É preciso um terramoto geopolítico para horrorizar um criminoso de guerra

(Pepe Escobar, in VK, 15/08/2022)

Neste momento, todos os que têm um cérebro funcional – e isso exclui os zombies crânio-cratas EUrocratas mortos – estão cientes de que TUDO o que vem daquela fossa em Kiev é propaganda grosseira.

O objetivo deles é obter mais e mais armas dos EUA que possam vender no mercado negro.

Está agora amplamente provado que 70% dos fornecimentos de armas ocidentais são ROUBADAS – e encontrados a serem vendidas nos Balcãs e em outras zonas obscuras da Ásia Ocidental.

A Ucrânia – ou o que resta dela – é o país mais corrupto do planeta. E ainda por cima é neonazi.

Isto mostra mais uma vez que os EUA nunca se preocuparam verdadeiramente com o nacional-socialismo da Alemanha – desde que não infringisse as diretrizes de equilíbrio de poder dos EUA.

Em 1933, os EUA e os britânicos ajudaram a Alemanha nacional-socialista a desenvolver-se militarmente para se poder equilibrar com a Rússia. Isto baseou-se estritamente na doutrina do Equilíbrio de Poder.

Assim, hoje o “apoio” de Washington ao nacional-socialismo na Ucrânia, regressa à Europa após um hiato de 77 anos.

Ao mesmo tempo, porquê o criminoso de guerra Henry The K., de 99 anos, está agora a passar-se e a dar avisos à navegação? Porque ele já não pode jogar o jogo do Equilíbrio de Poder para dividir a Rússia da China e vice-versa. Só que ele não pode dizer isso em público – seria crucificado pelos seus manipuladores.

No entanto, o que ele vê agora, horrorizado, é como as “elites” do Estupidistão permitiram que uma parceria estratégica abrangente de dois concorrentes da Eurásia se tornasse cada vez mais forte.

Em comparação com a magnitude do desenvolvimento dessa ocorrência, o esquadrão de valentões de Kiev não passa de um monte de lixo explorável e descartável.


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5 pensamentos sobre “É preciso um terramoto geopolítico para horrorizar um criminoso de guerra

  1. Pepe Escobar refere-se à recente entrevista, mais uma, de Henry Kissinger ao Wall Street Journal e é verdade que ele tem andado inquieto a lançar avisos a que ninguém liga ou que até são motivos de troça, mas não é por razões geopolíticas que o faz.

    Kissinger, um dos maiores criminosos do século XX e com mais mortos no cadastro do que grãos de areia tem a praia onde eu vivo, sempre foi e continua a ser um psicopata e sabe muito bem que até um psicopata tem de ter o mínimo de inteligência e racionalidade, coisas completamente ausentes do NATOstão actual… o que ele está a ver é a máquina de guerra que ele tão bem conhece em roda livre, comandada pela loucura e a demência, e é isso que o assusta, a ele e a qualquer pessoa que ainda tenha um cérebro funcional como diz Escobar.

    Caitlin Johnstone, uma senhora que vale a pena ler diariamente, explica isso muito bem neste artigo
    https://caitlinjohnstone.com/2022/08/14/modern-us-warmongering-is-scaring-henry-kissinger/

    Já agora, caso a Estátua de Sal não saiba e lhe interesse, os artigos desta jornalista independente são todos do domínio público e podem ser traduzidos, editados e publicados por quem quiser e onde quiser que ela até agradece.

    • É uma boa fonte. Sigo as redes sociais dela, pois para além de bons artigos, vai fazendo também bons tweets sobre a actualidade.

      Quanto ao criminoso de guerra, Kissinger, se até ele está assustado, então devíamos estar todos borradinhos de medo.

      Isto lembra-me um artigo de opinião no New York Times (NYT) onde um lunático do establishment “Democrata” escreveu há dias qualquer coisa como: sim, os EUA podem lutar em duas frentes de guerra ao mesmo tempo, contra Rússia e China.

      O NYT, não sendo uma fonte de notícias, é no entanto uma boa fonte para o que vai na mente tresloucada da elite “Democrata” dos EUA. Se é isto que vai naquelas cabecinhas, então estamos de facto em passo largo rumo ao fim do Mundo.

      Lá vai um míssil HIMARS a caminho do armazenamento nuclear de Zaporíjia (uma vez que não tem carga explosiva para destruir os “bunkers” onde estão os reactores) para causar um desastre de radiação, e do outro lado do Mundo lá vai mais uma visita a Taiwan e a promessa de um navio de guerra porta-aviões USAmericano se passear em águas territoriais de facto Chinesas (estreito de Taiwan) sem autorização. O que é que pode correr mal?

    • Não uso nem usarei alguma vez as chamadas redes sociais (Faecesbook e ToEatYou, ToCheatYou & ToShitYou, por exemplo), mas acompanho há alguns anos a Caitlin Johnstone no site que também tem, com óptimos e lúcidos artigos, enriquecidos por fina ironia. Aqui vai o link geral:

      https://caitlinjohnstone.com/

  2. Um texto curto, e parece-me que algo feito à pressa, que não faz justiça à qualidade de análise de Pepe Escobar.

    Claro que tudo o que ele diz é verdade, mas poderia ter aprofundado o tema um pouco mais. E o assunto merece ser desenvolvido.

    Não corroboro a cem por cento a afirmação de que uma grande quantidade de armas cedidas á Ucrânia são desviadas apenas devido à grande corrupção que ali reina. É claro que na Ucrânia há corrupção em doses industriais, sempre houve. E também é verdade que os militares ucranianos só não vendem os equipamentos que não podem. Venderam um HIMARS aos russos. Mas a própria Administração Biden usa a “ajuda” à Ucrânia como cobertura para canalizar uma parte dessas armas para outros pontos do globo onde pretendem fazer a próxima guerra por procuração, e para os quais teriam alguma dificuldade em conseguir a aprovação do Senado. Thierry Meyssan reportou esta situação já faz algum tempo na Rede Voltaire

    Assim, bastante material estará a ser enviado para a Bósnia, para servir de combustível à nova crise que ali se está a preparar. Ao açular os bósnios contra os Sérvios, Washington pretende arrastar a Rússia para uma nova guerra em simultâneo com a da Ucrânia. E, se a Sérvia tiver de se envolver num conflito armado com os seus inimigos de estimação, a Rússia será forçada a intervir porque a Sérvia é agora membro do CSTO. O projecto de enfraquecer a Rússia não terminará com o último ucraniano. Era o que faltava, os idiotas bósnios também têm tudo para se tornarem excelente carne de canhão.

    Não sei qual é o espanto por os americanos não se importarem nada de apaparicar do nazismo. De facto é verdade que os ocidentais, americanos incluídos, ajudaram a Alemanha nazi a armar-se intensivamente na década de 30, na esperança de que ela se atirasse contra a URSS e perecessem os dois. A revista União Soviética, numa edição comemorativa da vitória na Grande Guerra Pátria que eu por acaso ainda tenho, divulgou a informação de que a delegação na Alemanha da General Motors praticamente só trabalhou na indústria da guerra alemã durante esse período. E os russos não têm por hábito deturpar factos históricos.

    Esse plano não correu lá muito bem como se sabe. Quando se sentiu suficientemente poderoso para avançar, Hitler deu prioridade à conquista da Europa, cujos principais países, nomeadamente a Inglaterra e a França, dominavam os mercados e as matérias primas coloniais que ele queria para vencer a profunda crise económica interna, e a Europa acabou por ser salva justamente pelo Exército Vermelho.

    Não sei porquê, quando olho para Kissinger penso em Mário Soares, que no final da vida, talvez para aliviar a consciência de toda a porcaria que fez, não se cansava de chorar lágrimas de crocodilo pelos “desvios” da União Europeia para o neoliberalismo. Acho que não convenceu ninguém com dois gramas de cérebro. Tenho-o na conta de um grande patife, mas certamente que nunca foi parvo.

    Ainda voltando à Ucrânia, talvez alguns dos meus prezados parceiros de blog ainda não saibam que, no seguimento das políticas “ultranacionalistas” ali desenvolvidas desde 2004, três tubarões da agricultura mundial, a Monsanto, a Cargill e a Dupont, detêm cerca de 60% das riquíssimas terras agrícolas ucranianas. Sabemos que essa não é a razão principal do apoio ocidental ao miserável regime nazi, mas temos de reconhecer que é um bom incentivo adicional. Claro que os russos vão expropriar aquilo tudo.

    Em todo o caso, isto parece indicar que os americanos em algum momento realmente pensaram que conseguiriam levar a Ucrânia a vencer a Rússia, ou certamente teriam desaconselhado àquelas empresas de referência o investimento potencialmente ruinoso. O que já nos diz muito acerca do discernimento e da capacidade de previsão da gente que manda naquele país.

    A informação foi divulgada em primeira mão no site americano de Hal Turner algum tempo atrás, e mais recentemente confirmada pela Worldandwe com dados fornecidos pelo Auckland Institute, o que não permite duvidar da sua veracidade. Transcrição do russo para português pelos brasileiros da Geopolítica Global.

    É o tipo de notícia que aposto nunca irá aparecer na nossa imprensa domesticada.

    Referência:

    https://geopoliticaatual.wordpress.com/2022/08/14/por-que-o-ocidente-esta-lutando-com-tanto-afinco-pelo-solo-negro-ucraniano/

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