(Virgínia da Silva Veiga, 04/12/2019)

A ver se nos entendemos de vez: Portugal é um país com liberdade empresarial e regras de concorrência onde o estado, por regra, não deve interferir. Se os grupos de comunicação social resolveram vender produtos tóxicos e ninguém os quis comprar resolvam o próprio problema.
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O Estado, se entende, como diz o Senhor Presidente, que o Jornalismo é fundamental à Democracia, que crie então linhas de apoio específicas para novos projectos em que a prioridade seja dada ao cumprimento das regras deontológicas. Que, mais que isso, mude a ERC para tentar melhorar, desde já e no que lhe compete, a qualidade dos órgãos de informação. Como em tudo, os Jornalistas caídos no desemprego, por falência de empresas nefastas ao sistema, serão, tendo qualidade, absorvidos pelos novos projectos.
É de susto imaginar que, não tendo ainda resolvido nós o problema da RTP, esteja a cogitar-se sequer usar o dinheiro dos contribuintes para financiar empresas privadas que, por definição, se encontram em falência exactamente porque as não queremos.
O Presidente da República quer usar-nos para ficar de bem com os tais divulgadores de anúncios de prostituição, criminosos que não respeitam os tribunais e as leis da república, gente que não respeita o contraditório, para quem tudo o que há de negativo no país é mais importante que mostrar o que temos de melhor? Se não quer, parece.
O Senhor Presidente da República se não está contente com o depuramento natural, com não querermos comprar produtos tóxicos, que se recolha ao palácio e deixe mandar nos portugueses. Não é por sermos estúpidos que não queremos essa gente, é exactamente por sermos inteligentes. Não faça do Povo Português um bando de imbecis de que o iluminado surge agora vindo de Belém.
Nem um cêntimo para tais empresas!
E mais ainda, nem um cêntimo!
Marcelo Rebelo de Sousa está a brincar com o fogo. Até os portugueses que ainda compram os actuais jornais e que ainda acedem aos canais televisivos estão contra o estado da nossa comunicação social. Ninguém quer contribuir para a continuidade de tal estado de coisas.
Imaginar que num país onde tudo precisa ainda de intervenção, onde há dois milhões de pobres, onde a classe média gane pelas condições nunca repostas, por ver qualquer alívio e melhoria, o Orçamento de Estado ir agora financiar os produtores do que de mais tóxico existe no sistema, a desinformação, seria bomba a explodir com enorme estrondo.
Porque não fala da ERC? Porque não tem uma palavra contra as causas de fundo que levaram a essas situações? Porque não critica o último relatório da ERC onde, escandalosamente, se alega elaboração de um estudo onde perpassa a ideia de seriedade de órgãos de comunicação onde diariamente se viola o Estatuto Deontológico do Jornalismo, apresentando os casos de falta de contraditório como excepção?
Porque não tem uma palavra sobre prioridade e excesso de notícias de futebol em detrimento de outros desportos e outros acontecimentos? Porque,já agora, não fala dos custos, dos vencimentos pagos a “estrelas”, de pivôs a apresentadores, em detrimento de investimento em Jornalismo de investigação?
Porque não fala dos Jornalistas submetidos diariamente à coacção de terem que ser pouco sérios para sobreviver no mar tóxico onde trabalham, obedientes, forçados a obedecer à voz dos donos? Fala de quê? Não lê jornais? Não vê televisões? Fala então de quê?
Cria a convicção de não querer proteger o Jornalismo, querer, sim, que os actuais grupos o protejam a ele. Marcelo quer ficar bem nesta fotografia onde o país, diariamente, tem ficado muito mal.
E, não, não queremos subsidiar-lhe a campanha por antecipação. Era giro, não nos apetece. Já topamos a ideia e não é, decididamente, ajudar o Jornalismo. Fora, e a conversa seria outra.
nada mais verdadeiro ,o entulho que nos entra pela casa dentro ,é escandaloso vergonhoso ,os jornais idem salvo uma honrosa excepção ( o Público ) de resto os portugueses separam o trigo do joio não comprando jornais e vendo alguns programas e em que a RTP 2 é a excepção ,Marcelo quer ser eleito de qualquer forma e feitio e quer o orçamento do estado a subsidiar empresas privadas ,haja decoro ,o querer estar bem com deus e com o diabo e colher os frutos dá nisto!
«De facto o marcelo parece apostado em usar a coisa pública para financiar vigarices privadas.», …?
Nota. Comentários deste calibre, se agora não dão cadeia, eu acho que não e concordo, deveriam ter direito a um voucher com refeição completa para, ou duas?, noites passadas num estábulo.
[Faltam quatro/cinco comentários, insistam um pouco mais.]
Boca santa!!!
De facto o marcelo parece apostado em usar a coisa pública para financiar vigarices privadas. Depois de querer pôr-me a pagar a desinformação tóxica dos media corporativos veio hoje propor a utilização da escola pública (e laica) para formar “voluntários” para as ipss (maioritariamente catolicizadas). Para formar “cidadãos conscientes” ponham-nos a ler e a debater a constituição nas aulas de história e português, ensinem-lhes o método cientifico em fisica e quimica, alimentem-nos e paguem ordenados decentes aos pais. Vão ver crescer cidadãos bem alimentados e interventivos … mas disso o marcelo tem medo … certo? Só quer mesmo é voluntários para a caridadezinha, certo?
Aqui.
«De facto o marcelo parece apostado em usar a coisa pública para financiar vigarices privadas.», …?
Nota. Comentários deste calibre, se agora não dão cadeia, eu acho que não e concordo, deveriam ter direito a um voucher com refeição completa para [uma], ou duas?, noites passadas num estábulo.
[Faltam quatro/cinco comentários, insistam um pouco mais. Ah e este não conta…]
Porra, o Ventura cheira ao mofo onde foi desenterrar os escritos do Benito, mas ainda assim consegue fazer escola.
Os donos não acham que o mercado resolve tudo? Então que saiam da zona de conforto.
«Marcelo quer ficar bem nesta fotografia onde o país, diariamente, tem ficado muito mal.», …?
Nota. Xô, galinha!
A solução para a crise do jornalismo é simples
3 DEZEMBRO 2019 ÀS 17:52 POR VALUPI 4 COMENTÁRIOS
O juiz Rui Rangel merece uma estátua
4 DEZEMBRO 2019 ÀS 16:42 POR VALUPI 9 COMENTÁRIOS, quatro-4-quatro dos bêbados do costume.
Se chegar às 12 derrotas, chicotada nele
5 DEZEMBRO 2019 ÀS 16:48 POR VALUPI 3 COMENTÁRIOS
e
Nem um cêntimo!
(Virgínia da Silva Veiga, 04/12/2019)
4 pensamentos sobre “Nem um cêntimo!”
Nota. «Se chegarem aos 12 comentários, chicotadas neles!», como diz o outro.
O RFC/Estátua pedem esmolas aqui na pagina com coracao vermelho e tudo (que caricato)! Os outros escribas também falidos vao acabar por fazer o mesmo!
Hum?!
Nota. Deixa-te de paneleirices, pá!
Toma lá, e chupa!
Da série “Grandes títulos da imprensa de hoje”
Conta-me Como Foi está de volta e traz o #Portugal do Frágil e do Bananas, do Tal Canal e das Famel
Nota. Hum, a Fernanda Câncio voltará a ser #trendy mas por boas razões. Que tal um clube de fãs, José do Remanso Pernalta?
https://www.publico.pt/2019/12/06/culturaipsilon/noticia/contame-volta-traz-portugal-fragil-bananas-tal-canal-famel-1896282
Adenda. Tudo tem o seu tempo, de facto. Depois de a RTP dedicar a nova série do Conta-me Como Foi à Fernanda Câncio, a seguir será entrevistada pelo Júlio Isidro, na RTP Memória, onde lhe será dado o merecido prémio de carreira.
#Inesquecível
https://pbs.twimg.com/media/ELQwwniW4AAElzx?format=jpg&name=small