(Raquel Varela, in Facebook 14/09/2022)
(O último já não apaga a luz porque já estará apagada por ordem da Dona Úrsula e seus sequazes. E banhos só de mar e água fria. Se tudo isto não fosse uma tragédia devíamos rir à gargalhada quando nos dizem que o Ocidente está a ter grandes vitórias.
Estátua de Sal, 15/09/2022
Os portugueses e lá fora também foram convencidos que estamos numa economia de guerra de escassez. Os números, oficiais, desmentem cabalmente:
Os lucros das empresas do PSI 20 já vão, em 2022 no 1º semestre, em 75% de 20212, 2 mil milhões de euros. Lá fora idem, a Alemanha bateu recordes de lucro, 203 mil milhões, o Santander em Espanha já vai com mais 16% de lucro do que no ano passado , na França as 40 maiores empresas anunciaram lucros recordes de 170 mil milhões. Esta obscenidade é a massa, o arroz, o pão-carcaça dos portugueses que não conseguem comer proteína de qualidade, legumes, vegetais, educar os filhos com qualidade, ter saúde rápida e boa, esta obscenidade de lucros não se chama “guerra”, chama-se concentração de riqueza, protegida pelo Estado.
Estado que anuncia uma nano-migalha de menos de 10 euros por mês quando os salários estão a ser comidos pela inflação que engorda até o próprio Estado com impostos insuportáveis.
A situação real é catastrófica e será enquanto não se mexer nos lucros das grandes empresas. Os portugueses não conseguem pagar casa, alimentar-se com qualidade, viver com segurança económica e paz de espírito. Vivem mal e na corda bamba.
O governo anunciou um corte real das pensões, uma nova troika. É disso que se trata. Porque se tinha comprometido, há uma década, a aumentar as pensões de acordo com a inflação e assim que a inflação chegou mudou a lei para cortar as nossas pensões e reformas.
A Segurança social não está em risco porque as pessoas envelhecem, ou porque as pensões são altas. Está em risco porque quem entra para trabalhar entra com salários miseráveis que dão poucos descontos para o bolo.
Toda esta política visa proteger não as pessoas – o país tornou-se insuportável para viver, as contas são impagáveis com os salários que temos -, esta política protege a dívida pública, uma renda parasitária privada, que sequer jamais em Portugal foi auditada.
O aumento dos juros pela UE com o apoio do Estado português significa que estão a organizar e provocar uma recessão, que vai destruir as pequenas empresas e coloca um garrote nas hipotecas.
O neoliberalismo não é menos Estado. É o Estado a proteger acionistas, corporações, e destruir a capacidade de reprodução até da própria força de trabalho, que não tem os mínimos, quanto mais a dignidade essencial e merecedora que todos devíamos ter como seres humanos.
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Há uma vontade de escravizar as pessoas com o problema da guerra na Ucrânia, da ecologia.
Há uma vontade de enclave da massa para trabalhar sempre mais para ter sempre menos para nos habituar a consumir menos, para nos resignarmos.
Se ouvirmos este governo, teremos de nos aquecer com uma garrafa de água quente na cama e jogar o jogo do ganso com a nossa família em frente a uma vela e comer massa expirada que ainda é boa para comer e trabalhar cada vez mais para declarar mais.
Há um desejo muito pronunciado de declínio social.
Eles, por outro lado, os ultra-ricos, têm iates, jet skis, aviões privados, propriedades com 15 quartos e bunkers de luxo, todos iluminados e aquecidos exponencialmente…
Perdemos a era do capitalismo keynesiano onde o produtor é também consumidor. E nada a ver com liberalismo (que é o distanciamento do Estado)
Capitalismo que foi chamado Fordista porque Henry Ford estava farto da pequena produção aristocrática de automóveis. Ele queria uma produção em grande escala, por isso queria salários decentes para que as pessoas pudessem comprar os seus Ford-Ts e pagar férias para os manter a funcionar. Este foi o início da “sociedade de consumo”.
Mas quando as primeiras 100 empresas financeiras tiveram um volume de negócios 1.000 vezes superior ao das primeiras 100 empresas industriais: mudança de paradigma! Acabaram-se os trabalhadores-consumidores!
Isto aconteceu em meados dos anos 70, quando a destruição e deslocalização de fábricas foram programadas com o colapso dos rendimentos e o aumento da miséria.
O que é lamentável é que os únicos que não o vêem, ou que ainda duvidam dele, são aqueles que
vão pagar por isto…
Sim, este é o começo do Grande Reset, está a sair ao ar livre, quer acredite ou não. Está a acontecer através da Europa. O cavalo de Tróia do tio SAm (klaüs schwab o palpatino da globalização)
O BCE com as suas prerrogativas para manter a inflação em 2/100 mas por política e os Estados precisam de preservar a paz social com cheques energéticos cheques alimentares e vários subsídios para enfrentar a inflação mas tudo isto não é dinheiro mágico por isso pode ser “financiado” com o retorno da impressão de dinheiro numa espécie de círculo vicioso com impressão de dinheiro que causa inflação e inflação que causa impressão de dinheiro…? Uma vez que aumentar drasticamente as taxas colocaria os Estados numa situação social muito difícil para preservar a paz a curto prazo e o círculo vicioso continua até à queda total do euro ok, pode ser o pior cenário, mas uma recuperação é inevitavelmente dolorosa ..
Sempre disse que esta guerra não é apenas política, é uma montanha que esconde um rato, esta guerra é sobretudo económica..
Falemos da cultura de mentiras dos nossos líderes.
A UE passou de uma dependência de 40% para 9% do gás russo???? Mas o GNL que a UE compra à China ou o gás que também compra à Turquia, o gasóleo que compra à Índia e o petróleo que compra à Arábia Saudita, de onde é que isso vem? Da Rússia …
E os europeus engolem e pagam.
A questão da energia é o tema do momento, e a forma como esta questão é tratada pelos nossos líderes e a Europa a granel é a chave disto tudo, desde que isso não mude, bem, iremos para a catástrofe, contra o muro porque a estabilidade das nações assenta nos pilares como a energia, a possibilidade de se alimentar e pode-se acrescentar, assim a nossa sociedade irá resistir a esta situação criada para apoiar os lucros das elites que mandam na UE..
A ideologia da UE de abrir tudo à concorrência, privatizar tudo, desmantelar as empresas nacionais, “reduzir a despesa pública”, e deixar a “mão invisível do mercado” fazer o seu trabalho é IMMUNE. Não é possível “mudar a Europa”. A UE é o neoliberalismo. Essa é a sua razão de ser.
A especulação nunca geriu a energia, apenas os lucros das instabilidades económicas. A privatização das estruturas básicas de qualquer Estado é um crime contra a nação… A Europa é um potencial crime contra a nação, os detalhes não alteram o processo. Os únicos que têm a vantagem são os produtores e os especuladores,os ultra ricos.
Todo este circo energético irá durar até que seja introduzido um passe energético. Isto está a ser testado num país nórdico. Vão obrigar-nos a fazer escolhas sobre a nossa vida diária (comprar carne, voar nas férias, passe de carbono,etc.) e obrigar-nos a pagar quando tivermos esgotado os nossos pontos se quisermos continuar a viver ou sobreviver, enquanto os mais ricos continuar a viver normalmente.
A estagflação deve ser associada ao aumento dos preços da energia…. Como resultado, as empresas têm menos clientes e custos mais elevados… E para aqueles que conseguirem sobreviver a isto, haverá todos os problemas logísticos e/ou problemas de fornecimento em caso de falência ou atrasos de alguns fornecedores que enfrentam estes problemas.
Temos actualmente contratos de longo prazo com a Rússia a 400 euros por 1000 m3 de gás, mas a União Europeia prefere comprar gás a 2900 dólares ou mesmo 5000 dólares este Inverno por 1000 m3 de gás de xisto proveniente dos EUA, Argélia… Isto vai levar a uma guerra..
Esta inflação é provocada exclusivamente voluntariamente, excepto para os produtos energéticos importados, muito provavelmente por instigação dos governos, que recolhe milhares de milhões em IVA quando os preços sobem.
Os preços dos alimentos subiram acentuadamente, não em 10%, mas em muito mais. E quanto ao resto, já estamos em recessão tal como estávamos em 2020 e mesmo antes da recessão mascarada pelas dívidas acumuladas. Além disso, o cálculo do crescimento é distorcido.
Na minha opinião, os EUA estão a sacrificar o euro para salvar o dólar, o que significa que se o euro voltar a cair, a inflação continuará sem sequer um motivo de escassez…
Se pensarmos bem nisso , podemos ver que a Europa não tinha os meios para impor as sanções anti-russas. Quando não tem um produto e depende do seu principal fornecedor, é bom pensar duas vezes antes de o atacar!
Foi preciso ser realmente ingénuo para dizer o que muitos politicos disseram: “Vamos pôr a Rússia de joelhos.
Ou ser enganado a seguir uma política que servia os interesses dos EUA.
As pessoas que dirigem a Europa e os países europeus não agiram no interesse das populações destes países.
Desculpe mas só está a ver as árvores… Tem de ver a floresta!
Não se entende como perante um artigo bem escrito e com boa argumentação tem que levar com uma frase feita e sem qualquer cabimento .
Ó Estátua, e ainda que mal pergunte: ali nas tags não será “sanções”? Ou são mesmo latagões bíblicos de cabelos compridos?
São latagões, Ana Catarina, são latagões! Isto já só vai com latagões e dos bíblicos!