Rubiales: entre o feminismo e a hostilidade aos homens

(Maria Afonso Peixoto, in Página Um, 01/09/2023)

No auge do movimento MeToo, Marianne Williamson, uma escritora norte-americana e candidata presidencial pelo Partido Democrata nas últimas eleições, fez uma publicação na sua página de Facebook em que alertava para os excessos do clima persecutório instalado em relação aos homens, dizendo que, no que toca ao assédio, “existe uma diferença” entre um “criminoso” e um “idiota”.


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12 pensamentos sobre “Rubiales: entre o feminismo e a hostilidade aos homens

  1. Wokismo: o último ardil dos fracos para ter acesso ao poder.

    Para mim, o wokismo é uma engenharia social com vários objectivos mais ou menos óbvios.
    Mas um desses objectivos, que só agora compreendi realmente (há anos que penso nisso, sem o identificar), é o de criar uma grande distração para as pessoas do Ocidente, sobre a injustiça global do Sistema, em que todos participam e se entregam.
    Passo a explicar: como ocidentais, podemos facilmente adivinhar que 4/5 da população mundial está muito pior do que nós e que é normalmente para satisfazer as nossas necessidades que eles são explorados de tal forma que vivem em tal miséria.

    Mas se tivéssemos uma consciência profunda e constante desta injustiça generalizada, não a aceitaríamos mais e, por isso, mudaríamos os nossos hábitos de consumo, ou mesmo faríamos uma secessão (greve, boicote, ) para parar o massacre. Daí o interesse em criar e difundir ideologias como o wokismo: os ocidentais negros, árabes e asiáticos, as mulheres e outras “minorias” ou “desfavorecidos” (por oposição aos “privilegiados”, os homens, os brancos) sentem-se assim totalmente vitimizados, enquanto eles são favorecidos, porque são ocidentais.

    Por isso, colocam-lhes vendas nos olhos, impedindo-os de se aperceberem de que a situação é muito mais atroz no resto do mundo. E o mesmo acontece com os “privilegiados”: O wokismo coloca-lhes antolhos, porque em vez de lutarem contra a injustiça global, lutam contra o wokismo, uma ideologia que visa desacreditá-los, prejudicá-los. A situação mundial é tão intolerável, há tanto sofrimento e injustiça, que todos nós, que temos acesso à informação, deveríamos ser instados a deixar de jogar o jogo, a fazer greve / boicote / para criar outro sistema… mas, graças a toda uma engenharia social, incluindo a do wokismo, fazemos barulho entre nós, evitando olhar para outro lado, acentuando a nossa dissonância cognitiva.

    Em suma, talvez eu esteja enganado, mas parece-me que as nossas elites estão tão à nossa frente que são perfeitamente capazes deste tipo de manipulação de massas.
    Basta olhar para Richard Courdenove Kalergi e para o seu livro de 1925 “Praktisher Idealismus”, no qual ele descreve como o Império Americano, para estabelecer a sua hegemonia global, teve de provocar vagas de imigração em massa de África e dos países árabes para os países europeus, a fim de semear o caos nesses países e tornar esses povos subservientes ao Império. Este homem, Kalergi, é considerado o pai espiritual da UE.

    Diria que o wokismo é um neo-progressismo, sob a capa de uma justiça humanizadora, cujo único objetivo é fragmentar ainda mais as sociedades ocidentais para facilitar o “advento” de um novo paradigma societal que nos está a ser imposto, tal como esta ideologia woke pode estar nas universidades , por exemplo…

    Uma das maneiras mais fáceis de escravizar uma população inteira é torná-la “sem noção”.
    Para o conseguir, nada como “desidentificar” as pessoas. A partir do momento em que se deixa de saber quem se é, fica-se numa posição fraca e facilmente manipulável, o que beneficia facilmente alguns manipuladores bem colocados.

    Mas o que me espanta é a facilidade com que conseguem “perder” essas pessoas.
    Obviamente, quanto menos educados somos, menos capazes somos de nos opor a estas ideologias tão pouco saudáveis…

    Em vez de bater nas pessoas extravagantes que vitimizam as suas princesas, o melhor a fazer é bater nas equipas de marketing que inventam este lixo do século XXI.

    Isto é mais uma ideologia dos EUA! já existe há muito tempo.
    Por outro lado, tenho um problema com o facto de este assunto nos ser imposto como universal, uma linguagem tola que nunca vou adotar, e ser propagandeado entre os mais novos!

    Há décadas que andamos a desvirtuar os homens, que lhes tiramos o papel de pais, o papel de chefes de família, que lhes dizemos que são inúteis para a sociedade, que as mulheres podem fazer tudo sozinhas, que lhes dizemos para serem menos viris, menos masculinos. … homens que não se contentam em ter valores femininos… não, tornam-se mulheres (os transgéneros vão quase sempre na mesma direção).
    É a continuação do feminismo e da luta contra os homens
    Mas podemos perguntar-nos porquê?
    Bem, a resposta é simples… quem é que vai para a guerra? Quem se rebela? Quem é que não é dócil? Quem é que se pode rebelar? Quem pode pegar em armas? Se eu fosse um dirigente que quisesse deitar fora qualquer risco real de revolução e docilizar a população, não o faria melhor do que isto.

    O wokismo é estúpido, quanto mais se quer impor este tipo de escolha, mais se cria oposição à escolha dos transgéneros. Não há necessidade de estigmatizar as pessoas heterossexuais ou transgénero. Cada um escolhe o seu caminho num contexto privado. . Pessoalmente, estou-me nas tintas para o facto de as pessoas serem negras, brancas, amarelas… Estou-me nas tintas se as pessoas são heterossexuais, trans ou o que quer que seja. Por outro lado, quando se estabelecem regras sobre a escolha, então serei racista, homofóbico…

    Pode não parecer muito, mas ver o mundo de uma forma binária significa que as relações sociais, o desenvolvimento pessoal, etc., só podem piorar. Porque nos leva a ficarmos cada vez mais histéricos por nada, a sermos incapazes de fazer nuances, a usar apenas a emoção em detrimento da razão.

    • Pensar é seguramente esforço meritório.
      Mas partir do princípio que onde há desigualdade há injustiça é tão woke como dizer que onde há raças há racismo ou onde há sexos há seguramente sexismo.
      Em conclusão, o woke não é um novo ‘despertar’, é mais do mesmo para mais temas.
      É a estupidez em forma alargada.
      E como à estupidez sempre vai associada a ignorância, o enorme foco publicitário alcançado pelo wokisno, atrai a enorme multidão de ignorantes que sabem nada de justiça, racismo, sexismo e o demais que enche os noticiários.
      E não é que, não raro, Estados e organizações de todo o tipo lhes pagam?

  2. Tomou como assegurado que a sua posição lhe permitisse fazer o que queria sem pensar nos outros, nesse e noutros casos. O resto é blá blá.
    Quanto ao uso do termo que os abolicionistas e anti-racistas usaram para a sua luta, era suposto ser um insulto? Com muito gosto, obrigado.

  3. Vamos a isso: todos a discutir o beijo espanhol, para tudo o mais continuar o seu curso sem sobressaltos ! A isto chamam os amaricanos “wag the dog”. E resulta!

  4. Li o artigo e louvo-lhe a clareza e o acerto.
    E os coirões que se juntaram ao coral e andaram a pedir desculpas por tardarem a juntar-se à manada, são seguramente os idiotas que o Rubiales talvez não seja.

    • Estamos de acordo uma vez na vida.

      Rubiales nem e criminoso nem é idiota. É um verdadeiro feminista cujo trabalho é dedicado ao desporto feminino. Tal foi a sua alegria com o sucesso das duas compatriotas, que ficou eufórico e deu um xodó. Nada de errado.

      Se a jogadora se sente incomodada, ele deve-lhe um pedido de desculpas, e já o fez por duas vezes. Quanto a mim foi uma vez a mais do que o necessário.
      Numa sociedade normal, caso encerrado.

      Mas não estamos numa época normal no ocidente. Estamos na anormalidade em que, para distrair os eleitores comuns, esse sim idiotas, há uma campanha woke (feminismo radical, LGBT+ radical, anti-racismo radical, ambientalismo radical) que visa colocar a discussão pública numa guerra de trincheiras que discute casos e cadinhos e até não-casos, de forma a distrair o povo do mais importante, e até de forma a estupidifica a sociedade.

      No final, uma mulher pode mostrar a vagina na rua e isso é “corajoso”, mas o homem que se despir é um “tarado”.
      O Obama na Casa Branca (capital do império genocida) é “progressismo”, e enquanto a TV da lavagem cerebral celebra isso, não mostra o soldado ocidental branco a matar um civil árabe. Um Transexual faz um strip perante crianças e isso é “inclusivo”, mas se um pai recusa dar hormonas para a filha se tornar filho, esse pai é um “agressor”. E nem vou falar daqueles que vão nos seus aviões a jato privados discursar em conferências sobre o ambiente, nem vou falar sobre a “transição verde” em que se dão fundos €Uropeus para os empresários comprarem um carrito topo de gama novo e eléctrico, enquanto os seus trabalhadores explorados com salários miseráveis não têm sequer apoio para arranjar as casas e deixar de passar frio no Inverno.

      É para isto mesmo que serve este movimento woke. Distrair e manipular. Uma herdeira bilionária é foto de revista pois o velho quinou e deixou-a na posição de CEO da ‘famiglia’, e isso é vendido como “feminismo”. Mas a mulher que trabalha na caixa do seu supermercado em troca do salário mínimo miserável, que se f*da.

      Este não-caso do Rubiales ainda evidenciou mais isto. A muita gente caiu a máscara. Ao mesmo tempo que lhe chamam “criminoso”, “assediador”, “agressor”, “violador”, chamam depois “heróis da democracia e liberdade” aos nazis ucranianos que bombardeiam mulheres civis no Donbass, ou aos soldados dos EUA/NATO ainda hoje a invadir o Iraque, Síria, etc, onde se sabe que chegaram ao ponto de matar mulheres em casamentos e baptizados, e até quando levavam os filhos e filhas para a escola.

      E depois há as difusoras de ódio. As feministas extremistas. Essas aproveitam o wokismo para levar avante a sua agenda, que não é a da igualdade, mas sim a do ódio contra TODOS os homens.
      O que mais me espanta é o número de homens, esses sim idiotas, que se juntam a esta turba de forquilha na mão para atacar outros homens, por mais inocentes que eles sejam.

      O que o Mundo ocidental mudou em tão poucas décadas. Para pior. Se fosse hoje, estas malucas que odeiam homens, e estes homens com falta de testosterona, atacariam em matilha até estraçalhar por completo aquele marinheiro que, chegado vencedor da Segunda Guerra Mundial, espetou um beijo a uma enfermeira no meio da rua. Quando o ocidente era uma sociedade normal, esta foto ficou imortalizada como um símbolo de alegria eufórica, de amor e amizade, de um gesto inocente e bem intencionado.
      Não sei se essa histórica foto está exposta nalgum lado, mas se estiver, não deve faltar muito para ir lá uma feminista extremista (conhecidas online pela forma jocosa de feminazis) destruir aquela obra de arte “em nome da igualdade e do respeito”.

      É também contra esta estupidez que lutam e se defendem os cidadãos anti-imperialistas (anti-globalistas, anti-wokismo ocidental) e os soldados Russos, Chineses, Iranianos, Venezuelanos, Nigerinos, etc.
      Estão a defender um modo de vida decente e natural, com bom senso e tradição, em vez de aceitarem ser derrotados e “exterminados” por um movimento que visa destruir todas as comunidades, todas as nações, todas as culturas, e deixar ficar apenas o individualismo estúpido e o progressismo radical que mais não é do que uma forma de os NeoLib e NeoCon dividirem para reinar.

      As marchas gay com trabalhadores da Lockeed Martin (apenas um exemplo do complexo militar industrial do império genocida ocidental) a usarem uma faixa arco-íris paga pela empresa, é a cúmulo desta estupidez toda.
      A seguir segue-se o quê? Nazis Ucranianos os com F16 pintados com a o hashtag #BLM (Black Lives Matter)? O batalhão Azov com um novo símbolo verde em nome do ambiente? As fotos do Stepan Bandeira, colaborador de Hitler no Holocausto, e herói desta ditadura pós-golpe Maidan, acompanhadas de um arco-íris? O Zelensky a deixar o verde tropa e a passar a vestir cor-de-rosa?
      Já acredito que possa acontecer tudo. Qualquer dia até o Bernie Sanders e a AOC, ou uma Ana Gomes ou um Cotrim Figueiredo, dizem que os submarinos nucleares a caminho do Mar Negro e do estreito de Taiwan serão em nome do “progressismo” e que celebrar o Dia da Vitória a 9-Maio é “racismo”, “negacionismo”, “populismo”, “fascismo”, e “machismo tóxico”.
      O Ocidente tornou-se um circo, e o problema é que a maioria gosta de fazer de palhaço.
      E o resto do Mundo está a ver. Que vergonha!

      • Felizmente a Estátua de Sal continua a descobrir e a publicar textos de qualidade sobre temas diversos do nosso presente e a dar lugar a comentadores que nos trazem uma visão plural e fundamentada, ausente da comunicação social tradicional. Desde que descobri o blog, venho aqui quase diariamente, para me restabelecer da agressão de noticiários que não passam de propaganda imunda dos poderes que nos oprimem, seja a propósito da guerra, seja a propósito do quadro de pensamento comandada pelo wokismo que reflete o ideário daqueles poderes. E agradeço a todos os comentadores que aqui se expressam com muita lucidez e me fornecem elementos de informação que certamente dão muito trabalho a procurar e organizar. Carlos Marques é um deles, e o comentário que nos traz hoje é um ato de coragem contra um demissionismo ou conformismo cultural que percorre toda a sociedade e atua como matilha que pretende esfrangalhar qualquer resto de bom senso.
        Estou inteiramente de acordo com a análise que faz sobre o caso Rubiales, criado e ampliado a partir de um facto banal, como se o homem devesse pagar por todos os crimes reais e presumidos contra as mulheres, como parece pretender um destacado comentador da TSF especializado em conferir certificados de ética ou falta dela.

  5. Pingback: O beijo da paz ~

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