A única questão importante da guerra na Ucrânia que continua em aberto

(José Catarino Soares, In Blog A Tertúlia Orwelliana, 10/04/2024)

A segunda guerra na Ucrânia (a que começou em 24 de Fevereiro de 2022) trouxe à luz do dia vários factos da maior importância para a compreensão (i) do modo como está estruturado o “Ocidente alargado” [1] e (ii) da natureza da sua relação com os demais países do mundo, que são a grande maioria.

Esses factos estavam escondidos do grande público pela espessa névoa artificial de imagens, sons, acções e palavras criada pela “comunicação estratégica” [2] para alcançar os seusobjectivos, frequentemente inconfessáveis.  

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7 pensamentos sobre “A única questão importante da guerra na Ucrânia que continua em aberto

  1. Isto é assim:Vai se continuar com a estratégia do caos!

    Andam todos a esticar a corda,mas ninguém quer ser o pimeiro a começar a 3° guerra mundial…Ninguém quer ser o mal da fita..

    A questão é:Quem vai ser o primeiro a fazer a “festa”?

    O custo da intervenção noturna contra drones e foguetes Iranianos foi estimado em 1 bilhão.
    Os iranianos têm milhares de drones, a preços baixos disponíveis e provavelmente um intercâmbio tecnológico com a Rússia e a China.
    Além disso, afundaram um barco israelita no Estreito de Ormuz.
    Se repetirem o processo várias vezes, tornar-se-á impossível passá-lo com os super petroleiros, metade dos quais a produção mundial passa por lá.
    O primeiro-ministro israelita só está a aguentar porque está a travar uma guerra, ele e a sua mulher deviam estar na prisão há muito tempo por actos de corrupção e peculato.
    Ele irá mais longe, conseguindo uma coligação de Ocidentais, um pouco barroca.
    Mais um ponto quente, e os chineses poderão desembarcar em Taiwan, colapsando a manobra de cerco dos EUA.
    A “festa” ainda não acabou.

    O jogo de xadrez geopolítico continua. O peão israelita tem-se movido muito ultimamente. O lado ocidental (os negros) está cada vez mais enfraquecido pelo seu adversário (os brancos).
    O rei negro (Biden), a rainha negra (Von der Leyen), os tolos Negros (Zelensky e Netanyahu) e os outros peões Negros (Macron e outros) estão em minoria e posicionados nas casas erradas.
    O conjunto real branco (Putin e Xi Jinping) e as outras figuras brancas (os BRICS) estão na maioria e estrategicamente bem posicionados.
    Estamos a aproximar-nos do fim do jogo. O campo Ocidental será em breve xeque-mate!

    Na Ucrânia, como no Médio Oriente, os ocidentais, ou melhor, os EUA, derramam um fraco mas contínuo fluxo de petróleo sobre os braseiros!
    Que estupidez absoluta…

    Estupidez, porque os russos que têm armas nucleares sem equivalente no ocidente vão usá-las, para mim, é uma certeza, quando chegar a hora, estou pensando em particular nos torpedos do tsunami…

  2. Os rogeiros e milhazes já têm castigo suficiente ao serem forçados a engulir as patranhas que andaram a apregoar nos últimos dois anos. Estamos a entrar na fase decisiva da guerra e os portugueses têm problemas reais e urgentes por resolver: libertar-se da subserviência mórbida aos EUA; recuperar a soberania do estado; recuperar as virtualidades das relações diplomáticas na resolução paciífica dos conflitos, tudo conforme a Constituição.

  3. Assino em baixo. E como muito bem disse o Albarda mos, temos outras prioridades. Por exemplo, apostar em aeronaves de combate ao flagelo dos fogos florestais em vez de em caças para patrulhar as fronteiras da Nato para lá do sol posto.
    Temos efectivamente problemas reais e mais urgentes do que apoiar o nazismo e o supremacismo étnico na Ucrânia e em Israel.
    Cumprir a Constituição, que prega a luta sim, mas pela convivência pacífica entre os povos.
    Mas nao vai ser fácil a Europa em geral e Portugal em particular abandonar a subserviência aos Estados Unidos e ao estado genocida de Israel.
    A Ucrânia vai continuar a combater até ao último ucraniano e ucraniana porque, ao contrário de Hitler, Zelensky não poupa nem as mulheres aos campos de morte, ou de batalha. Por isso ainda levará tempo até os Milhazes, Rogeiros e muitos outros terem de engolir tudo o que andaram a dizer.
    Ainda hoje aquele bandalho norueguês do Stoltemberg veio pedir que enterrassemos mais recursos no buraco negro da Ucrânia. Enquanto não se esgotar o sangue da manada ucraniana e dos milhares de mercenários de todas as cores que para lá mandamos isto não acaba.

    • Agradeço a consideração, pela parte que me toca. E concordo que há outros campos de acção mais prioritários que o custo exorbitante (e já agora, a tão invocada “pegada ecológica”, que nestas questões de maquinaria de guerra pelo mar, por terra e pelo ar nunca entra nos discursos nem faz parte do jargão dos apregoadores da “comunicação estratégica da “real” Agenda Vinte-Trinta – depois será o Trinta e Um, só quando esta é pregada à sociedade civil) de manter em voo aviões F-16 para escoltar avionetas Cessna (ou o que seja que escoltem) estrangeiras em espaço aéreo de outros países, na outra ponta da Europa ocidental. Entretanto vem a estação seca, depois das escassas monções, já nem faz confusão usar estes termos para falar do nosso clima dito temperado, nas suas variantes marítimas e continental, e temos de depender dos Canadairs e helis espanhóis, italianos e franceses quando a coisa fica preta, e perdem-se aeronaves e vidas portuguesas (quase sempre) por causa da sobrecarga de horas de voo consecutivas, da impreparação e do sufoco. Mas é como se vê, prioridades de um país de pategos. A diferença da relação custo-benefício (prático!) para o país em todos os domínios (humano, social, económico, ecológico, ambiental, etc) é qualquer coisa… mas não, vamos mas é enviar as bazucas, os tanques, bisnagas e roupa interior camuflada, para ajudar a defender os nossos valores e a democracia, ou seja, para alimentar a guerra, a morte, a destruição, a fome, a sede, as catástrofes humanitárias… Isso é que importa alardear e ir fazendo, vai ficar tudo bem.

      • Concluindo, “a pegada de carbono” só é um dogma absoluto para o cidadão comum, a formiguinha no carreiro que anda com o automóvel do século passado ou do início deste, e que comete um sacrilégio quanto aos objectivos da Agenda Vinte-Trinta para a redução dos gases e carbono responsável pelo efeito de estufa na atmosfera e as alterações climáticas, mas se forem tanques, aviões de guerra (ou civis, em menor escala) e navios de guerra, aí o sacrilégio maior é não pormos a mexer todos os que puderem mexer-se, e até podem vir do tempo da outra senhora ou até mesmo do museu.
        Quanto aos caças F-16, eles por cá não faziam muito, até porque a soberania do espaço aéreo português é gerida pela NATO mais que pela Força Aérea ou o Estado Português, de tal forma é assim que foi por ele que passaram muitos voos secretos da CIA (e sabemos bem o que transportavam, nos tempos em que o Sócrates ainda era um porreiro, pá! e nos do Durão “vou ali ver uma coisa” Barroso, e antes e depois destes), e cheguei a ver um desses voos a passar por cima a baixa altitude, sem luzes e em silêncio, numa dessas noites. Claro que aí não há cá F-16 nem UAUs para controlar e encaminhar aeronaves invasoras e não-autorizadas em espaço aéreo português…

  4. Sobre os boss que por cá passaram.
    Muita gente viu os tais aviões da CIA e havia até malta com tomates e vergonha na cara que os fotografou para memória futura. Hoje talvez fossem acusados de espionagem, traição ou ambos é tivessem o destino dos desgraçados que iam dentro daqueles aviões.
    Havia lá de tudo entre os perigosos alegados membros da Al Qaeda que foram parar ao campo de torturas ilegal de Guantanamo. De velhos de 80 anos a crianças de 14.
    O campo de Guantanamo foi criado para que os desgraçados que lá eram enfiados não pudessem contar com as garantias legais dos Estados Unidos. Sabendo que elas já se si não são muitas e que os Estados Unidos teem um dos sistemas carcerarios mais cruéis do mundo não era preciso ir a China para saber o destino dos desgraçados alegados membros da Al Qaeda lá enfiados.
    Alias imagens de desgraçados ao Sol inclemente, ajoelhados, vendados e com tampões de ouvidos, numa experiência de privação sensorial que é considerada tortura e uma daquelas que deixa um com um cornil todo frito, foram divulgadas pelos próprios carrascos.
    Sem que ninguém se preocupasse. Afinal de contas se os nossos amos e senhores do outro lado do mar diziam que eles eram da Al Qaeda e porque eles eram. E mereciam aquilo e muito mais e os americanos eram até muito bonzinhos por só lhes fazerem aquilo quando eles mereciam era o suplício da roda ou equivalente. Tambem a simulação de afogamento, o deixar um desgracado pendurado pelos pulsos uma data de dias, o deitar gaz pimenta para dentro das celas, o meter as refeições do desgracado literalmente pelo cu acima tambem foram considerados tratamentos muito humanos que não eram tortura.
    O metodo de caçar membros da Al Qaeda era velho como o mundo mas pouco fiável. Oferecer, em terras de alta miseria como o Afeganistão e Paquistão, uma recompensa em dinheiro. Se dois vizinhos estivessem de candeias as avessas o que tivesse menos vergonha na cara ganhava o dinheiro e o outro uma estadia em Cuba sabe Deus até quando.
    Dou me bem com os meus vizinhos mas tive um com histórico de consumos de droga que certamente faria com que eu fosse parar a Guantanamo se, estivéssemos no Afeganistão ou Paquistão naquele tempo.
    Mas tudo isso passou perante os nossos mui defensores dos Direitos Humanos pois que toda a gente sabia dos voos da CIA, mas toda a gente fazia de conta que aquilo era normal.
    Fosse a Rússia a fazer isso e bons motivos teve para o fazer e não tinha água para se lavar. A Rússia tratou de escolher alvos e matar os seus Bin Ladens exilados em Inglaterra, leia se dirigentes chechenos como Maskadov, Bassaev e outros, que estiveram por trás de atentados horrendos. Sem haver voos do FSB e sem andar a percorrer terras a torturar a torto e a direito. Mesmo assim chamamos lhes tudo. Mas com a grande nação americana tudo é normal.
    Os Estados Unidos escolheram o caminho da tortura de milhares de desgraçados, em Guantanamo e dezenas de prisoes secretas em paises vassalos, raptaram empresáriaos do Médio Oriente em pleno voo, tudo em nome do combate ao terrorismo.
    Obama armou se em herói assinando uma ordem executiva ordenando o encerramento do campo de torturas de Guantanamo o que provocou um orgasmo dos basbaques em todo o mundo. Mas quem esperou o fecho do sitio e o regresso dos desgraçados as suas terras ou o acesso a um julgamento que pelo menos simulasse ser justo em território americano espero que tenha esperado sentado porque espera até hoje.
    Guantanamo continua firme até hoje e alberga centenas de desgraçados que certamente não são os mesmos para lá transportados em 2001, porque eseess ou foram libertados feitos num molhinho ou já os comeram os tubarões do Caribe.
    Por isso os Estados Unidos continuam até hoje com a sua prática de detenções ilegais sem que ninguém se chateie muito.
    E ninguém sabe quem são os desgraçados que lá estão, onde, quando e como se viram sequestrados pela grande nação excepcional. Mas isso não faz, mossa a ninguém e deve estar totalmente de acordo com as “regras” tal como definidas por estes trastes.
    Porque a Rússia, o Irão e todos os que não seguem a cartilha e que são uns malandros. Vão ver se o mar dá choco.

  5. *sobre os voos.
    Já agora, não acredito que todos os que foram levados a Guantanamo eram inocentes. Mas que houve muitos cujo único crime foi andar de candeias as avessas com o vizinho de certeza que houve.
    Tal como certamente houve muito boa gente que confessou crimes tal como aquele miúdo acabou por concluir no Posto da GNR que afinal de contas tinha mesmo sido ele a descobrir o caminho marítimo para a Índia.
    Mas entre tantos milhares de desgraçados torturados em Guantanamo e outras prisoes secretas mehor fora que não conseguissem apanhar um único terrorista a sério.
    Mas a nação excepcional já pode torturar a vontade porque isto de Direitos Humanos também depende muito de quem os viola.

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