Foi você que pediu uma revolução 4 i? – Parte II

(Daniel Vaz de Carvalho, in Resistir, 14/01/2023)

O elevadíssimo nível de automação, digitalização, comunicação através de redes informáticas que a “revolução 4 i” pressupõe estava e está muito mal explicado nos seus processos, planeamento e consequências. Contudo, os prosélitos do grande capital exultam, parecem ignorar todo o contexto e viverem num delírio tecnocrático.


Artigo completo aqui: Foi você que pediu uma revolução 4 i? (2)


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Um pensamento sobre “Foi você que pediu uma revolução 4 i? – Parte II

  1. Excelente análise.

    Porque é que Portugal teve eleições em 2021? Está aqui a reposta:

    Resumidamente (indo logo á conclusão):
    «o patronato da CIP não permite (é o termo) que as alterações ao Código do Trabalho introduzidas em 2012, pela direita no tempo da troika, sejam alteradas»

    Prolongadamente:
    «É uma “revolução” que vê a flexibilidade laboral como uma virtude. Para isto não era necessário nenhuma “revolução”, foi desde sempre o objetivo do grande capital…
    Os trabalhadores já não têm real direito de sindicalização…
    As grandes transnacionais dispõem de quadros especializados na repressão à atividade sindical e pró-sindical e na perseguição aos ativistas. Os países enfrentam sempre a ameaça de deslocalização das empresas transnacionais se a atividade sindical as afetar.

    A maior dificuldade para os seus planos é portanto o sindicalismo de classe. Não admira por isso que reacionários de todos os matizes defendam o “investimento estrangeiro” e ataquem o investimento público. A emancipação do proletariado era insuportável, havia que acabar com a unidade das camadas proletárias e liquidar a classe operária. Por detrás dos pomposos encómios propagandísticos tudo se resume a pagar menos e despedir mais facilmente. Por outras palavras: sacrifiquem-se para que os mais ricos sejam cada vez mais ricos…

    Na Europa e nos EUA a percentagem de trabalhadores sindicalizados passou para menos de um terço do que era há uns 30 ou 40 anos. Enquanto isto, as desigualdades e os lucros do grande capital não pararam de crescer. Em Portugal sucessivas revisões da legislação laboral – com o apoio do divisionismo sindical – levaram a que 75% dos trabalhadores com menos de 25 anos e 62% entre os 25 e os 34 anos tenham vínculos laborais precários. Contudo o patronato da CIP não permite (é o termo) que as alterações ao Código do Trabalho introduzidas em 2012, pela direita no tempo da troika, sejam alteradas.»

    E ainda há quem diga que o António Costa é de Esquerda e que o Pedro Nuno Santos será o futuro…
    E noção?

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