(Eldad Manuel Neto, 04/11/2018)
(Os direitolas cá da urbe andam roídos de inveja dos brasileiros. Também queriam cá ter um Bolsonaro lusitano e um Moro golpista. Estão cansados de “brincar” à democracia, jogo para o qual nunca tiveram muito jeito nem particular enlevo. E já nem escondem a sua afeição pelo fascista e pelos seus métodos e promessas de barbárie.
Sempre os julguei um pouquito mais civilizados mas, pelos vistos, enganei-me: a sua fé democrática era só verniz de conveniência, e do mais rasca.
Comentário da Estátua, 05/11/2018)
Leio em vários comentários, muitos deles vindos de juristas, que não existe qualquer diferença entre Moro e Francisca Van Dunem.
Isto porque, sendo ambos magistrados, são Ministros da Justiça. E afirmam, candidamente, em face das críticas a Moro, que as situações são perfeitamente semelhantes.
Não vejo nem defendo que um magistrado não possa abraçar funções políticas e de Estado. E temos na democracia portuguesa abundantes exemplos desse fenómeno. Mas o problema não é esse. O problema são as circunstâncias de cada um. E comparar uma impoluta, experiente e sábia magistrada como Francisca Van Dunem com Moro é, desde logo, um atrevimento sem pudor.
A nossa Ministra da Justiça não vazou conversas cobertas pelo segredo de justiça, não contrariou ordens e decisões de Tribunais Superiores, não pactuou nunca com inadmissíveis atropelos à Lei e ao Estado de Direito.
Moro será Ministro da Justiça, lugar que jamais desejaria no outrora verbal, dum governo presidido por um torcionário xenófobo, racista, belicista e misógino.
Na votação do impeachment de Dilma Russef invocou a memória do militar que a torturara durante a ditadura militar.
Moro não vê, nos dislates e anunciados propósitos de Bolsonaro, nada de incompatível com o exercício do cargo de Ministro da Justiça (e, pasme-se, das forças de segurança).
Ainda ontem António Jaime Martins, Presidente do Conselho Regional de Lisboa da Ordem dos Advogados e Garcia Pereira demonstraram, com cristalina clareza, o perigo que espreita o judiciário brasileiro e os apressados justiceiros que sepultarão as liberdades, o Direito e a Justiça.
Por cá Cristas, Santana Lopes, Paulo Portas, Jaime Nogueira Pinto e Nobre Guedes, distintos democratas, não enxergam as diferenças.
Não são miopias! São todos da mesma família política e ideológica de Bolsonaro. Estão fartos do 25 de Abril,da Constituição e da Democracia. Contra ela conspiram todos os dias. Os tempos e o desespero, aliado ao ódio que durante anos recalcaram, vão dificultando o segurar das máscaras que afivelaram.
E são todos advogados ou com o curso de direito! Que miséria… felizmente a maioria não partilha a mesma opinião!
Perfeitamente de acordo.
Juízes a fazerem greve ? E constituem um orgão de soberania ? Para quando o sindicato dos presidentes da República , o Sindicato dos Ministros ? O Sindicato dos Deputados ? E depois quando pretenderem aumento de salário …. toca de fazer greve !
Quando se faz legislação a acabar com sindicatos de juízes , procuradores , polícias , guardas , e já agora de militares ?
A Assembleia da. República ou o Governo são quem tem poder para tal .