A Nova Guerra Fria Mundial da NATO é agora oficial

(In Strategic-Culture.org, 01/07/2022, Trad. Estátua de Sal)

A Rússia e a China, mantendo-se firmes, podem ser suficientes para empurrar o eixo dos EUA para a sepultura que merece.


Finalmente, a aliança militar liderada pelos Estados Unidos, denominada NATO, tornou explícitas as suas ambições globais em relação à guerra fria. Finalmente, a organização belicista saiu do armário enganador em que há muitos anos se tem escondido. E, portanto, doravante será condenada por todas as pessoas de bem do mundo.

Numa cimeira realizada esta semana em Madrid, a Organização do Tratado do Atlântico Norte lançou um novo Conceito Estratégico que declarou a Rússia como uma “ameaça directa” e a China como um “desafio” aos “nossos valores e interesses”. Quais são exactamente esses valores e interesses? O belicismo e a dominação!

A última vez que a NATO publicou um documento estratégico foi em 2010. Nessa altura, a Rússia era descrita como um “parceiro” e a China nem sequer era mencionada.

Durante a última década, o bloco militar dominado pelos EUA tem vindo a adoptar cada vez mais uma política hostil tanto em relação à Rússia como à China. A procura de uma nova guerra fria tem sido implacável, implacável, e largamente implícita. Agora, porém, o eixo liderado pelos EUA declara abertamente a sua hostilidade.

Os 30 membros da NATO convidaram formalmente dois novos Estados europeus a juntarem-se às suas fileiras, a Finlândia e a Suécia. Os dois países nórdicos estão a pôr fim a décadas de neutralidade nominal no que só pode ser visto como um movimento provocatório calculado contra a segurança nacional da Rússia. Os novos membros irão duplicar a fronteira terrestre da NATO com a Rússia e aumentar a já crescente presença da aliança com armas nucleares na região do Ártico. Moscovo advertiu contra uma tal expansão da NATO como uma desestabilização irresponsável do equilíbrio estratégico. O facto de o bloco estar a avançar com a expansão é demonstrativo do desrespeito imprudente pelos esforços de encontrar segurança mútua e manter a paz internacional.

A cimeira da NATO desta semana também deixou claro que o eixo militar liderado pelos EUA está a adoptar uma base de guerra contra a China. Por que outra razão uma organização atlântica convidaria pela primeira vez a presença de quatro nações do Pacífico que têm debitado cada vez mais a retórica americana anti China? Líderes da Austrália, Nova Zelândia, Japão e Coreia do Sul estiveram em Madrid para formar os chamados “Quatro da Ásia-Pacífico” (AP4). Tal como com o Diálogo Quadrilateral de Segurança liderado pelos EUA, ou Quad, e o pacto AUKUS, o Pacífico está a ser transformado numa zona de combate da NATO contra a China, da mesma forma que o Atlântico é dominado pela hostilidade da NATO em relação à Rússia. Em última análise, são os Estados Unidos e os seus interesses imperiais que estão a ser prosseguidos e a definir orientações. É isto que realmente se pretende dizer com a vaga e aparentemente benigna formulação dos “nossos valores e interesses”.

Este culminar em 2022 é em tudo coerente com o papel histórico da NATO. Foi formada em Washington em 1949 como um instrumento ofensivo para a agressão dos EUA contra a União Soviética. A ideologia de soma zero do imperialismo americano é necessariamente baseada na hegemonia e dominação. Outras nações ou são vassalos ou inimigos. Um mundo multipolar de parceria mútua é um anátema. De facto, o próprio conceito das Nações Unidas é um anátema. O mundo tem de ser demarcado em “aliados e inimigos” para que o capitalismo militarista dos EUA possa sobreviver.

Quando a anterior guerra fria terminou em 1991, devido ao colapso político e económico da União Soviética, a euforia inicial da suposta vitória americana rapidamente se dissipou. O autor e comentador John Rachel analisou a forma como as conversas sobre o fim do militarismo e os gastos militares excessivos e a antecipação de um “dividendo de paz” maciço e transformador foram cruelmente postas de lado. Porquê? Porque os governantes americanos e os seus vassalos da NATO perceberam que, sem militarismo e guerra, terminaria o seu jogo de extorsão capitalista empresarial.

Surgiu então a Doutrina Wolfowitz e o “domínio de todo o espectro”, em que os Estados Unidos e os seus lacaios europeus declararam literalmente guerra ao planeta para capturar os recursos naturais e manter sob controlo as potências concorrentes. Uma Rússia ressurgente e uma China ascendente não seriam toleradas, pois seriam impedimentos às ambições hegemónicas americanas.

Nos últimos 30 anos desde o fim da primeira guerra fria, tem havido nada menos do que uma orgia de belicismo dos EUA e da NATO, na qual nações mais fracas, umas atrás das outras, têm sido destruídas pelo militarismo liderado pelos americanos. O direito internacional e os direitos humanos no planeta foram esvaziados e saqueados por um ataque relâmpago liderado por Washington.

Pessoas com princípios como Julian Assange, que expôs tal criminalidade, foram perseguidos e torturados. A liberdade de expressão e o pensamento crítico independente e genuíno têm sido perseguidos e assassinados.

Com incrível hipocrisia, arrogância e ilusão, o Presidente dos EUA, Joe Biden, e outros cúmplices da NATO exaltam princípios de democracia, ordem baseada em regras e direito internacional. Quando a verdade é esta: os EUA e os seus lacaios da NATO são os inimigos da paz mundial. Martin Luther King fez uma observação semelhante há quase 60 anos. Foi posteriormente assassinado pelo estado securitário dos EUA. Washington e os seus cúmplices ocidentais ou do Pacífico são a maior ameaça a tudo o que supostamente, cinicamente, acarinham.

Os Estados Unidos e o seu bando de fracassados imperialistas na NATO têm ansiado por uma nova guerra fria durante as últimas três décadas. Quando a Federação Russa, sob a liderança do Presidente Vladimir Putin, desafiou o unilateralismo vilão dos EUA e os seus sátrapas com o seu discurso histórico de Munique em 2007, ele foi marcado como inimigo. A intervenção militar russa em 2015 para ajudar a Síria sob ataque dos EUA e da NATO numa guerra encapotada pela mudança de regime, foi uma resposta à orgia do gangsterismo imperialista liderado pelos EUA. Essa intervenção marcou ainda mais a Rússia como um inimigo que tinha de ser enfrentado e abatido.

O golpe de Estado de Washington e da NATO na Ucrânia em 2014 foi outro acontecimento marcante. Foi uma expansão, de facto, da NATO até às fronteiras da Rússia com uma ponta de lança nazi. Poderia haver maior provocação? Mas Moscovo traçou a sua linha vermelha. Apesar dos repetidos apelos a uma resolução diplomática sobre a Ucrânia e à expansão da NATO, a Rússia foi forçada a tomar “medidas militares técnicas”, neutralizando a ameaça colocada pelo regime de Kiev.

A China também demonstrou corajosamente que não está disposta a subordinar a sua independência às ordens imperiais de Washington. É por isso que Washington está a abandonar caprichosamente a sua política de meio século “Uma China”, com o objetivo ulterior de antagonizar Pequim. A provocação contra a Rússia, sob a forma de Ucrânia armada pela NÁTO, é a mesma face da moeda usada na provocação contra a China com um Taiwan armado pelos EUA e um crescente cerco da OTAN na Ásia-Pacífico.

Assim, e sem recorrer à hipérbole, pode-se dizer que a cimeira da NATO desta semana foi o equivalente a uma conferência de planeamento de guerra. O eixo liderado pelos Estados Unidos criou uma nova guerra fria global.

Isso, só por si, é condenável. Num mundo assolado pela pandemia, doenças, degradação ecológica, pobreza, fome e desemprego, as potências capitalistas estão a canalizar milhares de milhões para máquinas de guerra e a provocar uma febre de confrontação baseada no medo, fobia e demonização. A sua mentalidade é demoníaca. O imperialismo liderado pelos EUA criou grande parte das crises atuais do mundo, incluindo uma nova guerra fria.

No entanto, o mundo mudou dramaticamente desde que a NATO foi fundada há 73 anos ou mesmo desde que a última guerra fria terminou há cerca de três décadas. Existe, de facto, um perigo terrível de uma guerra catastrófica. No entanto, existe também um perigo bem-vindo: que a NATO cave a própria sepultura das suas atividades criminosas e contradições deploráveis. A Rússia e a China, mantendo-se firmes, podem ser suficientes para empurrar o eixo dos EUA para a sepultura que merece.


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5 pensamentos sobre “A Nova Guerra Fria Mundial da NATO é agora oficial

    • Olha que visão rara!

      Um anti comunista ressabiado que está atrasado no tempo dois séculos inteiros!

      Esta nem num zoo!

      O problema aqui é não saber distinguir entre defender que um eixo político que só trouxe destruição e mortandade como consequência da sua necessidade constante de expansão para perpetuar o seu domínio económico no planeta inteiro, resultando na desestabilização de áreas geográficas, comunidades inteiras, exploração de recursos e na ingerência em assuntos internos de estados soberanos, deva desaparecer para sempre de maneira a permitir novas formas de colaboração entre povos, ou defender a morte duma pessoa.

      Mas ainda dizem que pensam…

      No fundo, no fundo isto é tudo provocado por inveja, porque eles queriam era ser donos do mundo e reavivar o Império Colonial Português que era para terem ali um aumento na auto-estima e acharem que valiam qualquer coisa enquanto espezinhavam “sub-humanos” e outros que tais, mas, como não conseguem, ficam desesperados e melancólicos enquanto se agarram que nem lapas e energúmenos fraldiqueiros ao Tio Sam, à sua Coca Cola, às evasões fiscais, a um sistema capitalista selvagem e desenfreado e ao papazinho Musk que vai conduzir-nos a todos a Marte com os seus golpes de estado onde ele bem quer, para se apropriar do Lítio que bem precisa para vender carros com características inúteis, enquanto investe o dinheiro de bancos centrais no mercado financeiro e diz aos empregados para os quais quer condições cada vez mais precárias que ou trabalham no mínimo 40 horas por semana, ou não há “inovação” – isto enquanto vai reunindo um culto em volta de si mesmo e não vai inovando nada a não ser a quantidade de penteados ao mês e o número de bacoradas ao minuto!

      Este anticomunismo é realmente tramado!

  1. O Império está morto!

    Que assim continue e arda para sempre nas labaredas dos seus mísseis e guerras inumeráveis! Longa morte ao Império!

    O artigo é muito bom.

    Diria apenas que na parte em que se menciona que «Com incrível hipocrisia, arrogância e ilusão, o Presidente dos EUA, Joe Biden, e outros cúmplices da NATO exaltam princípios de democracia, ordem baseada em regras e direito internacional» os EUA e os luNATOcos não exaltam o direito internacional ou a democracia.

    Eles vendem a globalização neoliberal sob a forma de “democracia” e “Direito Internacional” de maneira a justificarem e criar apoios à dita “ordem mundial baseada em regras” tão querida para eles e que lhes permite conduzir os seus negócios como entendem, assim como os “valores ocidentais” (europeus e americanos) ou “valores comuns” (que vai dar ao mesmo), que deve ser a expressão mais racista e colonial deste século inteiro.

    E note-se que só recentemente é que começaram a falar do direito internacional, porque Putin passava a vida a atirar-lhes com isso à cara em todos os Fóruns e encontros internacionais, e os nossos líderes – como as luminárias que são – acharam por bem copiá-lo e agora andam a atirar o Direito Internacional a todos que com que eles se cruzem, mesmo que sejam incapazes de dar vazão a coisas tão simples como combater a inflação, cumprirem com o que determinam em relação ao ambiente, não imporem sanções auto-destrutivas, ou, sei lá, tipo, não financiar batalhões de nazis, não é ?

    A única coisa que exaltam, e que os deixa exaltados no meio da sua «orgia de belicismo dos EUA e da NATO», são os lucros da Lockheed Martin, da Pfizer, da Tesla, da Amazon e lá o raio que os parta, tudo sob a forma da costumada Liberdade.

    7,5 mil milhões de dólares por mês em armamento entusiasmam muita gente!

    E o mais engraçado é que o armamento chega à Ucrânia e os Ucranianos vendem-no aos Russos!!

    Foi o que aconteceu com os Caesar Howitzers que o Macron lhes enviou! E os Russos, como não querem armamento desatualizado, põem-se a regatear com eles, e os Ucranianos aceitam porque o querem neste momento é dinheiro!!!
    (Vi isto no blog The Saker, redirecionado pelo artigo anterior do Resistir aqui publicado na Estátua)

    O Macron deve estar a roer-se todo, ahahahahah!!!

    E depois, para fazerem a troca do armamento, combinam entre eles, bombardeiam campos desertos com meia dúzia de rondas de artilharia e, quando está tudo distraído a olhar para o espetáculo, passam os veículos, sorrateiros, uns quilómetros afastados da confusão!! Isto é demais!

    O sonho americano nunca esteve tão vivo como agora!

    A máquina do dinheiro corre sem precisar de lubrificar, porque basta a saliva que corre da boca dos executivos da Lockheed Martin e da Raytheon!!

    O problema, em última análise, é que já não é possível esconder as suas enormes contradições e aldrabices coladas a cuspe, marcadas com o selo presidencial e apresentadas como “notícia” pelo New York Times ou pelo Washington Post!

  2. Chegamos ao ponto de não retorno.

    ESTADO DE GUERRA PERMANENTE DOS EUA
    A verdadeira preocupação é que os EUA estão num estado de guerra permanente desde 1945, destruindo qualquer nação que tente escapar à sua dominação imperialista. Mas isto não pode continuar para sempre. A dada altura, os EUA não terão outra escolha senão renunciar ao seu poder imperialista ou mantê-lo através de uma guerra total, o que implica o uso de armas nucleares. A Europa poderia ter evitado isto ao ter uma política internacional independente da NATO e dos EUA para forçar os EUA a aceitar um mundo multipolar, mas os idiotas que dirigem os países europeus não fizeram nada do género. Agora o mundo está à mercê de um erro, de uma provocação ou de um mal-entendido. O fim da humanidade tal como a conhecemos está próximo e o perigo não é Putin mas sim o complexo militar-industrial-financeiro dos EUA.

    O político e antigo ministro da Energia Panagiotis Lafazanis exorta a Grécia a entrar numa aliança estratégica com a Rússia e a levantar sanções, uma vez que “a Europa está a ser duramente atingida por sanções. A Europa cometeu suicídio.
    Observou também que a Rússia não é responsável pela guerra na Ucrânia, foram os Estados Unidos, a Nato e o regime de Kiev que provocaram esta guerra.
    A guerra na Ucrânia não começou há quatro meses. A guerra começou com o golpe de Estado de 2014 pelos esforços de Poroshenko e dos seus amigos nazis, os batalhões “Azov” e “Aidar”… Foi uma guerra principalmente contra a população russa da Ucrânia. O golpe foi feito por uma escalada e depois por uma guerra aberta contra a Rússia.
    Concluiu que “os esforços da Rússia visam restaurar a paz, a segurança e a justiça na região. Infelizmente, o regime de Kiev não o quer, um novo ditador na Ucrânia Zelensky não o quer, os Estados Unidos e a NATO não o querem.

    Estamos errados ao acreditar que se a guerra transbordar para a Ucrânia pode não ser nuclear. Pelo contrário, se a guerra vier da Ucrânia, só pode ser nuclear. A razão é simples; a Rússia não pode ganhar uma guerra convencional contra a NATO porque a NATO seria apoiada indefinidamente pelos Estados Unidos, que escapariam à destruição e conservariam todo o seu poder industrial, enquanto a Rússia veria os seus recursos militares esgotados e sofreria a destruição da guerra no seu território. CONCLUSÃO, se a guerra vier da Ucrânia, será nuclear e colocará a Rússia e os EUA directamente uns contra os outros. Qualquer outra eventualidade destruiria a Rússia, deixando os Estados Unidos intocados enquanto é o verdadeiro instigador desta guerra. Os russos sabem disso .

    Mas como podem os analistas políticos liberais pró-europeus conhecer as verdadeiras motivações dos líderes reaccionários e violentos nostálgicos de um passado de fantasia glorioso.

    Infelizmente, os interesses que os liberais teriam se estivéssem à frente da Rússia não são os mesmos que os dos actuais líderes, que não têm a mesma matriz filosófica e ideológica, e este é realmente o problema actual dos famosos especialistas e analistas. Partem do pressuposto de que todos têm o mesmo ideal, paz, prosperidade económica e estabilidade. Mas alguns Estados não se preocupam com a estabilidade, prosperidade económica ou paz.

    Em suma, as pessoas que não têm conhecimentos militares materiais falam 24 horas por dia sobre um conflito militar, falam de coisas vagas com base em declarações. Foi por isso que todos estes especialistas não viram a invasão da Ucrânia, apenas ouviram as declarações russas e não olharam para as tropas, para a artilharia pesada, para os veículos de aterragem…

    há 4 dias
    Se o confronto entre povos ricos e pobres, como o de Caim e Abel, remonta ao início dos tempos, adquire um carácter mais destrutivo no nosso tempo com a criação da aldeia global pela tecnologia. O progresso espantoso dos meios de comunicação nos últimos trinta anos permitiu a formação de múltiplas redes, uma nova arma dos mais pobres, que levam a sua luta para a ciberesfera e adquirem assim um poder tremendo. Os países ricos apenas fornecem uma resposta militar aos seus ataques, no declínio universal do pensamento político e no crescente carácter obsoleto das estruturas de segurança colectiva.

    Três ameaças pairam sobre o século XXI: o conflito armado, com a inevitável perspectiva de recurso a armas de destruição maciça; a propagação de epidemias, encorajada pela globalização; e o esgotamento dos recursos naturais, resultante da superpopulação e da pilhagem da Terra. Será que tudo não conspira para produzir uma explosão de que o mundo nunca viu?

    Cheguei a ver títulos dos jornais, “os ocidentais estão de facto em guerra com a Rússia”, porquê?
    Que verdade é que estamos a esconder?
    Será que os anglo-saxões estão a utilizar a UE para atacar a Rússia, que até agora nunca atacou a Europa?
    Não foram os EUA que empurraram a Ucrânia para esta situação?
    Porque é que os líderes europeus são tão apaixonados por esta guerra?

    Sim, o Inverno, será muito dificil, o 2023/24.
    A questão do trigo é muito menos importante do que a questão energética.
    Digamos, estou a apostar num quíntuplo da factura do gás para particulares este Inverno, em comparação com os preços de 2021/21, e 10-12 vezes no Inverno de 2022/23.
    Em 3 anos
    estaremos mortos sem a sua energia, isso é certo.
    Portanto, há duas alternativas – ou entra-se na guerra por necessidade existencial ou perde-se a guerra porque mesmo que vençam a Rússia, os outros abutres vão despedaçar-nos.

    O enfoque estratégico geopolítico, de um só olho, tal como Putin que é teimoso no seu jogo.
    “Se um espaço estiver vazio, pergunte-se quanto tempo ficará vazio? Vejam o mapa e comparem a dimensão da Ásia russa e da Ásia não-russa.
    A parte russa é tão grande como o resto da Ásia. E quantas pessoas vivem lá? Um total de 35 milhões, comparado com 3,5 a 4 mil milhões para o resto da Ásia.
    É aqui que se encontra a poderosa China com as suas cidades modernas, vias de comunicação, tal como na América.
    É aqui que a Índia se está a desenvolver, e um Irão promissor.

    Se a Rússia conseguir atrair investimento e pessoas para o seu Extremo Oriente e Sibéria, e enviar um fluxo migratório, então terá um futuro.
    Os russos, têm gente talentosa, um forte sentido de identidade nacional, mantém padrões ultrapassados que o isolam e criam uma situação em que todos os seus vizinhos não gostam da Rússia e têm medo dela” – Zbigniew Brzeziński

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