(Scott Ritter, in Resistir, 06/04/2022)

“Na guerra, a verdade é a primeira baixa”. Esta citação foi atribuída a Ésquilo, um grego da século VI a.C., conhecido pelo seu “uso copioso de imagens, alusão mítica, linguagem grandiosa, jogo de palavras e enigmas”. Portanto, é adequado que o homem que primeiro expressou o conceito de propaganda dos tempos de guerra modernos veja a sua citação ganhar vida na Ucrânia do presente.
Continuar a ler no link abaixo:
A verdade sobre Bucha está lá fora, mas talvez demasiado inconveniente para ser descoberta
Não gosto de ‘jornalistas’ e, para defesa da minha saúde mental, há muito tempo que não compro jornais/revistas/whatever e agora, com a situação da guerra na Ucrânia a manipulação global a que se assiste atingiu um nível insuportável – tão insuportável que dá vontade de pedir ‘censura prévia’ outra vez! – que o nosso País está a ser completamente dominado pela síndrome da Ucrânia. Um Amigo enviou-me ‘coisas’ da Estátua de Sal, que alívio, já pensava que dava em doido com este ‘unanimismo informativo’… que já quase nem há notícias sobre o que se passa em Portugal! Vou fazer um pequeno donativo. Obrigado pelo vosso trabalho.
Obrigado, amigo.
Quanto a mim, chega de “Estátua se Sal”
Com muita pena desisto de continuar a ler os artigos publicados na estatuadesal e tenho lido todos sobre a guerra na Ucrânia, ou devo também dizer “operação militar especial”? Sempre procurei informação independente e de fontes diversas sobre qualquer tema mas aqui não encontro diversidade e independência, só opiniões favoráveis à posição russa e notícias com origem em sites russos, comunicação social russa, comunicados oficiais russos.
É possível combater alguma desinformação ocidental, nem tudo tem de ser mentira, criticar as acções passadas da NATO e não ter de defender ou justificar a invasão da Ucrânia. O argumento é que a Ucrânia provocou a Rússia, parece o argumento de quem viola uma jovem menina por esta usar mini saia e decote cavado, dissendo que se pôs a jeito, que estava a pedi-las. O Lavrov não precisa de advogados portugueses para as suas aleivosias, a Rússia não é a URSS, ainda assim nunca a esquerda portuguesa, a que também pertenço se retratou infelizmente das invasões da Checoslováquia, Hungria ou Polónia, seriam para desnasificar esses paizes? Parece que a NATO é a culpada de todos os males do mundo, junto com ad democracias ocidentais. Estou farto.
Caro Armando Costa, é bom poder ter acesso a diferentes versões dos mesmos factos. A conclusão fica ao critério de cada um. O problema seria se só tivéssemos acesso a uma só narrativa. Viva a liberdade de publicar e de pensar.
Em suma, é o único blogue onde posso recuperar um pouco da sanidade mental de que tanto necessito. Não estou, no entanto, otimista. A pulsão da guerra e para a guerra está a ficar descontrolada. Hoje, Portugal expulsou diplomatas, por toda a Europa ocidental sucedeu a mesma coisa. Fala-se em sanções a dobrar ou a triplicar. Expulsar diplomatas de um país com o qual não estamos em guerra não é bom, é péssimo e se esta lógica continuar daqui a um mês ou menos podemos estar de regresso ao verão louco de 1914, numa era em que a capacidade de destruição é radicalmente mais perigosa. Porquê esta pulsão pela guerra? Qual é o racional? Nenhum, só vejo arrogância, propaganda, incitamento ao ódio, diabolização do russo, beatificação do ucraniano. Onde julgarão as pessoas que isto irá acabar? Queremos mesmo ir para a guerra, vamos permitir que decidam por nós?
“Porquê esta pulsão pela guerra? Qual é o racional?”
Duas boas perguntas, a fazer à pessoa certa: vladimir putin. Como é óbvio, para quem não quer ser hipócrita.
Esta guerra não é nossa! Se não percebe isso há aqui artigos na Estátua que explicam:
https://estatuadesal.com/2022/03/29/esta-guerra-nao-e-a-nossa-guerra/
https://estatuadesal.com/2022/02/12/esta-guerra-que-nos-querem-vender/
E se vier a ser nossa, que os primeiros a sofrer com ela sejam os que a desejam.
Naftalina ideológica o que o ES publica por aqui.