(Por Estátua de Sal, 01/06/2020
Este blog atingiu na última sexta-feira 5 000 000 de visualizações, número acumulado, desde 26 de Setembro de 2014, segundo as estatísticas do WordPress. O primeiro texto aqui publicado “O Coelho no País das Maravilhas”, era uma espécie de fábula à La Fontaine que pretendia desmontar os malefícios das políticas de austeridade da governação de Passos Coelho, executadas supostamente em benefício do País, quando na verdade, eram e sempre foram executadas em benefício de interesses muito específicos, a começar pela corte que o rodeava e pelo lote de súbditos laranjas do PSD e fiéis apaniguados.
Comecei com o blog numa tarde em que achei que devia dar voz à minha insatisfação com a situação política, social e económica que o País estava a seguir na época. Não podemos, sozinhos, fazer grande coisa, mas por pouco que façamos é sempre mais que fazer coisa nenhuma. O objetivo inicial era publicar textos meus, sempre que tivesse vontade e oportunidade de os escrever.
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Contudo, como manter uma continuada regularidade é extremamente difícil e desgastante, e como uma regularidade diária só é possível se fizermos da escrita profissão a tempo inteiro, desde cedo passei a republicar textos que vão surgindo na comunicação social institucional ou noutros sites e páginas da blogosfera.
É evidente que sou selectivo. Nem sempre concordo com a totalidade dos argumentos que os textos que publico apresentam, mas subscrevo, no essencial a substância dos mesmos. É por isso que alguns dos autores que aqui publiquei durante meses, passaram a ter, por aqui, apenas esporádica hospitalidade, por terem mudado a sua orientação.
Aliás, podem ver, se consultarem o Leitor, que se encontra no canto superior esquerdo da página, quais os sites e blogs que sigo e dos quais é frequente republicar muitos dos textos que aqui apresento.
Cinco milhões é um número muito grande. Claro que é inferior à dívida pública do País, mas é bem superior ao número de desempregados registados, e ao número de vítimas da pandemia em todo mundo, pelo menos até ver. E o número é tanto mais expressivo tendo em conta a temática das publicações, e da minha não cedência à publicação de textos “fáceis” e/ou populares.
Textos de carácter marcadamente político e económico, sempre numa perspectiva que não é a da manutenção do status quo, mas da alteração do status quo. E como não debato as chuteiras ou as namoradas do Ronaldo, nem as intrigas dos reality show, nem os enredos das telenovelas ou as novas receitas para fazer bacalhau, é óbvio que os que visitam a Estátua de Sal, não são, infelizmente, uma amostra maioritária daquilo que é a população do país ou correspondem ao perfil maioritário da população internauta, e isto tanto é válido para os que concordam quer para os que discordam daquilo que aqui é publicado.
E sobre a concordância ou discordância, é sempre possível e desejável que os visitantes deixem os comentários que acharem por bem. Todos eles foram e continuarão a ser publicados (independentemente da minha posição sobre eles), desde que obedeçam ao mínimo de civilidade na linguagem e no formato. Após a primeira aceitação de um comentário de um dado visitante, o sistema publica automaticamente os seguintes do mesmo autor, sem eu ter que dar qualquer aprovação.
A Estátua de Sal irá continuar com a mesma orientação e a prosseguir os mesmos fins. Usando a crítica, a liberdade de expressão e a escrita como arma, pugnando por uma sociedade melhor e mais justa como objetivo, porque, citando Vítor Hugo, “As palavras tem a leveza do vento e a força da tempestade”.
Estamos a atravessar tempos perigosos, de incerto rumo, e duvidoso norte. E só a capacidade colectiva de reflectirmos sobre eles e sobre as tortuosas veredas por onde nos querem conduzir, agindo antecipadamente em conformidade, poderá evitar cenários de previsível catástrofe e retrocesso civilizacional.
Como proclama o lema da minha página do Facebook, “Entre as fendas dos dias e os sons feéricos dos vídeos dos novos tempos. Entre as palmas digitais dos novos mensageiros”, a Estátua de Sal continuará por aqui.
A todos os que me lêem e me seguem e que por aqui tem passado, só me resta deixar uma palavra final: obrigado, regressem, e na medida do possível, ajudem-me a manter viva a Estátua de Sal.