(Carlos Esperança, 28/12/2018)
Dos grunhidos televisivos, aos uivos radiofónicos, aos vómitos na imprensa, às ameaças do então PR, aos ecos das redes sociais, os dirigentes do PSD e do CDS eram unânimes em considerar ilegítimo um governo [este] formado no único órgão que o legitima, com os votos de PS, BE, PCP e PEV, de acordo com a CRP.
Ganiram imprecações, anunciaram vapores de enxofre em telúricas fendas diabólicas e não se conformaram. Só Paulo Portas, mais inteligente e culto, viu o ridículo, e deixou a Dr.ª Assunção Cristas a vociferar impropérios, o ora catedrático Passos Coelho a lamber feridas e Cavaco Silva a ruminar ódios e ressentimentos.
Nos últimos tempos pensei que o PSD e o CDS viessem acusar o PP e o Ciudadanos, os partidos homólogos espanhóis, do atentado à democracia por se unirem contra o PSOE, vencedor das eleições na Andaluzia, e, sobretudo, por terem pedido auxílio a um partido abertamente fascista [VOX] que advoga a proibição dos partidos políticos e combate a democracia.
Com o descaramento que lhes conhecemos, a Dr.ª Cristas aguarda a notícia do acidente de automóvel que provoca um morto e grita que o Estado falhou, Passos Coelho prepara as aulas para futuros catedráticos e Cavaco Silva continua a escrever sobre as quintas-feiras.
É preciso topete. Reina o silêncio sobre a Andaluzia, desde o Largo do Caldas até à Rua de São Caetano, à Lapa.
Os parasitas da direita unidos em bando de fanáticos da seita pafiana, grunham diariamente e atentam contra a democracia com o apoio das TVs de esgoto.
Antes da Andaluzia já tinha havido o chumbo do PEC IV em Portugal. Ainda estamos a pagar esse pacto todos os dias.
Reproduzo o que coloquei no próprio blogue:
Concordo inteiramente. Mas algum comentário decente daquela gente implicaria reconhecer que a solução de 2015 em Portugal em nada se distinguia da que vem sendo adoptada em vários países europeus, sem nenhum clamor lá ou cá.
Aliás, pessoas com a minha idade e felizmente memória bem se recordam dos longos anos em que o PCI era o partido mais votado em Itália e nunca lhe foi permitido formar governo. À Democracia Cristã havia sempre quem ajudasse a acalmar a democrática América.
Memórias convenientemente selectivas…
A Direita que votou contra o Serviço Nacional de Saúde,e agora está preocupada com as falhas do mesmo ,não tem memória nem vergonha, o pide Cavaco,o traste de Massamá que é um catedrático de moscambilha ,que acabou a licenciatura quase aos 40, e agora dá aulas de mestrado a alunos licenciados,e só está a arrastar o nome da Universidade ,de quem não queria nada com o estado e consegue passar sem ele,muito mais haveria a dizer.
Totalmente de acordo com o que aqui fica referido sobre o inútil e incompetente Coelhão, o facínora das Cavacas e a galinha de crista nojenta e zarolha.
Excelente retrato dessa ultra direita trauliteira que sem rumo, á deriva,navega em águas turvas e sem rumo….Espero que em Outubro sofra uma derrota exemplar. Força PS…!!!