels e Hollande, os acordos de Minsk I e II são uma prova – se é necessário dar-lhes uma – da tomada de posição da UE desde 2014/2015. A UE empurrou para a guerra uma política face à Rússia que não mudou da política da URSS. Mais amplamente, com o colapso do sistema global dos EUA em marcha, o mundo toma o caminho da guerra. O império norte-americano perde pouco a pouco o seu monopólio do dólar como moeda universal e como moeda para comprar petróleo. O surgimento dos BRICS, “liderados” pela dupla sino-russa, favorece a divisão do mundo em dois campos, contra o imperialismo estadunidense. É um pouco o “Boston tea party” que se repete: a colônia mundo se rebela contra a metrópole tirânica.

    A guerra é inevitável. Os EUA e a UE fazem tudo para que ela aconteça. A razão? A queda do império dos EUA. Um homem meio morto que quer recuperar o vigor a qualquer custo. No entanto, não confundam o estado dos “Estados Unidos da América” no mapa com o “Estado Profundo”. O seu Estado vassalo, o zombie europeu, não é suficientemente poderoso. As causas? A deslocalização maciça das indústrias para a Ásia. A ideologia criada e imposta evidencia três defeitos: o seu pacifismo, a sua sociedade de consumo abusivo, a sociedade de serviço.

    • O sonho húmido da perda de poder dos EUA domina toda a análise dos órfãos soviéticos e seus derivados.
      O poder da Rússia resulta da indiferença dos seus dirigentes pela vida e bem estar dos seus governados e total desprezo pelo mais que condicione o bem estar dos restantes povos, sob o poder de um bando de funcionários arvorados a oligarcas, submetidos à visão imperial que os despojos do czarismo ainda lhes transmite.
      Se o domínio dos EUA se define tecnológica e empresarialmente, os russos dominam pelas armas que acumulam e pelo que escavam na muita terra que colonizaram.

      • Sem o golpe de estado de 2014 a Ucrânia seria um estado que ainda teria a Crimeia e restante território. Golpe de estado financiado e preparado como tantos outros pelos mesmos do costume. A partir daí começa a matança de ucranianos que falam russo.

        Um poder totalitário que quer impor a sua lei e cultura criminosa ao mundo. Não respeita nada nem ninguém. Tal poder resulta da total indiferença pelas vidas humanas ao redor do mundo bem como do bem estar do seu próprio povo onde milhões precisam de senhas para se alimentar, milhões vivem nas ruas, milhões estão encarcerados, milhões não têm acesso a cuidados básicos de saúde, etc.

        O poder dos EUA define-se pela domínio das armas, da finança e dos meios de propaganda.

  2. Pois claro, tecnologicamente nada como o Professor Pardal e empresarialmente como o Tio Patinhas, acho eu, desfilosoficamente falando! 😎

  3. 20 de agosto de 1619. Llegó a Norteamérica la primera partida de esclavos entregado por los holandeses. En casi 200 años de comercio de esclavos, más de 10 millones de esclavos fueron llevados a Norteamérica, y millones murieron en el camino.

    6 deabrilde 1712. La primera gran rebelión de esclavos en Nueva York. Se enviaron soldados para reprimirla. Algunos rebeldes capturados fueron quemados vivos, uno fue enrodado, el resto fue ahorcado.

    8 de noviembre de 1811. La rebelión de esclavos dirigida por Charles Deslondes. 500 esclavos marcharon hacia Nueva Orleans, liberando a otros esclavos en el camino. Las tropas estadounidenses mataron en el acto o colgaron después a casi todos los participantes de la rebelión.

    28 de mayo de 1830. El Congreso de Estados Unidos aprobó la Ley de Traslado Forzoso de los Indios, que supuso el traslado de varias tribus desde el asentado y próspero sureste a las tierras salvajes de las Grandes Llanuras. La campaña se denominó Sendero de Lágrimas (limpieza étnica y traslado forzoso de los indios americanos de sus tierras ancestrales en el sureste de Estados Unidos al Territorio Indígena).

    6 de agosto de 1945. Bombardeo atómico de Hiroshima. El número total de muertos se estima entre 90 mil y 166 mil personas. La cuestión de la necesidad de bombardear con armas atómicas en la fase final de la guerra sigue causando acaloradas discusiones, y algunos historiadores incluso lo califican de acto de terrorismo de Estado.

    9 de agosto de 1945. Bombardeo atómico de Nagasaki. El número total de muertos se estima entre 60 mil y 80 mil personas. La cuestión de la necesidad de bombardear con armas atómicas en la fase final de la guerra sigue causando acaloradas discusiones, y algunos historiadores incluso lo califican de acto de terrorismo de Estado. Durante la Segunda Guerra Mundial, unos 120 mil japoneses que vivían en Estados Unidos fueron internados en campos de concentración.

    • 28 DE MAYO DE 1830
      è por esta e por outras que quando os ouço falar de democracia e genocídio, se revela a grande mentira que nos contam. E os Australianos fizeram o mesmo. O curioso é que a ocupação dos territórios se deu da mesma forma e com população inicial com a mesma origem. E a Argentina , de forma diferente, também fez algo parecido – já repararam que a equipa de futebol da Argentina só tem brancose bem clarinhos ? – .Pesquisem e encontrarão a maneira como resolveram o problema…

  4. NUMA SOCIEDADE DECENTE A ESPERTEZA ‘SUN TSU’ DE MERKEL E HOLLAND SERIA REPUDIADA!
    [nota: o mainstream ocidental há 500 anos que está habituado a uma cultura de cidadanismo de Roma: 500 anos de pilhagens:
    – América do Norte, América do Sul, África, Austrália, Iraque, etc.]
    .
    —>>> A ESPERTEZA ‘SUN TSU’ OCIDENTAL DEVE SER ISOLADA INTERNACIONALMENTE!
    -> A começar pelo legítimo Direito ao separatismo Identitário.
    [separatismo–50–50]
    E mais:
    – urge um mundo multipolar!…
    Adiante.
    .
    .
    .
    Mais um objectivo que a Rússia deve reivindicar nas negociações de paz:
    – «a esperteza ‘Sun Tsu’ ocidental deve ser condenada internacionalmente».
    [mais do mesmo: financiam/usam extremistas para fazer negociatas no caos: Síria, Líbia, Ucrânia, etc]
    .
    .
    Nota:
    -> queimaram-nos vivos (Odessa 2 de maio de 2014), bombardearam-nos, massacraram-nos, e não queriam que se defendessem!?!?!?!
    —> SIM SIM SIM: existiam óptimas perspectivas de pilhagem:
    – nove, em cada dez, dos mais variados analistas ocidentais garantiam: armas da NATO na Ucrânia… juntamente com sanções económicas à Russia, e…
    a Russia seria conduzida ao caos: tal seria uma oportunidade de ouro: iria proporcionar um saque de riquezas da Russia muito muito muito superior ao saque de riquezas que ocorreu no ‘caos-Ieltsin’ na década de 1990.
    [nota: era expectável que a Russia fosse socorrer os russófonos das regiões russófonas do leste da Ucrânia: regiões cedidas à Ucrânia pela ditadura dos sovietes]
    .
    Merkel e Holland vangloriam-se de serem uns mestres ‘Sun Tsu’: «os acordos de paz de Minsk não eram para cumprir…»

    • Nunca a Rússia cumpriu a sua parte – retirar as suas tropas e entregar a fronteira ucraniana à Ucrânia.
      Quanto ao mais é simples: dar tempo à Ucrânia de se preparar para defender a sua existência.
      É disso que os órfãos soviéticos agora se queixam!

      Que a Ucrânia entregou as armas nucleares do seu território a troco de garantias da Rússia, EUA e Grâ-Bretanha de que as suas fronteiras seriam respeitadas, todo o órfão soviético se esqueceu!

      • Tem razão no que diz, mas esqueceu-se de um pormenor importante: a Rússia respeita as fronteiras da Ucrânia e a OTAN não se aproxima das fronteiras da Rússia, o mesmo será dizer – a Ucrânia mantém-se um país neutro.
        Tal como nenhum país estranho se pode aproximar das fronteiras dos Estados Unidos. Ou será que o México ou Cuba podem dispor do seu território para o que lhes der e vier?
        Não deixe a verdade pela metade, porque isso é manipular e mentir.

        • Cuba não é uma ameaça para os EUA, quando o foi esteve para ser invadida.
          A Ucrânia estando desarmada em 2014 não era uma ameaça para a Rússia e foi invadida.

  5. Vou ficar a espera da contraofensiva sentada para nao me cansar. A droga provoca delirios fantasiosos em mentes insanas. Digam nao as drogas!

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