EUA obedecem a ordens de um bando de gangsters estrangeiros e fazem mira sobre a cabeça de seus próprios cidadãos

(António Gil, in Substack, 26/04/2024)


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O que é novo aqui é que desta vez nada tem a ver com as aventuras do Império. Se tais atiradores fizerem sangue -esperemos que não – será para defender um Estado pária que o resto do mundo condena.

Nem vale mais a pena evocar a Liberdade de Expressão: há muito que tal coisa não existe nem nos EUA nem na Europa Ocidental, só os tolinhos ainda não perceberam. 

Importa sim referir que todos os ingénuos que durante décadas ignoraram quem era o verdadeiro patrão dos políticos americanos, agora não têm como negar que não é certamente ‘o povo americano’ mas uma entidade estrangeira, um grupo de gangsters que não recuarão diante de nada. 

Leis de criminalização dos protestos já foram aprovadas em vários estados. Vários estudantes e professores que os defenderam já foram presos. 

A argumentação de tais estudantes e professores nunca terem manifestado apoio expresso ao Hamas é inútil porque tais leis evocam o conceito tóxico de antisemitismo.

Ou seja: apoiar a Palestina nos EUA neste momento equivale a ser anti semita. é uma acusação absurda mas é isso que pretende ser, de molde a não deixar qualquer tipo de defesa jurídica racional esgrimir qualquer tipo de injunção lógica.

Não se enganem: o nome disto é fascismo. E destina-se a deixar livres as mãos dos genocidas, fornecendo-lhes até os meios (armas, dinheiro e bombas sem fim, além da arma terrível da fome e da sede) para que ‘tudo acabe depressa.

Fascistas ajudam nazis. Foi assim com Mussolini e Hitler. Está a ser assim de novo. A originalidade é que desta vez o gang aparentemente menos poderoso agarrou os donos do Império pelos tomates. É como se Hitler tivesse que obedecer a Mussolini porque…sei lá, talvez porque o Mussolini moderno saiba algo que o Hitler contemporâneo não quer ver divulgado.

Mas bom, Mussolini e Hitler tiveram o fim que se conhece. Como acabarão os seus émulos actuais?

Fonte aqui


4 pensamentos sobre “EUA obedecem a ordens de um bando de gangsters estrangeiros e fazem mira sobre a cabeça de seus próprios cidadãos

  1. A Guiné-Bissau vendeu-se ao nazionismo, provavelmente por dez réis de mel coado! Num tempo em que a palavra “vergonha” está gasta e quase vazia, de tanto ser bolçada, a despropósito, pelo Ventrulhas e sus muchachos, temos finalmente uma situação que a exemplifica a 500%. O Amílcar Cabral deve estar aos saltos na tumba!

    https://youtu.be/keg92S1bjRg?si=gGdsmBRKqfdJLXek

  2. Ser pró palestino é ser anti-”semita”, mas ser crítico da UR”S”S é ser fascista.

    Lá para o fim do artigo, se lá conseguirem chegar, a coisa é longa e os tempos que correm são de imediatismo, se ao passar o dedo na coisa , ela não reagir, o desespero e a raiva tomam conta dos autómatos.

    https://covertactionmagazine.com/2024/04/23/reckoning-with-the-soviet-role-in-the-creation-of-israel/
    (o site inclui tradutor)

    “… É difícil não questionar se os soviéticos poderiam ter impedido a criação de Israel, dada a emergência da URSS como uma das duas super-potências da Guerra Fria. Por um lado, a questão da Palestina não era uma questão interna soviética, onde o Kremlin era o único factor contribuinte, mas sim um dos vários estados envolvidos quando o Mandato Britânico foi entregue às Nações Unidas e a Resolução 181 foi adoptada. Por outro lado, sem o envio crucial de armas soviéticas através da Checoslováquia, é provável que a Haganah não tivesse prevalecido.
    Para qualquer marxista-leninista, é repugnante saber que essas armas foram usadas para massacrar árabes na Nakba, para não mencionar a expulsão forçada de mais de 700 mil palestinianos. O que é certo é que a realpolitik e a ênfase excessiva de Moscovo em garantir a retirada dos britânicos corromperam a sua tomada de decisões e será para sempre uma mancha na história soviética. Em retrospectiva, o Kremlin demorou a reconhecer que Washington se tinha tornado o seu maior inimigo e o aliado mais próximo de Israel.

    “A esquerda sintética nunca perde a oportunidade de citar a curta cooperação soviético-sionista como prova de uma traição revolucionária por parte da liderança após a morte de Lenine. Embora mesmo os defensores mais radicais da URSS admitissem que a medida desastrosa merecia as maiores críticas, apenas os oportunistas usariam a tragédia palestiniana como arma para tentar diminuir as conquistas do primeiro estado socialista do mundo.
    Para uma esquerda ocidental intelectualmente empobrecida, é muito mais fácil atribuir a culpa de tudo ao Tio Joe. Não reconhecer as complexas condições históricas que levaram a uma reviravolta tão infeliz nos acontecimentos é anti-marxista. O facto de os soviéticos terem invertido tão rapidamente o rumo sugere que houve divisão interna sobre a questão, o que refuta a presunção de que a formulação de políticas ocorreu simplesmente através de um regime ditatorial. A incapacidade de compreender factores históricos complicados resultou num mal-entendido semelhante do conflito Rússia-Ucrânia por parte da esquerda dominante, que nunca poderá ter a palavra final sobre questões da história soviética.
    Como Friedrich Engels escreveu sobre a questão irlandesa:
    “ A burguesia transforma tudo em mercadoria, daí também a escrita da história. Faz parte do seu ser, da sua condição de existência, falsificar todos os bens: falsificou a escrita da história. E a historiografia mais bem  paga  é aquela que é melhor falsificada para os propósitos da burguesia.”

  3. Claro, a União Soviética dizia não ao Estado Genocida quando todo o Ocidente o queria criar. É, seria certamente bem sucedida como quando conseguiu impedir as ditaduras fascistas apoiadas pelos Estados Unidos em toda a América Latina e a ditadura fascista que na Indobesia massacrou o seu próprio povo.
    Sem contar que até muita gente na União Soviética tambem acreditou nessa coisa romântica do retorno a terra da promessa por parte de um povo perseguido. Outros queriam livrar se dos seus sionistas porque essa gente é uma praga. É melhor estarem na Palestina que lá. Um pragmatismo excessivo que efectivamente custou sangue aos palestinianos. Muito.
    Mas a verdade é que com ou sem União Soviética os trastes tinham-se instalado na Palestina.
    E sem o apoio que o Tio Sam lhes dá desde sempre esses trastes nunca fariam o que fazem.
    E hoje que nem sequer já há União Soviética e mesmo graças aos Estados Unidos e União Europeia e as, armas que lhes damos que eles estão a fazer o que fazem.
    Os cúmplices de genocídio somos nos e não uma nação defunta. Assoem se a esse guardanapo.

  4. Faz lembrar os snipers em cima dos telhados na revolução da Praça Maidan em 2014, mas esses não eram da polícia ucraniana, segundo consta, e sim dos partizan neo-nazis a disparar sobre eles e a multidão.
    Agora imaginem isto nos rooftops dos campus univesitários (só mesmo imaginando, porque é o modus operandi da CIA e de nazi-fascistas), e venham-me falar em “perigosos wokes” e em “freedom-fighters da extrema direita” e na “defesa da honra das forças policiais” (que grandes chutos no cu têm levado por cá do governo que ajudaram a eleger após a golpada do MP e do Marcelo II)…

    https://ionline.sapo.pt/2014/03/05/os-snipers-estavam-as-ordens-dos-lideres-da-praca-maidan/

    https://manifesto74.pt/os-snipers-da-maidan-novos/

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