Tanta verdade junta mereceu publicação – take XIX

(Por Carlos Marques, 20/09/2022)


(Este texto resulta de um comentário a um artigo que publicámos de Maria ver aqui. Perante tanta verdade junta, resolvi dar-lhe o destaque que, penso, merece.

Estátua de Sal, 20/09/2022)


Comentário de Júlio Sousa referido no artigo abaixo:

“Parabéns à autora por dizer aquilo que penso. Não me importo de chocar quem quer que seja: Estes ”
leader” do ocidente evidenciam toda a hipocrisia do ser humano, escondendo crimes que lhe são imputáveis, fazendo pilhagens de recursos e para isso fazem guerras e matam milhões de pessoas. Esta gentalha que apoia a guerra é a mesma que apoia o imperialismo terrorista. Não esquecer os jornalistas mentirosos e cúmplices com esta guerra promovida e sustentada pelos genocidas dos EUA/NATO. Grato à autora deste artigo “desenpoeirado”, a bem da paz.”


Subscrevo o texto e também o seu comentário.

Acrescento outro “não percebo” aos “não percebos” da Maria: como é possível que tanta gente continue a repetir a mentira de que a Crimeia é Ucraniana e que foi anexada “pelo Putin”, quando na realidade aquele povo decidiu livre e democraticamente que era contra o golpe Maidan, era contra a ditadura e a extrema-direita/nazi que se estava a implantar no poder (governo, polícias, e militares) em Kiev, queria voltar oficialmente ao seu país de sempre (Rússia), e sondagens ocidentais posteriores confirmaram os resultados esmagadores do referendo?

E pior, “não percebo” como é possível que se apoie com dinheiro e armas a ditadura e o exército de nazis que tem como promessa/ameaça o alargamento da guerra até à Crimeia.

O “não percebo” obviamente vem da perplexidade e da não aceitação da estupidez/ignorância e ódio/belicismo da maioria. Obviamente que todos percebemos (aqui na EstatuaDeSal e noutros espaços ainda Democráticos) muito bem o que está por trás de tudo isto, e de todas essas posições dos “democratas liberais”, desde a Ana Gomes até ao Mário Machado…

É exatamente por isso que a propaganda atingiu um nível tão gigantesco e agressivo, e que o bullying contra os que usam o cérebro chega a níveis comparáveis com o ódio. Eles (os do império, do sistema, seus vassalos, e avençados) sabem bem o que lhes acontecerá, agora que fizeram all-in na mentira e nas consequências da mentira, no dia em que a maioria do povo Ocidental abrir os olhos.

Assim, os oligarcas da ditadura Bilderberg/Davos/Bruxelas/Washington, têm 4 opções: guilhotina, forca, suicídio, ou prisão perpétua. Quem é genocida, apoia nazis, manda milhões para a miséria, prende/persegue os jornalistas que ainda dizem a verdade, e arrisca a 3ª Guerra Mundial (que sendo nuclear, será a última…) não merece mais nada.

Olhando para o Parlamento Português, ficam de fora os 2 partidos que, muitíssimo bem, votaram CONTRA o imperialismo belicista da oligarquia de Washington, votaram CONTRA o aumento da ameaça contra a Rússia e China e Não-Ocidentais, e votaram CONTRA a negociata com a ditadura Turca (AGORA a invadir a Síria e a matar Curdos) que viola Direitos Humanos de refugiados.
BE e PCP votaram contra o alargamento da NATO: grupo de terrorismo de Estado Ocidental, fundado pelos genocidas USAmericanos, pelos imperialistas Britânicos, e pela ditadura fascista Portuguesa em 1949.

Uma NATO que teve pouco depois da 2ª Grande Guerra um dirigente (Chairman of Military Committee, 1961-1964) formado, treinado, doutrinado, fanatizado em altos quadros (Operations Chief (nº3 na hierarquia do exército), 1938-1944) dos Nazis: Adolf Heusinger.
Um tipo procurado pela URSS nos anos 60 para ser julgado pelos crimes de guerra cometidos em territórios ocupados, mas que morreu sem nunca se fazer justiça. E pior, segundo documentos divulgados em 2014, fez parte do Schnez-Truppe, um exército secreto que veteranos da Wehrmacht e das Waffen-SS tentaram criar nos anos 50, a mesma década em que este Nazi foi chefe do exército da Alemanha Ocidental (1957-1961).

Imaginem que algures nos anos 2010, o Osama Bin Laden despia os trajes com os quais ficou conhecido, testemunhava num julgamento contra gente em posições inferiores na Al-Qaeda, vestia um fato e gravata, e passava a ocupar o lugar que é hoje em dia de Stoltenberg, ou o da Leyen.
É basicamente esta a história da NATO, mas com Nazis, ou seja, de longe bem piores que a Al-Qaeda.

Quanto mais se lê sobre a história que fica sempre de fora da propaganda, seja as “notícias” ou os filmes de Hollywood, mais se percebe quanta razão está do lado da Rússia, para se sentir provocada e ameaçada, para não deixar escapar um único suspeito de Nazismo, e para ter de novamente recorrer às armas para derrotar o mal (Nazi) que afinal nunca foi derrotado na Europa, mas apenas travestido e mascarado, e levado ao colo por uma máquina de propaganda da qual Goebbels estaria orgulhoso…

Por isso para mim, que já era anti-fascista e obviamente anti-nazi, acrescento agora o anti-atlantista.
É que dizer que aquelas 4 letras significam “North Atlantic Treaty Organization” deve ser o maior eufemismo desde que Hitler se auto-denominou “Humanista”. NATO ou significa Nazis Again Terrorizing Others, ou significa North America Terrorist Oligarchy. Nem mais, nem menos!


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3 pensamentos sobre “Tanta verdade junta mereceu publicação – take XIX

  1. Uma boa reflexão , o problema é que os políticos de carreira associados às grandes empresas não querem estas reflexões, não se preocupam com o destino das pessoas, ou mesmo do planeta.

    Trata-se mais de como vemos o mundo e de como desejamos contribuir para ele: positivamente ou não. Há muitas forças que nos incitam a ser medíocres, preguiçosos e a desistir…

    Muito obrigado..

    • Exato. Basta ver as declarações da Liz Truss, não-eleita mas “líder” do Reino Unido. Diz que está preparada para “decisões difíceis”, como acabar com o limite aos bónus na banca, pois ela é a favor do relançamento económico…
      Esta m*rda não se inventa!

      Isto depois de nos debates (para oligarcas do seu partido verem, pois só eles é que decidiram quem seria 1º Ministro), ela ter dito que se fosse preciso proibiria o direito à greve.
      Isto é 100% fascismo. Quem disser o contrário, só para manter as aparências de “moderação”, está na realidade a abrir-lhe a porta.

      Ou as declarações da Annalena Baerbock, a dizer que fará o que lhe apetecer em relação ao armamento dado a Nazis (obviamente ele não os chamou pelo nome), ao prolongamento da guerra, e à insistência nas sanções ILEGAIS (aka um tiro nos pés, ou mesmo nos pulmões, da Europa). E fará isso quer os eleitores alemães queira, quer não.
      É uma ética republicana e um princípio democrático do caraças…

      Ou nos últimos dias, as declarações do racista Espanhol à frente do PSOE (chamo-o assim, pois Pedro Sanchez aplaudiu a polícia Marroquina depois desta matar os escuros junto ao muro da vergonha, que até deve dar inveja a Trump…) ter dito que actualmente há uma guerra e toda a UE está envolvida nela.
      Quem foi o Espanhol que votou para este idiota declarar guerra à Rússia, ainda por cima em nome da instituição não-democrática que impôs austeridade e tem não-eleitos a darem ordens para prender e censurar e matar ainda mais a economia Europeia?

      O que me leva ao mais grave de todos, o pateta chamado Marcelo Rebelo de Sousa, que acabou de declarar o início da 3ª Guerra Mundial. Ou será que quando ele diz que “estamos todos envolvidos numa guerra, não só europeia, mas a nível global” está a dizer uma coisa diferente?
      O que quis ele dizer com isto, no mesmo dia em que faz juras de amor à NATO? Que Portugal está em guerra com a China, e por isso, enquanto há 4.4 milhões de Portugueses em pobreza (antes de apoios sociais), temos de gastar mais milhares de milhões de €uros (ou mais, se a moeda continuar a desvalorizar tipo Bolívar sancionado…) para expandir as garras do império até aos mares que cercam a China?

      Há uns tempos atrás, eu suspeitava que esta gentinha estava toda bêbada. Agora tenho a certeza que andam todos a meter qualquer coisa muito má na veia, que afecta o cérebro de forma fatal.
      Alguém tem outra explicação? É que, que eu me lembre, esta gente sempre foi toda muito criticável, mas só após 3 doses uma certa vacina experimental é que ficou toda f*dida dos c*rnos. Tem que ser dito mesmo assim, pois o tempo das papas na língua acabou.

      É por isso que digo e repito com cada vez mais convicção: estes regimes ocidentais, oligárquicos, de desigualdade pornográfica, de austeridade para uns e viagens espaciais para outros, de NÃO-eleitos a diktarem ordens, de desmantelamento do Estado Social, de fim completo do jornalismo e sua substituição total por #FakeNews e propaganda, de pensamento único, de belicismo à beira da 3ª Guerra Mundial, de tolerância a Fascistas, e de apoio a NAZIS, têm de cair, antes que caiamos todos!

      Entretanto, está já nas bancas a moda Outono/Inverno: é preciso uma revolução colorida no Irão porque uma mulher morreu (imaginem se se fizesse isto por cada negro que morre nos EUA… já iam em 71 revoluções só em 2022, e o ano ainda não acabou!).
      Claro que nos órgãos da propaganda, não será dita uma única palavra sobre a razão disto agora estar a ser mediatizado:
      – a mobilização de tropas Iranianas para a fronteira da ditadura belicista do Azerbaijão neste momento a preparar-se para destruir o que resta da Arménia com armas da NATO e de Israel;
      – o sucesso do Irão em contornar as sanções criminosas do Ocidente;
      – a venda (reparem que a Rússia tem de os pagar, não é como o “lend-lease” à ditadura Ucraniana) de drones Iranianos à Rússia que, segundo dizem, estão a ter uma brutal taxa de sucesso contra os Nazi/Nato;
      – a abertura/desenvolvimento de rotas comerciais entre a Rússia e a Ásia, por via marítima a partir dos portos Iranianos, mais rápida que as vias actuais;
      – a adesão do Irão à SCO (Shangai Cooperation Organization, à qual a Turquia anunciou agora quer passar de Parceiro de Diálogo para Membro efectivo), um sinal de mais Mundo Multipolar, e de menorização do Ocidente;
      – um governo, eleito, que dura há décadas com apoio popular (goste-se ou não da mistura entre política e islão, é assim que eles decidiram viver no seu país, e nós, só temos de respeitar), desde o derrube da ditadura monárquica apoiada pelos EUA;

      Ah, e um dos grupos desta oposição desta tentativa de revolução colorida, são os Mujahidin… Lembra-se quando no Afeganistão também chamavam Mujahidin aos “lutadores pela democracia e liberdade” (e até com dedicatória num filme da máquina de propaganda chamada “Hollywood”) a que hoje a mesmíssima imprensa/regime Ocidental chama Talibã? Pois, eu não esqueço.

      E também no Afeganistão, quando os planos do regime Ocidental saíram furados em 2021, lembraram-se que lá viviam mulheres e começaram a fazer aquelas reportagens sobre a dúzia e meia de mulheres da zona verde de Cabul que protestam com cartazes. Durante os 20 anos anteriores de invasão injustificada e não-provocada e crimes de guerra que mataram 10x mais civis do que a actual guerra na Ucrânia, o “feminismo” desta propaganda ‘woke’ esteve na gaveta…

      O povinho em morte cerebral em frente ao ecrã, tem de se indignar com quem o regime quer, na altura em que convém ao regime. E ai de quem diga o contrário. Ou fica no desemprego, como o jornalista Bruno Amaral de Carvalho, ou leva uma bala na cabeça como a Shireen Abu Akleh. Destes, também nunca vou esquecer. Já para não falar do jornalista da TeleSUR recentemente ferido pelos bombardeamentos Nazi/Nato contra uma zona civil de Donetsk.

      Para saber estas e outras coisas, com certeza mesmo assim muito aquém de saber tudo o que devia, eu tive de ir buscar a informação. Não fiquei em estado vegetativo a ver uma semana inteira da “República” de Portugal a declarar-se como colónia do Reino onde morreu uma pessoa que teve como mérito… nascer.
      (Também não vi futebol, nem novelas, nem reality shows, e se disser isto na rua a um Ocidental, ainda ficam a olhar para mim como se eu é que fosse o maluco…)

      Mas isto tudo para chegar ao ponto final, novamente sobre o palerma Marcelo, e desta vez também sobre o Governo. Então não é que os mesmos tipos que acham bem o Chega estar legalizado, manter-se na NATO, aderir ao €uro sem referendo, desmantelar o Estado Social, garantir um sistema económico de desigualdade pornográfica, e que, insulto dos insultos, não declararam luto nacional pela morte de nenhum dos Capitães de Abril que nos deram a Liberdade e nos possibilitaram ter Democracia, agora tiveram a Real lata de declarar 3 dias de luto pela tal gaja anglo-germânica cujo feito de vida foi… nascer? E em cujo reinado o seu império cometeu tantos crimes contra a humanidade.

      Você diz que “há muitas forças que nos incitam a ser medíocres, preguiçosos e a desistir…”.
      Pois eu recuso a mediocridade, recuso a preguiça, e não desisto. Só descansarei quando estas forças forem derrotadas, e se corrigir O ESTADO A QUE ISTO CHEGOU (como bem disse Salgueiro Maia) outra vez!

      Está visto que não vai lá pelo voto. Seria difícil no regime português em que a “maioria absoluta” são 41%. E seria impossível no regime EUropeu em que a Presidência vai para NÃO-eleitos. Será preciso novamente levar os blindados para as portas do regime?! Teria o seu quê de ironia que a União (Europeia) actual acabasse como a União (Soviética) anterior, com as ruas cheias de gente a gritar LIBERDADE!!

  2. A Alemanha tem tido uma profunda influência sobre a História do mundo. O povo goza da reputação de ser trabalhador árduo e disciplinado. Tais qualidades têm constituído grande fator no crescimento econômico desta nação de modo que hoje a Alemanha é um dos gigantes industriais do mundo. Faz transações comerciais com todas as partes da terra.

    Em maio de 1924, o Partido Nazista ocupava 32 lugares no Reichstag (parlamento) alemão. Até maio de 1928, esses haviam diminuído para 12 cadeiras. No entanto, em 1930 sobreveio ao mundo a Grande Depressão; aproveitando a sua onda, os nazistas se recuperaram notavelmente, obtendo 230 dentre 608 lugares nas eleições alemãs de julho de 1932. Pouco depois, o ex-chanceler Franz von Papen, Cavaleiro Papal, veio em ajuda dos nazistas. Segundo historiadores, Von Papen visionava um novo Sacro Império Romano. O curto período como chanceler havia sido um fracasso…Até janeiro de 1933, ele granjeara dos barões industriais apoio para Hitler, e, por meio de intrigas astutas, assegurou que Hitler se tornasse chanceler da Alemanha .

    O líder nazista Hitler, veio do país da família Hapsburgo de reis, da Áustria, evidentemente pensava no Santo Império Romano, germânico, que durou do ano 962 ao ano 1806.
    A influência da Alemanha também se fez sentir de outras formas. Durante a primeira guerra mundial, de 1914 a 1918, os exércitos alemães avançaram para o leste, entrando na Rússia, e para o oeste, entrando na França através da Bélgica. Antes de terminar o conflito, travavam guerra contra uma aliança de 24 nações ao redor do globo. A Alemanha foi derrotada. Mas, passou apenas pouco tempo até que um veterano dessa guerra, Adolf Hitler, começou a ascender ao poder. Em 1933, como chefe do Partido Nacional-Socialista, tornou-se o chanceler da Alemanha.. Pouco depois, em seu chamado Discurso de Paz, um dos mais eficazes que ele proferiu, rebaixou a guerra como “loucura infinita” que “provocaria o colapso da atual ordem social e política”…Rapidamente submeteu o povo alemão a um reinado de terror, e, em 1939, lançou o mundo em outra guerra global, muito mais ampla e destrutiva do que a primeira.

    No início da década de 30, muitos dos membros da Liga das nações mostraram-se totalmente insatisfeitos. A Itália, por exemplo, achava que não estava a ter um quinhão justo das matérias-primas do mundo, e que lhe estava sendo negado o acesso aos mercados mundiais e às possibilidades de investimento. Assim, em 1935, em busca dos interesses nacionais, a Itália invadiu a Etiópia. O Japão, com queixas iguais, avançou sobre a China, em 1937. Em ambos os casos, a Liga mostrou-se impotente de intervir.
    É claro que a Liga, que ainda não tinha 20 anos, não era a adolescente robusta e saudável que seus apoiadores queriam que fosse. Sua doença em fase terminal passou a causar preocupações já em 1936.. Não é de admirar, visto que a Liga se viu confrontada com o comportamento audacioso da Itália e do Japão, para não se mencionar o dum homem chamado Hitler.

    A Alemanha empenhava-se para reconquistar uma posição de liderança européia.A ascensão da Alemanha era inimaginável sem uma nova guerra..
    Na visão de Hitler, “as ‘massas’ alemãs se compunham de 80 milhões de pessoas que formavam um unificado “núcleo racial”. O enfoque pseudodarwinista de Hitler exigia que este “núcleo racial” conquistasse seu ‘território’”.

    Na realidade, a Liga das Nações ajudou Hitler a decidir onde começar. No fim da I Guerra Mundial, o território do Sarre, região localizada entre a França e a Alemanha, e que trocavam de mãos entre elas durante séculos, foi posto sob a administração da Liga das Nações com um dispositivo legal segundo o qual os cidadãos do Sarre mais tarde decidiriam, por votação, se queriam permanecer sob o controle da Liga ou se tornar parte, ou da França, ou da Alemanha. Um referendo foi marcado para 1935.
    Na altura, Hitler era popularíssimo.
    Dadas estas circunstâncias, a vitória de Hitler no referendo era previsto. Esmagadora maioria de 90,8 % dos votantes optou por se tornarem parte do novo Reich alemão.

    Hitler, depois desta primeira grande vitória em política externa, sentiu-se encorajado a prosseguir. A Liga das Nações, já no seu leito de morte, estava fraca demais para intervir quando, violando os termos do Tratado de Versalhes, Hitler remilitarizou a Renânia, em 1936. Em 1938, ninguém o impediu de ocupar a Áustria, ou, mais tarde, naquele mesmo ano, de anexar a Sudetolândia, parte da Tchecoslováquia, predominantemente povoada por germânicos, antes de invadir o resto daquele país, em 1939. Houve protestos, mas nada mais.
    Até então, a guerra de agressão de Hitler tinha-se processado sem mortes. Isso não se dera com os conflitos, em que se envolveram a Itália e o Japão. O ataque da Itália fascista contra a Etiópia, começou em 1935, e a ocupação da Etiópia foi concluída em 1936. O mundo ficou consternado ao ouvir falar no uso de gás venenoso.

    Na Ásia, militaristas japoneses tinham-se tornado tão poderosos que, quando a China foi acusada de tentar bombardear um comboio do Sul da Mandchúria, em 1931, o Japão aproveitou isso como desculpa para enviar tropas à Mandchúria. Em 1937, avançaram sobre a China propriamente dita, capturando grandes áreas de terra, incluindo as cidades de Xangai, Pequim, Nanquim, Hancou e Cantão.

    No ínterim, na Europa, a guerra civil espanhola tinha rebentado em 1936. Hitler e Mussolini viram nela uma oportunidade de testar suas mais novas armas e métodos bélicos. Como as guerras na Mandchúria, na China e na Etiópia, ela serviu de ensaio geral para algo mais amplo no futuro. De acordo com um historiador, “mais de meio milhão de pessoas foram mortas no conflito espanhol”.

    A chamadas democracias observando os acontecimentos no palco mundial, mostravam-se preocupadas. A Inglaterra introduziu o serviço militar obrigatório. Daí, em agosto de 1939, a Alemanha e a União Soviética pegaram o mundo de surpresa por assinarem um pacto de não-agressão. Na realidade, tratava-se dum acordo secreto para dividir a Polônia entre eles. Apostando que, mais uma vez, as democracias ocidentais não interviriam, Hitler fez com que suas tropas avançassem sobre a Polônia às 4 horas e 45 minutos da madrugada de 1.º de setembro de 1939.

    Porém ele se enganou. Dois dias depois, a Inglaterra e a França declararam guerra à Alemanha. Em 17 de setembro, tropas soviéticas invadiram a Polônia pelo leste, e, no fim do mês, a questão polonesa, a bem dizer, já estava resolvida. Começara a II Guerra Mundial, lançada por uma rápida campanha militar digna da expressão alemã Blitzkrieg, que significa “guerra-relâmpago”. No alegria da vitória, Hitler ofereceu-se a fazer a paz com as potências ocidentais. Se era verdade ninguém sabe.

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