A economia de que não se fala

(Daniel Vaz de Carvalho, in Resistir, 26/04/2024)

O chamado “equilíbrio automático dos mercados livres” é uma falácia. Na física, na química fala-se em fenómenos estáveis e instáveis. Mas a estabilidade não é imutabilidade. A passagem de um estado estável para outro faz-se através de fases instáveis que podem dar origem a um novo estado estável (se a transição for controlada num sentido que a ciência pode pré-determinar) ou dar origem a estados instáveis ditos caóticos, dado não atingirem a estabilidade, definindo-se o conceito matemático de “atrator caótico”.

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9 pensamentos sobre “A economia de que não se fala

      • Manifesto do intelectual disruptivo.

        Sou um intelectual disruptivo e isso me envaidece.

        A curiosidade que desperta o intelectual disruptivo começa no berço. Cresci a ouvir histórias, compridas e antigas, amparado pelo colo dos meus pais que, de uma forma nada egoísta, projectaram-me para o colo dos seus camaradas.

        Tornei-me num cientista político de referência. Disruptivo, mostrei aos meus pares que a obra científica pode ser inteiramente publicada em pequenos textos de 140 caracteres. Destaquei-me pela defesa do regresso ao estado que aqui chegámos, erguendo a bandeira branca face às linhas vermelhas que bloqueiam o nosso sistema político.

        Como conservador disruptivo que sou não degenerei e segui a carreira dos meus progenitores jornalistas. Cultivei um grande sentido de compromisso com a notícia. Os caminhos insondáveis que me levam a revelar uma boa notícia só se comparam à arte de comer caracoletas. Mas para haver notícias é necessário alimentar as fontes sobretudo entre Lisboa e o Porto. A relação visceral, sanguínea, com as fontes revelou-se essencial para o germinar duma boa notícia.

        Mas a imprensa escrita era redutora para alguém que domina todas as formas de retórica. Ingresso na televisão e ponho o meu intelecto disruptivo ao serviço das massas. Sou o melhor comentador de televisão de sempre. Debato bem. Tal como o Cristiano Ronaldo, sou o melhor porque dou mais pontos à minha equipa. Arguto, polémico, rápido, inteligente… palavras que ajudam a definir um intelectual disruptivo. Mas quanto mais forem as virtudes maior será a responsabilidade. É por isso que recorro ao nosso chão comum, aos nossos imperativos morais. Ajo de tal forma que trato dos interesses dos espectadores portugueses, sempre como um meio para atingir o meu fim.

        Um intelectual disruptivo também sonha. Sonho com um mundo mais próspero onde as pessoas possam andar bem vestidas e de botas limpas. E é assim que ingresso na política.
        Sacrifico o azul dos mares portugueses pelo azul das alcatifas sujas ( ai ricas botas) da Europa. Adopto uma postura de humildade democrática e candidato-me a um lugar impossível de perder.

        Em frente, PUM, em frente! Uma geração que consente deixar representar-se por um intelectual disruptivo, é uma geração com futuro. Gente com esperança, inteligência, visão! Vivam os jovens! Viva o intelectual disruptivo! PIM

  1. Não leva a termo,essa é a verdade!

    Esta gente não tem moral, faz batota, rouba, mente descaradamente, inventa vidas para si próprios como sendo os melhores da turma quando alguns eram alunos medíocres. Estão aqui, com os seus meios de comunicação social de merda, a dar-nos lições, a chamar-nos preguiçosos, amargos e, acima de tudo, invejosos do seu sucesso, que só se deve ao seu esforço e mérito. Que anedota!

    Esta gente não pára de se fazer passar por outros. Estão a afundar-se. Quando não estão a vender-se a interesses privados, enchendo os bolsos. Os que são eleitos dizem que os pobres são pobres, porque a culpa é deles.

    Sempre reduzem os salários aos pobres, que pagam para o sistema, mas nunca reduzindo os salários e benefícios desta gente que se empanturram.

    Vamos ter um massacre social contra as classes médias baixas e altas…

    O dinheiro mágico, ilimitado e incontrolado existe para a guerra da NATO contra a Rússia. Lá se vai os nossos desempregados, os nossos empregados, os nossos reformados, as nossas escolas, os nossos hospitais, a nossa unidade, a nossa solidariedade…

    E, sobretudo, o “custe o que custar”!!!!
    Dinheiro distribuído às centenas de milhões de euros, aos mais ricos e às grandes empresas Portuguesas que se empanturraram !!!!
    Não procurem mais….. a dívida está lá……. não nos serviços sociais….. não entre os desempregados ou os “beneficiários do bem-estar” como lhes chamam…….. Os verdadeiros beneficiários do bem-estar, aqueles que “roubam” dinheiro ao Estado Português, são os ricos, os patrões do PSI 20, os bancos ….. e os amigos dos governos…

    Nunca antes produzimos tanta riqueza e fomos tão violentamente despojados dela por uma minoria gananciosa que está a destruir as nossas vidas e o planeta a uma velocidade vertiginosa.
    Ora, qual é a solução para o nosso esmagamento aparentemente inexorável (os genes do capitalismo são a procura do lucro a qualquer preço .

    Objectivamente o sistema económico liberal – baseado na crença no crescimento – como um esquema Ponzi, que acabaria por se desmoronar, juntamente com todos os benefícios sociais, uma vez que o financiamento do nosso sistema social se baseia inteiramente no princípio do crescimento perpétuo. Todos sabiam, ninguém se deixava enganar, mas politicamente, a menos que houvesse uma revolução, não havia forma de parar o processo: Portugal não vive no vazio, a economia está fora de qualquer controlo governamental.

    Resumindo: já é demasiado tarde. Não se pode mudar a locomotiva de um comboio em movimento; tudo o que se pode fazer é separar as carruagens, eventualmente designar “sabotadores”, e entregá-las ao povo. Passado algum tempo, o comboio deixa de circular e o poder muda de mãos, sem necessariamente mudar de comboio. Depois, um dia, as coisas descarrilam e explodem de vez. É disso que é feita a história: uma sucessão de falhas de energia e explosões, alguns raros períodos de prosperidade que nunca duram, mas que recordamos com nostalgia.

    O que é revoltante é que, desde então, todos os governos atribuíram os problemas económicos do sistema social aos seus cidadãos, de preferência os mais frágeis (os menos produtivos), sem quererem antecipar nada, mesmo sabendo que um dia o sistema iria falhar.

    Os Governos procuram reforçar o mito do crescimento – enquanto este se desmorona – e utiliza preguiçosamente o mesmo processo, com uma reviravolta: o objetivo é agora tirar partido da polarização da sociedade, colocando os cidadãos uns contra os outros. Os egoístas do momento (desempregados, beneficiários de subsídios mínimos) serão convidados a apertar o cinto e, sobretudo, a alinhar. Trabalhar ou morrer. Não há grande margem de manobra. Desta vez, com um governo de direita mais liberal do que nunca, as medidas drásticas já não são uma piada. É preciso notar que o fenómeno não é exclusivamente Portugês: todos os países ocidentais são afectados por medidas semelhantes, destinadas a adiar o momento em que vão contra o muro.

    Seja como for, se não inventarmos um novo modelo de sociedade que refute o consumismo, o decrescimento será inevitável e terá de ser suportado. Podemos sonhar com uma cidadania esclarecida, mas isso não está a acontecer. A cereja no topo do bolo é o facto de o mundo dos negócios se dar muito bem com a extrema-direita, nostálgica de um Portugal de outrora, ou seja, de um tempo de pleno crescimento.

    Estamos em perigo…

    Se a dívida é um desastre tão grande (não é, estão apenas a tentar assustar-nos), porque não querem ir buscar o dinheiro onde ele está? Nos multimilionários (fraude fiscal, evasão fiscal, ou aquilo a que chamam “otimização fiscal” – perguntamo-nos porque é que é legal, aliás -) e a dívida seria rapidamente paga. Mas não, mais vale atingir os mais pobres !Pobre povo que se deixa enganar por mentirosos.

    Como travar esta marcha desumana para uma espécie de escravatura moderna em que a democracia não passaria de um pesadelo a céu aberto?
    E que dizer da existência destes políticos que vivem da sociedade?
    Estarão eles realmente seguros de que os cidadãos não devem ser mais do que seus servos?
    “Estamos em guerra”, disseram muitos políticos!
    Estamos de facto em guerra, e foram os ricos que a declararam aos pobres.

    O objetivo do seu projeto final é colocar os desempregados diretamente na RSI em troca de trabalho o que vai criar ainda mais miséria para o povo e vai enriquecer ainda mais os já ricos que vão ter pessoal de borla porque vai ser pago por dinheiro público e isso vai ter o efeito. Não para contratar mas apenas para ter pessoal barato.

    Se a política é governar para o maior número de pessoas, então é uma loucura ter estes incompetentes a dar os resultados, já para não falar no dinheiro louco que nos custa. Se calhar devíamos pensar em despedir esta gente para sanear as contas públicas, sem indemnização, claro, porque foram despedidos por falta grave!

    Não são os pobres que arrastam Portugal para baixo, são os seus dirigentes que venderam o nosso país enquanto enchiam os seus próprios bolsos e tentavam colocar a classe média contra os mais pobres que não se podem defender… Os pobres não podem fazer greve, isso não incomoda ninguém, por isso vamos bater-lhes… isto vai acabar muito mal.

    Para os ouvir dizer, a vontade do pobre é continuar pobre!

    As prestações sociais mínimas permitem apenas sobreviver, não sair da pobreza.
    Acham que ser pobre com prestações sociais é um “conforto”? Que abuso!

    O naufrágio da política, a arrogância dos poderosos, o reinado da falsidade, a vulgaridade dos ricos, os cataclismos da indústria, a pobreza galopante, a exploração nua e crua, o apocalipse ecológico – não vamos ser poupados a nada, nem sequer informados.

    Quando um governo gere mal um país e procura desviar a responsabilidade pelos seus próprios fracassos para os desfavorecidos, isso pode ter uma série de consequências sociais, económicas e políticas graves:

    Agravamento da injustiça social: Ao culpar os pobres pelos problemas do país, o governo alimenta um sentimento de injustiça e marginalização entre as populações mais vulneráveis. Isto pode criar tensões sociais e exacerbar as disparidades económicas.

    Deterioração das condições de vida: Políticas governamentais ineficientes ou corruptas podem levar a uma deterioração dos serviços públicos essenciais, como a saúde, a educação e as infra-estruturas. As populações mais afectadas serão frequentemente as mais pobres, que são as mais dependentes destes serviços.

    Polarização da sociedade: ao utilizar os pobres como bodes expiatórios, o governo pode dividir a sociedade entre ricos e pobres, o que lhe permite manter o seu poder. Esta situação pode conduzir a conflitos sociais e políticos, e mesmo a distúrbios civis.

    Fuga de capitais e de grandes cérebros: uma má gestão económica e política pode desencorajar os investidores nacionais e estrangeiros, bem como os trabalhadores qualificados, de permanecerem no país. Esta situação pode agravar os problemas económicos, reduzindo os fluxos de receitas e enfraquecendo a capacidade produtiva.

    Crise política: Os governos que procuram desviar a atenção da sua própria má gestão culpando os pobres arriscam-se a perder legitimidade e credibilidade junto da população. Este facto pode levar a protestos, manifestações e mesmo ao derrube de governos.

    Em suma, quando os governos gerem mal um país e tentam transferir o ónus dos seus fracassos para os mais desfavorecidos, isso pode ter repercussões devastadoras na sociedade em geral, levando a uma deterioração das condições de vida, a conflitos sociais e políticos e a uma perda de confiança nas instituições governamentais.

    1. O FMI e o Banco Mundial estão a ordenar a todos os governos que cortem nas despesas sociais. O Canadá e o Quebeque estão a obedecer às mesmas ordens. Se olharmos para os nossos sistemas de saúde e de educação, com as suas infra-estruturas em ruínas, a nossa falta de habitação a preços acessíveis, os nossos milhares de sem-abrigo, as nossas terras agrícolas entregues a promotores imobiliários miseráveis, etc., veremos que estas políticas visam e destroem todo Portugal.

    2. O excesso de administração, que também é centralizadora, que inventa todo o tipo de programas mirabolantes com grandes custos para o erário público, e que conta com a pletora de directores de empresas públicas nomeados por favoritismo, com salários vergonhosos e prémios de desempenho no final do ano. É de partir o coração.

    Como sair da pobreza, quando o governo a cria, voluntariamente, tributando cada vez mais, enquanto é esse mesmo governo que está a arder envia nosso dinheiro a quem vocês não conhecem,e para as guerras?

    Vão começar por reduzir o nosso estilo de vida e não aumentá-lo, e destruir o sector industrial, os transportes e a agricultura é simples todos os sectores passaram por isso e agora encontram uma forma de distribuir milhares de milhões aos ucranianos e nada para hospitais, empresas. Por sorte, é sempre culpa dos outros porque são demasiado covardes para reconhecer a verdade, não são responsáveis por nada como de costume.

  2. Só um detalhe. Os milhares de milhões não estão a ser distribuídos aos ucranianos mas a parte dos ucranianos que é nazi e a elite corrupta da Ucrânia.
    São coisas diferentes e por todos os ucranianos no mesmo saco e dizer alguém como Noam Chomsky e um sionista genocida so porque o homem é judeu.
    Cinco milhões de ucranianos fugiram de lá para não serem transformados em carne para canhão.
    Outros que já ca estavam nao teem vontade nenhuma de lá voltar.
    Entretanto os consulados ucranianos deixaram de prestar serviços a todos, refugiados ou não, que tenham nacionalidade ucraniana e estejam em idade militar. Sendo que a idade militar é fixada por aqueles trastes entre os 18 e os 60 anos. Sendo a esperanca de vida na Ucrânia simplesmente miserável esta bem de ver que a idade militar é quase até à morte.
    Ninguém por cá se espanta com isto e pelo menos dois paises europeus, a Polónia é a Lituânia, já prometeram devolver a Ucrânia todos os refugiados em idade militar.
    Na Ucrânia há desgraçados em fuga enquanto carrinhas percorrem as ruas caçando tudo o que tenha picha.
    A última coisa de que quem tenta fugir a um terror destes precisa é que o ponham no mesmo saco com Zelensky. Um sionista para quem a vida dos gentios não vale uma casca de algo. E os gentios in nem todos os ucranianos que por ele podem bem ser sacrificados.
    Por ele é por todos nós, pois que insistimos que devem sacrificar se numa guerra que não poderão ganhar. Quanto mais não seja porque não teem armamento nuclear. Nem sequer uma força aera digna desse nome.
    O que está a acontecer é um sacrifício grotesco de vidas ucranianas em nome dos nossos sonhos de saque e conquista. Sonhos que nunca abandonamos.
    Quando damos os tais milhares de milhões o que estamos a dar aos ucranianos é fome, miseria e morte. E a culpa é nossa, não de boa parte deles. Não certamente dos ucranianos massacrados no Leste desde 2014,nao certamente dos que não são nazis, muitos dos quais já encontraram a morte nas masmorras de Zelensky.

  3. Não sei se boa se ma. Nenhum de nós é bom. Ninguém é santo. Os santos estão nos altares, seja aqui, seja na Ucrânia. O que é certo é que há por lá muita gente que não quer morrer nesta guerra por procuração.
    Como muita gente nossa não quis matar e morrer na guerra dita do Ultramar, ou Colonial.
    Muitos desses procuraram a Europa e aí encontraram asilo. A Europa teve a pouca vergonha de aceitar a nossa ditadura fascista e miserabilista na Nato. Como defensores do chamado mundo livre. Quando aqui se podia ser preso por dizer que a vida estava cara.
    Mas ninguém que por lá foi dizendo querer fugir a guerra foi entregue a Salazar.
    Hoje pelo menos dois países da União Europeia já dizem que vai entregar a Zelensky os refugiados em idade militar. Tal como definida pelo regime ucraniano.
    Isto é uma ação que não pode ser definida como boa nem má. É tão só o grau 0 da infâmia.
    Mas ninguém parece importar se. A única coisa que interessa a estes trastes é que a guerra continue e nada os prende as vidas acabadas nem as que ainda vão acabar.
    Outros países deixam que recrutadores andem a pressionar e a ameaçar jovens e menos jovens da Diáspora. Gente que já nasceu por cá e cujos pais fugiram a miséria. Vale tudo para que a guerra continue.
    Isto é o grau 0 da infâmia.
    Também nos estamos nas tintas para quem morre nas masmorras de Zekensky. Os responsáveis da prisão onde morreu Gonzalo Lira disseram que os mortos eram tantos que não podiam devolver o cadáver a família. Se tivessem dito tal coisa a mãe do Navakny o are e que não se teria escrito. Tambem ninguém perguntou quem são e de onde são os outros mortos que são muitos.
    Grau 0 da infâmia, mais uma vez.

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