Guerra e paz

(Por Estátua de Sal, 13/12/2016)

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                                                                     Imagem in Blog 77 Colinas, 12/12/2016

Estão-se a acabar as reservas de caixa. Que chatice, tinham os cofres cheios para mais ou menos dois anos, mas a porra da Geringonça nunca mais cai e parece estar de pedra e cal. O diabo meteu férias e tem mais que fazer. Costa sorri. Marcelo vinga-se. A vingança serve-se fria, como se fosse um prato de vichyssoise.

As catacumbas pafiosas agitam-se. O Coelho está sem plano, até porque nunca teve nenhum. O Rangel levanta o dedo. O Montenegro leva ansiolíticos ao Passos para ele dormir melhor. A Maria Luís empina o nariz de vez em quando e o marido faz ginásio todos os dias para partir a cara a quem a ofender. O Santana faz-lhes um manguito e diz-lhes que se querem fiado joguem no Euromilhões e pode ser que saia. O Mendes ao domingo dá conselhos e bufa as intriguices em que é perito.  O Marco António diz para o Coelho meter férias, e ir passar o Natal à Manta Rota, porque no inverno o Algarve é muito mais barato e os cofres do partido estão a dar o berro: a massa das privatizações já se foi quase toda. O Rio faz que vai mas não vai. Pergunta ele: – Quantos são? Qantos são? Agarrem-me senão eu mato-o! Mas ninguém o agarra. Contudo o homem só dá tiros de pólvora seca.

Enquanto isso, o Coelho continua em roda livre, não toma os remédios para a hipomania e continua de baboseira em baboseira, à espera do dia do apocalipse.

O PSD parece um folhetim de teatro trágico. Como o poder parece uma miragem no deserto, ninguém se chega à frente. Parecem abelhas à volta do Coelho, dão umas ferroadazitas, mas ninguém tem membro que se veja para se impor.

Não é surpresa. O PSD há muito que deixou de ser um partido com sentido patriótico, não passando de uma agência de negócios e de distribuição de feudos e mordomias. É isso que os faz mexer. Como tais guloseimas não se perfilam no horizonte próximo percebe-se que ninguém se mexa a sério. Esperam melhores dias. Parecem os corredores de fórmula 1. A  corrida a sério é só amanhã. Hoje, as voltas à pista são só para treino e para ganhar posição na grelha de partida.

3 pensamentos sobre “Guerra e paz

  1. Como diz o Zépovinho, lá do Alto da Sua Sabedoria toda de experiência feita, “cada terra com seu uso, cada roca com seu fuso”, e também, “quem ventos semeia,…..”, ou ainda, “cada um tem o que merece”, ou ainda, “albarda-se o burro, à vontade do dono”, ou ……..

    Miseráveis, de espírito, claro!…. ao que chegaram estes burguezotes de merda (sim, assim mesmo com as 5 letras, porque já nem o politicamente correcto merecem)?!?!
    No ridículo em que mergulharam e, cada vez mais, continuam a dedicar-se!….um autêntico pântano, ou pantanal, onde, vergonhosamente, mas sem vergonha nas trombas, vão chafurdando uns, enquanto outros se tentam sacar, mas todos e todas navegando sem Rei nem Roque!….

    E foi desta alcateia matilhada que foram paridas figuras de autênticos figurões da estirpe de um “sr. silva” militante incorrigível da sinistra pide, de um oliveira e costa, de um dias loureiro, de um duarte lima, de um isaltino, de um relvas, de um miguel macedo e tantos outros, só para citar militantes inscritos naquele autêntico ninho de ratos seria do lá prás bandas da S. Caetano (este, sim, digno e merecedor de maiúsculas)!….

    Chega-lhes, Zé(povinho), ainda que pela “pena (ainda só um pouco avinagrada)” daqueles que, por serem honestos intelectualmente, sabem escrever textos destes, e, porque inspirados nas tuas necessidades enquanto proletario – que encarnaram – têm brio em publicar, concedendo-nos o elevado privilégio de podermos rir à tripa forra com as cenas tão lucidamente descritas quanto aplicáveis a esta seita de mal-feitores, para não ofender as mães deles que, coitadas das Senhoras, não devem ter culpa nenhuma e, eventualmente, quantas não se teriam já arrependido de terem dado ao mundo gentalha desta!

    Força, Zé(povinho), vamos desmascarar esta canalha, espalhando por toda a parte e gritando bem alto estas risonhas prosas, até que a voz nos doa!

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