(José Goulão, in AbrilAbril, 01/07/2022)

Foi um desfile de arrogância, ameaças, irresponsabilidade, insensibilidade para com as pessoas, alto risco para o planeta – de terror. A Cimeira da NATO em Madrid teve tudo o que é de esperar dos donos do mundo (ou que, pelo menos, ainda se julgam como tal) para ditarem aos súbditos na Terra como vai funcionar a partir de agora, mas sempre sob chuvas de balas e de mísseis, a «ordem internacional baseada em regras». A peça e a encenação, com fausto aristocrático – e repercussões mentais a condizer – servidas por uma oligarquia globalista recolhida numa bolha virtual mais e mais instável, não disfarçaram, porém, um alarmado desespero, maleita que afecta seriamente a organização expansionista pela primeira vez na sua história.
Além desse desespero, e apesar da parafernália de estruturas e meios exibidos para dar ao evento as tonalidades dramáticas de tropas em campanha, a Cimeira da NATO padeceu também de um comprometedor anacronismo, afinal mais uma expressão da teimosia negacionista com que encara as transformações em curso num mundo onde são cada vez mais frequentes (e eficazes) os sinais de irreverência, distanciamento e afirmação soberana. Estas tendências manifestam-se principalmente no interior da esmagadora fracção de mais de 85% do planeta, que tem estado submetida, em maior ou menor grau, à arbitrariedade colonial e imperial – a tal «ordem baseada em regras» usada para subverter o direito internacional e o conceito básico e elementar de igualdade entre países e povos.
As «regras» são, afinal, os «nossos valores partilhados», a «democracia liberal» e outras muletas de oratória esvaziadas de conteúdo e transformadas em ferramentas de propaganda que servem essencialmente para cultivar o medo inibidor e o primado da violência militar à escala global. Daí que as tais «regras», «valores» e «democracia» se tenham fundido num único conceito económico e político, o neoliberalismo selvagem, e numa exclusiva actividade, a da guerra, que o chamado «mundo ocidental» – menos de 15% do planeta – manipula agora desesperadamente, de maneira perigosa e suicida, para travar as transformações internacionais que, por linhas direitas e linhas tortas, já estão a fazer o seu caminho.
O efeito Ucrânia
A causa próxima do desespero entranhado na Cimeira da NATO em Madrid é a maneira como está a correr a guerra que a organização atlantista trava com a Rússia através da transformação cruel da Ucrânia num país mártir, com desprezo absoluto pelo seu povo.
Depois das derrotas humilhantes no Afeganistão e no Iraque, do flagrante insucesso na operação para desmantelar a Síria, da caótica e sangrenta situação deixada na Líbia por uma criminosa agressão militar, a NATO está a perder a guerra na Ucrânia. É um contexto desastroso para a organização que tem como missão garantir o «excepcionalismo» ocidental para grandeza e usufruto dos Estados Unidos da América.
E a única saída que a aliança continua a cultivar, como se percebeu na reunião na capital espanhola, é a acumulação de incentivos de guerra em cima da guerra para prolongar artificialmente um conflito que, segundo um número cada vez maior de analistas militares sérios e objectivos, deveria passar imediatamente à fase de negociações para que uma entidade ucraniana possa continuar a existir e, sobretudo, não se percam mais vidas humanas.
Para a NATO, porém, a Ucrânia é terra queimada. A organização que se considera o braço armado e global da democracia e dos direitos humanos está disposta a mergulhar os povos dos Estados-membros na pobreza e numa crise económica e social profunda para sustentar um regime nazi, corrupto e falido em Kiev, com um exército em frangalhos. É uma insistência desgovernada no objectivo declarado de «enfraquecer a Rússia» e mudar o regime político em Moscovo acreditando que assim conseguirá travar a ordem multipolar em construção.
A NATO confirmou em Madrid que ficou encurralada num beco sem saída ao apostar tudo na Ucrânia para derrotar a Rússia. A estratégia está a atingir extremos inimagináveis: Scott Ritter, antigo oficial de inteligência dos Marines norte-americanos e que actuou no Iraque como inspector de controlo de armas ao serviço da ONU, explicou num dos seus últimos artigos que a quantidade de peças de artilharia e de sistemas de lançamento múltiplo de foguetes pedida pelo regime do idolatrado Zelensky à NATO excede o stock de serviço activo do Exército e do Corpo de Fuzileiros dos Estados Unidos juntos; e que os 500 tanques de batalha igualmente solicitados por Kiev superam os stocks combinados da Alemanha e do Reino Unido. Ao mesmo tempo, a República Checa advertiu que já enviou para a Ucrânia todo o material de guerra que tinha desde os tempos do Tratado de Varsóvia. Será que a NATO aposta o que tem e o que não tem à mão numa vitória de Kiev que parece cada vez mais distante enquanto a Rússia continua a progredir no Donbass recorrendo a um dispositivo e a uma estratégia de guerra que correspondem a menos de um quinto das suas forças militares totais?
Se assim for, o desespero atlantista é compreensível, mas também da sua única e exclusiva responsabilidade. Uma notícia que a propaganda oficial naturalmente escamoteou dá conta do gesto repugnante de Zelensky de pedir autorização ao parlamento, o que vale por um decreto porque na «democracia» ucraniana ocidental a oposição está proibida, para que até os cidadãos portadores de deficiências físicas sejam recrutados para as forças de reserva territorial que estão a ser deslocadas, sem qualquer preparação operacional militar, para a frente de combate à medida que as tropas regulares e especiais são aniquiladas. O presidente ucraniano, pelos vistos, ainda não assimilou bem o conceito de direitos humanos e «valores partilhados», mas isso não é problema para a NATO, trancada no seu beco sem saída, uma vez que continua a desconhecer o que são negociações diplomáticas, da mesma maneira que ignorou a existência dos Acordos de Minsk, a chave que teria fechado a porta à tragédia ucraniana.
Uma situação como esta é provavelmente a ameaça à vida do planeta mais alarmante de sempre. A NATO escolheu a guerra como o único caminho para tentar garantir a sobrevivência de uma «ordem internacional baseada em regras», isto é, do domínio imperial, e impedir a todo o custo as transformações em curso no sentido de um mundo multipolar. O alarme radica nas possíveis repercussões de alcance global do desespero atlantista perante o previsível fracasso da estratégia ucraniana para reduzir a Rússia ao papel de animal de estimação de Washington, como foi nos tempos do alcoólico Ieltsin.
Resta por hipótese, no caso do fracasso total da operação Ucrânia iniciada com o golpe fascista de 2014, uma mudança de estratégia da NATO para continuar a guerra contra a Rússia. E qualquer alteração poderá ter como consequência a entrada das armas nucleares em cena, pois não parece haver outra opção à vista. Uma ameaça de extermínio em massa nunca esteve tão próxima; e a partir daí deixará de haver qualquer ordem internacional, ou mesmo vida no planeta tal como hoje a conhecemos. O agravamento desse risco foi, podem crer, a principal consequência da encenação de Madrid, onde os dirigentes políticos e militares que usurparam os votos e as vontades de centenas de milhões de pessoas se irmanaram como irresponsáveis e potencialmente criminosos senhores da guerra.
As nações «dispensáveis»
Num discurso proferido em 2014 aos futuros oficiais do Exército norte-americano, na Academia de West Point, o então presidente Obama, a eminência parda da administração Biden tirando proveito das visíveis limitações do titular, afirmou que «os Estados Unidos são e continuarão a ser a única nação indispensável». E explicou: «Do Brasil à Índia, as classes médias em ascensão competem connosco; é tarefa da vossa geração responder a este novo mundo.» Ou seja, garantirem que a ordem de sempre continue a vigorar.
Trata-se, sem dúvida, da reafirmação do programa imperial e do «excepcionalismo» norte-americano, conceito equivalente ao de «domínio de espectro total», todos eles emanados dos centros de conspiração norte-americanos a partir da queda do muro de Berlim. Todas as outras nações do planeta são, portanto, «dispensáveis». A começar pelas que foram prestar vassalagem em Madrid, no âmbito de uma organização militar com ambições de controlo global, à sua incontestável chefia, exercida pela única nação «indispensável». É um facto que todos os outros membros da NATO aceitaram por inerência esse estatuto de não-países ao abdicarem das soberanias militares e, no caso da maioria deles, das soberanias económicas e políticas no interior de comunidades geridas por não-eleitos, como a União Europeia. Dissolvendo-se assim a democracia e a capacidade de intervenção internacional de cada um deles por obra de governos sofrendo de total falta de brio, de dignidade e, sobretudo, de respeito pelos seus povos.
A teoria das nações «dispensáveis» é aliás uma das bases da estratégia de Great Reset, o grande reinício, do Fórum Económico Mundial de Davos (FEM), assente na perspectiva da instauração de um governo global num mundo sem fronteiras e sem barreiras habitado por «cidadãos felizes que nada têm de seu» – tudo lhes é servido num universo de controlo digital, segundo pode ler-se no site do próprio FEM.
Como seria de esperar, nem todas as nações, pelos vistos a maioria delas e que representam muito mais de três quartos da população mundial, se revêem neste panorama tão futurista como orwelliano e não abdicam da soberania, da independência e da intervenção no quadro do direito internacional, rejeitando, por isso, a «ordem internacional baseada em regras». O que representa uma atitude subversiva perante a gestão imperial, seus agentes e instituições.
Chegámos, portanto, a um confronto existencial entre uma ordem vigente decadente (a História ensina-nos que os impérios acabam) e uma ordem nascente funcionando segundo novos mecanismos de coexistência internacional suportados pela cooperação mutuamente vantajosa e igualitária entre Estados fortemente soberanos. Exactamente o oposto do colonialismo e do imperialismo vigentes.
Os senhores do mundo, habituados a porem e disporem de um planeta submetido às suas ordens, interesses e rapinas, reagem muitas vezes sem nexo e lucidez às transformações. Não as admitem e com a finalidade de as travarem inventam «regras» sempre em formato de guerra, sanções e outras arbitrariedades penalizadoras para tentarem manter um sistema de diktat internacional cada vez mais feroz. A guerra é, como se percebe, a única ferramenta a que recorrem para tentarem atingir os seus fins.
A cultura da guerra, da violência e da mentalidade de confronto como norma fundamental no contexto de um pensamento único define, por isso, a essência dos anos que este século tem de vida.
Reaccionário por inerência, o imperialismo ataca as mudanças em estilo cada vez mais precipitado e desesperado, como é próprio de quem sente que entrou num beco sem saída. Foi tudo isso que a Cimeira da NATO expôs em Madrid e que nem a irresponsável euforia mediática, funcionando como central de propaganda belicista onde a palavra «paz» tem conotações subversivas, conseguiu disfarçar.
Entre a velha ordem e a consolidação das transformações susceptíveis de criar um novo sistema de relações entre nações que se respeitam independente das características que assumam os seus governos, existe um interregno que começámos a atravessar. Um período extremamente perigoso, instável, propício ao aparecimento de comportamentos irresponsáveis, terroristas e persistentemente provocatórios. A Cimeira da NATO confirmou, tragicamente, a actualidade destas ameaças de alto risco.
Como existem milhares de armas nucleares nos arsenais de pouco mais de meia dúzia de países, a situação tornou-se aterradora para a espécie humana. Já repararam certamente que os senhores do império deixaram, de um momento para o outro, de falar em alterações climáticas, «transições digitais» e economias «verdes», e não hesitam sequer em recorrer de novo ao carvão como fonte de energia. O que confirma o princípio defendido pelos verdadeiros pacifistas e ecologistas de que o combate à guerra é a prioridade da luta pela sobrevivência do planeta, nunca devendo estar isolado das acções contra os problemas ambientais e vice-versa. Uma bomba nuclear provoca em minutos as catástrofes que as mudanças climáticas ameaçam fazer em décadas.
Nada do que se passou na Cimeira da NATO é tranquilizador em relação aos tempos que estamos a viver. Pelo que é urgente restabelecer uma cultura de paz mesmo que isso represente um comportamento subversivo perante os senhores que nos governam e os seus esbirros mediáticos, que persistem em tentar robotizar-nos em modo suicida de pensamento único.
A Estátua de Sal, mais uma vez, ao mais alto nível.
Bem hajam.
Obrigado! 🙂
Nesta minha análise preferi falar deste assunto em perspectiva,porque nunca vi ninguém falar deste assunto,que me incomoda,embora muita gente não esteja de acordo.
O conflito actual deve ser encarado numa perspectiva de longo prazo. É uma guerra racial que pode prolongar-se por anos, onde os países imperialistas brancos não podem chegar a um acordo com outros países não brancos que prosperam. A Carta dos Direitos Humanos Fundamentais da ONU foi criada em 1948, mas ainda existiam leis de segregação racial em vigor até ao final dos anos 60 e muitas instituições norte-americanas ainda têm em vigor a segregação racial. A maioria dos países ganhou a independência não porque o racismo tivesse acabado, mas apenas porque, após a Segunda Guerra Mundial, o Ocidente não podia dar-se ao luxo de manter as suas colónias.
Qual era a necessidade da NATO após o colapso da URSS? Em vez de ser dissolvida após o colapso da URSS e integrada na manutenção da paz da ONU, tem agora motivos racistas ulteriores. O preâmbulo do Tratado da Nato declara claramente os seus objectivos de proteger a “raça branca” e a “civilização”. Basta olhar para o passado da Nato com todos aqueles homens como Hans Speidel, Adolf Heusinger, Friedrich Guggenberger, Hennig Strumpell, Franz Josef Strauss, afiliado aos nazis. A NATO já não é uma aliança defensiva, mas uma aliança militar ofensiva e o seu âmbito não se limita aos países membros da NATO, mas interveio em países como a Coreia, Sérvia, Kosovo, Afeganistão, Líbia, Bósnia e Herzegovina, para citar alguns. A NATO deveria limitar a sua influência ao Atlântico Norte e, no entanto, invadiu e destruiu países em todo o mundo. Além disso, não é uma aliança militar legítima porque não tem o apoio nem da ONU nem do Sul global. O artigo 5º declara que um ataque a um é um ataque a todos e isto também implica que uma agressão de um país da NATO é uma agressão de todos os países da NATO e a NATO está a lutar pelo hagmony racial dos brancos em todo o mundo. Também não existe um inventário separado de armas e um exército da Nato. Assim, uma agressão de um dos países da UE em África, Ásia, América Latina deve ser considerada como uma agressão da NATO. Os Estados Unidos e a Ucrânia foram os únicos dois países que votaram contra a resolução, intitulada “Combater a glorificação do nazismo, neonazismo e outras práticas que contribuem para alimentar as formas contemporâneas de racismo, discriminação racial, xenofobia e intolerância relacionada”. O antigo chefe de Azov, Andrew Biletsky, tinha declarado em 2010 que a missão da nação era “liderar as raças brancas do mundo num crime final … contra uma determinação semita [sub-humana]” e a NATO/UE tem apoiado tais forças na Ucrânia. Uma solução para a Ucrânia irá simplesmente ganhar algum tempo antes que o Ocidente faça o seu próximo desventura para destruir a China para criar um império cristão branco no hemisfério norte e dominar o mundo e reforçar o imperialismo.
Toda a história da UE é para cumprir a agenda inacabada da Segunda Guerra Mundial para criar a Lebensraum. Se a Rússia e a China caírem, não há outros países para proteger o Sul global. Os não brancos nos países da UE/NATO são as minorias e comunidades mais avançadas e podem ser facilmente exterminados. Se o genocídio pudesse ter lugar no século passado, é mais do que possível num futuro próximo. Os países imperialistas brancos estão agora a utilizar as sanções económicas como uma nova arma para congelar ou apreender as trocas monetárias e as reservas de ouro dos países, uma vez que estão normalmente organizadas nas costas dos países ocidentais. Os não-brancos (árabes, iranianos, africanos) podem ser todos vítimas, mas não podem ser combatentes da liberdade, não podem pegar em armas para repelir violentamente um ataque ao seu povo, só lhes é permitido fazer sinais vagos e uma bandeira, cantando para o Ocidente para os salvar. Os ucranianos, por outro lado, têm o direito de se defenderem, podem atirar cocktails molotov aos russos, usar armas e o Ocidente glorificará e até fornecerá mais armas.
A Nato não procura o confronto directo com a Rússia, compra vassalos em toda a Rússia com milhares de milhões (com a UE) para criar uma ameaça militar permanente “só por precaução” e, sobretudo, para tentar mudar o regime em Moscovo para o transformar numa nova colónia pró-EUA, uma colónia de que necessita vitalmente para se poder manter contra a China. Isto implica o desaparecimento do estado e da mentalidade russa independente, tal como a França experimentou desde o fim do De Gaulle.
Esqueceram-se de um detalhe: a Rússia e a China fazem parte dos BRICS, que representam 6 estados, dois dos quais são os mais populosos do planeta! Em particular a Índia. O Brasil está bem posicionado deste lado, para não falar das áreas cultivadas do Xingu!
O nosso mundo tem demasiadas interpenetrações de todo o tipo para recusar o globalismo, mas apenas o dos Estados de direitos é aceitável com base nos textos da ONU, ou seja, separando a política do comércio.Os EUA espezinharam desde a sua criação as bases do direito internacional do tratado de 1648 (Wesphalie), inventando, sem o acordo dos outros países, falsos direitos como o de ingerência para ocultar as suas ofensas, com a nossa zelosa ajuda.Os Brics querem colocar a igreja no meio da aldeia, e com razão.
O exército ucraniano está em fuga de Lissitchansk.
A este ritmo, a Ucrânia deixará de existir muito em breve.
A já está derrotada na sua guerra por procuração e qualquer tentativa de envolver as forças da Nato contra os russos resultará numa derrota humilhante colossal.
Portanto, vão fazer cócegas ao Dragão depois de chatear o Urso….!
O urso e o dragão são aliados: o urso detém a energia, o dragão detém a nossa indústria… Vamos ter muita falta de energia este inverno e de bens chineses úteis, quanto mais não seja para calçar sapatilhas!
E a europa declara que está a pôr a Rússia de joelhos economicamente com um rublo muito forte que passou de 152 rublos em Março de 2022 por um euro, para 54 rublos em Julho de 2022… Procurem o erro, lideres europeus!
Qualquer que seja o resultado na Ucrânia, o complexo militar dos EUA disparará sobre todos os cilindros, a crise energética na Europa servirá de “bomba”. As fábricas europeias não serão rentáveis sem energia barata, pelo que a China, com a sua energia muito mais barata, fornecerá sempre ao mundo gizmos, a menos que recriemos um muro de guerra fria.
A esperança de que a europa recriará a sua industria é ilusória, porque a moeda teria de ser desvalorizada para que a europa se tornasse competitiva, mas se a moeda for desvalorizada, a energia será ainda mais cara…. e para que a moeda seja desvalorizada, será necessário destruir o euro e, portanto, a UE…
Quem são os “macacos” que se atrevem a jogar jogos provocatórios com a China? Não estamos já fartos das ilusões dos nossos lideres de combate a incêndios que estão constantemente a acrescentar camadas extra contra a Rússia?
Será a NATO um pequeno grupo de adolescentes retardados a brincar à guerra no PS4, ou um conglomerado de “Loucos de Guerra” enfurecidos….???
Ao procurarem a guerra e empurrarem os ultra-estratégicos opositores militares até ao limite, e oh tão armados até aos dentes (e não com fisgas ou espadas….), acabarão por ter “A Sua Guerra”. MAS será “A Última”,
Depois disso será Voltar à Idade da Pedra, ou então um Mundo Selvagem tipo “Mad-Max” ….
Quanto ao “Domínio Total e Absoluto dos EUA sobre todo o Mundo”.
O bloco BRICS tem os números em termos de população, (um jovem, por exemplo), o instrumento de produção e os recursos naturais a produzir.
Quando o bloco impõe a sua moeda para o comércio, o dinheiro imprimido e a sua pirâmide de pónei desmorona-se.
Nessa altura, todos os polticos ficarão com a requisição de 18/60 anos, despojando os bens de milhões de vítimas. O Reset…
Vemos os 5 chefes de estado BRICS em frente às bandeiras. Todos têm as suas bandeiras no centro.
O Brasil, a Índia e a África do Sul dão à China e à Rússia os lugares de honra. A Rússia dá os lugares de honra à China e ao Brasil.
Mas a China coloca a Rússia de lado e dá os seus lugares de honra ao Brasil e à África do Sul!
De facto, os países emergentes abstiveram-se de sancionar a Rússia não dizendo a si próprios: “estamos do lado da Russia porque temos de alimentar as nossas populações”, mas antes dizendo a eles próprios: “porque é que vocês, países ricos, se sentem legítimos para sancionar alguém? nunca fizeram especialmente melhor do que aquele que querem punir hoje. . Além disso, num mundo dividido, não é certamente o campo da Rússia, China, Índia e África que iria ter falta de comida.
O Ocidente e as suas filhas (refiro-me à América e Austrália) bem como o Japão são historicamente expansionistas e, portanto, povos guerreiros, quer se olhe para o seu passado próximo ou distante. Muito mal tem sido feito em todo o mundo, por aqueles que hoje se arvoram em vigilantes.
Por outro lado, Rússia, China, Índia, África e os impérios indígenas da América e Austrália, apesar das querelas internas (também não estou a atirar-lhes pedras), não se comportaram da mesma forma em relação ao resto do mundo, embora historicamente todos eles tenham tido a oportunidade de o fazer no auge dos seus poderes.
Mas entendemos que o Ocidente tem a psicologia da sua geografia. Idem para o Japão .
Assim, os países emergentes não sentem que escolheram o “campo do mal”, não, eles sentem precisamente o contrário.
Há muito tempo que o povo do Ocidente está disposto a dar um tiro na próprio “cabeça”. Aplaudem mesmo este desenvolvimento mortífero, que se prolonga há décadas, na grande massa da globalização. A oposição do resto do mundo, cujas reacções económicas começam a surgir, está a esquecer-se de outro factor que irá impulsionar a situação. É o aquecimento global que, através das suas consequências agrícolas, com a queda dos rendimentos e a escassez de alimentos, irá catalisar confrontos por razões que são muito mais explosivas e cruciais do que os retornos financeiros. Além disso, os cinco séculos de dominação ocidental deixaram cicatrizes, humilhações e, provavelmente, desejos de vingança e de ajuste de contas. E não menos importante. A chamada guerra do ópio na China no século XIX, por exemplo.
Podemos dizer que vamos para a sepultura, com a cegueira de todas as civilizações no fim do seu reinado. Não posso deixar de pensar no fim do Império Romano, tão dominante, tão pretensioso, tão profundamente corrompido no seu núcleo e finalmente varrido por um “bárbaro”… cujas qualidades e motivação foram simplesmente subestimadas.
Muito bem, as usual…. 🙂
Que texto asqueroso e patético. Nem uma palavra sobre o arsenal nuclear da Rússia e da China. Nem uma palavra sobre o facto de os únicos que ameaçaram com o uso do nuclear até agora terem sido os russos.
Há gente que vive de facto numa realidade alternativa… e falaciosa.
Desculpe lá, mas quando é que a China ou a Rússia ameaçaram a utilização de armas nucleares ?
Foi em 2008 quando a NATO instalou sistemas de mísseis “defensivos” na Polónia que podiam ser convertidos num par de horas em plataformas de lançamento de mísseis balísticos nucleares contra a Rússia ?
Lembre-se que até Mário Soares classificou está situação como perigosíssima para a conjuntura de segurança mundial e uma posição militar que podia ser considerada como uma agressão contra a Rússia!
Ou foi o discurso de Zelensky na Conferência de Segurança de Munique deste ano no qual ele ameaçou abandonar (rever a posição global da Ucrânia) o Memorando de Budapeste de 1994, acordo assinado entre a Ucrânia, a Rússia e outras potências europeias, acordo que prevê e previa que a Ucrânia não poderia jamais munir-se de armamento nuclear.
Deve achar que aqui há palermas que acreditam em frascos de sal no Conselho de Segurança ONU para justificar aos olhos da opinião pública uma invasão ilegítima e sem o aval deste mesmo organismo.
E que eu saiba, quem é que está agora a juntar-se à NATO e a ameaçar a instalação de mísseis nucleares no seu território apontados em direção a Moscovo ?
Ganhe juízo e não acuse os outros de serem falaciosos quando o senhor ignora coisas deliberadamente.
Por outro lado, para alguém que está livre das garras dum fascista, o senhor parece ter mesmo vontade de viver num planeta em que apenas um país possui armamento nuclear de maneira a ditar a suas vontade aos restantes países do mundo e a bombardeá-los quando estes não acatam com as deliberações do Governo Supremo de Washington.
Se quer armamento nuclear na Ucrânia, porque é que não vai para a frente da embaixada deste país ou dos EUA pedir mísseis russos no México ou em Cuba ???
E qual o problema de a Rússia e a China terem armas nucleares, se os americanos foram os primeiros a tê-las e a utilizá-las? Sou contra a existencia destas armas, mas se um país as tem e já as utilizou porque não podem outros tê-las para se defenderem? Estou certo que se os americanos fossem os únicos a tê-las já teriam voltado a utilizá-las. E uma das coisas que sempre me causou alguma repulsa foi o facto de o único país que levou com duas em cima e viu destruídas 2 cidades e vários milhares de mortos, se ter tornado um dos principais cães de estimação do dono americano. Os japoneses não respeitam a memória dos seus mortos
O esquerdismo radical fanático é tão cego que se atropela a si mesmo nos argumentos. O que disse, e repito, foi que os russos foram os únicos a ameaçarem usar o nuclear caso alguém se opusesse à sua gesta de destruição. Fizeram-no quando alguns paises, logo no início, disseram que apoiariam a Ucrânia e voltaram a fazê-lo no caso da adesão da Suécia e Finlândia à Nato.
Aliás os finlandeses e os suecos devem ser todos parvos. Até porque viver num mundo governado por Putin e Xi Jiping deve ser muito melhor!
O que a esquerda radical ainda não percebeu é que Putin e Xi são o retrato do mesmo neoliberalismo do ocidente, mas bem mais ditatorial.
Por isso é que é anedótico ver escrito “o imperialismo e colonialismo” ocidentais, quando hoje as relações extraccionistas com África e América Latina passam sobretudo pela China e Rússia.
Sabes, não tenho paciência para responder à parte do extraccionismo e das ditaduras e ainda do Neoliberalismo Chinês.
A burrice no meio disto é de tal forma estrondosa que nem há energia para responder a estas coisas.
Vais pensar que não tenho argumentos. Não, não. Eu tenho-os, só não tenho é a paciência para os despejar aqui.
Mas continua a achar que eu é sou fanático.
Quanto ao nuclear, a Rússia nunca ameaçou nada. Aconselho a que leias o nada inconspícuo DN e que leias com atenção.
https://www.dn.pt/internacional/-russia-alerta-nato-para-risco-de-guerra-nuclear-total-14849386.html
Onde é que está a ameaça de Nuclear, amigo ?
Hmm ?
Que eu saiba há apenas a enumeração de um facto: se vocês nos agredirem, nós temos de responder da maneira que pudermos para nós defendermos.
Isto é ilógico, ou fanatismo do “ditador Putin” ?
Por outra, vê a notícia do Expresso de hoje acerca do FMI e vê só o que acontece quando te alias aos EUA.
Não digo mais nada, não há paciência.