Tanta verdade junta mereceu publicação – take XXII

(Por José Neto, in Estátua de Sal, 16/10/2022)


(Este texto resulta de um comentário a um artigo que publicámos de André Campos ver aqui, e a um artigo de Garcia Pereira, ver aqui. Perante tanta verdade junta, resolvi dar-lhe o destaque que, penso, merece.

Estátua de Sal, 17/10/2022)


Oi, cá estou eu outra vez.

Honestamente, não li o texto de Garcia Pereira.

O que ele escreve não me interessa porque a pessoa não me interessa e certamente não disse nada que eu não esteja farto de saber. Sei que muito do que ele depositou é verdade, porque ele se baseia no Marxismo-Leninismo-Maoismo, mas todo o percurso político deste triste personagem reflete um esforço resiliente focado na divisão dos trabalhadores para melhor os enfraquecer, e consubstanciado num ódio não disfarçado à única força coerente que desde sempre combateu o Fascismo e o Capitalismo em Portugal, que foi (e continua a ser) precisamente o Partido Comunista Português.

É um dos truques mais queridos do Grande Capital, este de usar fantoches como Garcia Pereira, com linguagem esquerdista muito “prá frentex”, do tipo “vamos fazer a Revolução hoje, abaixo o Revisionismo, Mao é que é bom”, etc. Todo o percurso desse patético indivíduo foi no sentido de destruir a unidade e a luta dos trabalhadores, e é preciso esta pobre criatura não ter nenhuma vergonha na cara para vir agora, que a obra em que ele foi humilde participante, está praticamente acabada, vir para os media dar lições de moral revolucionária.

Nos dias de hoje esse mesmo trabalho é da responsabilidade dos trotskistas do BE, que com um palavreado mais meloso e socialmente equilibrado, foram gerados no seio do PS e existem justamente para retirar influência e apoio eleitoral ao PCP. “Dividir para conquistar” é a máxima que sempre norteou o Capital na sua luta incessante para manter o seu gado humano submisso e controlado. Isso nunca muda.

Quanto ao texto de André Campos, é difícil não nos solidarizarmos com o seu estilo humanista e com as preocupações sinceras que ele apresenta, mas está repleto de erros de análise cuja desmontagem me levaria mais tempo do que disponho neste momento e ter de ficar para outra ocasião. Deixarei por isso aqui apenas umas linhas gerais:

1. O já famoso “Great Reset” é uma “teoria de conspiração” sem nenhum fundamento e muito provavelmente criada e alimentada pelos ideólogos do próprio Grande Capital. Ela apenas nasceu para justificar a enorme crise global do Capitalismo que ele hoje atravessa e impedir a sua real compreensão pelas populações. Procura-se atribuir as culpas de uma situação que resulta da evolução natural do sistema capitalista, e que já aconteceu duas vezes no passado no espaço de um século, tendo os seus momentos culminantes coincidido com as guerras mundiais de 14/18 e 39/45.

O que se tenta fazer é atribuir as culpas deste desenlace inevitável a uma espécie de seita obscura que se terá revelado em Davos, assim uma espécie de história de ficção ao nível dos livrinhos de banda desenhada juvenis.

O Grande Capital não tem interesse absolutamente nenhum em reduzir a população mundial como um propósito em si mesmo. Menos pessoas significam menos consumidores, menos mercados e consequentemente um agravamento da crise da qual o Capitalismo já enferma. Uma redução dessa população poderá ocorrer em consequência da fome e de uma guerra de destruição massiva, mas ela não é um objetivo em si mesma.

Claro que uma redução da população global poderia ser um acontecimento “benéfico” para a raça humana, basicamente porque dentro de cem anos o planeta simplesmente não terá condições para a sustentar e a continuarmos assim muito mais gente terá então de morrer, e morrer muito rapidamente, mas a ecologia planetária não é um objetivo do Capitalismo. Ele vive no momento.

E de resto ninguém que não seja um maldito psicopata iria querer promover hoje um holocausto global em nome da preservação de Gaia. Esse problema terá de ser resolvido pelas gerações vindouras, mas para que a Humanidade seja capaz de mudar os seus atuais padrões de vida destrutivos, será absolutamente necessário que o Capitalismo seja destruído.

É isso, ou a extinção pura e simples de toda a vida no planeta. E bem podem continuar a vender-nos fantasias estúpidas como a aquela da “colonização” de Marte.

2. O que realmente se passa, como foi muito bem colocado num recente texto publicado aqui, é que os Estados Unidos já estão em guerra com a Europa, representada no texto em questão pela Alemanha.

Trata-se de conquistar mercados e destruir concorrentes diretos num momento em que os mercados existentes já não são suficientes para alimentar as oligarquias existentes. Mais uma vez recordo as duas guerras mundiais. Tal como sucedeu na II Grande Guerra, a Rússia só está em palco devido às suas riquezas naturais e pela sua recusa em aceitar submeter-se ao Império Americano, e pelo facto de a sua proximidade geográfica e interesses comuns com a Europa poder colocar em causa a hegemonia de Washington. A segunda parte desta equação foi aparentemente resolvida no curto prazo com recurso a europeus traidores. Mas outros episódios se seguirão.

As verdadeiras causas da crise terminal que assola o capitalismo no Ocidente, elas prendem-se com o encurtamento dos mercados como resultado da ascensão das novas potências asiáticas, do expectável fim das excecionais condições favoráveis à economia liberal, nomeadamente a permanência do dólar como única moeda de referência mundial, e do próprio processo entrópico que está na génese do sistema capitalista e que termina sempre da mesma maneira.

A atual crise, e como já alguém disse não é uma crise, mas sim o fim de uma era, só difere das duas anteriores pela sua elevada componente financeira. A “financeirização” das economias é um fenómeno relativamente recente e posterior à II Guerra Mundial. Basicamente as sociedades ocidentais estão a pagar pelas toneladas de dinheiro falso que têm vindo a imprimir e ao longo dos anos e da gigantesca dívida pública que esse fenómeno gerou. Alguns analistas claramente confiáveis dizem que “a crise programada vem aí”, mas isso não deve ser mal interpretado.

Imaginem uma grande barragem. Já está? Agora imaginem que as águas estrondeiam com violência contra as paredes da estrutura e ameaçam desfazê-la em pedaços. O que se faz? Simples, abrem-se gradualmente as comportas para aliviar a pressão e permite-se uma inundação mais ou menos controlada das terras limítrofes para evitar um desastre maior. É exatamente o que os economistas do FED estão a fazer com a sua gigantesca e super inflada “barragem virtual”. Vai causar muitos problemas e bastante miséria, sim, mas o rebentamento brusco da economia seria mil vezes pior. Seria as pessoas matarem-se nas ruas de Nova Iorque por uma côdea de pão. Também é verdade com os níveis de criminalidade ali existentes que já pouco falta para isso.

Então, podem parar de atirar as culpas para os velhos de Davos. Eles são apenas os bodes expiatórios.

3. O André Campos diz que “a maioria da população não compreende nada”, e isso só é verdade em parte. Eu irei escrever sobre esse tema quando tiver tempo e disposição num texto que tenho na ideia, em que irei falar “de coisas que não existem”. Mas, apesar de ter muita simpatia pela candura do André, tenho que dizer que isso só é meia verdade. Claro que o Povo é ignorante, e é-o por culpa própria, O conhecimento está disponível e se o André e eu próprio, tal como muitos outros aqui, lá conseguem chegar, as outras pessoas com um volume semelhante de massa encefálica também o poderiam fazer. Na minha idade, não penso por nenhuma cartilha e já não tenho pachorra para pieguices.

A questão basilar aqui é que o Capitalismo singrou no mundo porque ele está em conformidade com a natureza humana, egoísta, agressiva e impiedosa. A raça humana sempre foi grande predadora ao longo de toda a sua existência e isso está no código genético. Na sua natureza. Foi o que impediu a sua extinção em confronto com outras espécies animais fisicamente mais poderosas nos tempos primordiais, e é também o que lhe irá ditar o fim.

Há pessoas boas no mundo, claro, mas por cada uma dessas pessoas existem cem que “não prestam”, como eu disse há dias aqui sem papas na língua, provocando algumas ondas de choque que muito me divertiram. A maioria das pessoas aceita o capitalismo porque vive na esperança de ser rica um dia, sabe-se lá por que sopro de sorte, e tornar-se ela própria um tiranete dos outros. Vivem a pensar nisso até que morrem abandonadas num lar miserável. São essas pessoas que elegem os governos.

Um bom exemplo da “solidariedade europeia” e da verdadeira natureza humana pode ser encontrado por exemplo nas manifestações de agricultores espanhóis para pressionar o governo espanhol a fechar as barragens que deixam passar ainda alguma água para Portugal. Outro, é o genocídio de todo um povo no continente americano levado à prática por imigrantes dos mais variados países europeus. Mas eu poderia citar muitos mais, e em todos os continentes. Vamos deixar os Tutsis e os Rohingyas em paz por agora.

Por outro lado, o Socialismo não singrou até hoje nas sociedades ocidentais porque ele fala de partilha e igualdade, e isso é coisa que não interessa a ninguém. Os orientais estão mais suscetíveis a estas ideias pelo seu passado em que foram colónias vítimas da brutalidade ocidental, mas tudo pode mudar no futuro com as “rotas da seda” e as riquezas que elas vão produzir e concentrar nas mãos de alguns. Isto, claro, partindo do princípio de que a Humanidade tem futuro, o que não é líquido de maneira nenhuma.

Alguém aqui acredita que o capitalista é de uma raça diferente da raça humana, como naquele divertido filminho de série B “They Live” (1988) de John Carpenter, e que os trabalhadores atualmente explorados não fariam exatamente a mesma coisa se, por artes mágicas trocassem de lugar?

Abra os olhos, André…

Claro que as coisas podem sempre mudar, basicamente porque, como eu já disse aqui várias vezes, o estômago pensa melhor do que o cérebro. Nada como uma boa dieta para mudar rapidamente a mentalidade das pessoas.

4. Finalmente, onde foi que você sonhou com “uma guerra nuclear” limitada à Europa, André?

Pensa que os russos são parvos assim? Sonhe outra vez…


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22 pensamentos sobre “Tanta verdade junta mereceu publicação – take XXII

  1. Também simpatizo com o André, e com o José, e com os outros; e não por me faltar onde discordar, mas por ao menos saberem que está mal como está, bem como se tenta remendar.
    Mas essa de que a humanidade é toda má é de um pessimismo niilista, venham as bombas duma vez. Prefiro pensar que é do quão apelativo os apelos à, e de, autoridade dos psicopatas num tal de suposto senso comum longe do bom senso, e da culpabilização de um Outro diferente; se é verdade que somos tribais, também o que consideramos a nossa tribo nunca foi estático. Se não for possível ter uma globalização em que esta é alargada, sempre ficamos com uma resposta para o paradoxo de Fermi.
    Mas também não sei o que é dinheiro falso, e o que o faz diferente do dinheiro verdadeiro; se é aceite para pagar as obrigações legais, diria que é verdadeiro. Agora, que foi criado em excesso, foi, mas isso só é um problema se for gasto em excesso, o que não é exactamente o que temos. Fosse tudo simples, e não tínhamos empresas com super-lucros simultaneamente à beira da falência. É que vender uma grande quantidade de activos sem destruir o valor dos restantes, e mesmo dos à venda, não é tarefa fácil, e uma fragilidade que os estados podiam aproveitar, houvesse o mínimo de vontade, para distribuir o windown invés de fazer à Democratas. Mas nem quando, nem é se, a China o fizer o tal de senso comum dos ais aos investidores vai à vida. É a vida.
    Certo é que, de facto, o GR é só mais capitalismo, que se arrisca a ser recebido por quem mais se acha contra ele. Nada de novo, certo?

    • Paulo Marques, pois é, adaptando um princípio universal diferente, podemos dizer que “a verdade magoa, e a verdade absoluta magoa absolutamente. Você é bom tipo. Não perca a sua fé na Humanidade. Dizem que “a Fé é que nos salva”, não é? Um abraço!

  2. Esqueci-me de uma achega, e quem é esta gente com um plano de cooperação mundial/ocidental para controlar seja o que for, envolvendo um grande nível de cooperação e precisão, sem fugas de informação ou lutas de interesses? Não é um bocadinho mais provável que os líderes demonstravelmente patetas, e patéticos, uns atrás dos outros, não estejam antes preocupados simplesmente em agradar a quem lhes paga campanhas e cargos futuros, interessados em rendas cada vez maiores e cada vez mais eternas em acordos que, esses sim, saem sempre cá para fora?
    Se uma conspiração involve competência desconhecida, sigilo, e muitos indivíduos, eu, por mim, desconfio. A menos que não sejam humanos.

  3. Sobre o controlo da economia pelo capital financeiro e suas consequências, incluindo a destruição dos meios produtivos, subalternização dos estados, generalização das guerras e da fome à escala mundial, um livro com uma actualidade impressionante:
    “Imperialismo, Etapa Superior do Capitalismo”, V I Ulianov (1916)

  4. Este texto publicado em, a Estátua de Sal, é o pior, um dos piores que aqui publicado, eu vi e li.

    Inconcebível que alguém que se intitule de esquerda e se ache de esquerda, pense que aquele partido que trai e sempre traiu e segue traindo os trabalhadores em Portugal, o PCP, ache que defende os trabalhadores!

    O PCP é na verdade um dos partidos responsáveis pelo fracasso de uma possível revolução socialista em Portugal, tipo aquela que eles julgam defender, conforme os revolucionários russos, com Lenine e seus camaradas de partido levaram na Rússia, a efeito, levando a cabo, um dos maiores feitos da História da humanidade e da luta dos povos e trabalhadores no mundo.

    E não é, não foram somente ai, o PCP, os responsáveis da situação, desse fracasso, como também da condução na ajuda à burguesia, na sua dita “democracia”, a democracia só deles, da burguesia, da qual, eles PCP, vivem, e da qual ajudaram a evitar que a elite burguesa não perdesse o seu lugar no poder em Portugal, como ainda foram, os primeiros politicos miseráveis, o primeiro partido infame e traidor, que traíu as primeiras lutas dos trabalhadores pós 25 de abril, nas primeiras horas do dia dessas lutas dos trabalhadores da TAP e TLP, e em muitas e muitas mais empresas, em que eles foram os primeiros fura-greves, mas se acham, os seguidores de Lenine e da revolução russa, e nós, infelizmente, povo consciente disto, temos de rir em cima da cara de gente deste tipo, que trai os trabalhadores e os seus objetivos, a sua emancipação e se julga revolucionária.
    Agora imaginem lá Lenine, Estaline, Mao-Tsé-Tung, Ho Chi Min, Enver Hodxa ou Kim Il Sung ou outro chefe de um partido comunista, que implantou a sociedade socialista, furando as greves dos seus compatriotas contra a burguesia dos seus países, como vilmente o fizeram os ditos comunistas e traidores dos trabalhadores portugueses, o PCP.

    O autor de tal texto, é além disso, de revisionista do Marxismo e do Leninismo, um imenso despreparado, um reacionário. Ele fala de raça humana, como isso fosse verdade e correto, não entendendo ele, que raças não existem e sim espécies, contribuindo com sua linguagem retardada, para o racismo e a divisaõ de seres humanos em raças e não em etnias.
    Não existe uma raça ou diversas raças humanas, sim que todo o ser humano faz parte de uma única espécie da qual todos descendemos.
    Inclusive, de humanos que eram negros, os hominideos que se geraram em África e o nosso ancestral, eram negros, como negros eram os Homo Sapiens, da qual espécie, todos pertencemos, quando sairam de África.
    Os Homo Sapiens tiveram a sua origem em África e que dela sairam, se separam ainda em África das outras espécies humanas, de outros hominideos e se diversificaram e evoluiram em étnias, e quer elas sejam as Denisova, quer sejam Neandertal, todos eram seres humanos nascidos da mesma espécie de um hominideo ancestral, que a todas elas gerou, em África.

    Outro imenso disparate do autor do texto, está em ele dizer, que foi e o cito: “sempre foi grande predadora ao longo de toda a sua existência e isso está no código genético”. Nada mais triste e de mais errado para se afirmar. Não que a nossa espécie não tenha sido e não seja predadora, mas inicialmente era essa a forma de sobreviver e de subsistir, tal como outro qualquer anaimal predador, leão, hiena ou tigre ainda hoje o faz e logo isso é algo natural e não um defeito que por si só, esteja na razão da nossa, não extinção.
    É apenas uma meia verdade, uma parte da verdade e não a verdade total, porque muito mais que isso, a de sermo predadores, está na razão da nossa não extinção enquanto homo sapiens em seus tempos de vida selvagem, a solieriedade, a entre-ajuda dos seres humanos, a vida em grupos socias, a família e seus laços de parentesco, a socialização, predicados que sem os quais, não lhe valeria de nada a sua dita agressividade, ou a sua qualidade de predador natural. Solidariedade e socialização essa que a ciência, a arqueologia, provou ter existido, quer no cuidado com os enfermos, quer no cuidado com os mais velhos.

    Já nesses tempos primordias, ela era patente, a solidariedade, entre o Homo Sapiens e não somente a sua qualidade de predador, o que nem sempre assim o foi, pois que muitas das vezes nesses tempos o Homo Sapiens, usando de sua inteligência, do poder da capacidade do seu cérebro, roubava as presas já mortas a outros predadores mais fortes e eficazes na mortandade e caça das presas, pois nós não possuímos nem garras e nem dentes e nem porte físico para enfrentar muitas das feras e das presas e nem velocidade para as perseguir e matar, ou delas fugir.
    Não fosse nosso cérebro, não fosse nossa inteligência em roubar presas e em fazer utensilios que nos tornassem mais fortes que as presas e que outros predadores, nos dando vantagens, que então, jamais sobreviveríamos e nos extinguiriamos, de resto como sucedeu com as outros espécies humanas, os Denisovi e os Neandertal, espécies decendentes, tal como nós, tal como o Homo Sapiens que igualmente como eles um dia saiu de África, do mesmo ancestral comum em África e igualmente agressivos e predadores impiedosos.
    Os Homo Sapiens sendo inferiores do ponto de vista físico, numa luta com feras e presas, precisou de se unir, de se agregar em grupos e enfrentar as feras a quem eles roubavam as presas já mortas e isso é que nos salvou, não tanto as suas qualidades de predador, ou de agressivo. As espécies Denisova e Neandertal, eram também igualmnete agressivas e predadoras e só isso os não salvou da extinção, sim a nosso cérebro e a nossa capacidade de ajuda e de solidariedade, o trabalho em equipa e a capacidade de produzir utensilios de guerra contra as feras, o fogo e as armas.

    Por isso que nem sempre foi o nosso dito egoísmo nato, não foi sempre a nossa pretensa agressividade natural, ou a nossa qualidade de predador e a nossa impiedosidade, a vencedora, ou a razão única, ou ainda a determinante na nossa não extinção, sim a nossa qualidade de cuidar, ajudar e defender os outros, de solidariezar e de socializar, quem venceu, não nosso lado mais animal, por assim dizer, mas sim o nosso lado mais humano, o nosso cérebro e a nossa necessidade de socializar e de formar grupos e familia e os defender e ajudar a sobreviver.

    O egoísmo, a impiedosidade são fatores humanos não inatos, mas decorrentes da história do desenvolvimento humano, da evolução e da cultura humana e está relacionado, não com os nossos genes, mas com a história da economia de grupo e com do aparecimento das classes e do estado. Não é inato o aparecimento de serial killers, por exemplo, mas que isso se relaciona com o social e não só com o genético. Ainda que, se bem que em umas pessoas, mais que outras, a genética seja um fator que para tal pode contribuir, é a vivência e a educação que o regeu ou que dela padeceu, os maus tratos e os maus exemplos de que foi rodeado, que se tornou a causa principal, o mecanismo de disparo.

    Karl Marx de quem os verdadeiros comunistas se devem orgulhar e o emitar e não o revisionar e ultrajar, como fazem os ditos comunistas do PCP, o deveriam ler e estudar e não o adulterar ou se afirmarem de comunistas e marxistas, mas eles nos mostram ser bem o seu contrário.
    K. Marx no seu livro O Capital, analisou as pulsões que governam os agentes económicos e conformam as relações de troca, mas também falou do homem e nunca o separa dessas relações económicas tão bem esplanadas nesse seu magistral livro. Lida a sua ideologia e suas teses, esta destrói a crença liberal e da culpa religiosa atribuída ao ser humano, no egoísmo atávico e no indivíduo centrado apenas em si mesmo. Pelo que, entender que há um egoísmo, uma agressividade e uma impiedosidade humana, inata, própria e contida em nossos genes, além de estar errada, não é um pensar próprio de um Marxista, mas de um fascista, de um preconceituoso religioso ou outro, que sempre atibuem a maldade e o egoísmo, ao homem e não ao deus deles, ou á laia e teoria e ideologia fascista deles.

    Um estudo da Fundação Causa Comum, revela duas descobertas transformadoras. A primeira é que a grande maioria das 1.000 pessoas pesquisadas, 74%, identificam-se mais fortemente com valores altruístas do que com valores egoístas. Significa que estão mais interessadas em gentileza, honestidade, perdão e justiça do que em dinheiro, fama, status e poder. A segunda é que uma maioria semelhante, 78%, acredita que, os outros são mais egoístas do que realmente são. Ou seja, cometemos um terrível erro sobre o comportamento das outras pessoas e assim são os ditos comunistas da treta, do PCP.

    Esses traços, os do egoísmo, da violência e maldade ou impiedade, emergem tão cedo em nossas vidas que parecem inatos, que julgamos o serem. Ou seja, parece que evoluímos para nos tornar assim, mas não é verdade. Porque ao contráro do suposto, por volta dos 14 meses, as crianças começam a se ajudar umas às outras. Por exemplo, pegando coisas para aquelas que não as conseguem alcançar. Quando chegam aos dois anos, passam a compartilhar objetos que valorizam e aos três, começam a protestar contra a violação das normas morais por outras pessoas.
    Crianças dessa idade, são mais inclinadas a ajudar pessoas que percebem estar sofrendo. Elas desejam ver a outra pessoa amparada, seja ou não por elas próprias. Isso sugere que são motivadas por um interesse genuíno no bem-estar da outra pessoa, ao invés do desejo de posar de benevolentes, ou de serem maléficas inatas, egoístas e nao altruístas como o mostram ser e isto nos prova que é a cultura errada que nos rodeia na sociedade e no meio familiar, o meio em que vivemos e a falta de uma boa educação, que teem um papel determinante na formação da maldade humana e não que esta lhe é inata.

    O altruísmo, é a resposta lógica à vida em pequenos grupos de parentes próximos. Por isso a tendência dos distraídos e maus analistas da sociedade e da vida humana, dos falsos comunistas deste mundo e dos religiosos, que não são capazes de perceber que hoje vivemos em grandes grupos, relegando, (quais preconceituosos religiosos ou fascistas) a responsabilidade no homem e na espécie humana e não no meio, na educação ou falta dela, na cultura vigente da sociedade, nas classes e sobretudo na classe dominante, ou na era em que vivemos e nem entendem porque ela é assim, pois para eles o mal é o homem, não o meio em que é criado.

    Eles são os lobos e não os pastores e defensores do rebanho, eles são os inimigos dos trabalhadores e da humanidade em geral, os fascistas e os falsos comunistas, os falsos socialistas dos tempos de hoje, os revisionistas da história e das ciências, a miséria da falsa intelectualidade e dos desinformados, na era da cultura e da informação.

    Por isso que o que fez e faz o capitalismo, parecer ter singrado no mundo, porque o não singrou, isso é uma falácia de falso comunista, foi o revisionismo de mar e do marxismo em todos os partidos comunistas no mundo, sobretudo pós Estaline, que se afastaram do marxismo e se iludiram com as promessas de democracia da burguesia mundial. É por isso e ao contrário do enunciado desse revisionista das ciências e do marxismo, a traição aos principios do marxismo pós Estaline, feitas por Krutchev e seus sucesores na URSS é que fez o imperialismo e o capitalismo se sentirem e se acharem fortes.

    Não podemos também, negar e esconder alguns graves erros cometido pelos verdadeiros comunistas e dirigentes em muitos dos países socialistas, erros na construção de uma sociedade que se desejava nova, humana, justa, livre, evoluída e virada para o futuro, mas pelo contrário, que acabaram caíndo na armadilha do imperialismo e do capitalismo mundial de permanecerem numa guerra fria, em vez de uma guerra total na ajuda a todos os povos, pela sua liberdade e independência, pela sua libertação do jugo dos tiranos e do imperialismo mundial.
    Os regimes socialistas deveriam ter dado aos seus cidadãos, uma vida mais digna como hoje a China o mostra tentar fazer, que diminuiram em milhões o número de cidadãos na pobreza. Deveriam terem construido uma sociedade onde nunca houvesse insegurança económica por toda a sua vida, com qualidade de vida, não com mercado tipo capitalsita como a China o fez e que se está a arrepender disso, mas sim que ao mesmo tempo que elevasse a economia, a tornasse segura e sustentável, apostando na ciência e na tecnologia e evitando destruir o meio ambiente e os recursos naturais, por meio de uma economia forte, mas sustentável e exigindo dos seus cidadãos empenho nisso, possibilitando que as pessoas, participassem muito mais na economia e no trabalho, como hoje a China o faz, ainda que com erros e tiques de capitalismo.

    • A filosofia do materialismo, de Marx, foi adicionalmente desenvolvida pelo socialista alemão Friedrich Engels e pelo líder comunista russo Vladimir Lenin. Veio a ser conhecida como marxismo-leninismo. Até recentemente, mais de um terço da humanidade vivia sob regimes políticos que, em grau maior ou menor, seguiam essa filosofia ateísta. Muitos homens e mulheres ainda a seguem.

      Em 1848, Karl Marx e Friedrich Engels publicaram O Manifesto Comunista. Em vez de patrocinarem a religião, que Marx chamou de “ópio do povo”, eles defendiam o ateísmo. Embora fossem ostensivamente contra toda religião, na realidade promoveram a religião, ou adoração, do Estado e de seus líderes.

      “O primeiro requisito para a felicidade do povo é a abolição da religião.” — Karl Marx, do século 19.
      APESAR de ter numerosos ancestrais judeus rabínicos de ambos os lados da família, Karl Marx foi batizado como protestante aos seis anos. Mas, ainda com pouca idade, ficou desencantado com a religião e a política. Argumentou que, se a humanidade haveria de obter a felicidade, algum dia, ambas teriam de mudar drasticamente.

      Karl Marx ensinava que, por meio da luta de classes, a História progride passo a passo; e nesse sentido a História, uma vez encontrado o sistema político ideal, terminará. Este sistema ideal resolverá os problemas das sociedade anteriores. Todos viverão em paz, liberdade e prosperidade, sem necessidade alguma de governos ou de forças militares.

      As teorias de Marx também refletiam os conceitos do filósofo alemão Georg Wilhelm Friedrich Hegel. De acordo com o Dictionary of the History of Ideas, “o caráter apocalíptico, quase-religioso do socialismo marxista foi modelado pela representação filosófica, por parte de Hegel, da teologia cristã radical”. O autor Georg Sabine explica que Marx, tendo este fundo de “teologia cristã radical”, desenvolveu “um apelo moral extremamente forte, respaldado por uma convicção quase-religiosa. Era nada menos do que um apelo de juntar-se à marcha da civilização e do direito”. O socialismo era a onda do futuro; talvez, alguns pensavam, era realmente o cristianismo marchando para a vitória, sob um novo nome!

      Marx só viveu para publicar o primeiro volume de sua obra Das Kapital. Os dois últimos foram editados e publicados em 1885 e 1894, respectivamente, por seu colaborador mais achegado, Friedrich Engels, um filósofo socialista alemão. Das Kapital visava explicar o fundo histórico do capitalismo, o sistema econômico característico da democracia representativa de estilo ocidental. Baseado no livre comércio e na livre competição, sem o controle do Estado, o capitalismo, segundo explicado por Marx, concentra a propriedade dos meios de produção e distribuição nas mãos individuais e empresariais. Segundo Marx, o capitalismo produz uma classe média e uma classe operária, provocando o antagonismo entre as duas e levando a opressão desta última. Usando as obras de economistas ortodoxos para apoiar seus conceitos, Marx argumentou que o capitalismo é, na realidade, antidemocrático, e que o socialismo é o clímax da democracia, beneficiando as pessoas por promover a igualdade e a liberdade humanas.
      A Utopia seria atingida, uma vez o proletariado se revoltasse em revolução e derrubasse a opressão da burguesia, estabelecendo o que Marx chamou de “ditadura do proletariado”. Seus conceitos, contudo, foram amenizados com o tempo. Ele começou a permitir dois diferentes conceitos de revolução, uma de espécie violenta e outra de uma espécie gradual, mais permanente. Isto suscitou uma pergunta interessante.
      A Utopia Será Alcançada Pela Revolução ou Pela Evolução?
      O termo “comunismo” se deriva da palavra latina communis, que significa “comum, pertencente a todos”. Como o socialismo, o comunismo afirma que a livre empresa leva ao desemprego, à pobreza, aos ciclos comerciais, e aos conflitos entre patrões e empregados. A solução para estes problemas é distribuir a riqueza das nações mais eqüitativa e justamente.
      Já pelo fim do último séculos, os marxistas estavam divididos quanto ao modo de atingir estes objetivos acordados

    • Realmente, “vocês” são tão patéticos. E nunca aprendem, apesar de ninguém hoje em dia ligar absolutamente nada ao que dizem. Nem conseguem entender que já passaram à História. Para tirar conclusões e aprender com a experiência dá muito jeito ter um cérebro.

      Vou passar por cima da parte de antropologia que você foi copiar de um manual da especialidade para se armar em intelectual e enganar parolos. Eu li Desmond Morris quando tinha dez anos.

      Quando Alguns tentavam honestamente introduzir em Portugal os princípios do Socialismo pelos quais tinham sacrificado a maior parte das suas vidas, com base nas na experiência das sociedades do Leste Europeu, vocês berravam que eram todos “revisionistas” e que a China é que era bom. Agora que a China aparentemente se converteu aos princípios do Capitalismo, não há problema, agora a Coreia do Norte de Kim Il Sung “é que é bom”.

      Sim, os comunistas russos, ou melhor, uma fação do PCUS traiu o Socialismo. Muito antes deles, os seus correligionários fizeram a mesma coisa e continuam a fazê-lo hoje sem terem vergonha nenhuma. Como eu disse, a maioria das pessoas “não presta” e isso inclui comunistas. Os sistemas e as ideologias não mudam a natureza das pessoas.

      Resiliência é coisa que não falta a pseudo-intelectualóides esquerdistas como você. Nunca esmorecem, e nunca deixam de ser previsíveis como papagaios. Fazem parte do lixo da esquerda e ainda por cima gostam.

      Você é a prova viva da verdade do que eu escrevi.

      Só tenho a agradecer o contributo.

  5. Com o devido respeito pela opinião alheia, José Neto, contudo, acaba no final do seu texto por me fazer lembrar aquele paciente que procura um médico, preocupado com o seu degradado estado de saúde e este esclarece-o que o seu problema decorre de consumir álcool em demasia, mas não haverá nada a fazer quanto a isso, dado ter sido, geneticamente, programado para muito álcool consumir.
    Ou seja, o médico vê um problema onde problema algum haverá, dado que para algo um problema ser, terá de, necessariamente – julgo eu – de comportar uma solução. Nem que seja, no caso, mudar, geneticamente, o paciente!
    A não ser assim, quando as coisas são tidas como são e nada mais do que serão, não merecerão qualquer discussão, salvo para se concluir que assim serão. Não será um desperdício de tempo?

    • Meu caro Luís, garanto-lhe que não é minha intenção brincar aos médicos com a espécie humana. Já sou velho para isso. E muito menos me move encontrar uma “cura” para os males que a afetam.

      Mesmo porque, se a Humanidade ao longo dos seus mais de 400 000 anos de História, e mesmo que nos centremos apenas nos últimos 10 000 anos mais conhecidos por ter sido criado o advento da escrita, nunca foi capaz de criar uma sociedade justa que durasse no tempo, também não é agora que caminha a passo0s largos para a própria destruição que o vai conseguir.

      O meu objetivo é dizer a verdade, ou se quisermos, “a minha verdade”, e fazer as outras pessoas, especialmente as bem intencionadas, que as outras não me interessam, pensar por padrões em que não estão habituadas. Basicamente, questionar as “verdades” oficiais politicamente corretas, que não são mais do que grandes mentiras.

      Nunca tive a intenção de concertar o que não tem concerto. Mas gostava que você conseguisse.

      Experimente e veja por si.

  6. Quem é Klaus Schwab?

    Autor do livro do Grande Reset !

    “Klaus Schwab, nasceu a 30 de Março de 1938 em Ravensburg, Alemanha, é um engenheiro e economista alemão. Em 1971, fundou o Simpósio Europeu de Gestão em Davos, Suíça, que em 1987 se tornou o Fórum Económico Mundial, mais conhecido como o… Davos Gathering”!

    Klaus Schwab é o pai de Nicole Schwab, co-fundadora do Projecto para a Igualdade de Género, que incentiva as empresas a promover a diversidade”.

    No essêncial à 2 coisas que discordo..Na conspiração e na redução da população..

    O Grande Reset é verdadeiro e estamos quase a meio dele..

    Grand Reset, uma fórmula de marketing para dizer que aqueles que têm tudo irão racionar todos os outros, graças ao digital.

    Para saber para onde vamos, precisamos de saber para onde vamos e como queremos lá chegar. Uma vez determinada a partida, o percurso e como lá chegar, é muito mais claro e não deixa margem para dúvidas ou suposições. A única pequena dificuldade é que para ter uma ideia é necessário saber o que os poderosos do momento decidiram e porquê, felizmente não são avaros de explicações basta lê-los. Sim, dá muito trabalho e tempo e compilações muito aborrecidas de fazer e depois analisar .

    O meu objectivo é desmontar o que as elites globalistas de esquerda e de direita tem como ideia para a populção,pois são eles que mandam no mundo ocidental..

    Quando se explica o desconhecido é assustador, é simplesmente o nosso desconforto com a mudança. Excepto quando olhamos para a história, vemos frequentemente pessoas que estão no poder, que querem manter o poder, temos belos exemplos com os nossos líderes políticos que controlam a informação para manter o povo na ignorância. O mesmo se aplica a pessoas que são ricas, não querem baixar a sua riqueza, mas sim duplicá-la. Vamos olhar para as pessoas mais ricas do planeta e ver o que elas trazem para o Grande Reset. Têm algum interesse na mudança? Quem são os responsáveis pelo Grande Reset, se foram eleitos pelo povo, penso que não. Mas os nossos políticos acreditam neles. Se eu olhar para as noticias de pessoas ricas que são a favor do Grande Reset, vemos Bill Gates e a sua fundação. Ele dá muito dinheiro para o desenvolvimento de vacinas, e compra de terrenos agrícolas, etc. Mas se ouvirem as suas palestra sobre a pandemia, ele fica feliz por ver todas as pessoas a serem vacinadas e até concorda com o biochip para o controlo da vacinação. Ele é a primeira pessoa a dizer publicamente que há demasiadas pessoas no planeta.

    Deveríamos estar preocupados com as suas intenções? Se eu voltar à história, já houve muitos ditadores que quiseram exterminar raças e até religiões. Estas pessoas foram declaradas culpadas. A minha pergunta é qual a organização que defenderá os nossos interesses sem ter um interesse monetário ou o regresso de um assessor do condenado. Estou ciente de que não vai mudar tudo ao mesmo tempo, mas a diminuição da utilização de aviões para viajar já começou .. Mas as mesmas pessoas que querem um Grande reset não têm problemas porque nos falarão sobre o desenvolvimento e a facilidade de ter bens entre países. E depois vão falar-nos de uma taxa de carbono para reduzir a nossa taxa de carbono. Se eu olhar para a europa para aquecer as casas para não congelarem até à morte, temos de aquecer esta é a energia que os nossos governos têm o prazer de dizer à população que temos de participar na mudança para diminuir a taxa de carbono. Por isso, chegou a guerra. É uma forma de dizer à população que se não quiser congelar, paguem um imposto ou a culpa é da guerra.

    Toda a conversa sobre carros eléctricos é a solução neste momento e o nosso governo tem o prazer de dizer que temos planos para reduzir a nossa pegada de carbono com planos para mudar de carros a gasolina para carros eléctricos. Que outra alternativa tenho se viver fora das cidades. Neste momento existem leis para reduzir a mudança, mas não têm alternativa a dar-nos.

    E assim, a fim de permanecerem dentro do consumo aceitável de recursos para o planeta, os pobres deixarão de poder levar os seus carros e serão autorizados a fazer uma ou duas viagens de avião por ano, enquanto os nossos amados decisores continuarão a andar de Rolls da garagem e a usar o seu jacto privado sempre que quiserem (enquanto subsidiam anúncios para nos convencer a consumir “menos” e “melhor”, ou seja, a comprar às empresas “rotuladas” de que são proprietários).

    Claramente, o planeta não pode dar mais do que tem,mas aguenta com mais população,o problema é que os ultra ricos consomem mais de que muitas nações africanas..

    Os 7,5 biliões de pessoas cabem todas dentro do nosso Portugal,e ainda sobra espaço..

    Para os ultra ricos,os homens de Davos ,a superpopulação sempre crescente torna a vida difícil para os ricos,porque tem medo de perder os recursos que restam da terra..

    É uma questão de os ultra ricos (1% do planeta) se organizarem das actividades económicas humanas para se enquadrar dentro dos limites do planeta.

    Isto é perfeitamente verdade, mas muito pior. Porque o planeta não aguenta mais ser saqueado, devastado, estripado e massacrado pelos ultra ricos ….

    Para tentar mantermo-nos dentro destes limites planetários,os ultra ricos tem que dividir o nosso PIB pessoal por pelo menos 50 e isto muito rapidamente!

    Será por escolha (duvido muito) ou pela força (extremamente provável) e de uma forma muito mais dolorosa.

    Assim, o nosso software íntimo terá de ser totalmente virado de cabeça para baixo e readaptado. O “como antes” está acabado! Teremos de aprender a verdadeira frugalidade, e regressar à terra.

    Não sonhemos mais com esta pseudo transição ecológica que nunca terá tempo para se instalar. Todos terão de aprender a viver com muito menos e a aumentar a sua própria autonomia, especialmente em termos de energia (sem energia, sem vida, absolutamente tudo pára em dinheiro!) e comida.

    Isto é o Grande Reset,a agenda até 2030..

    O meu prognóstico para a Grande Reset: implementação generalizada da economia de utilização levando a um aumento (mais um) da desigualdade, seguido à escala global por guerras e fome, não necessariamente generalizada mas suficientemente violenta para limpar os mais pobres.
    Paralelamente, nas classes sociais superiores, uma generalização do pensamento transhumanista e das tecnologias que o acompanham, o que conduzirá gradualmente a um cenário ao estilo do primeiro apresentado.

    Espero estar errado…

    O transhumanismo sonha com o humano aumentado, completamente liberto da natureza. O pós-humanismo, por outro lado, considera que o ser humano é um vírus que destrói a natureza. Dos dois movimentos, é este que está mais desenvolvido hoje e dá origem a coisas como o veganismo e o terrorismo ambientalista ..
    Se ambos os modelos são igualmente perigosos, porque negam a humanidade, o primeiro parece-me inviável, precisamente por causa dos problemas de disponibilidade de recursos. Por outro lado, devemos estar muito atentos ao segundo, que já começou a produzir efeitos.

    De facto, é por isso que o mundo está a ficar sem fôlego! Tudo para mim, nada para os outros, incluindo os descendentes ….. E ainda mais!

    A humanidade está no caminho errado com um comportamento tão predatório!
    Não se preocupem com o Planeta, ele já viu outras catástrofes, ele vai recuperar!

    Se falar-mos do IA, e da inclusão do sistema económico no que diz respeito a estes agentes. Para além da globalização, os movimentos populacionais…
    Algumas pessoas estão aqui mesmo, penso eu, sobre as moedas criptográficas. Desde bitCoin, foi aberta uma nova caixa de Pandora

    MAS, os organismos reguladores monetários e outras instituições tecnocráticas de todo o mundo puseram algumas “reservas” na sua boca para evitar uma mudança na utilização do dinheiro através de instituições tradicionais para o mundo nebuloso da Internet criptográfico…
    No entanto, isto é tolerado, porque neste momento o sistema financeiro clássico está a tentar compreender e dominar a tecnologia da cadeia de blocos. Não especialmente para especular sobre moedas, não.
    Antes de mais, ter controlo sobre ela.
    E depois para RESETAR toda a arquitectura bancária escrita em kobol velho, imundo e imutável. Porquê?

    E acima de tudo para ganhar dinheiro mais do que os outros!
    Neste momento, estão à procura de engenheiros matemáticos-programadores nos bancos.

    Em termos concretos, o que podemos esperar? Será que o reset significa um reset das nossas contas bancárias?

    No caso de um reset, a dívida pública seria anulada (parcial ou totalmente, não sei).

    Então e as nossas poupanças no banco? Para além do facto de perder o seu valor ou de o Estado poder utilizar até 30% do mesmo para salvar os bancos… Em termos concretos, o que podemos esperar?

    É fácil de compreender o que se passa, tudo está bem
    orquestrado, ou se acredita no acaso ou em erros nas decisões ou
    tudo isto com decisões políticas e mercado económico

    com os bancos a comprarem empresas que vão à falência, pelos mais ricos
    e grupos de investimento, é o que está a acontecer, financiadores e Estados tortos sob a cobertura de uma guerra
    para reforçar ainda mais o seu monopólio e influência nesta guerra económica contra
    a China, pela governação mundial, estratégica e geopolítica
    e aliança geopolítica para impor uma ordem mundial totalitária e económica
    e a ditadura económica e social.

    O princípio de dar um Rendimento Universal a todos é absolutamente brilhante, MAS o que dizer das pessoas que trabalham um pouco mais, digamos apenas da classe média que trabalham todos os dias por pouco mais! Eles podem não estar dispostos a ser enganados por muito tempo.

    Terei oportunidade de falar do fim da propriedade privada,Inflação divida publica, fim do sistema de saude,educação,do controlo social ao estilo chinés,etc,etc,tudo isto incluido no Grand Reset..

    • A redução rápida da população (quase?) sempre teve como resultado um aumento do poder económico e político de quem restou. Contraproducente. Já a extinção rápida de recursos acessíveis leva com igual rapidez a que quem nada tenha a perder leve tudo à frente. 1789 não é algo que queiram repetir.
      Tem razão, o planeta fica cá, a possibilidade de civilização é que não. Temos agora a experiência em tempo real no Paquistão do que vai acontecer em menor grau por todo o lado, por isso não se preocupe: quando faltar a água e a comida na Europa, e arriscamo-nos a seguir o caminho da maior parte dos seres do planeta a quem abrimos caminho para a cova, vai perceber bem depressa.
      Quando muito, o GR é a tentativa de aceitarmos pagar o custo para manterem os lucros. Não chega, porque não há tecnologias maravilhosas ao virar da esquina, e, a bem ou a mal, vão ter que ceder no modelo capitalista (sem carros, mas com cidades de proximidade acessíveis e transportes públicos de boa qualidade) ou perder a cabeça.

  7. Continuo com os meus engulhos ao ler o teu “gado humano” como já tive ao ler o teu “povo que não presta”

    Sei que é um estilo de expressão porque a qualidade de pensamento está presente. O problema pode surgir quando as palavras, que traduzem o pensamento, de tanto serem repetidas acabarem, numa acção de ricochete, a contaminar o pensamento. Se lidamos com gado humano e com um povo que não presta (mesmo não sabendo para quê) acabamos por nos abandalhar no esforço que temos sempre de fazer para nos fazermos entender. Estou profundamente convencido que o verdadeiro esforço a fazer é sermos claros e extremamente cuidadosos na comunicação das nossas ideias.

    “A questão basilar aqui é que o Capitalismo singrou no mundo porque ele está em conformidade com a natureza humana, egoísta, agressiva e impiedosa.“

    Não sei o que é a „natureza humana“. O simples facto de o homem ser um animal racional, põe a sua „natureza humana“ em pantanas. Os capitalistas acham que sabem, dizem o que tu dizes, e, dizendo que assim somos, vão fazendo que assim sejamos. E se Deus nos criou à sua semelhança, estás a ver que boa peça nos espera no Paraíso.

    Não, meu caro José, o Capitalismo singrou dentro do feudalismo porque estavam criadas as condições económicas e sociais para que ele singrasse. Trata-se de uma necessidade histórica. Do mesmo modo que uma mulher grávida tem de dar à luz, também o capitalismo nasce desse movimento natural das sociedades humanas. Com uma necessidade histórica da mesma natureza anda o mundo às voltas nos últimos séculos. O puto agora tem outro nome, Socialismo. Se lhe derem outro nome em nada muda a necessidade do seu aparecimento. As dores de parto começaram com a Comuna de Paris em 1871. A força imensa do trabalho humano que o capitalismo tinha vindo a gerar dentro de si – e que continua a desenvolver-se – quer impôr-se, tornar-se autónoma, quer rebentar com a camisa de forças que o capitalismo lhe impõe. O capitalismo torce-se de todas as maneiras, esforça-se por o estrangular, pois o herdeiro não só vai ficar com todas as suas riquezas, mas será também o seu coveiro.

    Este movimento vivo, natural, necessário, das sociedades humanas, com as suas diferentes etapas reflecte-se na consciência humana. Os homens desde muito cedo se aperceberam-se da transformação social, foram muitas as tentativas e teorias para a explicar. Baseado em todo o conhecimento acumulado pelas gerações de pensadores anteriores Karl Marx deu um impulso decisivo na explicação desse movimento.

    No Manifesto está exposto como esse movimento histórico funciona.
    O capitalismo, que foi um modo de produção altamente revolucionário na fase em que se estava a desenvencilhar das forças feudais, é hoje profundamente reacionário. O capitalismo americano, um farol na sua fase inicial, tornou-se hoje num perigo para a humanidade.

    Os capitalistas mais esclarecidos sabem do seu fim. Muitos deles conhecem melhor o marxismo que os trabalhadores, seus verdadeiros benficiários. É desta consciência de que os seus dias estão contados, que os leva a fazer um esforço louco por esconder dos seus herdeiros históricos a verdade da História. O lixo que vendem na comunicação social faz parte da grande endrominação. Eles até tremem quando alguém se atreve a pôr em causa a sua existência. Tremem quando alguém duvida, tremem quando alguém usa a cabeça, para além de segurar o penteado
    .
    Jamais na História foi feito um esforço tão grande para conhecer como funciona o cérebro humano, o pensamento, o conhecimento. Foram dados passos gigantescos no domínio da psicologia. A ciência que pode levar à luz, mas também pode servir a escuridão do espírito. Os grandes avanços técnicos e tecnológicos, os capitalistas estão a usá-los para se defender, enganando as pessoas e reduzindo-as ao teu „gado humano“ e ao teu „povo que não presta“. As pessoas não são estúpidas, as pessoas estão a ser entulhadas, enganadas, impedidas de pensar. É tudo.

  8. Meu caro DE, eu podia responder-te apenas com uma citação do meu próprio texto: ” Na minha idade, não penso por nenhuma cartilha e já não tenho pachorra para pieguices”.

    Essa é a grande diferença entre nós. Tu nunca deixaste a cartilha. A tua prosa é muito bela na sua forma, e eu aprecio a tua veia literária, já o disse aqui, mas no que toca a substância não escreves nada que eu não esteja farto de saber.

    Se tens lido os meus textos deves saber que já abordei por diversas vezes a máquina de propaganda “Goebbeliana” do Capitalismo e que também eu não tenho dúvidas de que o Povo é sistematicamente enganado. Mas o que eu estou agora a dizer-te é que, como o “Eterno Marido” de Dostoievsky, ele gosta, ou pelo menos não se importa muito de ser enganado.

    A Verdade não é estanque, meu caro DE. Não é branco e preto, “good guys” e “bad guys” e uma pessoa como tu devia saber isso. Porque uma coisa é verdade isso não significa que outra diferente também não o seja.

    Por vezes um pai tem mesmo de castigar filho que ama, porque sabe que se o desresponsabilizar isso não lhe vai fazer nenhum bem. também as pessoas precisam por vezes de ouvir certas verdades e sim, precisam de que alguém lhes diga que elas próprias têm culpa do estado das coisas, e muita.

    E eu vou sempre continuar a pensar fora da caixa. Quem não gosta, não coma.

    Passa muito bem.

        • Não era para responder ao derradeiro choradinho do DE neste tópico porque, realmente, achei que ele não merecia resposta. Mas agora, não tendo nada de importante para fazer, decidi voltar aqui só para comentar como é curiosa e previsível a tendência dos medíocres para se unirem, na sua mediocridade e frustração, quando alguém lhes revela a própria insignificância intelectual. Sem argumentos que lhes permitam salvaguardar o respetivo e adorado umbigo, resta-lhes a mesquinhez do ataque pessoal e a lamúria de crianças amuadas. As máscaras caem tão facilmente. Por mim tudo bem, não me interessam para nada as opiniões de outros a meu respeito, a menos que se trate de pessoas que eu respeito e admiro, e não tenho nenhuma intenção de me candidatar a prémios de popularidade, nem aqui nem em lugar nenhum. Mas vocês não ficam nada bem na fotografia. Por acaso, fazem-me pena.

          • Dez mil índios à sua frente e dez mil índios atrás, e o Gary Cooper sozinho!
            Mais 15 mil índios à sua esquerda e 20 mil à sua direita, e o Gary Cooper sempre sozinho! E, depois de matar os índios todos, cavalgou o Gary Cooper em direcção ao pôr do Sol montado num garboso bisonte, prodígio apenas possível porque não se encontrava na Lua, porque, como informa quem sabe, na Lua não há bisontes, o que, até há bem pouco tempo, eu, que sei quase tudo, vergonhosamente ignorava.

              • O sorriso do gato que comeu o canário. Muito bem, caro Estátua de Sal. Termino aqui a minha colaboração no site. Boa viajem, dirá você, que não faz falta. Pode crer que é mútuo. Passe bem.

                • Amigo José Neto. Gente que pensa, que sabe pensar e faz questão de pensar é infelizmente coisa rara, e não apenas na Tugalândia. Para além das pontuais divergências e uma ou outra picardia, qualquer terráqueo com dois dedos de testa que ande por aqui percebeu há muito que o José Neto é uma dessas raras criaturas. No que me toca, para lá das raras e pontuais divergências, aprecio e concordo geralmente com o essencial das suas análises, gosto da maneira como pensa e aposto que estou longe de estar sozinho. O mesmo sinto em relação ao DE, Carlos Marques, Um Cidadão, André Campos, a própria Estátua e alguns outros. Por outro lado, se há coisa que faço bastas vezes é rir-me de mim próprio, e não é por falta de auto-estima, é apenas porque sou naturalmente bem-disposto e tenho uma tendência patológica para ver o copo meio cheio. Levando quase tudo muito a sério, não consigo evitar levar quase tudo a brincar, ajuda a não stressar. E se, não me levando muito a sério mas levando muito a sério o respeito que a mim próprio devo e aos outros, me der por vezes para a ironia ou a brincadeira, espero que não leve a mal e não “deserte” da rara minimultidão pensante que nesta costa se juntou, o que seria uma perda. Um abraço deste cavaleiro de bisontes (bisonteleiro) que o aprecia.

                  Post scriptum — Vou ali abaixo ao pôr do Sol e já venho, espero reencontrá-lo na volta.

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