(Elisabete Tavares, in Página UM, 26/12/2022)

Nas novas revelações dos chamados “Twitter Files” – que têm desvendado antigas práticas de censura aplicadas pelo Twitter –, fica provado que aquela rede social censurou informação verdadeira sobre a pandemia de covid-19.
Antigos funcionários e executivos do Twitter também censuraram contas de médicos e especialistas com visões e soluções diferentes das adoptadas pelo governo norte-americano na gestão da pandemia. Segundo as novas revelações, até contas de utilizadores comuns foram alvo de censura, sendo suprimida informação com dados oficiais verdadeiros da CDC (Centers for Disease Control and Prevention).
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Perante uma pandemia mortal para tantos nos grupos de risco, eu até aceitaria um certo controlo reforçado das FakeNews. Mas o problema é o de sempre: quem é que define o que é falso e o que é aceitável?
Neste caso “a ciência” era a versão oficial das autoridades/governo. É 2022 ou é 1984? Vivemos todos dentro de uma cerca cada vez mais apertada e os porcos são os donos disto tudo?
E mesmo naqueles que supostamente não sofrem influência de políticos nacionais, há coisas esquisitas: como é que se aprovaram vacinas ocidentais que rapidamente foram removidas das opções (por falta de eficácia ou efeitos secundários demasiado arriscados), mas as vacinas Cubanas (Soberana 1, 2, e Plus), que têm tido excelentes resultados práticos, continuam na lista * “WHO EUL/PQ evaluation process” por aprovar?
* link:
https://extranet.who.int/pqweb/sites/default/files/documents/Status_COVID_VAX_08November2022.pdf
Esta Soberana recebeu autorização de emergência (e para casos de viagem) em países tão diferentes como: Cuba, Irão, Nicarágua, Venezuela, Guiana, Hungria, Malásia, Nova Zelândia, e Turquia. Mas se calhar estes médicos não têm a mesma formação que os do Ocidente. Coitados dos Neozelandeses, devem andar a morrer em massa…
E o caso da Janssen é também interessante. Por um lado a WHO/OMS dá-lhe autorização total, por outro lado certos países Nórdicos acharam-na tão perigosa que a tiraram de circulação antes que matasse alguém que não era suposto morrer:
https://en.wikipedia.org/wiki/List_of_COVID-19_vaccine_authorizations#Janssen
Querem ver que também na OMS a “confiança” e a “ciência” depende dos telefonemas dos CEO da big pharma que se façam às Ursas van der Latas e aos sleepy Joe Bidens?
O que eu sei é isto: se se trata da ciência em geral, ou de uma pandemia e sua vacina em particular, não existe verdade absoluta, tem de existir discussão. Obviamente não é a discussão de café entre apalermados. É a discussão de factos, e sua interpretação, pelos especialistas, sem nunca silenciar os que discordam da maioria.
É que há uns anos atrás, o Charles Darwin também discordava da maioria e… vai-se a ver, a maioria era quem estava errada.
Infelizmente essa maioria teve um descendência que não evoluiu nada, pois os que antes chamavam “macaco” a Darwin, são os que hoje chamam “negacionista” ou “chalupa” a quem simplesmente se atreve a questionar a narrativa oficial.
Esperemos que a seleção natural faça o seu trabalho, e que um dia no Mundo e a Sociedade Humana evolua o suficiente para que já haja lugar nem utilidade para os autoritários, os propagandistas, os corruptos, e os idiotas úteis que ocupam o tempo a cumprir ordens sem usar o cérebro, como foi o caso destes funcionários das redes sociais.
Será possível?
A ciência não era a versão oficial, era o cientismo conveniente de nem tentar parecer culpado de deixar morrer, nem alterar nada de substancial. Por exemplo, não houve pejo nenhum de deixar os trabalhadores essenciais, menos no ordenado, trabalharem sem condições de segurança, deixar os idosos em lares sem o mínimo de condições, ou de achismos relativamente à possibilidade de imunidade total, um disparate completo.
Há muito para questionar que não será, mas também há muito que é questionado que é pura ignorância fruto de um sentido de revolta, legítimo e racional, mal-direcionado, mas muito pouco tem a ver com a ciência em si, que ainda não pode dar certeza a muita coisa. Querer ser científico é quase oposto a querer certezas de um lado bom e um lado mau.
E um à parte, a vacina cubana provavelmente devia ser aprovada, não que isso ainda sirva para grande coisa, mas usa um método que não escala rápido que chegue para pôr tudo a bulir o mais depressa possível. O grave é que boa parte do mundo continua sem acesso a coisa nenhuma, querendo ou não, e que isso não vá servir para questionar financiamentos mirabolantes garantidos à porta fechada.