(Daniel Oliveira, in Expresso, 03/12/2020)

O assassinato de George Floyd, que espalhou indignação pelo mundo, não tem a gravidade do que se passou com Ihor Homeniuk no aeroporto de Lisboa, em meados de março. E, no entanto, tenho de olhar para o jornal para escrever bem o seu nome. Nem uma manifestação, nem uma palavra do prolixo Presidente.
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Foi tal a indiferença que durante oito meses a diretora do serviço que alegadamente torturou e matou o imigrante ucraniano se manteve calada. Há 15 dias, confessou que nem lhe ocorreu pôr o seu lugar à disposição. Também não contactou a família de Ihor. Parece que foi mais um dia no escritório. Na sua cabeça, a culpa é de umas maçãs podres, não é do SEF.
O insulto já não é o silêncio. Nem é a insensibilidade perante a família de Ihor. É Cristina Gatões ainda ser diretora do SEF. A naturalidade com que vários agentes entraram, depois do espancamento, na sala onde Ihor foi torturado e o apoio que os agressores tiveram para esconder o crime indica que não se tratou de um episódio isolado. As descrições que aparecem no “Diário de Notícias” desta semana são a de um inferno. Com imigrantes isolados do mundo e sem intérpretes, o Centro de Instalação Temporária (CIT) do aeroporto seria, segundo uma testemunha, um lugar de ameaças, pancada e medo. Onde os inspetores levariam os “passageiros” para uma sala e, com uma “luva preta, para não deixar impressão digital”, sem identificação e com um cassetete, teriam “conversinhas” com quem cometeu o crime de querer vir para Portugal. Cristina Gatões não teve os primeiros sinais de alarme em março. Quando chegou ao cargo, em janeiro de 2019, já tinha ouvido a provedora de Justiça chamar ao CIT de Lisboa “terra de ninguém”, um universo mais impenetrável do que as prisões. Já conhecia o relatório do Mecanismo Nacional de Prevenção contra a Tortura, que comunicou inúmeras falhas, relatou suspeitas de maus-tratos e agressões e a sensação de que as pessoas tinham medo de falar. Ela própria fora inspetora no aeroporto. Por isso, Cristina Gatões é politicamente responsável por o que aconteceu a Ihor Homeniuk. Oito meses de silêncio depois, veio confirmar que o seu serviço tinha sido responsável por “uma situação de tortura evidente”. Da qual não tirou qualquer consequência. Nem a de se demitir, nem a de contactar a família da vítima, nem a de assumir o dever de a indemnizar. Nada.
Depois de oito meses sem que a diretora do SEF fosse demitida, é o ministro que está a mais. Alguém tem de varrer o SEF de alto a baixo. Nenhum deles o fará
A culpa é como um vírus. Se ninguém faz nada para a conter, alastra pela cumplicidade do silêncio. Cada dia que passa com a diretora do SEF no lugar é mais um dia que o ministro que a mantém assume para si a culpa. Cada dia que passa sem que o ministro nada faça é um dia em que o primeiro-ministro assume para si a culpa. Pelo que nos é descrito sobre o que se passava no CIT, é natural que aqueles inspetores se sentissem à vontade para dar largas à sua bestialidade. E é natural que só uma denúncia anónima e um médico legista tenham tornado impossível esconder um crime que até o diretor de Fronteiras de Lisboa terá tentado fazer passar por “morte natural”. Que cultura de impunidade torna tudo isto possível? A que se instala quando os políticos têm medo dos serviços que deviam dirigir: nasce um Estado dentro do Estado, onde a arbitrariedade é lei.
A morte de George Floyd virou os EUA de pernas para o ar. Aqui, depois de oito meses sem que a diretora do SEF se demitisse ou fosse demitida, é o ministro que está a mais. Alguém tem de varrer o SEF de alto a baixo. Nenhum deles o fará.
« a indiferença que durante oito meses a diretora do serviço» Qual a novidade, Daniel Oliveira?
«Cristina Gatões ainda ser diretora do SEF»
Constou há dias, a intenção de alguém no Costa Govern, ‘arrumar’ a senhora numa
embaixada interessante no estrangeiro.
A lembrar-me um artigo meu no Jornal do Fundão, sobre Maria Elisa em Londres-Adida Cultural:
“Um caso de trafulhice política”
Alguém tem de proteger a familiar, alguém no Partido-Governo terá de proteger os seus.
E já agora, Daniel, existe na paróquia lusitana, algum órgão de vigilância e controlo do Governo, por acaso?
PS: como há pouco no Face de uma amigo sobre o antipático António Barreto onde levanta também este caso:
“O caso da Justiça» que devia ser corrigido: “O Ocaso da Justiça”.
De vento em popa. O Regime,
retendo a frase de Melo Antunes, doente terminal, a responder à inteligente pergunta de como vai?
É a esquerda portuguesa com certeza e como é obvio a esquerda não persegue, não tortura não mata apenas usa meios justificados pelos fins e portanto é impune.
Fora o governo de outra cor e quem veria o BE e o PC a trepar paredes e a vociferar contra os torcionários fascistas.
Quem calaria os arautos do PS a alardear a sua aura de deuses da tolerância, da liberdade da integração e do acolhimento e surrando no poder com o seu proverbial imaginário metaforico.
Por isso a diretora do SEF pode continuar impávida e serena contando com todo o aconchego da família sicialista.
Ps. E ja agora porque não acolhemos esses laboriosos e culturalmente compativeis, europeus de leste que tanta falta fazem para rejuvenescer a nossa decrépita população?
Este oliveirinha é mesmo sonso.
Com certeza que este caso é muito pior do que o do Floyd.
E já houve muitos casos bem piores sem sair deste país pacato.
Estou a lembrar-me por exemplo do gajo que foi TORTURADO E DECAPITADO PELA GNR do qual nem se fala.
Mas ó oliveirinha, tu estás farto de saber que não se fala neste e noutros casos porque o morto é BRANCO – ainda por cima loiro, que nojo.
Se fosse preto tínhamos o Bloco, o SOS, toda a esquerda, o politicamente correcto, dirigentes partidários, jornalistas e corpo diplomático das embaixadas a fazer manifestações de massas, incendiar caixotes e apedrejar policia.
As primeiras páginas dos jornais só falariam disto durante meses e haveria mais avisos e relatórios da UE, Amnistia Internacional e da ONU do que pãezinhos numa padaria.
Assim, como o gajo é branco, não se passa nada. Como sempre. Como o gajo decapitado pela GNR.
A maior parte dos crimes nem sequer são referidos pelos jornais do sistema, por “não descerem á faca e alguidar”.
A menos que a vitima seja suficientemente moreno, caso em que publicam tudo nas primeiras páginas durante meses, apelando á revolta contra o “racismo”. Aí descem à faca e alguidar, aos chanatos e ao penico.
Ora, precisamente, se escória como tu está empenhada em empolar ao máximo qualquer incidente que meta pretos, para criar tensões raciais, se vão falar muito em casos como este tira logo todo o “brilho” à coisa.
E as pessoas começam a perceber que não existe perseguição nenhuma contra os pretos, mas que coisas destas acontecem tanto a pretos como a brancos.
Ainda por cima um dos assassinos é um policia mestiço.
Já viram a chatice da noticia ?
Um policia mestiço de angolano a torturar até á morte um gajo que ainda por cima tem a indecência de ser loiro ?
Como é que alguém pode fazer uma manifestação sobre isto ?
Pintem o morto de preto e já temos manifs de massas e indignação até à histeria, de norte a sul do pais.
Assim, com vitimas loiras, não dá.
Olhe, o ucraniano que tivesse ido a um solário e fizesse uma permanente que com o cabelo encaracolado talvez já se pudesse fazer qualquer coisa em termos de indignação publica.
Por falar na extrema indignação moral que assolou o mundo inteiro, Portugal incluido, ignorando casos muito mais graves, porque o Floyd era um criminoso da pior espécie que provocou a policia, mas como é preto tem direito à indignação moral que até o assassinato de mulheres e crianças inocentes de qualquer crime não têm.
Alguns exemplos de casos de mulheres e crianças brancas assassinadas por policias americanos PRETOS e que, por causa disso mesmo nunca terão direito a qualquer indignação moral da imprensa, da esquerda e do políticamente correcto.
https://youtu.be/o0-oSrLzvIo
https://youtu.be/_1iZFxkxr6w
Se fizeram todas aquelas manifs histéricas por causa do Floyd, um criminoso de merda que seria capaz de destruir a vida de qualquer pessoa por 5 dólares, imaginem a indignação à escala planetária que isto não daria se esta mulher e esta criança fossem negras e os policias assassinos fossem brancos ?
Mas não se preocupem, como as vitimas são brancas nunca ouvirão falar nisto a não ser pelo chato do Pedro que não papa grupos.
Só depois de colocar o link notei que a noticia da ABC escondeu a raça dos policias que assassinaram a mulher branca e ainda tiveram a lata de sobrepor uma noticia de um preto morto para “atenuar” esta.
Mas para que não fiquem dúvidas aqui está outra noticia que mostra a raça (negra) dos policias que assassinaram a mulher, que ao contrário do “mártir” Floyd, não era era um criminoso de merda e tinha sido ela própria a chamar a policia que de seguida a abateu à vista.
https://youtu.be/RMaqgnLI9xQ
Peço desculpa aos esquerdistas presentes por estar a falar neste nojo de mulheres e crianças brancas. Sei que só gostam de pretos.
Mas convém que as vossas aldrabices sejam desmascaradas e toda a gente veja que não existe perseguição racial nenhuma e que pessoas brancas também são vitimadas pela policia, até por policias pretos.
É melhor que isto seja feito por pessoas como eu do que pelo Ventura.
Até o hipócrita do oliveirinha parece estar a perceber isso e começa a falar em vitimas brancas.
O meu sincero aplauso – está na hora de desmascarar sonsos do calibre deste Oliveira (e não só ele, aquele outro estiloso do Eixo do Mal então… sempre com desdém para com os nossos pobres mas sempre pronto a verter lágrimas por tudo o que tenha cores mais carregadas ou que venha dos países pobres por onde ele andou a espalhar o seu “charme”), que vivem da polémica gratuita e do reescrever artificial da história!