(José Neto, in comentários na Estátua de Sal, 25/10/2023)

Uma borboleta bate as asas em Pequim,
e gera-se uma tempestade em Central Park.
Esta simples frase que pretende sintetizar a Teoria do Caos serve perfeitamente para descrever sucintamente a sucessão de acontecimentos desencadeados pelo velho louco Joe Biden desde a sua eleição, e que em pouco tempo fizeram o mundo relativamente ordenado em que vivíamos entrar numa derrapagem irreversível rumo ao colapso total.
E convém aqui ressalvar que, se efetivamente essa ordem mundial que se encontrava estabelecida AB (Antes de Biden) não fosse na verdade uma ilusão de feira e estivesse realmente cimentada em alicerces sólidos e justos, se correspondesse de facto às legítimas aspirações dos povos do mundo global, ela não estaria agora a dissolver-se como farrapos de nuvens num céu de Verão.
Como na velha história para crianças, bastou que alguém gritasse aquilo que todos viam mas ninguém ousava admitir, que “o rei vai nu”. No mundo real esse relutante delator foi a Rússia de Putin. E não vem ao caso reconhecer que na verdade ele não teve outra opção. Só foi preciso que alguém com poder para fazer frente ao Império do ogre americano se perfilasse e fizesse cair a sua máscara de poderio invencível, conseguida às custas de pequenos países indefesos que ele destruiu sem piedade, para que múltiplas bolsas de resistência começassem a brotar em todos os continentes. Os oprimidos só precisavam de uma esperança.
Biden elaborou o plano de destruir a Rússia para vingar a derrota que esta lhe impusera na Síria, mas sem arriscar na empreitada os seus próprios exércitos, servindo-se da Ucrânia como alavanca e dos ucranianos como carne de canhão.
Na prossecução desse objetivo ele conseguiu arrastar a União Europeia, governada por políticos corruptos até à medula que durante décadas precisaram do apoio dos Estados Unidos para se manterem no poder e da estrutura da NATO para os proteger da ira dos seus próprios povos.
Sim, porque a NATO na verdade nunca teve o propósito de proteger o Ocidente coletivo de uma ameaça externa. Essa foi a verdadeira razão, quando Trump se lembrou de lançar a hipótese de acabar com esta organização, de se ter assistido a patéticas manifestações de um pânico generalizado entre os prostitutos disfarçados de “comentadores” que infestam os estúdios de televisão e os miseráveis pasquins nacionais, mas não só.
Eles não precisavam de se ter preocupado. O Estado Profundo americano nunca permitiria que Trump encerrasse a NATO porque ela é o mecanismo que assegura o controlo da Europa pelos Estados Unidos e a sua manutenção efetiva como colónia americana.
Bem, hoje já é possível concluir que o projeto longamente acalentado e cuidadosamente preparado da Hegemonia, para destruir a economia russa com base em sanções selvagens e numa derrota militar, demolir a estrutura política desse grande país e dividi-lo em pequenos estados pseudoindependentes governados por oportunistas corruptos desejosos de se submeter ao Império e lhe vender as suas riquezas minerais ao preço da chuva, e depois partir daí para uma guerra total para submeter militarmente a China, o seu verdadeiro grande rival mundial, falhou rotundamente.
Verificou-se que para já as elites europeias lacaias do Império Americano não tiveram grande sucesso nos seus muito afincados mas atabalhoados esforços para destruir a economia russa em ordem aos desejos do seu suserano. Antes a tornaram mais forte, equilibrada e autossuficiente. Mas em compensação fizeram um excelente trabalho de destruição das suas próprias economias.
Os resultados deste descalabro ainda irão fazer-se sentir inevitavelmente em território americano, dada a interpenetração das duas grandes economias neoliberais, mas levará o seu tempo. A grande crise americana, claramente latente mas ainda mascarada por uma demente utilização da “impressora virtual”, irá agudizar-se à medida que o dólar vier a perder progressivamente a sua influência nos mercados mundiais, como é o objetivo último assumido do movimento dos BRICS11+ dinamizado pala China.
A fracassada investida americana na Eurásia veio gerar ondas de choque que rapidamente se espalharam pelo mundo. A Rússia na verdade foi salva, nos primeiros tempos da guerra, pelos seus mais próximos aliados, a China, a Índia, o Irão e os países da OPEP, que impediram o colapso económico do colosso, mas a necessidade de evitar o próprio isolamento levou-a a estender laços de cooperação ao maior número possível de países, nomeadamente os africanos, recuperando assim a velha vocação da URSS que tinha sido esquecida. A reestruturação da Wagner e a recuperação desta força de elite privada para os objetivos geoestratégicos do Estado Russo insere-se nesta nova tendência.
E os franceses são as primeiras vítimas colaterais deste desenvolvimento ao serem positivamente enxotados das colónias africanas que mantinham pela surra através da manutenção no poder de governos corruptos traidores. Os ingleses provavelmente também não perdem pela demora.
Ao destapar as fragilidades da máquina de guerra ocidental e fazer desaparecer o mito da sua invencibilidade e capacidade de intervenção global na Ucrânia, a Rússia abriu caminho para o surgimento de movimentos patrióticos diversos que se encontravam adormecidos em diversas partes do mundo. É neste contexto que deve ser analisada a recente ofensiva do Hamas contra Israel. Ela é apenas mais uma tempestade virtual gerada pelas ações dementes do velho Biden. A Resistência palestiniana de Gaza estava à espera desta oportunidade e não é por acaso que a ofensiva começou a ser preparada há cerca de um ano, isto é, depois da intervenção russa na Ucrânia.
Sabemos que a colonização violenta da Palestina foi levada a cabo pelos ingleses e americanos em 1948 com o objetivo de satisfazer objetivos geoestratégicos destes países colocando um enclave ocidental no Médio Oriente. Mas ela teve também a cumplicidade da URSS de Estaline. Mais tarde os soviéticos pareceram ter compreendido que tinham ajudado a criar um monstro, mas era tarde.
A URSS permitiu e facilitou a partida para Israel de muitos judeus, que nunca tinham sido perseguidos na Rússia mas acreditaram no sonho da recriação de uma pátria judaica. Como muitas vezes acontece, esse foi um sonho lindo que com o tempo acabou por virar pesadelo.
Hoje, cerca de 30% da população de Israel é de ascendência russa e metade deles usam ainda o russo como língua principal. Têm familiares e negócios em território russo e em território israelita e não me parece que de uma maneira geral eles sejam muito próximos da causa palestiniana. O dinheiro circula abundantemente entre os dois estados e isso gera prosperidade mútua. Os serviços de Inteligência de Israel e da Rússia colaboram assiduamente no combate ao radicalismo islâmico, que constitui uma preocupação para os dois países. A Rússia permite, contrariando os seus próprios serviços militares, o bombardeamento de posições do Hezbollah, do Irão e do próprio Governo local na Síria, traindo desta forma os seus próprios aliados. Putin é assumidamente amigo pessoal de Netanyahu, o que faz dele um declarado sionista.
Bem, este estado de coisas era perfeitamente natural quando a Rússia se esforçava infantilmente por criar laços de cooperação e amizade com a União Europeia e Putin ainda acalentava o seu sonho lindo e estúpido de aproximar a Europa da Rússia dando aos europeus a energia barata que lhes permitia preservar artificialmente o seu nível de vida. Esse erro crasso de análise levou-o a seguir por mais de vinte anos um percurso político completamente errado. Ele devia ter tirado corretas ilações das incontáveis provocações que a Rússia foi recebendo, às custas dos seus aliados, dos seus artistas, dos seus desportistas, etc.
Bem, ao provocar uma irremediável rotura entre a Rússia e a Europa, Biden conseguiu finalmente colocar Putin no caminho certo. A Rússia foi obrigada a redirecionar a sua economia e a sua solidariedade institucional para a Ásia e para os países do Sul Global. O facto de ela ser hoje um país líder do movimento BRICS11+ é completamente incompatível com a sua proximidade ao regime colonialista de Israel. Os seus novos aliados no Oriente Médio nunca lhe perdoariam e a Rússia agora precisa deles para sobreviver.
Por mais de um ano, o Hamas preparou, em segredo uma ofensiva contra Israel para alcançar seis objetivos:
1. Demonstrar quão inferior é o exército israelita, quão vulnerável, quão incompetente é a sua inteligência sobre o mundo árabe. Isto foi conseguido através do ataque inicial de 7 de Outubro.
2. Demonstrar o plano israelita de limpeza étnica de Gaza, o genocídio contra os árabes e a incorporação de todos os territórios ocupados por Israel num único estado sionista teocrático.
3. Resistir ao esperado contra-ataque israelita durante tempo suficiente para ativar as forças do Hezbollah na frente norte do Líbano; Forças sírias e iranianas na frente oriental do Golã; e os palestinos da Cisjordânia, incluindo os palestinos jordanianos; os alvos deste último serão as bases aéreas e terrestres blindadas dos EUA na Jordânia.
5. Obrigar os xeiques vacilantes a resistirem à pressão dos EUA; limitar o fornecimento de petróleo e gás aos mercados inimigos; impedir que bases terrestres regionais e permissões de trânsito aéreo sejam ativadas em apoio a Israel.
6. Por último, envolver as potências nucleares amigas – Rússia, China – para dissuadir e, se necessário, combater as forças dos EUA na região e a ameaça de Israel de disparar as suas armas nucleares.
Até agora parece estar tudo a correr bem.
Os EUA nunca aceitarão perder o seu enclave na região porque isso representaria para eles uma derrota estratégica fatal. Eles enviaram dois porta-aviões para o local, equipados com cerca de 750 mísseis Tomahawk capazes de atingir grande parte do território russo. Por essa razão os russos equiparam vários MiG-31 com mísseis Kinzhal capazes de destruir num ápice os porta-aviões americanos e puseram-nos em prevenção total. Eles avisaram os americanos desse facto e acrescentaram que isso “não é uma ameaça”. Segundo o analista John Elmer, “em russo”, quando se diz que alguma coisa não é uma ameaça, isso quer dizer que é mesmo.
A frota russa baseada em Tartous, na Síria, está no mar. No momento, há possivelmente muito mais navios chineses da 44ª Força-Tarefa de Escolta Naval no Golfo Pérsico com capacidades anti superfície, antissubmarino e de mísseis antiaéreos de destroyer Tipo-052D e fragata Tipo-054. A importância desta barreira chinesa para dissuadir um ataque de mísseis e aviões EUA-Israel ao Irão tem sido ignorada pela Imprensa internacional.
As potências posicionam as suas peças no tabuleiro.
Segundo disse em tempos Yasser Arafat, durante uma visita ao Iraque de Saddam, Israel tem 240 ogivas nucleares apontadas para as principais capitais do mundo árabe. Israel é hoje governado por uma seita de fanáticos religiosos que em nada ficam a dever aos fundamentalistas islâmicos do ISIS. Se chegar o momento em que uma derrota militar dentro das suas próprias fronteiras se torne inevitável com ou sem ajuda americana, o que acham que vai acontecer? O que teria feito Hitler no final da II Guerra Mundial se tivesse uma arma assim? E o Imperador Hirohito do Japão?
Provavelmente, como Putin deu a entender recentemente no seu discurso do Clube Valdai, ainda que num contexto diferenciado, assim que o primeiro míssil nuclear israelita for detetado no ar Israel será reduzida a um monte de cinzas radioativas, incinerando judeus e palestinos para evitar um mal maior. Então, é melhor que os EUA tenham realmente um verdadeiro controlo sobre as forças armadas israelitas. O histórico dos americanos com as forças paramilitares que eles próprios criaram não é muito animador.
Se Biden, a velha borboleta louca, não tivesse batido as suas asinhas na Ucrânia, esta tempestade que assola o Médio Oriente, e que poderá muito bem ditar o fim do Estado de Israel, não teria acontecido, pelo menos neste momento. E o mundo não estaria perante mais uma porta de entrada para o apocalipse nuclear, talvez até muito mais perigosa e iminente do que aquela que foi aberta em solo ucraniano e que os russos parecem ter controlado.
A Teoria do Caos em toda a sua glória.
P.S. 1: Informação de apoio, na interessante análise do conceituado jornalista John Elmer aqui.
P.S. 2: Desculpem lá. Eu fico sempre um bocadinho apocalíptico quando o Benfica perde o jogo.
“Nós somos o povo da luz, eles são o povo das trevas… nós cumpriremos a profecia de Isaías”.
Estas foram as palavras do primeiro-ministro israelita num discurso de ontem.
Aterrador,não deixa espaço para as negociações..
O sistema é construído sobre opostos e oposições para poder existir. Se não houvesse mais pobres, não haveria mais ricos. É muito simples de entender.
A sociedade precisa de ser repensada.
A este ritmo, vamos precisar de comprimidos de iodo e de alimentos enlatados…
Como disse Einstein, entre outras coisas: Duas coisas são infinitas: o nosso universo, embora isso ainda não tenha sido verificado, e a estupidez humana!
As pessoas estão sempre a atacar a teocracia iraniana, mas não vêem que os EUA e Israel são duas outras teocracias bem disfarçadas: os EUA excepcionalistas, que acreditam ter recebido uma missão divina para governar o mundo, e Israel, que acredita ser o povo escolhido de Deus acima de todos os outros.
Não é o Irão que estão apoiando o Hamas, mas o poder iraniano. Uma boa parte da população, e sobretudo a de Teerão, não se importa com o seu poder assassino. Grande parte do povo de Teerã não quer mais nada com o Islã. Não é só o Irão, há também o Catar.
Os israelenses queriam destruir o Irão ,mas eles querem que os americanos façam isso,
O Irão não é o Iraque,e se eles continuar as suas guerras regionais , mais tarde ou mais cedo , todos vão chorar seus mortos
Alguns estão acostumados a chorá-los ,outros menos.
Não é necessariamente do interesse de Bibi que as coisas corram bem e rapidamente. Depois da crise, Bibi terá de responder perante a sociedade civil israelita…
Tudo isto são questões financeiras… o roubo e a raquete, como sempre tem acontecido… O que podemos fazer em nosso humilde nível; sofrer e ainda sofrer… tudo isso deve ser destruído…
É curioso…todos os países que apoiam Israel têm um denominador comum: são países colonizadores que, durante séculos, dizimaram outros povos. Partilham a mesma cultura da hegemonia, da lei do mais forte, da predação, do genocídio… Recusam-se sistematicamente a revisitar a história, encontrando nela os factores que explicam o acto do HAMAS…75 anos de colonização, de repressão de assasinatos, de negação das resoluções da ONU, de prisão, de negação dos direitos humanos, de privação de liberdades, de pilhagem das terras e de água, de recusa da existência do “outro” como ESTADO. O eixo transatlântico quer “recuperar” a sua imagem, na sequência da sova que levou na Ucrânia face à Rússia, no Afeganistão. Os EUA e companhia vêm “desdobrar” os seus famosos músculos em GAZA que, militarmente, não tem peso!! Agora todos duvidam do famoso poder desses países colonialistas, predadores e assassinos. Sua história é feita de “isso’!! Lamentável como “civilização”…
De momento, os países em guerra são os de povo guerreiro na alma ou que vivem na guerra há anos. Essas pessoas estão dispostas a pegar em armas e sabem usá-las, talvez até já as tenham ouvido disparar perto delas. Mas nós, Portugueses, Espanhóis, Europeus…. as únicas armas já utilizadas são os PC ou consola. Vivemos em luxúria, nada a ver com os nossos antepassados. Não sendo a favor da guerra e não tendo vontade de a fazer, não sou o único a pensar, pergunto-me como é que se poderia aguentar o que se passa na Ucrânia sem ir até à arma nuclear. É claro que não lutarei. Pergunto-me o que os nossos líderes pensam de nós, que estamos prestes a voluntariar-nos em massa?
Sabemos o que a Inglaterra fez durante a Primeira e Segunda Guerra Mundial, sabemos o envolvimento dos EUA nesta aliança com Israel. Estamos na frente de pessoas que decidiram como o mundo deve girar em detrimento das vidas humanas. A Palestina e o seu povo não significam nada para o seu povo no poder. O que quer dizer que a relação de força permanecerá sempre enquanto houver arrogância e opressão vindo de ambos os lados, os outros igualmente desprovidos que estão, buscarão alianças à sua causa e as confrarias perdurarão enquanto houver um vencido para o bem. SIM, a 3ª guerra está aqui, é apenas uma questão de tempo para que nossas vidas européias sejam viradas do avesso como a deles. Algo que o ocidente queria, ordem através do caos.
Uma hipótese que deve ser meditada porque explicaria muitas coisas. (na verdade …TUDO)
“Depois de a região ser devastada e a NATO for massacrada em vez dos outros… Eles «pedirão», como um direito, um segundo Israel no Leste da Ucrânia (terra ocupada no 18º S.)
Uma vez que a Ucrânia deixará de ser um país soberano, que as terras ficarão sem herdeiros (mortos nas frentes) ou compráveis a baixo custo, que serão assinados acordos de neutralidade conducentes a uma proteção militar paga pelos outros países, esta será a nova terra prometida (terras ricas, no coração da Europa, sem povo que reivindique a sua propriedade e cuja «reconstrução» será financiada pela UE (como já foi prometido)”.
Mas a paz será a mais forte!
Este texto, feito “ao correr da pena” e publicado sem revisão, contém algumas redundâncias desnecessárias que lhe prejudicam a sintaxe, que não a semântica, e pelo menos duas “gralhas”.
Onde está ” farrapos de nuvens num céu e Verão”, deveria estar “farrapos de nuvens num céu DE Verão”.
Onde se lê “os russos equipararam vários MiG-31 com mísseis Kinzhal”, deveria ser “os russos EQUIPARAM vários MiG-31 com mísseis Kinzhal”.
Grato pela atenção.
Corrigido.
Há duas coisas que agradeço a todos os poderes do Universo. Uma delas é viver na outra ponta do Mediterrâneo, bem longe de um povo que acredita ser superior a todos os outros por ter sido escolhido por Deus. Por isso para eles as vidas dos vizinhos não valem nada. Não preciso que ninguém me diga até que ponto é que uma ideologia destas é tão perigosa como a do Estádo Islâmico. Um povo que se julga o eleito de Deus acreditará sempre que será protegido por Deus faça o que fizer. Sempre sobreviverá mas os outros podem morrer todos porque não valem nada. Acreditam mesmo que são a luz e nos somos todos as trevas. Por isso podemos contar com tudo, até um ataque a Rússia. Outra coisa, eles acreditam que há tempo para se vingarem dos inimigos até à 70 geração. Quantas gerações acham que passaram desde a Inquisição?, Ainda vão a horas por isso eu agradeço estar na outra ponta do Mediterrâneo. Pode não resolver nada se eles decidirem atacar a Rússia mas pelo menos vai nos livrando do destino dos libaneses, palestinianos e sírios.
Outra coisa que agradeço é o meu pais não ter nada para roubar. Porque todos os que teem podem contar com golpes de estado, revoluções coloridas, rebeliões armadas até terem um Governo que venda os seus recursos a preço de banana ou menos ainda. Por isso antes pobres mas vivos o mais tempo possível. Que nunca por cá se descubra petroleo, gas ou qualque outra coisa que interesse.
O que está a acontecer na Faixa de Gaza é a prova da crueldade de que é capaz um povo que se julga o eleito de Deus. Talvez se queira mesmo matar aquela gente toda a bomba. Só isso explica que digam as pessoas para fugir para certas zonas e depois as bombardeiem.Isso ou provar ao mundo que são mesmo impunes. Se é isso, podem parar. Já todos percebemos.
O que é indecente é que haja Governos a proibir manifestações dizendo que tal pode dar a entender que se apoia o Hamas. Não, o que se apoia é um redondo não ao direito a que um povo se arroga de matar ou expulsar mais de dois milhões de pessoas. O que, se pede é o fim da bárbarie. Uma barbaridade que dura desde que, acharam boa ideia dar uma terra onde já vivia gente a um povo que se julga superior a todos os outros. Sabendo bem que uns gente assim trataria de exterminar os vizinhos. Ou reduzi Los a escravidão. Nunca um povo que se julga o eleito de Deus tratará outros povos como iguais, muito menos quem tiver o azar de ser seu vizinho.
Por isso custa me que haja gente a dizer que se sente próximo aos valores culturais de Israel. Só se também se acham a última bolacha do pacote.
Bom comentário, as usual. 🙂
“Temos de combater o demónio imperialista, capitalista e fascista norta-americano. Temos de promover o progresso e o proletariado. Para o bem da humanidade. Pelo futuro.
PS: Então e o Benfica, hein? Lá perderam! Que nabos! Treinador para a rua!”
Opah, Este blog faz da luta de classes uma comédia leve!
Estou me nas tintas para o Benfica ou qualquer outro clube. Por aqui vamos falando sobre o mundo. Não combatems ninguém. Pelo menos eu não. Quem eu combato são bandidos que se acham o povo escolhido por Deus e acham que devem exterminar quem ocupa a terra que Deus lhes deu há três mil anos. Bandidos que dizem ter abolido as leis da guerra. Bandidos que mandam as populações fugir e as bombardeiam enquanto fogem. Bandidos que bombardeiam as zonas para onde mandaram fugir. Bandidos que ja faziam isso há muitos anos. E bandidos que os apoiam, bandidos que impedem manifestações, que espancam manfestantes, gente que simplesmente protesta contra esses bandidos. Bandidos que chamam aos outros pretos da neve, animais e outros mimos. E agem em conformidade. Nao combato, porque não tenho armas. Porque se calhar mesmo que as tivesse não combateria. Porque acredito na vida. Porque gente disposta a matar já há demais neste mundo.
Mas se tivesse vivido uma vida inteira em territórios ocupados pelos tais bandidos talvez estivesse disposto a morrer matando porque o meu sofrimento teria acabado.
Simplesmente vou escrevinhado. Contra quem se acha o povo escolhido por Deus. Contra quem se acha superior a outros. Contra quem acha que tem uma missão soberana de dominar o mundo. Contra todos esses. Sempre
Correndo o risco de me chamarem antissemita, antiamericano e outros mimos.
Mas tenho as costas largas. Depois de quase ter morrido por me terem transformado em rato de laboratório tenho as mais largas ainda. Slava o raio que parta os sionistas.
Ah, sim, antes que me esqueça, o Benfica vai de mal a pior.
Tal como o sentido de humor dos distintos “comentadores” do blog. Para entender uma piada é preciso ter inteligência e ela não abunda realmente por aqui.
Têm um texto de pesquisa e análise que levou três horas a elaborar que quase de certeza nem chegaram a ler (tem muitas letras para escassos neurónios) e portanto não conseguem comentar, concordando, acrescentando argumentos ou discordando e rebatendo, como deveria ser o objetivo num blog de discussão.
Em vez disso encarniçam-se contra uma graça que eu quis colocar no fim para dar um toque de humor literário.
Felizmente não escrevo para vocês.
Passem bem.
Pois eu leio-te sempre com gosto, de fio a pavio. E se discordâncias pontuais já tivemos, quanto a mim meros fait-divers, neste post também as vejo apenas em questões menores. Por exemplo, eu prefiro classificar Joe Biden como “corrupto senil”, em vez de “velho louco”. E quanto a dizer que “Biden elaborou o plano de destruir a Rússia para vingar a derrota que esta lhe impusera na Síria”, admito que seja um factor, mas o plano de desmembramento da Rússia, sonhado na América, é muito anterior a Biden e parece-me ter motivos menos subjectivos, a saber: um somatório de bantustões em vez da Rússia, a mijar dada um para seu lado, facilitaria a apropriação, pelo império mafioso, das imensas riquezas que uma Rússia unida e forte não deixa que lhe roubem.
Pois, “fait divers”.
A propósito, os bisontes americanos são considerados “ecologicamente extintos” por alguns organismos internacionais, porque dos cerca de 40 milhões que existiam antes da chegada do “homem branco” restam uns poucos milhares, divididos em pequenas manadas, que já não têm praticamente nenhuma influência na ecologia daquelas regiões. Antigamente as suas fezes enriqueciam o solo e serviam de alimento a um grande número de insetos que por sua vez alimentavam uma vastíssima população de aves, etc. Tudo se perdeu. Provavelmente foi essa perspetiva que tu viste na net.
E sim, eu não perdi tempo a verificar porque tinha mais que fazer, mas é possível que os “bisontes” do filme “Dances With Wolves” sejam na verdade, pelo menos em algumas sequências, vacas maquilhadas e tratadas digitalmente, dado que os organismos de conservação da natureza americanos poderão não ter autorizado a sujeição dos frágeis exemplares restantes ao “stress” das filmagens. Os bisontes americanos são ainda considerados espécie em risco e duas subespécies estão realmente extintas.
É verdade que tu viste bisontes no filme, mas também viste dinossáurios nos filmes da série “Jurassic Park”. E acredita em mim, eles estão extintos.
E porque vem a talhe de foice, os dados agora recolhidos pela sonda indiana Chandrayaan-3 sobre as verdadeiras condições na superfície lunar, e que eram completamente desconhecidos pela comunidade científica até agora, acabam de pregar mais um grande prego no caixão da grande farsa da Missão Apollo 11 em 1969…
Um abraço.
To bi(sonte) or not to bi(sonte), that could be the question, but not for me. On the Moon… maybe.
Um abraço lunático, já que lunar não dá.
A referência ao Benfica teve a ver com outro comentador que me pareceu que estava a gozar com as nossas caras até pelo pseudónimo que escolheu. Porque isso de chamar putinistas a quem não acha piada nenhuma a estarmos a apoiar nazis na Ucrânia e o carimbo com que andamos a levar desde Fevereiro.
E agora levamos com o carimbo de antissemita porque não achamos piada a que um povo se ache superior a todos os outros,mate a torto e a direito e se esteja nas tintas para qualquer regra da guerra. E que começou a matar, expulsar, meter em guetos muito, mas muito antes de 7 de Outubro. 7 de Outubro foi simplesmente o dia em que saiu ao genocida mor a sorte grande. Porque esse assassino mata há mais de 20 anos, agora simplesmente esta a cumprir um sonho molhado que levou a estampa já nos anos 80.
Como a ideia de destruir a Rússia já veio desde o tempo em que fizemos eleger um bebado e demos corda aos chechenos. A ideia era sem dúvida que outros seguissem o mesmo caminho de separatismo. Aí terroristas que fizeram o mesmo que o Hamas a 7 de Outubro eram combatentes pela liberdade. Mas claro que boa parte dos planos ocidentais para a Siria terem sido frustrados fez o velho senil, velho louco e todos os que o apoiam querer voltar a tentar, desta vez usando um território bem maior e mais populoso que a Chechenia.
Em resumo, não quis ofender ninguém ate porque o máximo que faço é mandar um comentador que, todos sabemos que é mandar ir ver se o mar dá choco. E não é por nada. É porque o ar do mar é uma boa terapia.
De resto acho que nenhum de nós escreve para ninguém. Vai escrevendo para tentar encontrar alguma ordem no caos que vai por este mundo. Aqui o único que escreve para os outros todos sabemos quem é . Aliás o homem escreve, em boa parte dos casos, só para nos chamar nomes, numa escala que vai de putinistas a coiroes. Não se dá ao trabalho de pesquisar porra nenhuma nem de levar muito tempo a escrever. As vezes lá vem uma reminiscência da Seleções do Reders Digest para fazer a cama para nos dar os tais mimos.
Por isso mesmo que não escrevas para ninguém continua a escrever porque as vozes lúcidas são cada vez menos.
A boca do Benfica teve a ver com outro comentador que me pareceu que estava a gozar com a nossa cara ate pelo pseudónimo escolhido.
Porque isto de ser cunhado de putinista já nos acontece desde Fevereiro e começa a ser cansativo.
O único que aqui escreve para os outros certamente todos sabemos quem é. Não escreve muito que como bem disseste isso da trabalho mas lá enfia qualquer coisa lida nas Seleções do Readers Digest de quando em vez para nos poder depois chamar de putinistas a coiroes.
Mesmo que não escrevas para os outros continua que andamos todos a precisar de lucidez.
E tens razão, não há quase bisontes na América e isso também foi parte da estrategia de genocídio dos hoje chamados nativos americanos. Mas que naquela altura eram considerados combatentes estrangeiros hostis. Que tinham nos bisontes a comida, as roupas de pele e as tendas. Por isso havia meliantes pagos para matar bisontes com a desculpa que, era para alimentar os trabalhadores dos caminhos de ferro ou outras populações. Quando na realidade os estômagos europeus eram muito delicados e do animal so comiam a língua.
A referência aos bisontes tem a ver com uma pequena bulha que tive com o Joaquim Camacho há mais de um ano porque ele me disse que “não se pode acreditar em tudo o que vem na net” porque ele até já tinha lido “que os bisontes do filme “Danças Com Lobos” do Costner eram na verdade vacas disfarçadas, dado que os bisontes estavam extintos na América”. Eu não gostei porque ele pôs em causa a minha capacidade de discernir a verdade da mentira, como se eu fosse um garoto.
E a discussão começou porque eu facultei ao JC o link de um site que de facto desmonta logicamente o mito de uma viagem à Lua com a tecnologia dos anos 60/70, quando agora, dispondo da muito superior tecnologia atual, reconhecidamente não existem os meios de a fazer, pelo menos sem matar os astronautas. Enviar uma sonda autónoma sem apoio de vida é diferente.
https://www.afraudedoseculo.com.br
Depois disso estive ausente mas não foi por causa dele. Na verdade voltei porque o fórum de discussão sobre Política e Geoestratégia do Sputnik, onde eu tinha vindo a participar quase diariamente, foi terminado na rede VK e passei a ter mais tempo livre para gastar.
E sim, o tal “Vladimir Putin” é um imbecil e um provocadorzinho de merda. Deu para perceber com apenas um “post”. Mas isso toda a gente aqui sabe certamente.
Um abraço.
Um pikena correcção. Eu não disse que
#já tinha lido “que os bisontes do filme “Danças Com Lobos” do Costner eram na verdade vacas disfarçadas, dado que os bisontes estavam extintos na América”#
Quem teimou comigo que eram vacas disfarçadas, porque os bisontes estariam extintos, foi um antigo colega meu, que partilhava contigo a convicção sobre a alegada fraude da ida dos homens à Lua. Mas isso são águas passadas, não interessam nada para aquilo que agora nos preocupa a todos, fica cada um na sua e ninguém morre por isso. Do que podemos todos lerpar é dos cogumelos laranja que se agigantam no horizonte, esses sim com capacidade para extinguir os bisontes que restam, e as vacas que abundam, e nós todos com eles e elas.
Mais um abraço lunático
Meu caro:
Não é de somenos demonstrar que todo o edifício ideológico, laboriosa e artificialmente construído ao longo de décadas, para estabelecer subliminarmente na consciência dos povos a ideia da superioridade científica e tecnológica do Império das Mentiras sobre o resto do mundo, é baseado numa grande mentira. Como de resto sempre seria lógico que assim fosse.
Está tudo ligado, como um “gestalt”. Não se podem separar as partes do todo e analisá-las separadamente se o queremos entender.
Isto é fim de papo para mim também.
E porta-te mal, que a vida são dois dias.
Com ou sem cogumelos laranja.
Corrigindo, andamos a ser chamados de putinistas desde Fevereiro do ano passado.
Se isso era para o lado que eu dormia melhor com o novo epíteto de antissemita durmo melhor ainda. Porque se ser antissemita é ser contra que um povo se arrogue fazer tudo quanto lhe dá na veneta, matar a torto e a direito porque é o povo escolhido por Deus e superior aos outros eu confesso que sou.
Um dia um pro Israelita dizia que Israel tinha mesmo de fazer mal tendo em conta aqueles vizinhos. Ora eu e que não queria ter como vizinho um país armado até aos dentes, com armas nucleares e que acha que tem todos os direitos porque é a nação escolhida por Deus. Dou graças por viver na outra ponta do Mediterrâneo.
Esse pro Israelita ia levando uma caldeirada de um polícia por abraçar uma mulher em público próximo ao muro das lamentacoes. Ainda tentou argumentar que a mulher era a mãe dele, o que era verdade, e a resposta do grunho foi “it S a woman”,nem foi she is a woman, foi essa coisa e uma mulher. Por isso cá me parece que nem todos por lá serão assim tão amantes dos valores ocidentais, mas isso são contas de outro Rosário.
Que eles também não tratam muito melhor quem lhes descobre a careca. A troco de uns bons cobres um certo Mordecai Vanunu aceitou levantar a lebre do arsenal nuclear de Israel, então muito menor mas já um perigo nas maos de quem tem o tal complexo de superioridade. Se fosse árabe soltariam contra ele os carrascos do Kidon. Assim trataram de o raptar usando a oferta de sexo, o truque mais velho do mundo. Passaria os 13 anos seguintes nas prisoes israelitas, as mesmas onde apodrecem milhares de palestinianos. A saída, converteu se ao cristianismo adoptando o nome inglês de John Crossman, João o homem da Cruz, o que dá bem a medida do que lá deve ter passado. E é gente desta que os nossos lidimos defensores dos direitos humanos apoiam incondicionalmente. A bandeira desta gente andou por todo o lado como ainda anda a Ucraniana. Ainda hoje vi um carro que tinha o tablier transformado num verdadeiro oratório.
Netanyahu, que viu no passado dia 7 a oportunidade de cumprir o sonho molhado que persegue pelo menos desde os anos 80 agradece certamente a nossa boa vontade. O zelo com que na Europa Central a polícia dispersa a porrada manifestações contra o massacre e a rapidez com que todos os que protestam são transformados em antissemitas e instigadores do ódio por todos os comentadores e mais alguns.
Destruir a Rússia também é o sonho molhado dos americanos desde que por lá fizeram eleger um bêbado. Esperavam que outra gente seguisse o separatismo sangrento da Chechenia.
Como tal não aconteceu trataram de escalar a coisa usando um país vizinho bem maior e mais populoso. E, claro, foi certamente o facto de a Rússia lhes ter conseguido trocar boa parte das voltas na Síria que levou o entorno do velho senil a querer carregar no acelerador.
Entretanto o único que de certeza escreve para nos voltou a dar a costa, mas noutros mares.